—Você só tinha uma tarefa, e falhou.

—Comandante, mas não foi culpa minha eu juro!

—Victor Whithill, a tarefa foi designada para você, você assumiu a responsabilidade, passou mais do que o tempo necessário tentando obter resultados. Você teve o garoto nas mãos, teve o medalhão ao seu alcance e está aqui de mãos vazias. Diga-me Victor Whithill, como a culpa não pode ter sido sua.

—Ele tinha ajuda, a namorada dele, a garota era uma atomista senhor, uma atomista plena. Os poderes dela, eu nunca vi nada parecido, são muito avançados. Telecinese, Transformação, Visão atômica... Suspeito até que ela consiga identificar pessoas pelos átomos! É imprevisível o que ela ainda pode fazer, o pontecial que ela tem...

—Humm, uma atomista plena? É raro nessa idade. Há tempos que não vejo algo assim.

—Está vendo meu senhor? Eu... Eu não estava preparado para algo desse tipo. Se... se o senhor me der mais uma chance, eu provarei ao senhor...

—Basta. Não é porque enfrentou uma atomista plena que seus erros vão ser apagados. Sabe Victor, eu ando tendo muitas decepções ultimamente, e você sabe como eu lido com decepções, como eu lido com pessoas que prometem que vão cumprir uma tarefa simples como arrancar a chave de um adolescente e mata-lo e não conseguem!

—Não por favor, senhor! Eu imploro! Eu lhe imploro comandante, lhe imploro de joelhos! Por favor não!

—Nem diante da morte mantém sua dignidade, que vergonha. Ainda estou sendo benevolente, você merece morte mais desonrosa que essa, covarde.

—Não! Não, eu faço tudo... tudo o que o senhor...

—Levem-no. Podem colocar o corpo de ração para os cães.

—Sim, comandante.

—Uma atomista plena... Interessante. Whithill tinha o costume de exagerar, mas ainda assim é bom tomar precauções. Essa garota que aguarde. Vamos combater fogo com fogo. Átomo com átomo. Atomista com atomista.