Os Três escrita por Felipe Perdigão


Capítulo 2
II — Destemida.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, olha quem ressurgiu das cinzas...
Espero que gostem e deixem o feedback!



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JANE

Eu não acredito que ele foi capaz de fazer isso comigo. Desgraça! O relacionamento humano é de fato uma das coisas mais difíceis impostas ao homem. O pior disso tudo é que ele é meu príncipe e ser magoada por ele me faz questionar se realmente vale a pena passar por isso.

— Posso saber por que fez isso? — indaguei.

— Eu não tenho mais treze anos, mãe. — retrucou.

— Por isso mesmo deveria conversar com sua namorada sem utilizar-se de deboche.

Oliver tirou os olhos do teto e me encarou nos olhos.

— Olha, eu vou ser sincera, não falarei mais nada... Você sabe muito bem porque não pode fumar e porque eu detesto que você faça isso. — respirei. — Mas a vida é sua, não sou sua dona.

— É, eu te amo, mas você poderia me dar um tempo.

Dei de ombros e saí do quarto. Uma enorme xícara de chá de canela seria capaz de me acalmar neste momento. Estou cansada de ser feita de otária. Enquanto eu insistir em sentir, continuarei com esse vazio dentro de mim. O pior disso tudo é que não sentir é pior a que sentir. Sentindo pelo menos tem o lado bom, os risos, os afetos, o zelo, as transas com orgasmos múltiplos e o melhor: a companhia dos meus dois namorados.

Ás vezes eu só queria que Oliver amadurecesse um pouco e deixasse de ser tão arrogante. Sua insensibilidade me seca, talvez se tivesse um pouco mais do humor de seu primo Julian, conseguisse enxergar as cores em sua volta.

Quer saber?

Deixa-o se fuder pra lá.

Oliver sabe muito bem o quão ruim é ficar internado. Se ele quer acabar com a pouca saúde que ainda o resta, foda-se. Não estou aqui pra ficar desperdiçando meu tempo com capricho de macho. Mesmo sabendo que o motivo dele fumar ser um transtorno psicológico, não ei de concordar nunca com este suicido lento.

Estava tão abalada que fiquei ali na cozinha escorada a parede por tanto tempo que meu chá esfriou. Este chá gelado não está pior a que este órgão insípido que insiste em bater dentro do meu peito, pensei. A cada gole, eu podia sentir o gosto da lágrima em meus lábios que insistiam em descer pelo meu rosto enrubescido pelo ódio.

Quanto mais tento fingir que não importo, mais me afogo em lágrimas.

— Não vale a pena chorar por isso — Julian adentrou a cozinha e me acolheu nos braços onde minhas lágrimas corriam em um espaço de tempo cada vez menor.

— E você acha que eu não sei? — solucei. — Tenho que abrir meus olhos.

Sem dizer nada, deu-me um beijo na testa limpando minhas lágrimas.

— Já é tarde, vou ir pra cama. Quer que o mande dormir no sofá? — Julian indagou.

— Claro que não! — me recompus. — Não vou ir dormir brigada.

— Não vejo problemas nisso, amor.

— Não quero que nossos problemas se acumulem e nos faça transbordar — mordi os lábios.

— Pra mim isso é bobagem.

— Não quero perder vocês dois — exclamei.

— Você vai estar para sempre dentro do meu coração — roubou-me um beijo de boa noite.

Fui direto para o banheiro e o único pano que me cobria deslizou até o chão. A água quente escorria pela minha pele me acalmando cada vez mais. Às vezes eu queria muito ir embora, voltar pra minha cidade natal. Talvez lá a felicidade fosse possível, mas a única certeza que tenho no mundo é que a presença destes dois me faz melhor.

Não que eu não consiga ficar bem sem os dois. Claro que consigo, e ainda penso que só se é possível ser feliz com alguém quando nos sentimos bem com nós mesmo. O problema é que nenhum dos três se sente vivo há tanto tempo que... O nosso caos amansa o mar bravo dentro de nossos corações.

Saí do box e uma corrente fria entrou pela janela. Logo peguei uma blusa escura que ia até a metade da minha coxa. Amo essa blusa e o quão me sinto confortável nela. O triangulo de ponta cabeça estampado na parte da frente me lembrava nós três.

Ao chegar na porta do banheiro deparei-me com Oliver sentado no seu lado da cama.

Aquilo estava me corroendo.

— Eu amo vocês — disse enquanto caminhava até a cama.

— E por que você me ama? — ele deitou de bruços e vi seu olhar fixar na boca de Julian que parecia ter sussurrado algo.

