Linhas Vermelhas escrita por Luna


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oieee

Desculpa ai a falta de consideração com quem comentou, meus trabalhos são p semana q vem e to correndo contra o tempo.
O capítulo não está betado (eu mesmo beto, em sempre tá perfeito, mas me esforço kkk).
Quando eu chegar em casa respondo tudinho e beto o capítulo! JURO.

E quem não anda comentando... To com saudade :'(
Voltaaaaa! ♥

Beijos e até a noite!



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Quando Bruno acordou já estava sozinho na cama de solteiro.
Era fato que aquela cama era pequena para os dois, por isso ela dormia poucas vezes ali, pois quando dormia eles acordavam quase mais cansados do que quando foram deitar-se.
Não estranhou que Lisa já tivesse saído, sua faculdade era na parte da manhã e ela tinha que acordar cedo. Não o acordava pois sabia quão dorminhoco era, então apenas saia de fininho.

Bruno levantou, sem vontade. Mas estava apurado por uma ida ao banheiro, então necessitava acabar com a preguiça.
Depois voltou e fez algo muito importante! Colocou o celular para carregar, pois o coitado tinha morrido.
Depois disso desceu e viu sua mãe na cozinha, colocou a mão no bolso e pegou a carteira, tirou dela o que havia  restado da noite passada.

— Sobrou bastante. Quase não comemos. - Falou ao entregar o dinheiro.

— Elisa me contou. Você encontrou o seu pai?

"Desde quando elas têm um bom relacionamento?"— Perguntou-se Bruno.

Não que desgostassem uma da outra, apenas não eram de conversar, ou melhor, Elisa não curtia as conversas da sogra. Dizia que ela as vezes fazia perguntas demais, era intima demais, a deixando constrangida.
Ele não fazia questão nenhuma de saber quais perguntas eram essas.

Bruno sentou-se e respondeu que era verdade, de fato havia se encontrado com Enzo. Martha pensou em reclamar do ex marido, xinga-lo e ameaça-lo aos ventos, mas poupou a garganta. Passou logo para a parte do consolo, a qual era mais importante.

— Ele algum dia vai melhorar, você vai ver. Ele é seu pai. Uma hora Enzo vai perceber o mal que está te fazendo e te tratar como filho.

— Também espero que sim. - Disse, com meio sorriso.

Martha tocava os braços de Bruno, porém esqueceu toda a estória ao ver novamente o dinheiro. Aí lembrou que o traste do filho não trabalhava, fazia preguiça o dia todo e não colaborava na casa.
Levantou-se alterada.

— Tá mais do que na hora de você encontrar um emprego!

— Já vai começar?

— Nunca terminei! Você acha que tenho dinheiro sobrando para você sair toda vez que quiser? E roupas? Nunca vi alguém estragar tanta roupa quanto você!

— É culpa do gato!

— A roupa é sua! Pare de culpar o cinza. Vê se ele pega a minha roupa ou a de Inácio! É só tratar ele bem que ele é um amor.

Suspirou.

— E só isso? - Tentou pôr fim à conversa.

— É sério filho, arranje um emprego. Você já tem 20 anos. Está mais do que na hora de trabalhar. - Falou mais calma, porém ainda insistindo que o menino tomasse juízo e entendesse que já era um adulto.

— Vou fazer um currículo.

— Quando? - Bruno revirou os olhos.

— Depois que eu tomar o café da manhã, pode ser?

— Ótimo. - Disse satisfeita. - E não vai perder tempo com conversinha a toa no facebook não.

— Ok, ok. Você ganhou.

Bruno comeu rapidamente e depois subiu as escadas, ligou o notebook e se jogou na cama, pegando o celular. Na teoria ele só ia conferir as novas mensagens enquanto o outro aparelho ligava, mas todos sabem que isso nunca dá certo.

— Vamos ver. - Apertou o botão para ligar o aparelho.

E o coitado travou como nunca antes. Várias e várias mensagens carregavam em todas as redes de comunicação onlines possíveis. Na grande maioria vinham de uma só pessoa, e falavam praticamente a mesma coisa: Que merda! Atende esse celular!

Pensou bem e decidiu averiguar a situação, porém sem acordar a criatura que provavelmente estaria dormindo naquele horário. Colocou o celular no modo avião e procurou uma parte da conversa onde ele não o xingava e sim comentava o que tinha acontecido.

"Ela terminou comigo cara. Porra. Depois de tanto tempo ela terminou comigo!

Terminou por TELEFONE! CARALHO! QUAL A CONSIDERAÇÃO DESSA GAROTA?

Poxa, depois de tantas Tmps que eu aturei! Não fode!

Caralho Bruno! Cadê tu?

Porra, eu preciso falar com alguém! Aparece!

Valeu cara, muito muito obrigado mesmo.

Vou falar com a Beatriz, quem sabe ela saiba ser uma amiga de verdade que dá apoio quando a gente precisa. Diferente de uns ai...

Aquela grossa! Acredita que a sem coração da Beatriz me parabenizou pelo fim do namoro? Sei que ela nunca foi com a cara da vaca da minha ex, mas poxa! Compreensão amigos, compreensão.

Não to legal. Vou me afundar no toddynho, virar emo e ir para as trevas.

Não é possível que você não tenha voltado ainda! O que estás fazendo que não atendes? Transando? Se for isso não me conta que meu coração não guenta."

Como todos podem ver, Vitor não era um ser “exagerado”. Bruno teve vontade de ir à casa dele para saber se o amigo estava bem, porém lembrou que tinha prometido fazer o maldito currículo, e Martha não ia aceitar “Vitor tá em crise” como desculpa. E a Beatriz acabaria indo lá cuidar do amiguinho, ele tinha certeza disso. No mais ele veria o outro na faculdade.

Então deixou a ideia de lado e foi para a tela branca do Word.

Demorou um tempo para enrolar e conseguir a meia página virar uma, porém logo que deu conta já imprimiu e foi mostrar para a mãe, felizaço’.

— Finalmente, heim. – Respondeu. – Então depois do almoço você vai atrás de um emprego.

— O que? – Perguntou confuso.

— Foi bem o que o senhor ouviu. Eu andei anotando nos jornais as vagas próximas, tá tudo na mesa de centro da sala. Depois tu pega.

— Atá! E você decidiu assim, sem me consultar, que eu vou trabalhar?

Dona Martha olhou furiosa, não crendo no que o filho estava dizendo. Aquele olhar que deixava qualquer marmanjo se sentindo com oito anos, tremendo de cima a baixo. Falava a semanas para o filho que ele devia ir atrás de um emprego, ter sua própria renda, mas o folgado só a ignorava. Foi ai que Martha decidiu ir atrás ela mesma, e fazer uma prensa no rapaz. Perdeu seu precioso tempo selecionando as melhores vagas e o folgado ainda achava que podia reclamar?

— Ok, percebi que falei merda. Retiro o que disse.

— Acho bom mesmo. – Declarou Martha.

— O que você achou? Posso dar uma olhada?

— Depois do almoço.


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