Wanheda Scream escrita por Leonardo Franco


Capítulo 2
Drogadona, drogadona


Notas iniciais do capítulo

To amando escrever isso, sério



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Brenda aproveitou a poça de vômito formada pelo assaltante e vomitou no mesmo lugar. Ele pegou o capuz escrito “BALADINHA TOP” e limpou a boca, olhando para ela. Brenda se atrapalhou toda e acabou sujando seu cabelo, mas percebeu que do jeito que estava não piorava, então deixou seu cabelo sujo mesmo.

— Quer o capuz pra você se limpar? – perguntou o ladrão, e ela olhou para ele com repugnância.

— Não acredito que você virou ladrão. Não conseguiu bancar todas as drogas, foi?

— Olha quem vem me dar lição de moral sobre drogas. Você é a pessoa mais drogada nessa cidade, sua vadia.

Brenda cuspiu no chão e se aprumou, tentando passar uma imagem forte para o rapaz. Não conseguiu, porém, já que estava toda suja.

— Caio Jacobs. Olha só a posição que você está.

— Não vou ficar aqui ouvindo sermão de quem não merece ser ouvida. Podemos discutir sobre o que vimos na lixeira?

— Sobre quem nós vimos, e não “o que”, seu babaca. Eu a conhecia, seja mais sensível.

— Quem é?

— Putz aí você me complica. Não lembro o nome dela, acho que eu tava bêbada quando eu a conheci.

— Você é bêbada de nascença, queridinha.

— E você é um drogado escroto. O que a gente faz?

— Vou ligar para a polícia.

— Seu tapado, nós dois estamos doidões, não podemos deixar que eles nos vejam assim. Vamos deixar algum aviso aqui na rua para alguém encontrá-la.

— Tudo bem, mas seja discreta.

Brenda procurou por alguma coisa que pudesse usar para escrever no chão, mas ainda sentia os efeitos da noite passada, e não conseguia enxergar muito bem. Ela caminhou até a lixeira e olhou dentro, mas não achou nada.

— Não tem nada...

— E se a gente escrever com o sangue dela?

— Ai que nojo, seu pedófilo!

— Pedófilo? Por que pedófilo?

— Não sei, to loca.

— Foda-se, eu vou escrever com o sangue dela.

— Seu nojento, necrófilo, bastardo, macarrão com queijo...

Jacobs encheu a mão com o líquido espesso enquanto Brenda falava coisas sem sentido, e foi até a calçada vazia. Ele arranhou o chão enquanto escrevia, e Brenda voltou a olhar para a moça que não lembrava o nome. Jacobs voltou para pegar mais sangue, e Brenda o seguiu até a rua. Ela leu o que ele tinha escrito e tentou não rir, mas não conseguiu e gargalhou profundamente da cara dele.

— “MOSSA MORTA ALI Ó”? ISSO É QUE É SER DISCRETO!

Jacobs deu uma voadora na testa dela e Brenda desmaiou. Ela acordou quando já estava escuro, e, ao andar até a lixeira, ela viu que a moça ainda estava lá. E agora ela lembrava o nome dela.

— Larissa, migs, o que fizeram com você?

— Eles a mataram, né louca?

Brenda pulou com o susto e caiu de bunda no chão. Quando ela olhou em direção à rua, viu que Glay diva estava parada ao lado de um carro cinza.

— Como você sabe?

— Ela não iria cair morta aí se tivesse suicidado né, burra. E eu já tinha passado aqui antes, já tinha visto o corpo. Mas anda, vamos sair daqui. Eu te dou carona.

Brenda se levantou do chão, dando tapinhas na bunda para se limpar, já que um tapinha não dói. Glay revirou os olhos, pois não entendia como os homens (e até as mulheres) sempre queriam aquela bunda. Glay diva sempre roubava os homens da Brenda, mas essa não ligava, já que sempre tinha outro na fila.

— E aí, louca, como foi o encontro com o filho do vereador?

— Ainda ta sendo migs. Esse é o carro dele, mas ele disse que faz o que eu quiser. Cá entre nós, ele disse que eu fui a melhor coisa que já aconteceu na vida dele.

— Viado tu tá poderosa hein?

— Sim, mas entra logo que eu to com frio.

Brenda quicou para dentro do carro, pois ela já estava acostumada a quicar, e tentou olhar para frente para ver quem estava dirigindo, mas não conseguiu, pois estava chapadona. Glay diva entrou no banco da frente e já foi logo dando um selinho no cara, o que atiçou Brenda.

— Glaysoooon, e as apresentações ficam onde?

— Dentro do seu cu, estúpida.

— Relaxa, Glay. Pode me apresentar para ela.

Glayson olhou para o homem com um risinho irônico e olhou para trás.

— Brenda, esse é o Yury, filho do vereador que eu não sei o nome. Yury fofolete, essa é a drogada Brenda que eu te falei.

— Então essa é das minhas – Yury disse, olhando para trás. Brenda se interessou imediatamente por ele, mas Glay diva puxou o rosto do rapaz e beijou-o intensamente. Brenda ficou excitada e começou a gemer, enquanto Glay começava a tirar a roupa. Yury apertou um botão na frente do carro e os bancos dianteiros começaram a abaixar. Glay diva se assustou, e parou de tirar a roupa.

— Pra que isso?

— Não vamos deixar nossa convidada de fora né? – Yury lançou um olhar safado para Brenda, que já estava sem roupa e de quatro.

— Eca, mas eu não gosto do que ela tem – reclamou Glayson.

— Eu gosto, então fica de boa. Você pode fazer o que quiser comigo, diva, enquanto eu faço com ela.

— Fechou então – Glay diva pulou por cima dele, enquanto Yury tentava alcançar Brenda. Quando ele a tocou, ela urrou de prazer.

Enquanto isso, na seca mesmo, Geovanna esperava ansiosamente no corredor do hospital. A má iluminação do local e o cheiro ruim davam arrepios nela, mas ela ficou firme e forte pela sua amiga. Ela ouvia os berros desesperados da moça do lado de dentro, e ela pulava com cada grito.

Alguns minutos depois, o marido de Stephanie saiu do quarto.

— MAX! – Ge gritou de surpresa.

— Oi, Geovanna. O que você está fazendo aqui?

— Uai, eu to aqui por que quero conhecer seu filho!

— Ah é mesmo! Eu tinha esquecido.

Geovanna olhou para ele com a testa franzida, sem entender como ele poderia ter esquecido isso. Até que ela viu o que ele estava segurando.

— Isso é maconha?

— É sim, quer um pouco?

— NÃO! Nós estamos em um hospital!

— Glória a Deus, você parece a minha mãe. Filha, relaxa vai, não é como se esse fosse um lugar ou um evento importante.

— CLARO QUE NÃO, ESSE É SÓ O NASCIMENTO DO SEU FILHO. QUER SABER? FODA-SE.

Ge, vermelha de raiva, entrou no quarto do hospital sem permissão. Ste começou a rir quando a viu, e Geovanna percebeu que ela também estava drogadona. Ela achou aquilo um absurdo, e já ia começar a discutir com o médico e as enfermeiras, até que ela viu que estavam todos com um cigarro na mão. Ela ficou indignada, mas se conformou ao ver a criança.

E aquele bebê era o bebê mais feio que ela já tinha visto em toda a sua vida.


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Notas finais do capítulo

To rindo aqui sozinho, adeus



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