Midnight Princess escrita por Anaiis


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Dylan: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ_V4SNZIhr7grKjvzZc4YS3CTVIN4lYeZJDaMRpZ7PSXLxXfMUJA


Selene: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/7f/d9/da/7fd9dac5fcb3ab220ba8ebe0c9851ae0.jpg



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Peguei minhas espadas e esperei. Não fazia sentido Dylan Vladescu estar vivo e mesmo se estivesse, fazia menos sentido ainda ele vir atrás de mim, sempre achei que ele estivesse morto, foi isso que nos foi ensinado no instituto. Eu não sabia muito sobre ele, apenas o que Lucius disse e isso era muito pouco. Por que ele viria atrás de mim?  Peguei novamente o anel e observei com mais cuidado, era muito bonito, por que ele deixaria isso para trás?  A porta se abriu e eu levantei a espada, logo a abaixei vendo que era Samanta e Lucius.

—Selene? Você está bem? –perguntou Sam me abraçando

—Estou. Não se preocupe. –eu disse

—Não me preocupar? Lucius, conte a ela sobre quem é Dylan Vladescu. –ela disse bufando

—Dylan, como eu disse, é o novo rei dos vampiros, há alguns anos atrás tivemos uma noticia de que ele estava vivo, procuramos, mas não encontramos nada sobre ele. Depois, começaram a aparecer mais mortes e os vampiros mudaram sua forma de agir, eles ficaram mais cuidadosos e mais letais. Não notou que encontramos poucos vampiros pela cidade? Não é que eles sumiram ou diminuíram, eles recebem ordens, temos investigado isso em segredo por muito tempo, a volta de Dylan poderia significar uma guerra ou um tratado. O problema, é que se for uma guerra, nós nunca seriamos capazes de vencê-lo. –ele disse com a cabeça entre as mãos

—Por que nunca contaram isso para nós? –eu perguntei

—Porque até hoje era tudo especulação. Selena, até hoje ele nunca foi visto. Por 998 anos ninguém nunca teve nenhuma noticia sobre ele. E agora ele apareceu. Logo aqui e logo atrás de você. –ele disse confuso

—E dai? 

—E dai que isso é muito estranho. Tem certeza que está me contando tudo Selene? -ele perguntou

—Lucius, o que esta dizendo? Selene não tem culpa por esse louco aparecer do nada! Ele é um vampiro, poderia ter aparecido na porta de qualquer um. -disse Samanta

—Mas apareceu na dela. -ele disse estreitando os olhos

—Na nossa na verdade. -ela retrucou com os braços cruzados

—Quando ela estava sozinha. -ele respondeu

—Lucius? Está suspeitando de mim? De que estou do lado dele?–eu perguntei confusa

—Claro que não. Apenas é estranho. Tente entender, estamos no começo de uma nova era. –ele disse

A porta foi arrombada e vários caçadores entraram apontando suas armas para nós. Dois seguraram os braços de Samanta e outros vieram até mim.

—Selena Collins, levante suas mãos e não ofereça resistência. –ele disse sério.

Olhei para Lucius que agora estava de cabeça baixa e joguei minhas armas no chão, coloquei minhas mãos atrás da cabeça e fechei meus olhos sentindo minhas lágrimas caírem. Como ele pode? Eu tinha confiado nele, eu nem ao menos tinha feito nada de errado. Senti as algemas prenderem meus punhos e uma venda ser posta em meus olhos. Disfarcei e guardei o anel em meu short. Fui colocada em um carro e levada ao instituto, eu reconhecia pelo cheiro do carpete manchado de sangue.

Fizeram-me caminhar por vários minutos ainda com os olhos vendados, direita, esquerda, duas vezes a direita e esquerda novamente. Não sabia onde Samanta estava ou como estava.  Uma porta foi aberta e então me colocaram sentada em uma cadeira fria. Minhas mãos foram postas em uma superfície lisa e algemadas na mesma e então tiraram as vendas. A sala era toda pintada de cinza, tinha uma cama, uma mesa no centro com apenas uma cadeira onde eu estava e do outro lado uma porta que eu julgava ser o banheiro.

O homem na minha frente estava em pé e usando uma mascara de hóquei preto, assim como o resto de sua roupa e luvas, nada amostra além de seus olhos pretos. Ele pegou uma pasta bege e a abriu na minha frente, nela tinha uma foto minha e várias informações.

