Never Let Me Go, Peter II escrita por Barbs


Capítulo 4
Oscorp.




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— Isso é uma ótima noticia!

— Eu sei – ela sorriu – eu sei!

— Parabéns, querida – Peter sorriu andando até sua casa de mãos dadas com a namorada – mas pena que não lutaremos lado a lado.

— Algumas vezes, sim – ela sorriu olhando para ele – vai depender do trabalho.

— Isso é maneiro – ele riu apertando a mão dela – você mereceu.

— Obrigada Pete – ela sorriu brevemente.

Peter a fitou. Sabia que ela não estava bem, algo estavam incomodando-a e ele tinha notado desde o momento em que ela saiu da sala de reunião, Maya não quis falar nada sobre o que tinha conversado com Fury lá dentro enquanto estivessem na S.H.I.E.L.D., mas ela havia contado a novidade e não estava bem – O que foi?

— Não é nada demais, mas... – ela fez uma breve pausa e então levantou seu rosto de modo que fitasse o de Peter – hoje, pela primeira vez desde que te pedi desculpas depois de ter dito quem eu realmente era, contei para três agentes estranhos quem eu era há um ano atrás.

— Fury mandou? – Peter perguntou a fitando.

— Não – ela balançou a cabeça lentamente virando seu rosto para frente e fitando o chão cinza – eu quis fazer isso. 

— Então qual o problema? – Peter estava preocupado – eles te julgaram ou algo assim?

— Não – ela falava lentamente – parte deles não. Teve esse cara... Kennedy o nome dele, ele disse que Fury estava afundando a S.H.I.E.L.D. por me colocar como líder no setor de ameaça alta, ao lado deles.

Peter não disse nada, esperava a namorada desabafar para então tentar tranquilizá-la, Maya prosseguiu:

— Ele foi um completo babaca. Não é como se eu tivesse pedido para ser a líder deles, Fury me ofereceu e eu aceitei porque eu quero, realmente, mudar as coisas no mundo. Depois de tantos anos sendo aquele tipo de pessoa, fria, sem sentimentos e destinada para destruir e matar eu... – novamente ela fez uma breve pausa sentindo sua garganta arder – quero fazer o que eu puder para tornar esse mundo um lugar melhor – ela deu uma fraca risada desanimada e, novamente, tornou a fitar Peter quem tinha um pequeno sorriso nos lábios enquanto ela prosseguia – quero consertar as merdas que já fiz e, mais que isso, quero fazer o bem.

Peter sorriu parando na calçada, segurou ambas as mãos da garota e a fitou nos olhos – Você é incrível, Maya Mase. Você fez a diferença naquela noite quando decidiu se entregar e evitar o ataque contra a S.H.I.E.L.D. Não importa o porquê tenha feito o que fez, você abriu mão da sua vida para me salvar e, automaticamente, salvar o resto das pessoas e do mundo. Você é uma boa pessoa, não interessa o que você fez no passado porque ele ficou lá atrás – Peter subiu as mãos pro rosto da garota – o que realmente importa é o que você faz agora e as consequências disso no futuro.

Maya o fitava nos olhos com um pequeno sorriso em seus lábios rosados – Obrigada, Pete. Eu meio que precisava de ouvir isso.

— Eu sei – ele sorriu – que tal, para te animar, fazermos um passeio?

— Um passeio? – ela perguntou o fitando.

— É – ele sorriu – você topa?

Maya deu de ombros assentindo em silêncio. Peter apenas sorriu e tornou a segurar a mão de Maya enquanto caminhavam pela rua como um casal normal. Não que não fossem, mas por dentro daquela "casca" de Peter Parker e Maya Mase estavam o Homem Aranha e a Agente Mase, mas nenhuma das pessoas, nem mesmo aquelas que fitavam o casal apaixonado no meio da noite, sequer suspeitavam disso. Peter virou em direção à um beco escuro e antes que Maya pudesse perguntar alguma coisa, Peter a chamou de braços abertos:

— Vamos?

— Onde? – ela tentava enxergá-lo em meio à escuridão.

— Nosso passeio – ele abriu os braços.

— No beco? – ela brincou – não escalo paredes, querido.

— Mas eu sim – ele riu a chamando – venha.

— Certo – ela entrou no beco escuro com Peter.

Ficou parada na frente de seu namorado que estava com as mãos nos botões do casaco. Ela apenas permaneceu parada, ele devia estar tirando o casaco para se sentir mais confortável para escalar, ela não sabia responder, mas não se moveu, apenas ficou fitando a silhueta um tanto invisível do namorado naquela escuridão. Peter só estava um pouco iluminado por causa da lua cheia que iluminava um pedacinho do beco. O pedacinho onde o ombro de Peter mexia sem cessar.

