– CAPÍTULO DOIS –

 

(Edward)

 

Edward entrou na sala não imaginava encontrar ela, mas quando a viu sentiu um arrepio percorrer seu corpo, o que o assustou foi o fato de isso acontecer, e quando acontecia era somente quando ele via... Bella, sua antiga paixão.

Tentando afastar aqueles pensamentos fixou os olhos com os da garota, mas logo os desviou, abriu um sorriso delicado para ela e então se sentou em uma carteira distante da garota, mas dava para ficar observando-a sempre que quisesse, não que ele realmente quisesse isso, mas ela tinha algo que lhe chamava a atenção, talvez fossem seus pensamentos engraçados ou por ela não o tratar da forma como os outros fazia.

 

(Lillith)

 

Lillith sentiu-se corar quando o garoto sorriu para ela, o notou desviando o olhar. Logo o professor começou a explicar o que aconteceria na aula. Notou que Jeffrey, olhava para ela de vez em quando, aquilo estava começando a incomodá-la por demais, tentando não prestar atenção no amigo voltou a olhar para o professor.

 

- Certo turma, com base no assunto faremos um trabalho que será dividido em duplas então comecem a formar, quando todas estiverem formadas me avisem, para podermos começar. – Ele falou logo começando a anotar algumas coisas no quadro.

 

Uma algazarra começou na sala de aula, todos tentavam arrumar seus pares, Lillith como sempre fazia com Jeffrey, então não se preocupou muito em procurar um par, mas quando olhou para o local onde Edward estava sentando notou que uma garota meio chatinha tentava de todos os modos ser a dupla deste, levantou-se, notando que Jeffrey a olhava sem saber o que ela ia fazer, virou-se para ele.

 

- Jeffrey, depois nos conversamos. – disse, pois sabia que com certeza ele iria questioná-la.

 

(Edward)

 

O garoto já tinha passado a mão pelo cabelo umas quinhentas vezes, aquela garota realmente estava o deixando impaciente, ainda mais os seus pensamentos, o deixavam agoniado.

 

- Isabelle... – Tentava falar, mas a garota não deixava.

- Ed, sabe, eu pensei será que você não quer ser o meu par? Nós combinamos você é lindo e eu também, seriamos a dupla mais linda. – dizia a garota.

 

Edward ficou meio boquiaberto, ela estava dando em cima dele descaradamente. Não que ele não tivesse notado pelos pensamentos absurdos dela, mas expor aquilo e daquela forma, já era demais!

Os pensamentos dela eram totalmente ridículos a garota já havia planejado até seu casamento com ele e como seriam seus filhos. O ruivo apenas revirou os olhos quando escutou aquilo, não tinha como dar um chá de semancol para ela sem dar-lhe um fora, Edward tinha muita educação e era bastante cavalheiro para aquilo, por mais que estivesse muito chateado não chegaria aquele ponto.

 

“Ai meu Deus só me faltava essa, que menina mais... chata.” Pensou.

 

Tentava regular, mas os pensamentos da garota algumas vezes deixavam-no com uma expressão meio dura, apesar de o nome da garota parecer muito com o do amor de sua vida, essa menina era totalmente diferente além de super chata. Ele tentava manter a calma quando notou alguém se aproximando.

 

- Olá Edward. – disse Lillith passando pela patricinha esbarrando propositalmente nela para que saísse da frente e assim pôde sentar-se ao lado do ruivo, colocou seu material sobre a mesa, agora sim se apossando totalmente do local, demonstrando que não sairia dali nem por um decreto.

 

A patricinha ficou com cara de tacho sem entender o que se passava ali, Edward comprimiu um sorriso.

 

- Ei garota, quem vai fazer o trabalho com ele sou eu, com licença. – disse Isabella fazendo um exagerado movimento com a mão indicando que Lillith saísse do lugar ao lado de Edward.

 

A morena revirou os olhos e olhou friamente para a patricinha idiota que se achava o ultimo biscoito do pacote. Edward tentava não rir do que estava acontecendo ali, era realmente engraçado, mas ele não iria rir.

 

- Desculpa queridinha, mas sabe, eu e o Edward já tínhamos combinado de fazer o trabalho juntos há muito tempo atrás, então trate de ir atrás de outro para fazer com você. – disse Lillith desprezando a garota que fez uma cara de incrédula.