—Vejamos Selene Collins, dezenove anos, nascida em Chicago no dia 14 de junho de 1997. Filha de Elisa e Jonathan Collins, sua mãe foi assassinada pelo pai que havia se transformado em vampiro, você o matou com a espada de sua mãe, foi treinada e se tornou uma de nossas melhores agentes aos dezessete anos. –ele leu com a voz baixa

—Belo jeito de tratar uma de suas melhores agentes. –eu disse revirando os olhos

—No momento você não está sendo tratada como agente e sim como a garota que viu Dylan Vladescu. Que tal me dizer como isso aconteceu. –ele disse

—Tenho certeza que Lucius já te contou, não é mesmo? –eu disse irônica

—Como você o conheceu? –ele perguntou sem se deixar abalar

—Lucius? Ele era daqui e começou a dar em cima da minha amiga e ai...

Ele levantou a mão e bateu em meu rosto me fazendo parar de falar. Olhei para ele em silêncio e ele começou a andar em volta da mesa. Meus olhos enchiam de lagrimas, mas eu nunca as deixaria cair na frente daquele homem. Respirei fundo e olhei para a ficha onde tinha além de uma foto minha, uma foto de meus pais, foquei no rosto de minha mãe e tentei parecer calma.

—Vamos de novo. Como conhece Dylan Vladescu? –ele perguntou atrás de mim

—Não conheço. Apenas o vi hoje.

—E como ele sabia onde você morava? –ele perguntou

—Também gostaria de saber isso. –eu respondi revirando os olhos

Ele puxou meu cabelo para trás de forma que minha cabeça se inclinasse para trás e seu rosto ficasse a centímetros do meu. Ele tinha retirado à máscara e agora e podia ver seu rosto, do lado esquerdo do seu rosto tinha uma cicatriz que ia do olho a quase a boca.

—Sabe, você é uma garota linda, se parece muito com sua mãe. Eu preferiria se você cooperasse comigo e eu não tivesse que fazer um estrago no seu rosto. –ele disse sorrindo

—Eu já disse que não sei de nada. -eu disse entre dentes

—Não acredito em você.

Cuspi em seu rosto e ele me soltou andando para frente de mim. Seu rosto parecia contorcido de raiva. Ele bateu em meu rosto mais duas vezes e então andou até a porta.

—Vadia. Você vai ficar aqui, sem comida até decidir cooperar comigo. Volto em três dias. –ele disse com raiva

A porta foi fechada e trancada pelo lado de fora. Passei a língua pela minha boca sentindo o corte e deitei minha cabeça na mesa. O que aconteceria comigo? Eu estava com medo, mas pincipalmente com raiva. Quando eu saísse daqui eu mataria aquele homem. As horas se passaram e eu não dormi, bebi ou comi. No outro dia uma mulher veio até mim e fez as mesmas perguntas que o homem. Desta vez a tortura foi um pouco pior. Ela fez em mim pequenos cortes e jogou álcool dentro deles, eu fiquei em silêncio o tempo todo. Eu não tinha nada a dizer sobre ele. Eu não sabia como ele me achou ou o porquê e nada que eu dizia eles acreditavam.

No segundo dia a mesma mulher veio até mim, desta vez me entregou uma garrafa de água e uma maça. Eu comi e bebi tudo com pressa. Minha sede estava forte e a fome ainda maior, eu ainda estava sentada na cadeira, estava cansada de ficar ali. No terceiro dia o homem voltou e me fez as mesmas perguntas, permaneci em silêncio e desta vez ele resolveu me chicotear, cinco vezes, cinco perguntas não respondidas. Fui colocada deitada na cama dura e ele saiu. Uma enfermeira entrou e passou alguns remédios em minhas costas e então saiu. Deitei meu rosto no travesseiro e chorei sentindo meus machucados arderem. Depois de alguns minutos o homem voltou.

—E então? Pronta para conversar? –ele perguntou sorrindo. –Me diga, porque ele foi atrás de você?

—Eu já disse que não sei. –eu disse

—Muito bem, mais três dias sem comida. –ele disse saindo do quarto

Na sala não tinha relógio e eu não sabia quanto tempo tinha se passado, minhas costas doíam e eu sentia sede. Minha raiva daquele homem e de Lucius apenas aumentavam com o passar dos segundos. Fechei meus olhos e cai na escuridão.

O alarme estava soando alto, abri meus olhos e as luzes piscavam em vermelho, isso queria dizer que estavam sobre ataque. Tentei me levantar, mas minhas costas não permitiam. Minhas pernas estavam fracas e minha garganta muito seca. A porta foi derrubada e alguém entrou vindo em minha direção, não conseguia distinguir quem era eu estava fraca demais e minha visão estava embaçada.

Fui levantada da cama e gritei pela dor dos braços em cima de meus machucados, ou pelo menos tentei gritar, minha garganta estava seca demais para gritar, nada saia. A pessoa continuou andando comigo e o incomodo em meus machucados foi aumentando, isso provavelmente significava que estava infeccionando, e a cada passo parecia pior, essa pequena tortura continuou até eu desmaiar com a intensidade da dor.


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