Never Let Me Go, Peter II escrita por Barbs


Capítulo 13
Ligação.


Notas iniciais do capítulo

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Peter ponto de vista, desligado.

— Certo... – Maya o fitou após o namorado terminar de contar sua aventura – então... Quem te salvou?

— Fiquei me perguntando isso no caminho para cá – ele disse respirando fundo – eu não tenho ideia, Maya.

— Pode ter sido um dos Vingadores.

— E por que me deixaria lá? Sangrando?

— Você tem razão – ela fitou seus pés – provavelmente foi alguém que não sabia o caminho da S.H.I.E.L.D. ou teria pelo menos o levado para lá.

Ele ficou em silêncio olhando na mesma direção da namorada.

Ela raciocinava – E sabia que não poderia simplesmente te levar para o hospital, por que... Entende sua situação.

— O que? – ele fitou a namorada sem entender.

— Por favor, Pete – ela disse levantando o olhar até ele – você é tão inteligente. Está me desapontando.

Ele bufou a fitando sério, cruzou os braços demonstrando que realmente não estava entendo nada do que ela estava falando. Talvez estivesse cansado demais para pensar a respeito. Ela resolveu explicar:

— Foi alguém como você, Pete – ela deu um fraco sorriso – quem te salvou foi um herói. Sabia que não poderia te levar pro hospital ou descobririam sua identidade fora o fato de perguntar o que aconteceu, chamarem polícia e familiares. Seja lá quem for que te salvou também não sabia onde ficava a S.H.I.E.L.D. afinal, o porta aviões é invisível a maior parte do tempo e é praticamente impossível, sem um rastreador, saber onde fica. E quem tem os rastreadores do porta avião são...

Ela esperou que Peter completasse seu raciocínio obvio, mas ele apenas a fitou sem pensar direito. Estava com preguiça de pensar em algo complexo para ele naquele momento e se sentia bem em ver a namorada sendo tão nerd na sua frente.

— Ah, por favor, Pete – ela levantou os braços, mas após sentir uma pontada nas costelas as abaixou sem fazer careta ou qualquer coisa do tipo – eu tenho um rastreador, você tem outro, todos os Vingadores tem um cada, a Maria Hill tem, nós todos somos...

— Agentes, Sherlock – ele riu – entendi essa parte. Eu estou apenas pensando... E se foi o próprio Duende quem me largou lá?

— E qual o sentido?

— Ele quer me ver sofrer, quase morri nas mãos dele hoje... Me matar daquela maneira seria pouco satisfatório.

— Faz sentido.

— E se algum outro herói estivesse salvando as cidades por ai, você acha que a S.H.I.E.L.D. não teria controle sobre ele? – Peter perguntou confuso.

— Um pouco – ela respondeu – você negou participar muitas vezes, lembra disso?

— Mas mesmo assim eles tinham controle de mim – Peter me fitou coçando a nuca lentamente – Fury nos contaria algo sobre...

— Não até ter controle total sobre esse novo herói, Pete – Maya o interrompeu séria.

— Como assim?

Ela bufou – Olha... A S.H.I.E.L.D. é incrível para o mundo, e tudo mais, mas... Fui treinada para acabar com ela, e uma das coisas que sempre soube é que o que Fury sabe, nem todo mundo sabe lá dentro. Ele tem poucas pessoas de confiança mútua que sabem da maioria das coisas que ele sabe, mas a maior parte das coisas apenas ele sabe, e mais ninguém. Quando o Capitão foi achado, antes da catástrofe dos Vingadores no ano que passou, Fury queria a todo custo o Tesseract e você sabe por quê?

— Stark disse algo sobre isso, uma vez – Peter balançou a cabeça – mas estava tão cansado por ter virado duas noites lutando sem parar que até os papos do Tony me pareceram entediantes.