 

O professor notando o que estava acontecendo ali se aproximou observando a cena. Ele já não estava muito feliz com a bagunça que os alunos estavam proporcionando com o arrastar de cadeira e com as vozes alteradas, seguidas pelas gargalhadas, e tudo piorou quando viu a briga que estava se desencandeado por ali. Era apenas um simples trabalho as garotas não precisavam ficar brigando pela atenção de um garoto! Revirou levemente os olhos quando notou que era aquilo que acontecia ali.

 

“Adolescentes quem os entende? Em pensar que um dia eu já fui insuportável assim!” pensou o homem. Aquilo fez Edward segurar olha um tanto aborrecido para o professor, afinal de contar a única pessoa insuportável ali era Isabelle. Lillith era uma pessoa bacana que apenas estava tentando ajudá-lo por notar seu desespero, apenas isso, nada mais, ela não estava tentando arranjar um casamento com ele como Isabelle pretendia.

 

- Senhorita Shanks, sente-se, e faça seu trabalho com o senhor Depallier. – disse o professor, indicando Jeffrey para ela. A garota se deu por vencida, mas não sem antes lançar um olhar fuzilante para Lillith que apenas deu de ombros e sorriu de uma forma provocativa, para deixar a garota mais irritada e conseguiu, pois ela caminhou emburrada até Jeffrey e sentou-se ao lado deste que estava com uma cara de poucos amigos.

 

(Lillith)

 

Quando o professor mandou Isabella sentar-se ao lado de Jeffrey ela olhou imediatamente para trás, e viu que o garoto estava com uma cara nada boa, ficou um pouco assustava não negava, mas se não tivesse ido ajudar Edward ele com certeza tinha perdido o controle de si com a garota, quem não perdia a paciência com aquela patricinha nojenta? Ah, apenas os garotos que queriam pega-la apenas por ter um corpo bonito, mas na cabeça só continha titica de galinha, o que facilitava para os outros idiotas, eles só precisavam falar qualquer merda ridícula e Isabelle caia como um patinho. Tratou de desviar seu olha de Jeff, voltando-se ao professor que já tomara seu lugar à frente e pedia silêncio.

 

- Obrigado por me salvar. – sussurrou Edward.

- De nada. – disse um pouco assustada por escutar a voz dele tão próxima. Tudo bem que o garoto era educado, mas não se preparara para receber o agradecimento - Essa garota realmente é muito antipática. – disse rindo baixinho. – E outra coisa, você também me salvou com o meu armário.

 

Ambos voltaram a prestar atenção no que o professor falava, fizeram o trabalho trocando poucas palavra apenas o necessário para se realizar o dever, apenas de vez enquanto o ruivo mudava de assunto, mas nada muito importante que se pudesse aproveitar para seguir com uma boa conversa. O tempo passou rápido e saiu tudo muito bem, acabando que Lillith e Edward conseguiram a nota A, então tocou o sinal e todos estavam saindo. Edward saiu primeiro que todos. Lillith sentiu uma mão em seu braço virou-se para trás e lá estava a imagem nítida de um Jeffrey nada animado.

 

- Lil, muito obrigado por me deixar fazer aquele trabalho com aquela maldita patricinha. – disse o garoto com raiva.

- Jeff, eu só fui tentar pagar o favor que ele me fez hoje mais cedo, deixa de besteira. – disse a garota caminhando para a saída da sala com Jeffrey no seu encalço.

- Muito lindo você o salva e eu tenho que pagar o pato tendo que fazer o trabalho com aquela guria? Ah, faça-me o favor Lillith! Nós sempre fazemos os trabalhos juntos, agora por causa de um favor idiota eu tirei a pior nota da turma. – disse bufando, na verdade o garoto estava mesmo era com ciúmes, porém a morena não notara aquilo, apenas pensou que fosse raiva pela nota baixa. Se ele não estudava o problema era dele! O que ela tinha a ver com isso?

 

(Jeffrey)

 

Lillith virou-se para Jeffrey, chateada. Seus olhos estavam estreitos e isso indicava que acabaria explodindo.

 

- Jeffrey, quer fazer o favor de parar ser tão infantil, caramba?! Eu apenas estava tentando livrar o Edward da guria! Percebi que ele não estava gostando... E outra coisa, eu faço meus trabalhos com quem eu quiser, está bem? – disse com raiva saindo de perto dele caminhando para a saída da escola.

