Marry me escrita por LelahBallu


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Boa noite!!

Então gente, não posso me prolongar aqui, então já peço desculpa pelo atraso das outras fics, que só serão atualizadas depois de passar um período de provas aí,esta não era para endo postada (Para ser sincera, criada) hoje, mas eu me animei muito quando vi que os acessos de Mr. Queen (1ª Temporada) estão em + de 100 mil, eu acredito que parte por culpa minha que postou o prólogo da 2ª e não atualizou mais, então imagino que algumas pessoas estão revendo, em fim obrigada de qualquer forma aos novos leitores e aqueles que gostaram tanto que ficam relendo, eu ia postar um novo capítulo dela, mas eu não queri postar para largar, então resolvi postar essa one que aborda o tema do próximo capítulo de Mr. Queen #2 espero que gostem!

ps: Para aqueles que estão pensando "Se ela pode essa podia attualizar as que já estão em andamento". Galera entendam que one é mais fácil por que não há uma conexão ou linha de tempo a ser seguida, sem falar que o capítulo geralmente (Como esse) é menor, dito isso, bye!



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Hoje seria o dia.

Após muitas tentativas fracassadas, eu finalmente pediria Felicity em casamento.  Passei dias, semanas, pensando em como faria, quebrei minha cabeça imaginando a melhor forma, a maneira mais romântica de fazer o pedido. Tudo por que ela merece algo romântico, algo perfeito. Eu queria que quando ela se lembrasse sobre esse dia a memória trouxesse um sorriso terno a seus lábios. Então eu estava disposto a me esforçar o bastante para isso.

Eu apenas não imaginei que seria tanto.

Todas as vezes que tentei fazer o pedido as coisas terminaram totalmente diferentes ou até mesmo desastrosas.  O anel na sobremesa? O garçom mandou para mesa ao lado da nossa, eu assisti incrédulo à garota exclamar alegre enquanto seu namorado gagueja sem saber o que estava acontecendo, ela o abraçou e disse sim antes que ele pudesse explicar o mal entendido, quando olhei para Felicity, ela estava olhando para os dois com um sorriso, e dito que havia sido bastante romântico embora um pouco clichê, mas não deixou de felicita-los.

A segunda vez eu tentei ser um pouco mais exagerado, contratei um piloto para desenhar as palavras no céu. Eu estava orgulhoso olhando seu trabalho quando a encarei ansioso pela resposta, meus dedos roçando a pequena caixa no meu bolso direito da calça, ansioso para tira-la de lá e colocar em seu dedo, mas sua atenção nunca havia ido para o céu, estava em seu celular, seu rosto rapidamente ficou pálido e quando me encarou foi para dizer que precisávamos correr para o hospital que sua mãe estava a caminho devido uma crise alérgica.

Então Barry me deu a brilhante ideia de organizar um flash mob, tudo o que eu deveria fazer era encontrar uma desculpa para leva-la ao movimentado shopping no dia combinado, para que no final do número coordenado por Barry eu me agachasse e a pedisse em casamento.

Nunca deu certo.

Barry sequer chegou a fazer sua entrada. Assim que os desconhecidos começaram a dançar aleatoriamente e então em pequeno conjunto, ela puxou meu braço nos afastando da multidão, alegou que odiava esses números e sentia-se sufocada no meio de tanta gente. Eu comecei a encarar aquilo como um desafio. Eu definitivamente iria pedir a mão daquela mulher, nem que fosse para escutar um “não” como resposta. Resolvi tentar dessa vez algo em seu próprio meio, contratei um técnico em TI para fazer um “vírus” que invadiria o sistema do seu computador, inclusive celular e qualquer outro dispositivo que ela tivesse acesso, o pedido iria vir em forma de alerta e quando ela tentasse combatê-lo abriria automaticamente, me mantive por perto esperando que isso acontecesse, sempre com meus dedos ansiosos roçando a caixa, mas Felicity era muito boa no que fazia, o vírus sequer chegou a ser aberto, foi destruído por seu sistema antes mesmo que ela visse.

Senti-me derrotado e até mesmo um pouco exausto, mas em uma manhã de domingo resolvi fazer algo mais simples, a levaria em um passeio em uma canoa por uma pequena lagoa, faria o pedido ali mesmo, quando ela se distraísse com a paisagem eu tiraria finalmente a caixa do bolso e a surpreenderia. Como tudo que planejei antes, essa também deu errado, nem chegamos sequer à metade, a canoa alugada estava furada e em poucos minutos afundamos, tiramos boas risadas disso, por que ela era assim, mas não foi exatamente o que eu queria.

