Wanheda Scream escrita por Leonardo Franco


Capítulo 3
Baladinha Top




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Caio acordou sem saber bem onde estava e o que estava acontecendo. Ele se lembrava muito pouco da noite anterior, e a única coisa que era clara na sua mente era o rosto (e outras partes) de Brenda. Ele se levantou e caminhou até a porta, percebendo que estava em seu apartamento. Ele não sabia se estava sonhando ou se a campainha realmente tinha tocado, então abriu a porta. Uma menina estava parada lá, com o rosto borrado de maquiagem depois de tanto chorar.

— MP? O que houve?

Caio deixou sua irmã entrar, e ela jogou sua bolsa no chão ao lado da porta.

— Mano nem te conto. Terminei com o Alan.

Maria Paula e Alan estavam namorando há quase seis dias, o que era um recorde para ela. Ela dizia que nunca esteve mais feliz em toda a sua vida, mas ela falava isso até mesmo quando achava um real na rua.

— Nossa, mas por quê? O que ele fez?

— Não é o que ele fez. É o que ele é. Ele é gay.

— Então eu tenho chance?

— O QUÊ?

— Não, eu quis perguntar se você não tem mais chance.

— Ah, bem, acho que não né? Ele me disse que nem tinha percebido que nós estávamos namorando, por que aparentemente eu não falei nada pra ele. Mas nós fizemos tudo junto nessa semana que passou...

— Vocês transaram?

— Não, mas...

— Vocês trocaram nudes?

— Bem, eu mandei, mas ele não, e...

— Vocês sequer se beijaram?

— Bem, eu tentei, mas...

— É, parece que você estava namorando ele, mas ele não estava namorando você.

— Como isso é possível?

— Me diga você, já que foi você que conseguiu fazer isso...

MP fez uma cara de choro no momento em que a campainha tocou mais uma vez. Caio revirou os olhos e deu um tapa na testa, dramaticamente, e foi até a entrada. Como ele era bem pobre, coitado, ele não tinha olho mágico, então abriu a porta sem ver quem era. Um homem estava parado ali na porta, com um capuz preto escrito “BALADINHA TOP” nele. Caio, ainda sonolento, não entendeu o que estava acontecendo, até que o homem o acertou com uma faca. MP gritou quando ela viu o sangue, e o homem, ao perceber que tinha mais gente no local, saiu correndo. MP começou a gritar.

— AI MEU DEUS, AI MEU DEUS, O QUE EU FAÇO?

— Me ajuda... – Caio murmurou.

— EU NAÕ SEI O QUE EU FAÇO AGORA, ISSO NUNCA ACONTECEU NA MINHA VIDA ANTES!

— Chama uma ambulância, ou a polícia...

— MEU DEUS E AGORA? EU VOU FICAR SOLTEIRA! COMO ELE NÃO SABIA QUE NÓS NÃO ESTÁVAMOS NAMORANDO?

— Sua imbecil, me ajuda...

— Nossa, como você é egoísta! Eu aqui com problemas de verdade, e você aí se lamentando por nada... NEM TUDO É SOBRE VOCÊ, TÁ BEM?

— CHAMA A POLÍCIA SUA DEMÔNIA.

— NÃO GRITA COMIGO SEU ESCROTO!

MP pegou uma vassoura que estava dando sopa por ali e o atingiu entre as pernas. Caio não conseguiu nem gritar, pois a dor alucinante o apagou na hora. A moça ficou feliz por ele finalmente parar de se lamentar, e aí sim ela chamou a polícia.

Caio acordou, novamente sem saber onde estava e o que estava acontecendo. Ele olhou a sua volta e viu sua irmã dormindo numa cadeira ao lado da cama, e percebeu que estava no hospital. Ele pegou uma almofada e tacou na fuça dela.

— Puta que pariu, que porra do caralho é essa, inferno?

— Bem delicada você. Pode me explicar o que estou fazendo aqui?

— Ah, então você não lembra que você decidiu cair no chão e sangrar por todo lado?

— O quê? Eu não decidi fazer isso, sua sonsa. Alguém me atacou.

— Aham, sim, claro. Por que alguém em sã consciência iria decidir te atacar? O que alguém ganharia com isso?

— Estou interrompendo alguma coisa? – Alguém perguntou, parado perto da porta. MP e Caio olharam, assustados, e viram que era Geovanna.

— O que você está fazendo aqui, biscate? – perguntou MP.

— Eu vim ver meu querido amigo, que por um infortúnio tem uma piranha como irmã. Posso ter um segundo de privacidade, por favor?

— Claro – disse MP, dando um sorriso irônico e se dirigindo à porta.

— Obrigada. Caio, o que aconteceu... – MP voltou logo em seguida.

— Já se passou um segundo, imunda.

Geovanna se virou e deu um soco no nariz de MP, que caiu para trás e ficou imóvel no chão. Caio soltou uma risada ao ver a situação.

— Belo soco.

— Obrigada. Mas então, o que houve com você?

— Eu tava em casa, deitado na cama, com a Brenda em cima de mim, e ela pulava bastante, e...

— Você tá aqui por causa disso? – disse Ge, espantada.

— Não, eu...

— Ah, por favor, né Caio? Eu quero saber do por quê você está aqui, e não das escapadas românticas da Brenda.

— Ah, tudo bem. Depois disso tudo, eu acordei em casa e a MP foi me visitar. Depois, alguém tocou a campainha, e um homem com um capuz escrito “BALADINHA TOP” me atacou com uma faca. Eu devo ter perdido muito sangue, pois me sinto bem mal...

— Isso por que você deve ter se drogado muito com a Brenda, né?

— Eu ouvi meu nome?

Caio e Ge olharam para a porta, e viram a Brenda parada lá. Atrás dela vinham Glay diva e um homem que Caio não conhecia.

— Brenda... – Caio ficou sem palavras.

— Você disse que um cara com um capuz escrito “BALADINHA TOP” te atacou?

— Sim, foi.

— Eu sei quem é ele.

Caio arregalou os olhos, enquanto Ge bocejava e Glay diva desenhava coisas no rosto da MP apagada.

— Como assim?

— Foi o mesmo cara que me roubou. O mesmo cara que me atacou também.

— Você está enganada, Brenda.

Mais uma vez uma pessoa chegou de penetra no assunto, o que fez todos na sala (até MP, com um pênis desenhado na bochecha) olharem para a porta.

Caio Jacobs estava parado ali, parecendo muito perigoso.


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Notas finais do capítulo

Comentemmmmmmmmmmmmm



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