— Pete... – ela tentou falar quando o viu tirando a blusa de manga curta de um dos desenhos animados que ele tinha.

— Sim?! – ele perguntou tirando os sapatos.

— Sério – ela disse – o que você está fazendo?

— Tirando a roupa – ele respondeu.

— Para quê? Nosso passeio?

— Ele não começou ainda – ele deu uma breve risada.

— Eu deveria tirar a roupa também?! – ela perguntou sem querer saber a resposta.

Peter riu – Não.

— Então – ela falava pausadamente e desconfiada – novamente: o que está fazendo?

Ele inclinou seu corpo para o lado onde um pouco da luz do luar batia fracamente, ela pode ver seu rosto – Ninguém sabe quem é o Homem Aranha, imagina o que iam falar se vissem um maluco lançando teias por ai? – ele sorriu fraco, foi um sorriso de lado e então colocou a máscara e ela pode perceber que ele estava com as luvas do Aranha.

— O que quer que eu pense? – ela gargalhou – de repente você entra em um beco escuro começa a tirar a roupa e...

— Você pergunta se tem que tirar a sua também – Peter gargalhou e puxou-a pela cintura bruscamente – o que estava esperando?

— Para tirar as roupas? – ela perguntou sem entender.

— Querida, isso é sarcasmo – ele riu – você não está preparada para a vida.

Ela riu – Cabeça de teia.

— Pronta?

— Sim, mas, por favor, avise caso eu tenha que tirar a roupa dessa vez.

Ele apenas riu – Te deixarei ciente, querida.

Maya apenas riu. Ele então jogou sua teia para cima e ela grudou no telhado do pequeno prédio que ficava ao lado do beco, Maya segurou no pescoço de Peter enquanto ele a segurava firmemente pela cintura. Ela sorriu ao seu lado e ele estava com um pequeno sorriso por baixo da máscara, atento, mas com um pequeno sorriso. Subiram para o telhado do pequeno prédio e Peter lançou teia em outro prédio um tanto maior, assim que teve certeza que a teia estava firme o suficiente saiu do telhado com Maya pendurada á sua cintura mais uma vez. Ela fechou os olhos involuntariamente e sentiu o vento bagunçar seu cabelo ruivo, a sensação era incrivelmente ótima, a cada teia lançada em um outro prédio Maya sentia o frio na barriga e desejava gritar, mas ao invés disso apenas soltava uma risada breve e espontânea.

Peter, por sua vez, estava atento para não bater em algum prédio. Lançou sua teia no edifício Stark e pode ver Tony do lado de dentro tomando um de seus bons uísques, e o milionário também pode ver Peter passando rapidamente na janela perto de si, mas sabia que se o cumprimentasse seria inútil, afinal, ele estava com a agente Maya.

— Aqui estamos – Peter disse pousando em um dos prédios mais altos de Nova York.

— Onde estamos? – ela perguntou.

— Bem... No edifício do Stark – ele deu de ombros – ele nem vai ver.

Ela sorriu parada bem na ponta – Uau. É alto.

Ele sorriu tirando a máscara e parando mais atrás de Maya – É sim.

— Olha o céu – ela apontou para cima – é incrível.

— É – Peter riu abraçando-a pela cintura – quer ver algo legal?

— Claro – ela sorriu o fitando

— Então, espere.

Ele lançou teia de ambos dos lados do prédio. Maya apenas ficou fitando-o com um pequeno sorriso no rosto e tentando entender o que ele estava fazendo. Ou pelo menos tentando. Assim que Peter terminou de “tecer” a sua teia, Maya fitou aquela rede de teia apenas sorrindo.

— Isso é tão incrível – ela deu uma fraca risada sem retirar os olhos da teia.

— Dádivas de ser o Homem Aranha – ele riu estendendo os braços para ela – vem aqui.

Maya sorriu andando em direção à Peter.

— Confia em mim? – ele perguntou.

Maya o fitou um tanto quanto desconfiada e sua resposta fora uma pergunta – Sim?

— Ótimo! – ele sorriu – é o suficiente.

Assim que Peter colocou as mãos na cintura de Maya ela o fitou sorrindo, não esperava que ele a jogasse para cima, sequer passou por sua mente, porém, foi exatamente o que ele fez. Jogou Maya para cima utilizando uma força fora do normal para que ela atingisse altura o suficiente de modo que caísse na teia e de lá não saísse. Ele pode ouvir um breve grito – que ela tentou esconder segundos depois de soltá-lo – surgir da namorada. Ela apenas fechou os olhos enquanto era lançada para cima, odiava quando Peter fazia algo surpreendente com ela, ainda mais aquilo. Simplesmente detestava. Mas sabia que tinha que abrir os olhos para saber onde ia parar.

