Emilia & Bernardo.. Nova história escrita por Tah Madeira


Capítulo 87
Capítulo 87




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Bernardo

Emília entra correndo no quarto do pai, na clínica,  pela fisionomia do médico, soube que Alberto tinha falecido, o que foi constatado pelos gritos da esposa,  gritos seguidos de um chora profundo,  levou longos minutos até ele conseguir entrar no quarto, era uma cena triste de ver ela agarrada ao corpo sem vida do pai,  já não era mais sua esposa,  mãe de seus filhos, nem mesmo parecia a mulher de quase trinta e um anos, ali parecia mais uma criança a chorar, agarrada como se pudesse transferir seus batimentos para o pai,  ele percebe que ela diz algo ao ouvido do pai, mas ele não consegue entender o que é, ele espera algum tempo, até que o médico o chama,  ele lhe explica que ele morreu dormindo, que nada sofreu, que dentro da situação era algo esperado o coração de uma hora para outra parar, Bernardo sabe que o médico esta usando sua linguagem de praxe, mas nada o faz esquecer a mulher sofrendo em cima de um corpo desfalecido, o médico, com toda a calma e paciência explica que precisam remover o corpo do sogro, que precisam tirar Emília de perto dele,para dar andamento em todo o processo fúnebre. Ele sabe que não será uma tarefa das mais fáceis ou prazerosa, mas precisa ser feito, ele volta ao quarto, ele tenta uma primeira vez a chama gentilmente mas ela nem se mexe, ele toca o braço, ela parece inerte,  ele a puxa pelos ombros, ela grita que ainda não, ele a puxa mais forte,  ela coloca toda a sua força sobre o braço do pai, por fim ela segura na mão dele, quando ela pede um tempo por ter visto algo ele espera,  ele a vê ela abrir a mão dele e dali ela tirar uma pulseira, ela dá mais um grito, não de dor, mas de medo, de pavor.

– O que houve Emília?  Esta com alguma dor? Fala comigo. - ele olha para ela que nada diz, - Emília. ..

– Bernardo... a pulseira..- ela diz com os olhos fixo na pulseira.

– Sim a sua pulseira, o quê tem?

– Eu tinha...ela sumiu… no dia que encontrei Lia, ela pegou.

– Emília-  ele respira fundo, de novo não, ele pensa- você deve estar se confundindo, você pode ter deixado aqui.

– Não. ..não-  ela grita- Ela esteve aqui, ela matou o meu pai- e começa a chorar de novo.

– Emília seu pai….ele faleceu ...seu coração parou…

– Foi ela Bernardo, a pulseira é um aviso,  ela esteve aqui.- ela diz, o médico que os observa decide intervir.

– Senhora esse não seria o momento,  mas posso lhe garantir que ninguém de fora do hospital se aproximou do quarto do seu pai, posso inclusive lhe mostrar as filmagens.

– Não ha necessidade...- Bernardo tenta dizer.

– Sim eu quero ver, tenho certeza que ela esteve aqui.

–Emília podemos deixar isso para depois. - ele tenta em vão fazê-la desistir, mas ela levanta e sai porta fora,  o médico a conduz até a sala onde tem as filmagens,  ali incrédula eles assistem, que como o médico disse não entrou ninguém que não seja da equipe médica, pessoas que a tempos trabalham ali.

– Como a senhora viu não venho ninguém de fora desde a sua saída ontem de manhã. - o médico diz a eles.

– Mas e se ela pagou a algum funcionário? - ela não quer desistir

– Senhora sei que é um momento difícil,  mas está colocando a credibilidade da clínica em jogo, seu pai infelizmente estava muito doente, foi um processo natural, Srª Boldrin eu sinto muito.

– Emília vamos para casa. - ele tenta puxá-la, mas ela resiste- Vamos Emília .

– Não a Bernardo ela matou meu pai, ela o matou-  e sai correndo de volta ao quarto do pai, se agarrando a ele de novo, gritando e chorando, completamente desesperada.

O médico pergunta se ele quer dar algum calmante a ela, Bernardo não vê outra alternativa se não aceitar.

Lia

–Bom tarde, há quanto tempo senhora Maria Luiza Ferraz.- diz Lia para a cúmplice de anos atrás.

– Diga de uma vez o que quer Lia- Malu demonstra ter perdido a paciência com ela, não sabia como ela tinha encontrado seu número, mas á muito que aprendeu a não questionar muito ela, e nem queria saber de seus métodos,  só marcou este encontro porque ela mencionou Bernardo,  e poderia passar o tempo que for, ela jamais o esqueceu, mesmo quando teve que ficar exilada esse tempo todo na Europa,  ela nunca soube o que Lia queria com essa situação, mas Emília lhe devia, era um plano simples como o outro, que fizeram contra Marina a anos atrás.

– Bom quanto a Emília não precisamos nos preocupar, estou cuidando dela, melhor dizendo  da sanidade dela.

– O quê quer dizer Lia?

– Bom podemos dizer que Emília, anda tendo algumas crises em que só ela me vê, onde só ela sabe que estou de volta, são coisas pequena que desgasta um casamento.

–  Quem é esse - Malu pergunta para o homem que se aproxima delas.

– Este é o Marcos, ele vai ser nosso elo de ligação,  visto que eu não posso aparecer muito.- diz Lia apresentando o seu amigo, Malu ao colocar os olhos sobre ele senti um arrepio, era um cara muito bonito, olhos amendoados, alto, forte, músculos definidos, o sorriso que ele deu, se fosse em outra época tinha derretido seu coração.

– Mas o que vou fazer com ele Lia?

– Ele pode ser seu segurança, afinal Bernardo e Emília estão cercados de segurança, Marcos pode ser uma peça fundamental no nosso plano, preciso ir.- diz isso se levantando deixando os dois ali.

Lia relembra seus passos, da aparição na capela, onde achou a pulseira de Emília, sabendo qud o pai dela não tinha muito tempo e não  como foi difícil  encontrar alguém que quando ele morresse colocasse a pulseira perto dele, ela sabia que Emília iria ligar uma coisa a outra. Quando o funcionário foi receber pelo “serviço”, ela quase não aguentou quando ele lhe contou que Emília teve que ser dopada, que ela tinha surtado ao ver a pulseira, precisava de mais um passo antes do grande plano, e se  Malu esperava ficar com Bernardo estava muito enganada.


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