Maya deu uma fraca risada e prosseguiu – Fury queria fazer armas com o Tesseract, armas nucleares... Ou quase isso. Armas que são capazes de destruir muito mais que um planeta. Stark e Banner descobriram isso, com a ajuda do Capitão, e Fury disse que era para um bem maior, que não era nada além de armas preventivas caso uma ameaça maior viesse a ameaçar nosso planeta.

Peter a fitava atentamente.

— Não acho que estão errados, certo? – ela balançou a cabeça negativamente – não estou falando disso, só... Eles não contaram para nenhum dos Vingadores, eles... Simplesmente descobriram. O que quero dizer é que... Não é por você salvar a cidade, o país ou até mesmo o mundo que eles vão te contar tudo que precisa saber – ela falava sem tirar o pequeno sorriso do rosto – de certo modo é mais para a segurança deles e a de vocês... Mas, de outro certo modo é por ganância. Pode existir sim outro herói que vocês nem saibam que existem... Não apenas um, Pete – ela deu de ombros – mas... Muitos deles. Muitas pessoas como você, Thor, Bruce e até mesmo como os vilões que tanto assombram o mundo.

— Como... Como sabe de tudo isso? – ele perguntou incrédulo e assustado.

— Pesquisei tudo sobre a S.H.I.E.L.D. e os agentes antes de entrar – ela deu uma fraca risada – fazia parte do meu trabalho. O único que não sabia nada sobre, foi você...

— E se apaixonou perdidamente por mim, não conseguindo resistir – ele disse a fitando – tenho que dizer... Que mereço um premio.

Ela riu cruzando os braços – Um prêmio?

— Sim – ele disse fitando a parede á sua frente – por te fazer virar boazinha.

— Oh, cale essa boca – ela riu ficando de pé.

— Sabe o que mais amo em você? – ele disse sentindo seu coração disparar.

Ela o fitou parada na borda da cama com um pequeno sorriso no rosto, o fitava nos olhos com aquela cara de boba apaixonada.

— Essa cara.

— Que cara? – ela perguntou escondendo o sorriso.

— Olha, não levo jeito pra fazer declarações – ele riu sem graça coçando a nuca – mas sei lá... Você é – ele riu sem graça sem fita-la – meu tudo. Não sei o que faria sem você, Maya, talvez nem fosse tentar nada. É engraçado, porque – ele novamente riu – você me conquistou de primeira... Isso é um pouco estranho e clichê, mas... – ele levantou o olhar até ela – acho que foi amor a primeira vista. Certo – ele desviou o olhar novamente completamente sem graça – nós nos odiamos de primeira... Mas, acho que estava atraído por você e ao mesmo tempo irritado por você ser tão fria comigo – ele riu coçando a testa, levantou o cabelo para cima e sentiu a poeira entre seus dedos – acho que... Nunca falamos muito sobre isso, porque você não gosta e eu... Não deixei de ser um nerd que não sabe falar dos sentimos, mas... – ele a fitou gaguejando mais do que queria, permaneceu sério a fitando nos olhos – eu amo você. Sério, como nunca amei ninguém e eu não... Quero perder você, Maya. Porque eu... Eu não sei o que vai ser de mim se te perder, sabe? – ele não desviou o olhar dos olhos verdes da amada – eu realmente te amo, e todo o tempo que passo com você ou longe de você, mas sem te tirar dos meus pensamentos eu me sinto completo, e feliz... E eu sei – ele coçou a nuca – que isso além de clichê não é algo que um homem diga, por que... É coisa sentimental de mulheres, mas... – ele sorriu – eu não importo.

Ela sorriu sentada na cama novamente. Apenas o fitava nos olhos escutando o que ele tinha para falar, mesmo que ela achasse clichê e não soubesse nem um pouco como se expressar em relação á seus sentimentos, ou até mesmo se expressar de modo que não o deixasse sem graça após toda a declaração, ela queria escutar a confissão de Peter. Tanto quanto queria conseguir abrir seu coração e falar todas as coisas que sentia por ele, mas era tão inexplicável quanto conseguir entender porque não conseguia.

