Midnight Princess escrita por Anaiis


Capítulo 12
Capitulo 12


Notas iniciais do capítulo

Hoje é a reunião, vamos descobrir também o que aconteceu com a Sam.



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Acho que nunca estive tão tensa antes para alguma coisa, estávamos a caminho do Instituto, as ruas como sempre estavam vazias, frias e escuras. A incessante chuva fria fazia com que o cenário parece ainda mais sobrenatural, Dylan parecia estranhamente calmo ao meu lado, ele tinha montado todo um esquema. Eu ficaria ao lado dele e de Stacy, atrás de mim estava Jonny, Jared e mais dez soldados, Dylan tinha me deixado ficar com minhas armas. Minha voz parecia ter sumido e minhas mãos estavam suadas, entramos no enorme local e fomos direto para uma ampla sala com uma enorme mesa de madeira. Na ponta da cadeira estava sentada Susan, mãe de Samanta e ao lado dela estava Giuliano, o pai de Sam e logo atrás deles estava Lucius, Sam e mais três caçadores que eu tinha me esquecido dos nomes. Sam olhou para mim com um pequeno sorriso e deu um passo em minha direção, sendo impedida de continuar por um dos caçadores. Abaixei meu olhar e continuei ao lado de Dylan.

—Dylan. Selene. –disse Susan nos cumprimentando.

—Susan. –disse Dylan em voz baixa

—Você não disse que ela estaria aqui. –disse um dos caçadores me olhando, me lembrava dele agora, era um dos que eu tinha batido para fugir.

—Silêncio. –disse Susana

—Mas...

—Não fale nada sobre ela. –disse Samanta colocando uma adaga à garganta do homem

—Filha. Tenha modos. –disse o pai de Sam a olhando

Samanta abaixou a adaga e ficou em silêncio.

—Muito bem, falem logo o que querem, não tenho tempo para perder. –disse Dylan

—Você não vive para sempre vampiro? –disse a caçadora loira sendo irônica

—Eu sim, já você não humana. Mantenha isso em mente antes de dirigir a palavra a mim. –ele respondeu com um pequeno sorriso

Ela engoliu em seco e deu um passo para trás. Susan respirou fundo e voltou a nos olhar.

—Quero propor um tratado de paz. Precisamos combater os lobos, mas por agora temos poucos caçadores e os lobos são muitos e estão ficando cada vez mais fortes. Precisamos de ajuda. –ela disse com dificuldade, como se para ela fosse a pior coisa ter de pedir ajuda. Eu a entendia, se fosse em outros tempos, eu seria a primeira a me opor a pedir ajuda aos vampiros.

—Por que eu deveria ajuda-los? O que eu ganho com isso? Digo, por que eu ajudaria pessoas que torturaram minha companheira? Ou que não respeitam nem quem fazem parte dos seus? –disse Dylan se encostando à cadeira

—Tortura? O que quer dizer com isso? –perguntou Susan confusa

—Que vocês torturaram Selene por ela ter me visto uma vez. E, aliás, respondendo as perguntas que vocês fizeram a ela, ela não sabia de nada e nem nunca tinha falado comigo antes.

—Desde quando é companheira dele Selene? –perguntou Lucius

—Não fale com ela. Só não mato você aqui mesmo por um pedido que Selene me fez. –disse Dylan com as presas de fora

—Não sei do que esta falando. Selene, você foi torturada por um de nós? –perguntou Susan confusa. -Quem fez isso com você?

—Eu não o conheço. Era um homem com uma cicatriz no rosto. –eu disse baixo

—Fernando? Querida me perdoe, eu não sabia, mas como ele chegou perto de você?

Fiquei em silêncio e olhei para Lucius. Susan entendeu e sinalizou para os caçadores que seguraram os braços de Lucius.

—Levem-no para minha sala e não o deixem sair de lá. Conversaremos depois. –ela disse séria fechando suas mãos em punhos

—Susan, por que punir Lucius? Ele estava certo Selene nos traiu. Por que a proteges? Se alguém deveria ser punida esse alguém é ela! –disse o caçador

—Experimente chegar perto dela e essa será a ultima coisa que fará na sua vidinha medíocre, caçadorzinho. –disse Dylan se levantando

Os vampiros atrás de mim mostraram suas presas rosnando para o homem a nossa frente, Stacy segurou meu braço me puxando para trás dela. E então Samanta derrubou o homem no chão com um chute, ele se levantou e tentou ataca-la, sai de trás de Stacy e joguei duas adagas acertando seus dois braços e o prendendo na parede.

—Nem tente encostar um dedo que seja nela. –eu disse baixo pegando minhas espadas.

Susan se levantou e bateu no rosto do homem.