 

Estava realmente aperreado, ele não deveria ter agido daquela forma, com certeza Lillith tinha percebido que ele estava com ciúmes e não com raiva por causa do seu trabalho e isso não seria bom, não queria que a garota descobrisse seu amor por ela daquela forma.

 

“Jeffrey, controle-se cara! Lillith nunca vai se dar conta do quando você a ama.” – pensou o rapaz enquanto corria para onde a amiga tinha ido. Logo notou ela sair caminhando pelo estacionamento, dirigindo-se a saída, e seguindo na direção de sua casa, pisando duro. Jeffrey correu para sua caminhonete e entrou rapidamente na mesma jogando sua mochila de qualquer forma no banco de trás, e logo deu a partida seguindo a garota e quando a alcançou parou ao seu lado.

 

- Lil, deixe de besteira e entra. – disse ele com o carro parado ao lado dela.

 

A garota fez de conta que não estava escutando o que ele falou e continuou a caminha de cara fechada. Jeffrey passou a mão pelos cabelos como quem estava nervoso, percebendo que daquela forma não conseguiria nada, desligou o carro e correu tentando alcançar a garota que já ia um pouco mais a frente por andar apressada e quando conseguiu segurou-a pelo braço.

 

- Lil, por favor, não fique com raiva de mim, eu apenas estava um pouco estressado por não ter feito o trabalho com você, e também convenhamos, àquela garota é um verdadeiro porre. – disse revirando os olhos de uma forma um tanto cômica, fazendo Lillith sorrir.

- Jeff, você supera. A Isabelle é realmente um saco! – disse encarando-o com menos raiva. – Ok, então vamos para minha casa ou almoçamos por aqui mesmo? – perguntou.

- Não sei, você que escolhe, podemos almoçar em um restaurante aqui perto e depois voltamos para a escola, ainda temos que fazer aquele trabalho de literatura na biblioteca. – disse ele agora caminhando de volta para a sua caminhonete com Lillith junto. Como era o primeiro dia de aula eles acabaram cedo, pois normalmente teria aula até às 3h, mas a partir do dia seguinte as coisas começariam a pesar.

 

A morena fez uma cara de pensativa, Jeff a ficou observando atentamente, seu delicado rosto de porcelana contrastavam perfeitamente com os olhos azuis que brilhavam como se o sol tocasse as águas mais claras do mar, seu rosto era de uma delicadeza impressionante e ao mesmo tempo expressava uma força nunca vista. Ele adorava ficar observando-a. Lembrou-se da vez que o pai da garota queria que ambos namorassem em parte Jeffrey ficara contente, mas por outra ficara triste, pois sabia que Lillith nunca aceitaria tal coisa, a garota até rira quando o pai dirá tal absurdo, pelo menos para ela.

 

- Vamos para o restaurante. – disse por fim sorrindo para o garoto e logo adentrando na caminhonete junto dele.

 

Deu uma ultima olhada de esguelha para ela e logo deu a partida, indo para o restaurante.

O lugar que escolhera era simples, mas tinha uma comida deliciosa, sempre que dava eles iam para lá. Ambos almoçavam em silêncio, nenhum palavra foi pronunciada, já que não havia nada para se conversar principalmente depois do que ocorrera há alguns minutos atrás, resolveram apenas ficar em seus pensamentos. Jeffrey tentando imaginar uma forma de se declarar para Lillith e esta pensava no ruivo, Cullen, a morena não sabia por que mais esse garoto não saia de sua cabeça e aquilo a intrigava bastante, era apenas mais um garoto novato na escola! Porque ele lhe chamara tanto a atenção? Talvez fosse por sua pele pálida ou a beleza ou até mesmo a gentileza, já que ninguém naquela escola nunca fora gentil com ela, apenas Jeffrey.

Logo terminaram o almoço e retornaram para o carro, Lillith pegou o cd no qual tinha colocado mais cedo e ligou na sua musica preferida foram escutando ela até a escola novamente, ao chegarem lá foram direto para a biblioteca. A garota caminhou até uma das estantes e procurou um livro interessante, sentando-se em uma das mesas que havia ali entre as estantes, já Jeffrey foi para um dos computadores pesquisar ela internet, e nisso ficou até que ambos tinham encontrado tudo, digitaram e imprimiram.

