O céu depois de nós escrita por F T


Capítulo 9
Katniss e os jogos sem fim


Notas iniciais do capítulo

FIM DO SEGUNDO ARCO

Olá meus queridos. Aqui está o final do segundo arco da fic, como eu disse foi um arco muito mais explicativo e por isso muitas coisas não aconteceram, contudo agora a ação recomeça e espero que gostem desse novo modelo que amplia um pouco as aventuras. Já garanto que não serão arcos muito longos até porque não haveria propósito em fazer isso afinal quero atender os pedidos de todos. Esse capítulo já é resultado de pedidos. Enfim, espero que gostem. Por favor favoritem, recomendem e não deixem de comentar. Cada palavra é fundamental para o futuro da história. Boa leitura queridos.



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9. Katniss : Significa “pertencente a uma flecha”.

 

Você está, você está
Vindo para a árvore forca?
Onde enforcaram um homem que dizem matou três
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos à meia-noite na árvore-forca

Você está, você está
Vindo para a árvore forca?
Onde o homem morto clamou para o seu amor fugir
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos à meia-noite na árvore-forca

Você está, você está
Vindo para a árvore forca?
Onde mandei você fugir para nos libertarmos?
Coisas estranhas aconteceram aqui
Não mais estranho seria
Se nos encontrássemos à meia-noite na árvore-forca

  (Tradução Livre da música - The hanging tree)

 

 

EM ALGUM NOVO LUGAR NO CAMINHO DO MEIO…

 

Clara retirou os enormes saltos altos, se sentou em seu luxuoso sofá e percorreu as mãos pelo rosto tentando compreender como poderia lidar com o que poderia acontecer do lado de fora. A mulher decidiu ignorar o problema, caminhou até o grande espelho de seu quarto e piscou decepcionada já que o reflexo deixava claro que ela jamais seria uma mulher da Capital. Havia menos maquiagem, o vestido era menos chamativo e suas unhas eram menos deslumbrantes do que deveriam ser e isso a fazia se perguntar porque haviam tantas dúvidas e tantas perguntas sobre como deveria fingir ser e pertencer a alguma coisa da qual ela jamais faria parte. Isso era tão absolutamente injusto, ela suspirou e deixou o aposento decidida a retornar para o ateliê de arte.

Foi interrompida por uma batida na porta, ela percorreu a grande distancia até a porta levemente grata por não possuírem empregados afinal haviam vantagens em escolher o relativo isolamento mesmo em uma Capital que parecia indiretamente proibir qualquer tipo de ocultação.

—Finnick! - Clara exclamou surpresa demais abrindo a porta.

—Clara - Respondeu o homem entrando imediatamente no local e abraçando a garota. - Faz muito tempo.

—Você estava nos Jogos e então foram capturados pelos rebeldes… o que faz aqui? - Clara estava confusa e não conseguia entender como Katniss Everdeen tinha sorte suficientemente para ser resgatada pelos rebeldes com os jogos ainda em curso.

—Sim fomos resgatados há cinco dias - Explicou Finnick complementando cheio de determinação - Retornei para Capital porque ainda precisamos unir alguns rebeldes e agrupar todos que estão do lado da rebelião… cada um tem sua parte em uma revolução e essa é nossa última chance de designar os papéis.

—Você quer ficar escondido no meu porão não é mesmo? - Clara não precisava ouvir o restante.

—Somos do mesmo distrito Clara, ao menos fomos do mesmo Distrito um dia - Rebateu ele com a expressão preocupada - Acha que seu marido me delataria?

—Ele trabalha para o Snow, ele é um dos homens de confiança do presidente…como espera realmente que ele… - Clara estava nervosa, ela fechou os olhos e caminhou nervosa pela sala - Beba água, vá até o meu ateliê e fique no porão…apenas por essa noite ele não te verá e o convencerei a pelo menos te deixar partir em segurança amanhã.

—Obrigada Clara - Respondeu Finnick com algum estranhamento - O que houve com você?

—A capital, a morte de minha irmã nos jogos dos vencedores há cinco dias…tudo isso houve - Rebateu Clara ríspida. - Os rebeldes não “resgataram” minha irmã a tempo.

O homem deixou o aposento e ela suspirou profundamente consternada. Olhou mais uma vez para o relógio e pensou sobre como John já deveria estar em casa e sobre como tudo havia mudado tão rápido, afinal quatro anos antes ela era apenas a irmã de uma das vencedoras dos Jogos Vorazes, agora ela era uma mulher da Capital por ter se casado com um homem influente. Ela havia deixado a antiga vida nos distritos para trás, mas a pobreza poderia ser esquecida? Como ela ignoraria a fome? Havia alguma maneira de esquecer todos que foram mortos para que sua irmã vencesse os jogos? Clara preferiu fingir que havia se esquecido e assumiu que era digna da vida na Capital exatamente como todos os outros mesmo que isso significasse virar as costas para seus irmãos de distrito. Finnick era um dos vencedores dos jogos, um daqueles que havia se esquecido, mas que voltou a ter esperança. Alguém tocado pelo Tordo e agora após a morte de sua irmã no Massacre ela compreendeu que também deveria voltar a ter esperança. Deveria acreditar no Tordo, mas haviam tantas duvidas.

Clara caminhou até o quarto de uma das crianças que chamava de filha e fechou a porta tentando pensar. Ela havia se casado com John que já possuía dois filhos, contudo após a morte da esposa ele havia criado os filhos sozinhos até que Clara chegasse e preenchesse parte daquela ausência, até que tudo fosse finalmente melhor. Clara era feliz, se sentia completa e essa sensação não deveria ser perdida apenas porque uma revolução estava prestes a começar. A garota foi surpreendida com a porta do quarto sendo aberta e John adentrando o aposento, ele tinha cabelos brancos, olhos azuis, sobrancelhas notáveis e se vestia discretamente demais para os padrões da Capital.