— Eu amo você – ele riu sem graça – e vou parar de falar antes que estrague tudo.

— Você não vai estragar nada – ela disse quase de imediato, ele a fitou com um pequeno sorriso – quero dizer... Não sou boa com as palavras, mas ouvir isso tudo é bom. E eu te amo, também, mais do que você mesmo imagina.

Ele apenas sorriu.

— E por favor, não me faça falar – ela riu ficando de pé ao escutar o telefone na sala tocar – não sou boa e vou acabar estragando tudo. Vá descansar.

— Tudo bem – ele deitou na cama se ajeitando – te perdoo. Sei que o amor é tanto que você fica até sem ter o que falar.

— É mais ou menos isso – ela riu.

Ele apenas sorriu deitado na cama, teria que dormir com a calça colada de aranha já que não tinha roupa alguma sua ali. Ficou fitando a namorada até ela virar á direita e atender o telefone que ficava em uma mesinha de madeira vermelha perto da porta do corredor que ia para o quarto. Ficou olhando a porta do apartamento enquanto a escutava atender.

— Alô?

— Khorosho slushat' (escute bem).

O coração de Maya acelerou. A garota ruiva ficou paralisada em frente á mesinha que apoiava o telefone braço sem fio em cima dela. Sua respiração estava falha e ela não sabia o que dizer, não sabia o que falar ou se devia desligar o telefone. Mas antes mesmo que pudesse fazer algo, a voz de um homem falando em russo prosseguiu na linha:

— Não foi o fim. Você é uma traidora e por viver tanto tempo com a Corporação sabe que não somos poucos, que não morremos e que não conhece muitos de nós. Mas conheço você, sei onde mora. E espero que saiba o que fazemos com traidores.

Maya olhava para o espelho com o olhar vago, sua feição assustada a deixava cada segundo mais preocupada.

— Boa sorte, Maya Mase. E tome cuidado porque ele é um herói e terá uma morte mais honrada que a de uma traidora.

A linha ficou muda e Maya também. Peter estava no quarto da garota olhando a porta e estranhando o silêncio. A única coisa que passava pela cabeça da ruiva naquele momento era uma simples palavra: “Merda”. Ela nunca cogitou a ideia de sair ilesa pelo que fez, sabe muito bem que os traidores são levados até um lugar ultra-secreto, torturados e mortos pelo modo mais cruel de todos: o modo que um dia assombrou a Segunda Guerra Mundial, o modo nazista de acabar com os judeus e impuros. Tinha ligo algo do tipo nos seus primeiros anos como uma agente da Corporação. É claro que, nunca aceitariam qualquer traição e sabia que a dela era a maior de todas: tinha acabado com Ália e se juntado á maior rival da antiga Corporação que um dia fez parte.

— Maya? – Peter a chamou do quarto.

— Sim? – ela respondeu com um sorriso aparecendo na porta do corredor.

— Está tudo bem? – ele perguntou inclinando seu corpo um pouco na cama para ver o rosto da namorada.

— Claro – ela riu soltando a respiração – por quê?

— Não sei – ele respondeu a fitando – você ficou quieta.

Ela apenas sorriu. Foi o sorriso mais forçado que já havia dado para Peter.

— Vem aqui.

— Já vou – ela respondeu parada na porta do corredor – eu... Recebi uma mensagem da S.H.I.E.L.D., eram eles no telefone. Preciso checar meu email, não demoro tudo bem?

— Certo – ele riu deitando novamente e fitou o teto – só não reclama se eu dormir, porque tô cansadão.

— Isso – ela disse fitando o chão sem seu sorriso – faça isso, você precisa descansar.

— Se não vai me acompanhar, te vejo amanhã.

— Eu te amo, Pete – ela disse com o coração acelerado.

— Também te amo.

Ela encostou as costas em uma das paredes brancas da sala. Mantinha seu olhar em direção alguma, apenas alimentando as possibilidades de dar a sua vida por Peter.

Apenas pensando em como acharia uma solução para seu novo problema.


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