 -Tire ele daqui. Mais tarde te ensinarei a tentar machucar minha filha. –ela disse com raiva. Os caçadores o pegaram como fizeram com Lucius e o retiraram da sala.

—Mãe. –disse Sam em voz baixa

—Fique quieta Samanta. Já te disse que algumas medidas são necessárias, se acostume a isso. Ninguém passa por cima de minhas ordens sem arcar com as consequências depois. –ela disse nervosa

Ele foi levado em silêncio enquanto Samanta olhava para baixo. Vi que ela deixou uma pequena lágrima cair e passou a mão disfarçadamente pela sua barriga. Olhei para ela com uma expressão de surpresa que ela logo entendeu e balançou sua cabeça quase imperceptivelmente. Fiquei em silêncio e abaixei meu olhar assim como ela.

—Seus problemas entre seus caçadores não me interessa ou sequer me comove. Mas se alguém tentar falar mais alguma coisa ou fizer algo contra Selene, eu não darei uma segunda chance. Não vão querer me ver nervoso aqui. Mas agora quero saber como vou me beneficiar com esse tratado. –disse Dylan cruzando os braços parecendo com raiva

—Podemos negociar. Nenhum caçador matará nenhum vampiro, se eles seguirem algumas regras. –ela disse

—Regras? O rei dos vampiros sou eu. O único que impõe regras a eles sou eu, não aceitamos regras de caçadores. –disse Dylan

—Dylan, precisamos proteger nosso povo, assim como você quer proteger o seu. –ela respondeu

—Que tipo de regra tem em mente? –ele perguntou

—Você podem não matar nenhum humano. –ela disse

—Acho que a maneira que nos alimentamos não ficou clara para você. Precisamos de sangue. Fresco. –ele respondeu revirando os olhos ficando nervoso

—Tenho uma ideia. –eu disse baixo

Dylan olhou para mim assim como todos os outros.

—Qual ideia? –ele me perguntou mais calmo

—Bem, vampiros conseguem apagar memórias, certo? –eu perguntei

—Sim. –ele disse me incentivando a continuar

—Vocês podem se alimentar, sem chegar a matar os humanos e depois apagar suas memórias. –eu disse

Dylan pareceu pensar sobre isso por alguns minutos e então se virou para Susan.

—É isso. Se concordarem com isso e se assegurar que seus caçadores não tocarão em nenhum vampiro que não tiver quebrado essa regra, eu asseguro de que os vampiros á cumprirão. –disse Dylan aceitando minha ideia.

—E se algum deles quebrarem a regra? –perguntou Giuliano

—Vocês podem mata-lo. –disse Dylan. –Mas se um dos caçadores matar um dos meus sem que eles tenham quebrado a regra, o tratado será quebrado e vamos iniciar uma guerra. E lembrem-se de que eu nunca perco uma guerra. –ele disse sorrindo

—E em troca irão nos ajudar na luta? –ela perguntou

—Em troca eu garanto que ganharemos a luta. –disse Dylan

—Feito. –disse Susan

—Feito. –disse Dylan sorrindo

A reunião acabou e saímos do Instituto sendo acompanhados por Susan e Samanta. Quando chegamos lá fora Sam se virou e me abraçou e logo em seguida Susan fez o mesmo.

—Selene, me perdoe, eu realmente não sabia o que tinha acontecido, mas tomarei as providências necessárias. –ela disse

—Tudo bem Susan. –eu disse

Ela se afastou um pouco dando a mim e Sam um tempo para falarmos a sós. Dylan fez o mesmo.

—Você está bem protegida. Fico mais calma com isso. –ela disse sorrindo

—Mas você não está. Isso não me deixa calma. Vai me dizer como isso aconteceu? –eu perguntei

—Não sei do que está falando. –ela disse desviando o olhar

—Sam, você está gravida. Foi por isso que você não conseguiu se defender não é? Foi por isso que você estava tão sentimental nos últimos tempos?

—Shiu, fale baixo, ninguém sabe e nem podem saber. Mas sim, eu não estava me sentindo bem, ando me sentindo fraca por causa disso. –ela disse

—É do Lucius não é? –eu perguntei

—Não. –ela disse corando

—O que? É de quem? Quem foi o caçador que fez isso com você? –eu perguntei surpresa

Samanta ficou calada e olhou para baixo.

—Não foi um caçador. Foi um vampiro. –ela disse

—Quem? –eu perguntei ainda mais surpresa

—O nome dele é Alexander. Alexander Romanoff.

—Então você...

—Sim, eu também sou uma das destinadas. A única diferença é que o meu não é tão carinhoso ou apaixonado quanto o seu é. –ela disse me mostrando a estrela em seu pulso direito


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo eu vou explicar mais isso sobre o Alexander. >.



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