Conversaram pouco durante o caminho de casa, o clima estava meio estranho após a briga, mas isso logo se resolveria, pois eles não ficavam com raiva um do outro por muito tempo, era algo mais forte que eles, que os fazia ficar incomodados pela distancia, a amizade deles era muito forte, pelo menos para Lillith, essa era a única explicação que encontrava para o laço forte que tinha com o moreno.

 

- Seu pai deve está louco atrás de você. – disse o garoto quando já estavam voltando para a casa dela.

- Que nada ele sabe que eu estou com você, com certeza deve está no máximo preocupado para eu chegar só para fazer o jantar dele. Sabe como é, sem mim ele não come. – disse ela rindo.

 

Jeffrey olhou novamente para ela fixando seus olhos no perfeito rosto e expressão de riso que ela fazia, mas logo parou, pois tinha que voltar a prestar atenção na estrada, mas acabou desviando seu olhar rapidamente para a morena quando esta começou a cantar a música que tocava lentamente, ele sorriu de lado ao escutar a bela voz dela soar pelo carro.

 

(Lillith)

 

Notou que ele a observava de vez enquando, e o notou sorrir de lado. Voltou sua atenção para a musica novamente, mas quando já ia começar a cantar outra percebeu que ele parara o carro e ao olhar pela janela já estavam em frente a sua, já ia abrindo a porta do carro quando se assustou, ao notar que o rapaz já estava ali abrindo a porta para ela. Um tanto cavalheiro.

 

- Obrigada, Jeff. – disse rindo graciosamente e saindo do carro com sua mochila nas costas, quando olhou para a porta da sua casa viu que lá estava seu pai a esperando.

- De nada, até amanhã e não se esqueça de me lembrar sobre o filme. – disse o garoto acenando para o pai dela e logo entrando em sua caminhonete dando a partida e saindo.

 

A garota entrou em casa seguida do pai, deixou sua mochila jogada no puff e foi para a cozinha preparar a janta de seu pai, que se por sinal foi com ela também.

 

- Por onde andou? – perguntou o homem tentando dar um de durão e preocupado.

- Passei o dia com Jeffrey, fomos almoçar em um restaurante e depois tivemos que voltar para a escola para fazer um trabalho então terminamos e ele veio me trazer pra casa como sempre faz. Sabe pai, o de sempre. – disse sorrindo para o homem enquanto passava um pedaço de carne para este.

 

Eris então se sentou na mesa e ficou ali olhando para ela enquanto já estava servindo o jantar, a garota sentou-se junto a ele. O jantar começou em silêncio, o homem parecia meio pensativo.

 

- E como foi seu dia? – perguntou Eris repentinamente quebrando o silêncio.

- Ah, legal. – disse lembrando-se do tempo que passou com Edward e com isso deixou que um sorriso escapasse por seus lábios.

- Só isso? – perguntou meio desconfiado – Esse sorriso me diz que tem mais por ai.

- Conheci um novo novato. – disse como se aquilo não fosse importante – Ele é muito gentil, me ajudou com meu armário...

- Você esqueceu sua senha de novo?

- Para variar; sim!

- Ah, querida, essa sua cabecinha, hein? – riu passando a mão pelos fios negros da garota que apenas fez uma careta.

- Como é o nome desse encantador garoto que salvou a minha filha?

- Edward Cullen.

- Cullen. – pronunciou repentinamente ficando serio e pensativo - Não quero que se aproxime dos Cullen. – disse agora limpando as mãos em um guardanapo e logo se levantando sem encarar a filha nos olhos, como se quisesse fugir de algo.

- Mas por quê? – perguntou a garota também se levantando, sem entender muito bem o motivo daquilo, mas ela apenas começou a juntar as loças a colocando na pia.

- Apenas me obedeça e não faça perguntas. – disse bebendo um gole de água e logo saindo para a cozinha.

 

Ia responder o pai, mas este apenas saiu a deixando para trás, a garota mesmo sem entender, deu de ombros e subiu para seu quarto onde pegou um cd de Paramore e colocou em seu som portátil, colocou uma de suas musicas preferidas e aumentou o volume, adentrou ao banheiro acompanhando a canção.

