The stranger on the other side escrita por Miss Gabs
Notas iniciais do capítulo
Olá! Capítulo fresquinho pra vocês.
Boa leitura
Eu nunca fui alguém que esteve no centro dessa pack, eu sempre estive na minha, só fazendo o que me pediam, mas agora sem a Allison e sem a Kira, a Malia sendo do jeito que é e o Liam apesar de tudo ser mais pra iniciante nesse mundo do que pra um experiente, Scott anda me mantendo ao lado dele.
Viemos para a casa do Xerife e o chamamos para cá também, se teremos essa conversa, temos que estar a sós. Scott se mantém ao meu lado e nós sentamos no sofá da sala, o xerife fica de frente para nós.
— Então, meninos - diz o xerife - o que vocês tem a me dizer?
Scott pigarreia
— Nós, bem... A Lydia, na verdade, ela anda... - Scott tenta
— Xerife, o senhor tem filhos? - Falo, não dando espaço a Scott
Scott olha pra mim e eu sacudo os ombros
— Se eu tenho filho? - o Xerife se questiona - todos sabem que não
— Mas será que esse não é o ponto? Você tem um filho.
— Não, eu não tenho.
— Sim, você tem... Eu falei com ele.
— Isso é impossível.
— Não é. Mas me diga, que nome daria ao seu filho se "tivesse" um?
— Ah... Pensávamos em Mienim, Voyenim, Moenim, Craonem...
— Eu disse um nome, não nome de doença...
Scott olha pra mim e eu pra ele. Reviro os olhos.
— Okay... Você tem o quarto desse filho? Digo, tem gente que deixa pronto. - pergunto
— Tínhamos, até que a Claudia morreu, então...
— Me leve lá
— Não tem nada lá.
— Eu quero ir.
— Okay...
Ele vai na frente e eu o sigo com Scott
— Scott - digo baixinho - não entre no quarto. Tenho que entrar lá sozinha.
— Por que?
— Faça isso.
Quando chegamos, o Xerife para na frente.
— É aqui.
Olho o interior, mas está vazio. Na verdade, vejo apenas algumas caixas ali e aqui no chão. Eu entro e escuto um barulho atrás de mim, então viro-me e vejo que Scott fechou a porta.
— Não liga pra o que ela disse lá embaixo, ela anda tomando muito remédio - ouço Scott dizer e reviro os olhos
Concentro-me no quarto. O que eu posso tirar daqui? Não tem nada.
Resolvo que devo mexer nas caixas. Vou na primeira e vasculho o interior, mas não há nada além de brinquedos de criança. Pulo pra segunda caixa, e só encontro roupas de criança. Vou para a terceira caixa e vejo que aqui só tem calçados. Minha única esperança é a quarta caixa, está pesado. Quando abro, vejo que só tem papeis... Estão incrivelmente novos e bem empilhados, e quando tiro a primeira folha, vejo um rosto desenhado na segunda, isso me dá uma agonia por dentro, então tiro-a, e a outra, e a outra, e a outra... É tudo a mesma coisa e eu quero gritar, e não consigo evitar. Eu perco meu total poder pelo meu corpo e sou incapaz de evitar esse grito. Vejo Scott abrir a porta depressa e vir até mim correndo, o xerife está apontando uma arma.
— Lydia, o que houve?! - Scott me segura num quase abraço
Olho o rosto dele e vejo um traço, um traço como uma rachadura, e eu toco nela, mas algo acontece. Num piscar, tava escuro e eu tocava o rosto de alguém cujo seu rosto eu não consigo ver. É ele. É o Jeep. Recuo pra trás.
— Tudo bem, Lydia - Scott diz - eu vou sarar.
— Olha... Olha esses papeis - digo
— Que papeis? - o xerife Stilinski pergunta
Olho pra caixa que outrora estavam papeis e só vejo mais brinquedos
— Tinha papeis ai, eu juro! - digo pra Scott
— Tudo bem, o que tinha nos papeis?
— Um rosto, o mesmo rosto.
— Um rosto? Como o rosto que você desenhou?
Eu havia esquecido disso
— Sim. Exatamente igual.
— Tudo bem, tudo bem... Vamos levantar, Lydia.
— Okay
Me levanto com a ajuda dele. Respiro fundo pra sair do quarto e quando olho pro chão, vejo algo familiar
— Espera!
Me abaixo pra pegar entre as coisas da primeira caixa. É meu. Eu que fiz. É a arvore que desenhei. Está emoldurada. Olho o papelzinho e vejo que está dedicado:
"Para Lydia"
Ao ler isso, sinto um aperto no peito. Vou levar comigo porque vejo que a Meredith tem razão, pois eu sequer conheço quem dedicou para mim, mas já é tão importante pra mim.
— Isso não é meu - o Xerife falou
— Não foi você quem desenhou? - Scott diz
— Mas o Seu filho - olho pro xerife - que dedicou pra mim.
Ele não sabe o que falar
— Precisamos ir - digo
Adianto-me, mas o xerife segura o braço de Scott
— Se eu tiver mesmo um filho - ele diz - traga-o de volta pra mim
Scott assente com a cabeça.
Saímos da casa do xerife e caminhamos para a moto do Scott.
— O que faremos agora? - Scott diz
— Chame os outros, precisamos do nariz de todos eles -respondo
— Como assim?
Sento-me na moto dele e ele me dá o capacete.
— Não é óbvio? - pergunto - vocês vão cheirar um lindo veículo quadrado que é a maior lata velha que já vi
Vejo que ele não entende e reviro os olhos.
— Vocês vão cheirar um Jeep.
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Bjs