Então, eu estava mais do que determinado, hoje Felicity Smoak se tornaria minha noiva.

Olhei para meu celular que havia começado a tocar e soltei um suspiro de alívio ao perceber que não se tratava dela. Até onde as coisas haviam chegado? Eu estava agradecido por não ser minha namorada no celular, pela simples razão de temer que ela acabasse cancelando o jantar.

— Diga Tommy. – Murmurei ansioso, temia que algo grande estivesse acontecendo e mais uma vez interrompesse meus planos. – Ninguém está morrendo, eu espero.

— Todo mundo vivo. Até agora. – Retrucou em tom zombeteiro. Oh, sim todos estavam se divertindo a minha custa, eu soube que haviam organizado um bolão, cada qual determinando quantas tentativas fracassadas eu teria ainda antes de finalmente fazer o pedido. – Eu estou ligando apenas para repassarmos tudo.

— Não será nada exuberante dessa vez. – Murmurei em tom cansado. – Eu vou leva-la para jantar e então a pedirei em casamento, não será o mesmo restaurante de antes, mas será ainda mais romântico e acolhedor do que o outro. – Falei as palavras saindo de forma automática. Diggle já havia me ligado para fazer a mesma pergunta, e logo após Barry também o fez, fazendo com que eu me sentisse envergonhado por a essa altura ainda não ter conseguido mudar o status do meu relacionamento.

 - Mantenha o anel o tempo todo consigo. – Alertou-me. – Não corra o risco de presentear um casal novamente. – Eu podia até mesmo escutar o riso por trás de suas palavras aparentemente sérias.

— Está comigo. – Falei sem me deixar abalar. – E vai continuar assim até chegar ao seu dedo.

— Se ela disser sim. – Corrigiu-me.

— Como? – Perguntei incrédulo.

— Só estou dizendo que não há 100% de certeza que ela aceitará. – Respondeu.

— Você acha que ela vai dizer não? – Comecei a me apavorar.

— Eu não disse isso. – Protestou.

— Por... Por que você acha isso? Ela te falou algo? Ela não está mais feliz comigo? – Perguntei começando a andar inquieto pelo meu apartamento. Eu passava muito mais tempo no dela do que aqui, mas hoje eu precisava do meu próprio espaço, então eu tinha que busca-la no dela para poder leva-la ao restaurante. – Você acha que demorei demais?

— Ollie, pare! – Exigiu. – Deus, eu nunca o vi tão inseguro. Vocês são perfeitos, eu estava apenas o provocando, é claro que ela vai dizer sim. – Suspirei aliviado. - Mas como sua onda de azar não parece acabar eu só manteria minhas expectativas baixas...

— Tommy! Você não está ajudando. – Reclamei.

— Ok. Desculpe, eu vou desligar para você poder ir buscar sua garota. – Falou. – Não deixei as coisas escaparem das suas mãos hoje.

— Eu não vou. – Murmurei com convicção e encerrei a ligação. Movi-me com pressa pelo apartamento pegando minhas chaves do carro, junto com as do apartamento e minha carteira, no instante que fechei a porta atrás de mim meu celular voltou a tocar fazendo com que eu praguejasse. – Inferno! – Murmurei novamente ao ver que se tratava de uma chamada de Felicity. Considerei seriamente ignorar a chamada, mas eu temia me arrepender, então sentindo uma ligeira pressão no peito levei o aparelho ao ouvido. – Eu já estou saindo de casa. – Murmurei.

— Eu não estou no meu apartamento. – Murmurou apressadamente. – Na verdade eu estou a caminho, estou apenas um pouco, talvez muito, atrasada. Desculpe, Palmer me prendeu hoje. – Falou em tom de decepcionado. – Eu ainda irei me arrumar, por que você não espera um pouco mais antes de vir, ou então podemos comer lá mesmo.

— Eu não...

— Ótima ideia! – Interrompeu-me. – Você passa naquele restaurante chinês que eu amo, pega o que pedimos geralmente e comemos sossegados em casa.

— Felicity...

— Eu tenho que desligar, te vejo em breve. Eu te amo. – Murmurou instantes antes de a ligação ser cortada abruptamente. Senti meu bolso ficar mais pesado enquanto eu olhava sem reação para o celular, de repente eu me sentia mal com aquele peso, estava pesado demais, coloquei uma mão tremente no bolso e o tirei, abri a caixa encarando sem emoção o anel. Talvez Tommy tivesse certo, talvez fosse um aviso. Ou no mínimo não era o tempo certo. Segurei minha respiração desejando que a sensação apenas passasse. Por longos segundos apenas o encarei, considerei esquecer tudo, deixar como estava, manter nosso relacionamento assim. Eu era o único que estava me importando em ir além, então por que continuar tentando?