—Clara - Cumprimentou ele se aproximando da esposa e recebendo um longo abraço - Está tudo bem?

—A revolução está próxima - Respondeu Clara como se o motivo de seu pavor não fosse outro, como se o motivo pelo qual estava aterrorizada não fosse a dúvida quanto a se juntar ou não aos rebeldes.

—Tudo será como tem que ser - Era tudo que John Smith poderia responder ao abraçar a esposa.

Clara assentiu e sorriu levemente deixando o aposento e caminhando para o próprio quarto com o olhar muito preocupado e fechando os olhos decidida a não dizer absolutamente nada sobre Finnick até estar completamente certa quanto ao silêncio de John, ela sabia que precisava ajudar o amigo. Não poderia virar as costas para ele agora, não em meio a revolução que poderia tornar a vida um lugar melhor para todos. A garota retirou as roupas que vestia cuidadosamente e quando estava completamente despida começou a procurar o que usaria para dormir porém não teve tempo de encontrar nenhuma roupa antes que John Smith adentrasse o aposento.
Ele aproximou mais uma vez incapaz de surpreender a esposa já que todas as noites repetiam aquele ritual, contudo ao invés do silêncio usual ele se aproximou e tocou os ombros nus de Clara gentilmente segurando um dos braços da mulher, exatamente os braços que possuíam marcas.

—São marcas de nascença não é mesmo? - Questionou John encarando as marcas como se sentisse uma irresistível atração para desvenda-las.

—Sim, você também tem essas marcas no seu braço - Respondeu Clara colocando o cabelo atrás da orelha.

—Não acha estranho que nós dois tenhamos marcas nos braços, marcas que não podemos desvendar? - Questionou John com uma expressão que claramente dizia “Estou perdendo algo”.

—Você sempre acreditou que essas marcas eram palavras…como lembretes de uma outra vida - Sorriu Clara pousando uma das mãos no rosto do marido - Não deveria pensar muito nisso.

—Não? Quando olho para tudo isso Clara…a única coisa que sempre retorna para minha mente são essas marcas - Declarou ele como se temesse estar louco.

—Querido, quando penso em tudo isso a única coisa que sempre retorna é o Tordo - Explicou ela agora deixando o sorriso sumir - Penso em Katniss Everdeen e em como tudo pode mudar.

—Nós permaneceremos - Assegurou John abraçando a esposa, a segurando nos braços e caminhando com ela contra o seu peito até a cama.

O homem se deitou e Clara estava ao lado dele entre as cobertas e isso foi tão familiar. Por um instante era como se tudo não fosse um grande acaso, como se nada fosse acabar e era um lugar comum no qual ninguém sentiria medo. Eles ficaram imóveis mesmo reconhecendo a proximidade da revolução e o peso que cairia sobre os ombros de todos. O peso da escolha.

—Are you, are you..coming to the tree? Where they strung up a man they say who murdered three - Começou Clara entoando a canção proibida pela Capital muito baixo temendo a reação do marido.

—Strange things did happen here no stranger would it be if we met at midnight in the hanging tree - Completou ele a música proibida também em um sussurro.

Clara o encarou quando o silencio ficou entre eles e sorriu o beijando. Sorriu porque ela estava ao lado de um homem que permaneceria apesar de tudo e pelo qual valeria permanecer e eles seriam felizes mesmo em meio a revolução, mesmo em meio ao fato de que agora eram rebeldes porque haviam cometido o primeiro grande ato contra a Capital ao entoar a musica proibida pelo Presidente Snow durante a última revolta. Eles estavam mais uma vez lado a lado em algo importante e isso bastaria quando se encontrassem na árvore forca ao lado dos rebeldes.

***


HÁ MUITO TEMPO EM ALGUM LUGAR MUITO, MUITO DISTANTE …

Jack Harkness atirou em mais um alienígena, sabia que não deveria matar, mas ainda assim algumas vezes era inevitável. Ele caminhou pelos corredores da antiga fábrica buscando a última peça ausente naquele quebra-cabeças e podia garantir que ela era algo muito difícil de achar mesmo diante do passado que tiveram. Foi então que o Capitão sentiu um forte chute em suas costas e caiu no chão, havia sido derrubado por alguém vindo de cima, alguém que já o observava.

—Jack Harkness - Disse a garota cheia de indiferença e então sorriu.

—Jenny - Respondeu ele suspirando e se colocando de pé - A filha do Doutor tem sempre algum novo lugar para salvar.

—Sim, o que faz aqui? - Perguntou Jenny se aproximando e beijando rapidamente a boca do Capitão.

—Estamos recrutando todos aqueles ligados ao seu pai - Respondeu ele com a voz cheia de seriedade - Fomos recrutados por Missy e agora nos dividimos para recrutar todos que restaram.

—Por que precisaríamos ser recrutados? - Questionou Jenny agora séria.

—O Doctor está morto e precisamos salva-lo, todos nós - Explicou Jack Harkness com determinação.

E todos iriam para o caminho do meio, em uma árvore forca para salva-lo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham que devo explorar no mundo de Jogos Vorazes? O que está bom e o que precisa melhorar? Por favor falem comigo, preciso de vocês. Não esqueçam também de favoritar e recomendar caso estejam gostando. Beijos queridos.

P.S. Vocês shippam Twelve Doctor e Clara? Realmente preciso saber isso;