Emília
Por dentro esta apavorada, por fora quem a vê diria que esta feliz por receber o beijo do seu então marido,  vendo que ele trava ela avança para um beijo rápido, quando sente as mãos dele em sua cintura puxando ela para mais perto dando um beijo longo, demorado que acabou por mexer com ela, que sentiu os lábios aveludado sobre o seu, parecia nem pertencer aquele homem que estava por acabar com sua vida, ele finaliza o beijo com um selinho, ela fica sem reação, o beijo seria perfeito para qualquer casal, menos para eles, tinha sido um bom beijo, se fosse em outra situação ela tinha gostado, mas esse beijo não mudava nada o que sentia por Bernardo.

Bernardo
Quando o juiz disse que ele podia beijar a noiva ele paralisa, e não acredita quando ela faz um pequeno avanço, então ele a pega pela cintura e dá um beijo como a muito ele queria dar, se odiando por pensar assim, e querendo ou não foi um beijo bom, os lábios mais doce e macio  que já provou,  nem parecia que daquela mesma boca saia palavras tão cruéis.
Terminado o beijo ele a paga mão e vão  até o espaço onde sera a festa, começa o jantar, eles dançam juntos, ela dançava bem e mais uma vez o contado da sua pele a dela lhe provoca arrepios, parecia que tomava pequenos choques e se perguntava se ela estaria sentindo o mesmo, como ela apesar da frieza com que lhe tratava, poderia causar tanto em seu corpo, eles não falavam nada  demais pareciam estar seguindo um roteiro, fotos, sorrisos, agradecimentos,  ele não aguentava mais queria ir embora  de uma vez.

Emília
Ela queria correr, se esconder no guarda-roupa, como fazia quando era pequena,todos os olhares sobre ela o tempo todo, encenar não estava sendo fácil até seu maxilar doía por sorrisos falsos, já estava cansada, resolveu chamá-lo.
—Bernardo- ela diz ao ouvido dele, ele involuntariamente se arrepia.
—Sim-  ele também diz ao ouvido dela devido ao som alto.
—Podemos ir embora.
—Mas Emília, ainda é cedo.
—Não me importo estou cansada dessa encenação,  e para todos somos recém casados, nada mais normal que ficarmos sozinho.
—Está bem só um minuto- ele se despede de alguns convidados, ela vai se despedir do pai.
—Pai nós já vamos.
—Tão cedo?
—Já fiz o meu papel.
—Minha filha. ..
—Vamos-  Bernardo chega perto deles.
—Sim vamos - e mais uma vez eles ensaiam o casal feliz, entram no carro e Emília segue para o desconhecido que será a sua  vida.