 

Ela vive num conto de fadas Muito longe para nós encontrarmos Esqueceu o gosto e o cheiro Do mundo que ela deixou Tudo se resume às lendas que eu lhe contei Os ângulos estavam todos errados agora Ela está tirando asas de borboletas Com os pés no chão E sua cabeça nas nuvens

 

Ela dançava enquanto penteava os cabelos, desembaraçando-os para não sofrer na hora de repetir a dose quando saísse do banho. Após isto ela despiu-se e entrou debaixo do chuveiro que já estava ligado, fazendo com que molhasse todo o seu corpo a água estava fria, extremamente fria, fazendo-a estremecer por alguns segundos. Fechou os olhos lentamente e repentinamente a imagem de Edward veio em sua cabeça, o garoto era realmente lindo. Sem sentir um sorriso surgiu em seus lábios.

 

Bem vá pegar sua pá E vamos cavar um buraco fundo Para enterrar o castelo, enterrar o castelo Ba da ba da ba

 

Lembrou-se do que seu pai tinha lhe pedido não entendia muito bem o motivo, mas mesmo assim iria primeiro procurar entender o porquê daquilo para depois fazer o desejo deste. Não se afastaria de uma pessoa que nunca lhe fez mal apenas por um capricho de seu pai.

 

Então um dia ele a encontrou chorando Encolhida no chão sujo Seu príncipe finalmente havia ido salvá-la E o resto você pode imaginar Mas era um truque E o relógio soou 12 horas Bem faça o favor de construir sua casa tijolo por tijolo Ou os lobos vão derrubá-la Com seus pés no chão E sua cabeça nas nuvens

 

Desligou o chuveiro e pegou a toalha secando-se e enrolando-se na mesma em seguida saiu do Box, voltando novamente para frente ao espelho e penteando os cabelo agora molhado, observou seu reflexo por alguns minutos, em sua feição notou o sorriso meio idiota que surgira em seus lábios e não sairá dali desde que começara a pensar no ruivo, não entendia o porquê daquilo, era algo a mais que tinha que desvendar. Voltou para seu quarto onde procurou uma roupa para dormir e novamente retornou ao banheiro.

 

Bem vá pegar sua pá E vamos cavar um buraco fundo Para enterrar o castelo, enterrar o castelo

 

Escutou um grito de seu pai, avisando que já iria deitar-se apenas gritou em resposta um boa noite para ele e novamente voltou a cantar junto de Halley.

 

Bem você construiu um mundo mágico Porque sua vida real é trágica É, você construiu um mundo mágico Se não é real Você não pode ver com seus olhos Você não pode sentir com seu coração E não vou acreditar Porque se é verdade Você pode ver com seus olhos Até na escuridão E onde eu quero estar, yeah

 

Enquanto penteava o cabelo e o prendia em um rabo de cavalo a musica ia terminando e esta após voltar para o quarto, caminhou até a janela onde ficou observando a rua por um tempo, estava tudo calmo como sempre as luzes dos pôsteres estavam acessas para iluminar caso alguém desejasse sair de casa. Fechou a cortina e logo foi até seu som acompanhando a última parte da musica.

 

Vá pegar sua pá Vamos cavar um buraco fundo Para enterrar o castelo, enterrar o castelo Ba da ba da ba...

 

Quando finalmente a musica acabou ela desligou o aparelho e sentou-se em sua cama, pegou sua mochila, tirando de lá seu caderno escolar onde ficou o observando. Por um tempo, apenas olhou e olhou e logo percebeu que teria aula no dia seguinte com Edward novamente, suspirou então o fechou voltando a guardá-lo em sua mochila jogando-a ao lado de sua cama como sempre fazia.

Logo se deitou na tentativa de dormir, mas as palavras de seu pai não saiam de sua cabeça queria realmente saber o porquê dele querer tanto que ela distanciar-se dos Cullen, mas como este já tinha ido dormir, ela não iria levantar-se de sua cama só para ir até o homem e fazer essa pergunta, mas lembrou-se do modo como ele dissera para que ela não fizesse pergunta.

Seus pensamentos acabaram indo parar em Jeffrey, o modo como este havia agido era um tanto que estranho, acabou por chegar a conclusão de que toda aquela cena fora por conta de ciúmes, mas ainda sim uma vozinha gritava em seu ouvido, fazendo-a fica confusa esta dizia que era apenas raiva por ter feito o trabalho com a garota antipática. Sorriu ao pensar nisso, desligou o seu abajur e cobriu-se até o pescoço deixando apenas seus braços ao lado de fora e com os pensamentos nas altitudes a garota adormeceu.