A Filha do Mal escrita por Sophie Linx


Capítulo 3
Capítulo 3 - O retorno do grande bruxo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/682129/chapter/3

Mansão Malfoy

No finzinho da tarde alaranjada, as folhas secas espalhadas na longa entrada da mansão e dentro da fonte, denunciando o começo do outono, algo raro de ver Wiltshire, mesmo no outono. Hermione estava feliz de voltar para casa, depois de quase um ano fazendo intercâmbio, seis meses no Instituto Durmstrang e apenas três meses em Beauxbatons, voltar finalmente para família era algo que vinha a consumindo de saudades e cheia de novidades para contar para os pais e Draco. Sua experiência nas duas escolas foram as melhores e ter que ficar todo esse tempo sem fingir que era amiga do Potter e de todos aqueles traidores de sangue era algo que nada poderia pagar, claro, algumas coisas poderiam pagar, mas poderia demorar tanto tempo que Hermione estava perdendo as esperanças.

Era começo de setembro. Ela antecipou a viagem um dia antes para fazer uma surpresa aos pais, infelizmente o irmão já tinha ido para Hogwarts, estava louca para vê-lo, conta tudo que ele perdeu não indo com ela. Ela não conseguia entender quais foram os motivos que o levaram a desistir da viagem, ele estava tão empolgado quanto ela, mas na hora disse que não queria mais ir; ela ficou triste, mas aceitou a decisão do irmão.

Ela subiu os últimos degraus, deu alguns passos até a enorme porta de entrada e pôs a mão direita na maçaneta. Ela sorriu antes de abrir, deu um longo suspiro e abriu.

Hermione deu de cara com todos os quadros em movimento, todos querendo saber quem tinha chego e quando a viram, entortaram a boca.

— Depois de longos meses, vocês ainda continuam me odiando! — disse ela empinando o nariz. — deveriam me receber bem, suas velharias!

— Passa logo de uma vez, Lestrange — disse o velho gordo.

Hermione iria respondê-lo, mas escutou gemidos vindos do hall de entrada e um som de algo se chocando constantemente em algo que Hermione não conseguia distinguir.

— O que é isso? — perguntou para si mesma. Mas o velho gordo do quadro respondeu.

— Mas um elfo sendo castigado. — disse com indiferença — mas esse deve ter feito algo bem grave, pois estava assim faz um tempo.

Hermione o mandou calar a boca e apressou os passos. No meio do hall, sentado no mármore polido, tinha um elfo, ele tinha em mãos uma garrafa pequena de vidro e batia no seu rosto incansáveis vezes. Hermione não precisou de muito para reconhecer o seu próprio elfo: O Monstro.

Já com raiva, correu até ele e arrancou de suas mãos a garrafa e quando ele se virou, ela viu o sangue escorrendo do seu rosto.

— O que pensa que está fazendo? — ela se abaixou para toca-lo, mas ele se afastou um pouco e se jogou ao chão, batendo a sua cabeça agora no mármore — Monstro, para com isso agora.

— Monstro fez uma coisa muito mal, monstro não fez o que ele pediu.. Monstro deve ser punido.

Ele.. quem era ele?

— Estou mandando você parar com isso, agora! Você não deve fazer o que ninguém te pede além de mim. — mas ele continuava. Hermione já furiosa; puxou a sua varinha e apontou para o elfo — Petrificus totalus.. — ele paralisou — Reflectus Petrify — e usou o contra-feitiço.

Ele correu para a parede novamente, mas antes que fizesse mais alguma coisa, Hermione gritou.

— Se fizer isso, irei liberta-lo.

— Não, não, Monstro não quer se libertado! — ele correu até as pernas de Hermione e a agarrou, evitando que a sujasse de sangue. — Não.. não. Monstro vai obedecê-lo, Monstro vai fazer tudo que ele pede.

MONSTRO!!! Eu disse que era pra parar só quando estivesse desmaiado. Você não deve ter desmaiado. — gritou uma mulher, Hermione não sabia quem era, mas era estranhamente familiar.

— Pare.. ele já foi castigado. Se ele continuar nisso, Hermione vai saber. Ela não gosta que o maltrate. Pare.. — disse sua mãe.

Hermione fechou os punhos. Ela odiava quando machucava o seu elfo, ela mesma não fazia. Existiam inúmeros elfos na mansão, eles poderiam fazer o que eles quisessem com os outros, menos com o dela e as poucas vezes que isso acontecia, os pais sabiam as consequências. Hermione era um verdadeiro terror quando estava zangada. A primeira vez que ela se irritou quando mandaram que Monstro fosse punido, ela destruiu toda a sala, mas outras vezes ocorreram e novamente ela destruía algo, até que seus pais não deram mais nenhuma ordem a ele.

