Dias de chuva escrita por Sazi


Capítulo 7
Cartas na mesa.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos leitores, obrigada por estarem acompanhando essa trama.



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Ele falou. Nossa parece que eu sou como aquelas mães que ficam felizes quando seu filho diz a primeira palavra. Assim estou sendo eu. Matheus falou. Na há como não estar feliz.

Antes que eu ficasse estático ele começou a dizer

— Kevin, que porra é essa de namorar a garota que seu amigo ama? – agora ele se virou para mim. – Leo o que é isso homem? Reage. O que você pensa que esta fazendo deixando a garota que você ama fugir.

Ele estava com a macaca hoje, então continuou.

— Daniel eu sei muito bem que você é apaixonado pela irmã do Leo, assim como o Kevin também. Ambos sejam homens e se declarem para ela. Nos somos amigos desde muito, muito tempo e ninguém percebeu que o Renan é gay?

Como é? Renan é o que? Parou tudo ai, não consegui falar, mas a minha boca estava mais aberta do que a mente da minha mãe.

—Eu o que? – Renan se defendeu. Claro.

— Essa parte é brincadeira. Mas eu precisava falar tudo isso para vocês. Kevin fala algo se não eu te bato.

— Bem, eu primeiramente estou surpreso por você saber falar. – o loiro falou. – eu realmente tenho meus motivos para namorar a Larissa e bem, não posso revelar eles por enquanto. Quando todos souberem, bem eu espero que possam me perdoar.

Silencio total.

— Bom, seus motivos não me interessam muito, mas eu quero dizer é que eu amo a Larissa, mas também amo vocês todos seus bandos de idiotas. Mas eu fiquei muito surpreso, chocado e magoado quando vi que você meu amigo mais antigo, namora com a mulher que eu realmente quero... – pronto falai.

Todos me olharam. Realmente precisávamos desabafar.

— Gente eu não sou gay. – Renan repetiu constrangido.

— Nós sabemos. – dissemos em coro e depois aos nos entreolharmos começamos a rir.

Estávamos em um bom momento juntos, mas no fundo sabíamos que logo acabaria. Eu olhei pro meu amigo oxigenado natural. Eu ainda queria muito Larissa na minha vida. Eu a amava.

Eles foram embora depois do almoço. E minha irmã não saiu mais do quarto pra nada. Eu fiquei com um pouco de pena dela. Mas nada podia fazer. Eu também estava sofrendo.

No dia seguinte esbarrei com ela.

— Bom dia Leo. – Larissa disse com seu sorriso habitual. Eu na queria nunca que aquele olhar dela deixasse o meu. Eu ainda queria poder acordar ao lado dela e sentir o cheiro doce do seu cabelo bagunçado e poder ouvir que ela. – Cada detalhe dos dias ao seu lado ficaram gravados em mim como uma tatuagem que eu sei que na sai. – eu vi seus olhos arregalados e percebi que falei isso em voz alta. Baixei a cabeça rapidamente e antes que eu pudesse dizer algo mais eu estava caindo.

Caindo? Como? Ah meu Deus. Aquela garota que pensei que era um garoto estava desabando por cima de mim. Como isso aconteceu?

Bati com a cara no chão.

—Está louca? – tentei me levantar e acabei me sentando e olhando pra ela.

Seu rosto estava avermelhado como quem faz muito exercício. Percebi que ela estava correndo e deve ter tropeçado. Aaaaah. Na minha mochila. Quando eu vi Larissa a larguei a uns dois metros de nós. Ela deve ter caído assim. Notei que estava com fones de ouvido. Entendi tudo.

— Você é que esta louco, colocando essas porcaria no meio do caminho das pessoas. – eu pelo menos ajudei a garota a se levantar. Pelo menos isso. – Foi erro meu Tayla.

— Leonardo, você virou gay agora? – Larissa disse sarcasticamente.

— Gay? Como assim gay? – essa eu não entendi.

Quando olhei pra Tayla percebi que ela estava de novo daquele jeito de menino.

— Ah, essa é Tayla. Ela é da mesma classe da Laís. Ciuminho eim?

