Emilia & Bernardo.. Nova história escrita por Tah Madeira


Capítulo 56
Capítulo 56




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*Emília* 
Esta em casa ela não vai trabalhar, hoje como ela costuma falar é um dia especial, receberá a visita de Beth, ela sempre ficava ansiosa nesses dias.


Falta pouco para ela chegar, ela prepara a mesa para o café, e pensa em quanto sua vida mudou naqueles cinco anos, não foi fácil ir embora, na noite em que saiu ela nem dormiu, ficou a noite toda acorda, traçou um plano para não ser descoberta, sabia que tinha pouco tempo e não saberia se Bernardo iria respeitar o tempo que ela pediu no bilhete que deixou,  no primeiro dia antes de Bernardo pensar em procurar por ela,  Emília  foi ao banco retirou o que pode da sua conta, marcando de ir no outro dia pegar o resto, naquela noite ela se forçou dormir, não por ela mas pelo bebê,   em seu celular tinha muitas ligações de Bernardo e seu coração se apertava a cada uma delas, implorando para ela voltar, mas ela sabe que agora pelo filho que esperava que não podia, sabia que estava abrindo mão de muita coisa, mas por sua ingenuidade e falta de atenção já tinha perdido um filho, não queria perder outro, só isso lhe dava força pra fazer tudo o que precisava ser feito.

No dia seguinte pegou o dinheiro que faltava no banco e retirou também o fundo que sua mãe tinha lhe deixado, antes que a procurassem, abandonou o carro de Bernardo que estava com ela e o celular  juntou todo o dinheiro e saiu do Brasil, comprou uma passagem de ônibus para a Argentina, por enquanto passou a usar o sobrenome da mãe, dando assim início a sua nova vida.

 FIcou lá durante toda a sua gestação, que não foi fácil, não que ela tinha tido algum problema, mas a solidão doía mais,  conversava muito com o seu bebê,  houve vários os momentos em que pegou o telefone para ligar para Bernardo, mas nunca completou a ligação, tinha momentos em que a saudade era tanta que consegui sentir o perfume dele, ou o toque da suas mãos em sua pele, sentia saudades do riso de Miguel, daquela cara sapeca, ou da voz do pai, para não sentir a solidão tão grande,  durante o dia se voluntariou em asilos ou orfanatos, ajudava idosos e crianças com alguma coisa em que necessitavam desde ler até mesmo um penteado, as crianças eram um bálsamo, suas risadas,   sua alegria pura e  contagiante, e assim ela já treinava  para a sua pequena, pois sim ela esperava uma menina,.

Emília  se correspondia com Beth por cartas, em cada uma seu coração sofria e se alegrava ao mesmo tempo, fica feliz por receber notícias, mas triste por saber que aqueles que ela mais amava sofria por ela, sua filha sentindo que ela fica triste sempre lhe dava um chute ou se mexia

O dia do nascimento de sua filha foi o momento mais feliz da sua vida e nunca desejou tanto ter Bernardo ali,  chamou por ele inúmeras vezes,  cogitou até em ligar para ele mas desistiu e segui firme no parto,  quando pegou sua pequena todo o sofrimento tinha passado pois o motivo de tudo  estava ali,  tão perfeita,  tão linda,  o olhar igual ao do pai,  as bochechas rosadas,  a mãos pequeninas,  chorava e ria ao mesmo tempo. 

Os primeiros dias com a filha foi de muitas descobertas,  de alguns susto,  e de pouco sono,  mas jamais reclamou,  era uma alegria sem tamanho ter a sua filha a salvo. 

Depois que ela nasceu ficou seis meses em casa depois procurou um pequeno emprego, algo que não tomasse muito do seu tempo, e fazia algum trabalho voluntário, e assim passou um ano, mas ela voltou ao Brasil quase dois anos depois do nascimento da sua filha,  quando seu pai ficou muito doente, alugou uma casa em uma cidade próxima, não podia arriscar em ficar ma mesma cidade que Bernardo, em um primeiro momento seu pai tinha sido hospitalizado ela conseguiu vê-lo de longe, ver ele ligado em máquinas, tão longe do homem que sempre foi a impactou demais, Beth nunca lhe disse nas cartas, mas ela sabia que ter ido embora fez o pai adoecer mais rápido do que o normal, ela até pensou em voltar e se revelar, mas ao olhar para a filha pequena, frágil necessitando dela a todo o momento a fazia continuar com seu plano, com a ajuda de Beth, usou o nome dela para comprar a livraria da cidade em que estava, usou uma parte do dinheiro que tinha, fez uma reforma e transformou uma parte da livraria em cafeteira o que deu um charme a mais e assim foi tocando a vida, com o seu pai na casa de repouso, era mais fácil para ela vê-lo, ela se voluntariou e ia uma ou duas vezes por semana visitá-lo, como Bernardo ia as sextas, ficava fácil ver o pai sem preocupação, mas era difícil aceitar que ele não a reconhecia.

Emília esta tão perdida em pensamentos que toma um susto quando a campainha toca, era Beth quem chegava.


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