The stranger on the other side escrita por Miss Gabs


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olá! Capítulo fresquinho pra vocês.
Boa leitura



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Eu nunca fui alguém que esteve no centro dessa pack, eu sempre estive na minha, só fazendo o que me pediam, mas agora sem a Allison e sem a Kira, a Malia sendo do jeito que é e o Liam apesar de tudo ser mais pra iniciante nesse mundo do que pra um experiente, Scott anda me mantendo ao lado dele.

         Viemos para a casa do Xerife e o chamamos para cá também, se teremos essa conversa, temos que estar a sós. Scott se mantém ao meu lado e nós sentamos no sofá da sala, o xerife fica de frente para nós.

— Então, meninos - diz o xerife - o que vocês tem a me dizer?

Scott pigarreia

—  Nós, bem... A Lydia, na verdade, ela anda... - Scott tenta

— Xerife, o senhor tem filhos? - Falo, não dando espaço a Scott

Scott olha pra mim e eu sacudo os ombros

— Se eu tenho filho? - o Xerife se questiona - todos sabem que não

— Mas será que esse não é o ponto? Você tem um filho.

— Não, eu não tenho.

— Sim, você tem... Eu falei com ele.

— Isso é impossível.

— Não é. Mas me diga, que nome daria ao seu filho se "tivesse" um?

— Ah... Pensávamos em Mienim, Voyenim, Moenim, Craonem...

— Eu disse um nome, não nome de doença...

Scott olha pra mim e eu pra ele. Reviro os olhos.

— Okay... Você tem o quarto desse filho? Digo, tem gente que deixa pronto. - pergunto

— Tínhamos, até que a Claudia morreu, então...

— Me leve lá

— Não tem nada lá.

— Eu quero ir.

— Okay...

Ele vai na frente e eu o sigo com Scott

— Scott - digo baixinho - não entre no quarto. Tenho que entrar lá sozinha.

— Por que?

— Faça isso.

Quando chegamos, o Xerife para na frente.

— É aqui.

       Olho o interior, mas está vazio. Na verdade, vejo apenas algumas caixas ali e aqui no chão. Eu entro e escuto um barulho atrás de mim, então viro-me e vejo que Scott fechou a porta.

— Não liga pra o que ela disse lá embaixo, ela anda tomando muito remédio - ouço Scott dizer e reviro os olhos

Concentro-me no quarto. O que eu posso tirar daqui? Não tem nada.

      Resolvo que devo mexer nas caixas. Vou na primeira e vasculho o interior, mas não há nada além de brinquedos de criança. Pulo pra segunda caixa, e só encontro roupas de criança. Vou para a terceira caixa e vejo que aqui só tem calçados. Minha única esperança é a quarta caixa, está pesado.  Quando abro, vejo que só tem papeis... Estão incrivelmente novos e bem empilhados, e quando tiro a primeira folha, vejo um rosto desenhado na segunda, isso me dá uma agonia por dentro, então tiro-a, e a outra, e a outra, e a outra... É tudo a mesma coisa e eu quero gritar, e não consigo evitar. Eu perco meu total poder pelo meu corpo e sou incapaz de evitar esse grito. Vejo Scott abrir a porta depressa e vir até mim correndo, o xerife está apontando uma arma.

— Lydia, o que houve?!  - Scott me segura num quase abraço

Olho o rosto dele e vejo um traço, um traço como uma rachadura, e eu toco nela, mas algo acontece. Num piscar, tava escuro e eu tocava o rosto de alguém cujo seu rosto eu não consigo ver. É ele. É o Jeep. Recuo pra trás.

— Tudo bem, Lydia - Scott diz - eu vou sarar.

— Olha... Olha esses papeis - digo

— Que papeis? - o xerife Stilinski pergunta

 Olho pra caixa que outrora estavam papeis e só vejo mais brinquedos

— Tinha papeis ai, eu juro! - digo pra Scott

— Tudo bem, o que tinha nos papeis?

— Um rosto, o mesmo rosto.

— Um rosto? Como o rosto que você desenhou?

Eu havia esquecido disso

— Sim. Exatamente igual.

— Tudo bem, tudo bem... Vamos levantar, Lydia.

— Okay

Me levanto com a ajuda dele. Respiro fundo pra sair do quarto e quando olho pro chão, vejo algo familiar

— Espera!

Me abaixo pra pegar entre as coisas da primeira caixa. É meu. Eu que fiz. É a arvore que desenhei. Está emoldurada. Olho o papelzinho e vejo que está dedicado:

"Para Lydia"

Ao ler isso, sinto um aperto no peito. Vou levar comigo porque vejo que a Meredith tem razão, pois eu sequer conheço quem dedicou para mim, mas já é tão importante pra mim.

— Isso não é meu - o Xerife falou

— Não foi você quem desenhou? - Scott diz

— Mas o Seu filho - olho pro xerife - que dedicou pra mim.

Ele não sabe o que falar

— Precisamos ir - digo

Adianto-me, mas o xerife segura o braço de Scott

— Se eu tiver mesmo um filho - ele diz - traga-o de volta pra mim

Scott assente com a cabeça.

    Saímos da casa do xerife e caminhamos para a moto do Scott.

— O que faremos agora? - Scott diz

— Chame os outros, precisamos do nariz de todos eles -respondo

— Como assim?

Sento-me na moto dele e ele me dá o capacete.

— Não é óbvio? - pergunto - vocês vão cheirar um lindo veículo quadrado que é a maior lata velha que já vi

Vejo que ele não entende e reviro os olhos.

— Vocês vão cheirar um Jeep.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem dizendo o que acharam.
Bjs