Peter lançou sua teia na altura da rede de teia que tinha acabado de fazer. Assim que subiu na teia parou na sua posição de Aranha de sempre e então lançou mais uma teia em Maya puxando-a para onde estava, em cima da rede de teia.

Mais um grito ecoou.

Ela apenas riu quando a viu deitada na teia de olhos fechados e com a respiração ofegante dentro de poucos segundos.

— Não faça mais isso! – ela berrou ao abrir os olhos.

— Desculpa – ele riu deitando ao lado dela.

— Desculpa? Você tem... Odeio surpresas, isso foi extremamente irres...

Ele a beijou fazendo com que, de imediato, Maya parasse de lhe dar sermão sobre o quão irritada estava por Peter ter feito aquilo com ela. E de repente toda a raiva de ter sido surpreendida passou, Peter mantinha a mão na cintura da namorada enquanto ela subia sua mão para a nuca do aracnídeo. Ela mordeu o lábio de Peter quebrando o beijo.

— Cabeça de teia – ela sussurrou.

— Perguntei se confiava em mim – ele riu a fitando nos olhos.

— É claro que confio – ela sussurrava também fitando-o nos olhos, encostou sua testa na dele sorrindo – mas não faça isso de novo.

— Não se preocupe – ele sorriu – não farei.

Ela sorriu enquanto o fitava, subiu sua mão para o rosto do namorado e ficou acariciando-o lentamente enquanto os dois permaneceram em silêncio apenas olhando um nos olhos do outro.

— Aquela é a Sirius A — Peter disse apontando para cima após um longo tempo em silêncio.

Maya olhou na direção em que Peter apontava sem tirar a mão do rosto do namorado – Como sabe?

— Adoro ciência, sabia? – ele riu.

— Oh, eu não sabia! – ela se fez de boba olhando para a estrela – é a mais vista por nós, da Terra.

— Isso mesmo – ele sorriu.

Ela apenas riu.

— Quando começa a trabalhar no novo grupo? – Peter mudou de assunto.

— Bem – ela virou o rosto para fita-lo – não deve demorar muito. Acho que o garoto tem que me aceitar primeiro.

— Ele irá – Peter sorriu – só se for muito idiota pra não te querer na equipe dele.

Maya sorriu – Obrigada mais uma vez.

— Mas... – Peter brincou – é melhor ele não querer.

— O que? – Maya perguntou.

— Você sabe... Só acho que seria melhor entrar no lugar dele uma garota.

— Por quê? – Maya perguntou mesmo já sabendo a resposta.

— Você sabe – ele disse ficando um pouco corado.

— Não, eu não sei, Pete – ela respondeu tentando não rir.

— Quanto mais... – ele gaguejava – mulheres... Melhor!

Ela riu – Claro, e quanto menos ciúmes, melhor do que nunca, estou certa?

— É – ele disse sem graça por sua brincadeira ter dado errado e tornou a fitar o céu – você...

— Não queria interromper, mas é preciso – eles escutaram uma voz embaixo da teia onde estavam deitados.

Eles então olharam para baixo já pensando em lutar. Mas então viram que era apenas o dono do prédio onde estavam deitados olhando o céu.

— Está aconchegante aí em cima? – ele perguntou cruzando os braços.

— Bastante – Peter riu em seguida – o que foi, Stark?

— Fora o fato de estarem na minha propriedade? – ele riu – estão atacando uma das bases da Oscorp. Ninguém sabe o que aconteceu, mas seria bom se fossemos por lá. Parece que está tendo algum tipo de conflito e estão precisando de nós.

— Tudo bem – Peter disse e em seguida olhou para Maya – vamos ter que descer.

— Não tem problema – ela riu e logo em seguida seu celular chamou. Só podia ser Nick para pedir a ajuda da garota também. A coisa parecia mais séria do que o esperado.

— E cabeça de teia – Tony disse abrindo a porta que dava para o telhado – só não esqueça de limpar tudo depois, certo?

— Limpar? – Peter perguntou.

— A teia – ele apontou para cima – espero que não esteja aqui quando voltarmos.

— Ah... – Peter sorriu sem graça – pode deixar!

Maya segurou o riso e então Peter a fitou.

— Vamos juntos? – ele perguntou.

— Não – ela balançou a cabeça – precisam de vocês mais rápido o possível.

— Te encontro lá, então?

— Sem dúvidas – ela ergueu o celular que mais uma vez tornou a chamar – vai lá cabeça de teia.

Ele então lhe deu um rápido selinho e colocou a máscara lançando teia em um dos prédios próximos á torre Stark. Maya atendeu o telefone e a única coisa em que disse, foi:

— Diretor Fury, estou á caminho... Assim que conseguir descer dessa teia.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de comentar viu? Beijosssss!



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