— Por que eu a amo. – Murmurei me surpreendendo por ter dito em voz alta. Mas era verdade, eu poderia ter desistido muito antes, mas ainda assim nunca me ocorreu seriamente fazê-lo, por que eu a amava, e agora eu não podia me importar menos como as coisas aconteceriam, eu não queria mais um movimento perfeito, não queria algo romântico, eu só queria escutar sua resposta.

Foi com esse pensamento que coloquei o anel de volta ao seu lugar e segui até o elevador, em poucos instantes entrei em meu carro. Lembrei até mesmo de passar no maldito restaurante, e quando cheguei em sua casa foi em tempo recorde, quando girei a chave que ela havia me dado e destranquei a porta, por um momento fiquei confuso. Todas as luzes estavam desligadas. Ela ainda não havia chegado? E se não chegou, o que teria acontecido? Passei então a ficar preocupado.

— Felicity? – Sussurrei seu nome com esperança de que eu estava enganado e que as luzes haviam se apagado devido algum problema com a eletricidade.

— Oliver? – Meu nome veio alto e em forma de pergunta no momento em que alcancei o interruptor e liguei as luzes da sala. Surpresa e confusão me dominaram enquanto eu observava cada detalhe ao redor, várias e várias velas ainda apagadas estavam distribuídas pela sala, mais adiante sua pequena mesa estava ornamentada com candelabros e seu jogo de jantar favorito estava posto, um cheiro sutil de rosas preenchia o ar misturado ao de comida que que vinha da cozinha. Minha atenção foi quebrada quando Felicity desceu com passos trôpegos e apressados pela escada. Ela ainda estava envolta em seu roupão, seus cabelos molhados mostrando que havia saído do banheiro às pressas. – Oh não.

— Felicity... O que está acontecendo? – Perguntei hesitante.

— Oh não, não e não. – Murmurou repetidamente.  Encarei seu rosto esperando que ela chegasse ao último degrau da escada. – Você estragou tudo!

— O que eu estraguei? – Perguntei cada vez mais confuso.

— Você... Eu... – Gaguejou levantando as mãos abrangendo tudo que eu havia observado. – Isso. Tudo! Eu ia... Eu... Droga!

— Felicity?

— Eu ia te pedir em casamento! – Soltou por fim deixando-me ainda mais perplexo. – Eu esperava que você demorasse mais um pouco e então eu poderia terminar tudo, colocar um vestido bonito, ascender às velas, e colocar essa comida deliciosa que eu comprei na mesa, é claro que eu mentiria que fui eu que fiz. – Acrescentou em tom baixo. Prossegui ainda a encarando enquanto meus pensamentos estavam em uma confusão só, até que lentamente coloquei as peças em seu lugar.

— Não. – Murmurei a surpreendendo.

— Não o quê? – Perguntou dessa vez sendo ela a estar confusa. – Oliver?

— Você não pode me pedir em casamento. – Murmurei convicto.

— Você está negando um pedido que eu ainda não fiz? – Perguntou incrédula. – Você está me dizendo que não quer casar comigo?

— Sim. – Assenti. – Quero dizer, não! – Falei quando percebi seu olhar magoado. - Não se trata disso.

— Do que se trata? – Perguntou ainda incerta se eu não estava arranjando uma desculpa.

— Se trata de que você não pode tirar isso de mim. – Falei nervoso. – Eu venho planejando isso por muito tempo, eu tentei de várias formas pedi-la em casamento e em cada momento algo deu errado, parecia dar certo inclusive para outras pessoas, mas nunca para mim que queria tanto. Você não pode me pedir em casamento Felicity, por que eu quero pedi-la em casamento. Tenho procurado a situação certa, o momento perfeito, mas este nunca surgiu, eu perdi muito tempo e devo acrescentar algum dinheiro nisso, então eu mereço isso, eu quero fazer isso.

— Nós estamos brigando por quem vai pedir quem em casamento? – Perguntou com um indício de sorriso.

— Deixe-me fazer isso! – Falei impaciente.

— Então faça. – Murmurou fazendo com que eu a encarasse inseguro.

— O quê?

— O pedido. – Deu de ombros. – Eu quero ouvi-lo. – Cocei meu pescoço enquanto o silêncio dominava o recinto, ela me encarou sem paciência, segundos se passaram e nada saiu da minha boca. – Oliver?

— Eu não sei, gastei tanto tempo pensando no pedido perfeito que não pensei no que diria. – Confessei.