Sua mãe, Narcisa adentrou a sala; ela não havia mudado nada, o mesmo cabelo, a mesma postura. Tudo na mãe era convidativo, personalidade, leveza, a beleza, tudo e mais uns bocados. Os seus olhos de iluminaram tanto de surpresa, quanto de alegria, mas quando encontrou os olhos de Hermione, antes empolgada, agora como um letreiro que avisava cuidado.

Hermione não esperou nenhuma ação de sua mãe e foi logo dizendo

— Mãe.. pode me explicar o que inferno é isso? — ela apontou para Monstro escondido atrás de si.

Sua mãe sabendo o que vinha a seguir, aproximou-se.

— Eu posso explicar.

Eu achei mesmo que estivesse. Narcisa não se deu ao trabalho de repreender a maneira que Hermione a respondeu. — Mãe, não quero saber nada, só quero avisar novamente que Monstro é meu e não deve de maneira alguma obedecer ninguém..

A mulher que Hermione não sabia quem era, entrou no hall, gritando.

— Monstro, eu não estou escutando os seus gemidos, quero que.. — A tal mulher parou quando viu Narcisa acompanhada

A mulher que parecia poder dar ordens ao seu elfo, estava pronta para virar cinza, foi ela que fez aquilo com Monstro. Hermione estava louca para usar pela primeira vez o avada, mas ela não fez aquilo que imaginava, na verdade ela paralisou, estancou no lugar assim que viu a mulher.

Ela era mediana, pele extremamente branca, mas branca que o normal da Inglaterra, a mulher não parecia ter sangue no corpo, ela era quase transparente; os cabelos, caia em cascata em um longo e rebeldes cachos, sua postura anunciava há km que era uma puro sangue e de uma rica família. Na verdade, Hermione sabia quem era.

Era a sua mãe.

۞۞۞

Narcisa, vendo que as duas não iriam sair do transe, andou até Hermione, deu um beijo no rosto da filha e foi embora.

— Hermione? — disse a mulher aos sussurros.

Mamãe — chamou Hermione. Então sem pensar em suas atitudes, as duas correram de encontro com a outra, e um abraço de 16 anos de saudades foi matado. Hermione nunca pensou sentiria tanta felicidade, na verdade ela nunca pensou de fato se voltaria a encontrar a mãe. Mas ali nos braços da mulher que se sacrificou, não só por ela, mas também por Draco; a mulher que sacrificou a liberdade para dar a filha uma família, ela não poderia estar mais feliz. — Merlin, como, quando.. por que não me avisaram? Ah, meu Merlin!!

Hermione sentiu a lágrimas de Bellatrix em seu ombro e se afastou, olhou para o rosto da mãe e não conseguiu segurar o choro e mergulhou junto. Com o polegar, limpou o rosto da mãe.

— Como você se tornou bela, meu amor. — disse Bellatrix analisando a filha — você se parece comigo, por exceção dos olhos, ah, os cabelos também. Puxou ao seu pai.

Um estalo foi o suficiente para Hermione lembrar que sua mãe não deveria estar aqui. Bellatrix Lestrange foi condenada a prisão perpétua em Azkaban, sem nenhum tipo de regalia, sem visita de seus familiares, sem nem ao menos conhecer sua filha. Hermione não entendia, ela buscava qualquer alternativa que explicasse o que sua mãe estava fazendo ali, mas nada vinha, era frustrante não saber de nada.

Bellatrix viu que finalmente sua filha estava se fazendo a pergunta que a trouxera aqui. Então deslizou as suas mãos de encontrou de Hermione.

— Sei o que está se passando pela sua cabeça, mas você não soube nada que aconteceu em Azkaban nos últimos meses? — Hermione não soube nada, ela simplesmente se desligou do mundo quando estava fora, ela não queria ler jornais, pois estava enojada sobre como Harry espalhou que o Lord tinha retornado, sendo que o seu pai tinha dito que não. Então as palavras de seu pai valiam muito.

— Não. Minhas correspondências estão todas fechadas desde que fui para Durmstrang, fiquei cinco meses sem saber nada daqui. Só abria as cartas dos meus pais e de Draco — Quando Hermione se referiu a Lúcio e a Narcisa como “pais” ela percebeu que Bellatrix não sentiu desconfortável — e nada nelas me diziam sobre Azkaban.

Bellatrix percebeu que ela realmente se importava com os estudos, como Draco dizia: “Ela é insuportavelmente inteligente”. Ela realmente fez aquilo que ela saiu daqui falando ”Não me mandem fofocas ou coisas que possam me deviam dos meus estudos. Quando eu chegar em casa, resolvemos.” Nas palavras de Lúcio, cheio de orgulho.

— Querida, aconteceu tanta coisa. Mas primeiro, o Lord retonou e quer conversar com você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Filha do Mal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.