— Eu com ciúmes de você? Ainda mais com isso ai? Desde quando? – ela sorriu ironicamente e depois saiu em direção a Kevin que chegava.

Aquelas palavras me atingiram sim. Eu ainda gostava muito dela.

— Essa garota não merece aquelas palavras. – Tayla disse saindo, mas não antes de esbarrar o ombro em mim.

— Você sabe mesmo como levar um fora. – me virei ao ouvir a voz da minha irmã. Já segurando a minha mochila.

Dei de ombros. Não havia motivo algum para continuar ali. As aulas que seguiram foram uma mais chata do que a outra.

Na saídas encontrei meu trio dinâmico e estávamos indo em direção a biblioteca. Tinha um baita trabalho pra fazer e precisávamos terminar aquilo o quanto antes. Por sorte Matheus estava lá. Ele era o cérebro e nos as suas amebas.

— Vamos terminar rapidinho. –eu disse animado.

— Matheus é quem vai. – Daniel corrigiu, colocando o capuz do casaco que usava.  

Passamos meia hora ali até minha irmãzinha vir cortar o clima. Nossa isso soou errado não é.

Perdão.

— Tenho um trabalho que eu espero que vocês possam me ajudar. – deixa me explicar uma coisa. Laís participa da gestão participativa da sala dela. Ou seja, por algum motivo, ela ajuda em trabalhos simples, como limpar, arrumar.

Eu sabia exatamente de que era mais ou menos sobre isso que se tratava então já fiquei com cara azeda pro lado dela. Daniel ficou logo de pé. Ele doaria um rim por ela.

— Diz logo. – vociferei.

— Preciso que me ajudem a guardar uns materiais dos clubes de esporte. Podem me ajudar.

Eu não disse nada alem de me levantar e segui-la. Os três patetas fizeram o mesmo. Amigos são pra isso.

A quadra estava muito suja, organizamos aos poucos as coisas enquanto ela varria uma certa área. Daniel tentava chegar perto dela e os dois conversavam a esmo sobre certas coisas que não me importava nenhum pouco.

Para minha surpresa Larissa vinha junto com o grupo de lideres de torcida, creio que ensaiar ali. Já tínhamos acaba quando elas chegaram.

— Nossa como ela esta linda. – eu sussurrei, mas fui ouvido.

Elas se prepararam para treinar alguma dança, me sentei na arquibancada junto com os garotos enquanto minha Irma pegava algo pra nós bebermos.

Eu estava hipnotizado com a beleza da minha diva dançando lindamente. Ela nem me dava atenção.

— Ei Leon. – Daniel me cutucou.

— O que foi? – droga, na melhor parte.

— Lais esta demorando demais. Não pode ir atrás dela por mim?

— Por que você mesmo não vai? Não acha que seria uma ótima chance de se aproximar dela?

— Eu ainda me sinto inseguro, vai por mim.

Eu cedi. Desci as arquibancadas e fui atrás da minha irmã. Procurei ela por toda parte, mas nada. Onde ela tinha se metido. Andei por algumas salas, quando a encontrei ela estava na porta do clube de balé, olhando a possivelmente uma apresentação.

Cheguei de mansinho e me escondi de trás dela, que por sinal estava tentando se esconder também.

Quando olhei pra sala para ver o que tanto chamava atenção dela não contive a minha surpresa.

Uma garota linda, dançava junto de mais duas garotas. Os paços eram delicados porem firmes e ela tinha uma expressão doce e gentil. Os cabelos soltos eram ondulados e castanhos e iam até sua cintura, causando um lindo efeito e um balanço diferente. Eu fiquei encantado com ela.

— Laís. – cutuquei minha irmã por fim.

Ela tapou a boca para na gritar com o susto.

— Idiota. – ela disse baixinho.

— Porque você esta aqui? Conhece alguma delas? – eu quis saber

— Claro e você também seu idiota. –ela ainda sussurrava.

— Eu, - nossa quem seria? – creio que não.

Ela revirou os olhos e apontou discretamente para moça que me tirou o fôlego.

— Aquela é a Tayla.

O que? Sem chances.


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