— Eu não acredito que isso está acontecendo. – Meneou a cabeça com incredulidade. – Acho melhor eu subir e vestir algo. – Murmurou antes de vira-se para voltar a subir as escadas, eu não podia deixa-la ir assim, surpreendendo a nós dois interrompi seu movimento quando segurei sua mão e fiz com que se voltasse para mim.

— Eu sinto muito. – Murmurei suavemente. – Eu não tenho palavras certas para pedir alguém como você para se casar comigo, por que eu não tenho razões para convencê-la do por que deveria. – Seus olhos me encaram suavemente quando falei. – Honestamente eu não sei o que a fez aceitar a sair em um primeiro encontro comigo, como explicar o que a faria aceitar passar o resto da vida comigo? – Falei com sinceridade. – Por que eu não acho que há tempo suficiente com você para mim, sempre parecerá pouco, mas vamos partir daí, o resto da nossa vida. Na saúde e na doença, nos bons e maus momentos, eu quero tudo. Eu quero envelhecer com você, eu quero ter filhos com você, eu quero toda uma vida com você. Eu nunca fui romântico, você sabe disso, mas ainda assim eu queria que isso fosse perfeito, por que para mim você é. Você merece, então sim, eu procurei as maneiras mais bobas e idiotas de fazer esse pedido, algumas delas bem clichês, mas nenhuma delas deu certo, pensando bem, talvez esta tenha sido a razão, nós nunca fomos um clichê Felicity, como então algo assim daria certo para nós? Tudo o que eu sei é que cada pedido tinha uma abordagem diferente. Cada qual começava diferente, mas ainda assim todos eles se baseavam em um único ponto importante. Eu poderia dizer isso de mil maneiras diferentes e ainda assim todas seriam iguais, eu amo você Felicity Smoak. – Murmurei tirando a caixinha do meu bolso e me ajoelhando em sua frente. Ela puxou uma respiração ao notar que eu realmente estava fazendo isso. - Eu posso não ter razões o suficiente agora para convencê-la do por que você deveria aceitar ser minha esposa, mas eu posso garantir de que em cada dia dos inúmeros que passaremos juntos, eu encontrarei uma. – Respirei fundo antes de murmurar a frase seguinte ainda sem fôlego. – Você aceita se casar comigo?

— Sim! – Murmurou em tom baixo e fraco, sua voz entrecortada, percebi que chorava. – Sim! – Repetiu com mais força e mais alto. – Claro que sim! – Falou antes de se jogar em meus braços, ergui-me levando-a comigo e a abraçando fortemente, beijei seu pescoço e fechei meus olhos apreciando o perfume floral de seu corpo, ela havia dito sim. Tanto quanto podia ser repetitivo eu era nesse momento o homem mais feliz do planeta. Forcei meu corpo se afastar do seu apenas para me ocupar em colocar o anel em seu dedo, perdi meu tempo o admirando antes de voltar a atrai-la para mim dessa vez em um beijo. De todos os beijos, de todos os abraços, esse ficaria constantemente em minha cabeça, por que esse mais do que os outros, não importa o quanto mais quente, carnais e cheios de amor os outros foram, esse selou uma nova fase, era o começo de uma nova etapa em nossas vidas. Como casal.

— Sara vai ficar um pouco chateada. – Felicity murmurou quando separei meus lábios dos seus, mas ainda mantendo nossos corpos unidos em um abraço.  – Ela queria se gabar de que era madrinha de um casamento onde a noiva foi quem pediu o noivo em casamento. – Sorriu.

— Ela vai superar. – Devolvi seu sorriso, enquanto minha mão corria livremente por seu corpo por cima do roupão. – Você está nua.

— Sim. – Seu nariz franziu em resposta a uma pequena careta. – Eu não vesti meu bonito vestido que eu comprei para a ocasião.

— Eu não tenho ideia de como é esse vestido. – Falei separando os lados do roupão e deixando seu corpo descoberto para eu admirar. – Mas eu tenho certeza que eu a prefiro assim.

— Algo me diz que você quer pular o jantar. – Sorriu coquete. – Eu pensei que você poderia estar com fome.

— Apenas temos concepções diferentes de fome. – Falei antes de voltar a atrair seu corpo agora despido junto ao meu, e dominar seus lábios em daqueles nossos beijos longos e carnais.

Nós jantamos, apenas foi bem mais tarde do que imaginávamos. Mas tudo bem, temos muitos dias para tentar novamente. Temos toda uma vida.


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Notas finais do capítulo

Em fim, espero que tenham gostado! Aguardo (Se possível) o feedback de vocês!!
Xoxo, LelahBallu.