— Eu amo vocês porque vocês são meus, eu amo vocês porque vocês precisam de amor. Eu amo vocês porque quando vocês me olham eu me sinto uma heroína, sempre foi assim. Eu amo vocês porque quando eu sou tocada por vocês me sinto mais mulher do que qualquer outra.

— Eu também amo vocês. — Julian suspirou, como se dizer aquilo doesse.

— E porque vocês também nos amam? — me deitei entre os dois encarando o teto.

— Eu amo você porque quando eu te toco eu te faço sentir mais mulher do que qualquer outra. — bradou Julian.

— Eu te amo porque nunca poderão nos acusar de falta de amor. — Oliver olhou pro primo. Um olhar que me fez querer beijar os dois.

— Eu te amo porque você poderia amar qualquer outra pessoa, mas mesmo assim nos ama. — Julian acariciava-me a bochecha.

— Só a vocês. — Oliver sorriu e foi beijando por seus amores.

Eu me sentia transbordada. Mas agora não era por incompreensão feminina, nem por um vazio monótono e muito menos por um fatalismo diário. Transbordava de amor.

Eu me sentia bonita, meus cabelos não estavam penteados, o cheiro de sabonete de blossom exalava de minha pele e o cantinho de minha boca estava ressecada pelo frio. Mesmo assim eu me sentia desejada ao receber beijos com certa violência.

As malicias já haviam possuído nós três.

Nenhuma tecido nos cobria neste momento.

As ereções dos meus namorados eram claramente perceptível. Os lábios de ambos estavam úmidos enquanto se beijavam e eu assistia com as mãos em seus membros cada vez mais enrijecidos e pulsantes. Quando Julian colocou uma das mãos sobre meu seio e começou a apalpar estendi a cabeça para trás e comecei a suspirar ofegante. Meus mamilos rosados e enrijecidos demonstravam claramente minha excitação. Não demorou muito e eu estava completamente lubrificada.

Senti meu sexo formigar enquanto Oliver me tocava e dava beijos sincronizados por todo meu pescoço enquanto Julian continuava a acariciar meus seios.

Enquanto minha imaginação vagueava aumentando o prazer, Julian me deitara na cama de uma forma que não me incomodava. Quando me dei conta, no meio de minhas pernas entreabertas havia o rosto de Julian com a sua barba por fazer. Sua língua me acariciava o sexo em um movimento continuo que me fez apertar a mão de Oliver. Cerrei os olhos por um instante e aproveitei aquele momento.

 Com o membro de Oliver na boca eu o sentia cada vez mais duro enquanto a respiração quente entre as minhas penas me enlouquecia. Os três transbordavam em excitação.

— Julian! Oh Julian! — gemia em delírio enquanto a velocidade do toque da língua em meu clitóris bambeava-me as pernas.

— Sim princesa? — A voz arrastada e debochada que eu sempre amava ouvir me fazia abrir os olhos com palpitação com tamanha excitação.

— Você me comp... — fura interrompida e não pude continuar.

— O que acha de conversarmos depois? — Julian ofegou dando pequenos beijos pelo meu corpo até alcançar meus lábios. O seu sexo estava entre as minhas pernas e eu o sentia roçar, fazendo com que um arrepio me subisse a nuca. Enquanto Julian me beijava, Oliver brincava com a língua no membro do primo.

Os beijos e a excitação estavam em sintonia. Nós estávamos cientes do que estávamos fazendo e sentíamos algo mais intenso do que prazer. Nos sentíamos amados.

A transa estava tomando um rumo mais intensa.

Meus lábios se encontraram com os de Oliver e Julian puxou a mão de seu namorado até sua ereção.

Eu me contorcia levemente na cama ao ser beijada por um dos namorado. Julian voltara me tocar com a língua e começara a ser tocado por Oliver, que estava completamente excitado. Eu que estava à fervura deslizava os dedos no cabelo dos meninos enquanto sentia a mão gelada de Oliver tocar junto a mão quente de Julian tocar meu clitóris.

Depois de alguns minutos naquela situação, Julian puxou Oliver e ambos se beijaram. Um acariciava o outro enquanto eu os masturbava. Oliver mordeu o lábio inferior de Julian, e depois seguiu até seu ouvido o fazendo sentir sua respiração quente e acelerada que me fez arrepiar em observar aquilo.

— Faça. — Se afastando do amante, Oliver deu me um beijo.

Eu não conseguia esconder a feição de malicia.

Sem demora Julian se posicionou na cama com um travesseiro nas costas e logo me posicionei sobre o membro já protegido e lubrificado. Assim que começara a penetrar, comecei a segurar com força o lençol e beijava Oliver que me tocava os seios e se contorcia.

Aquela dor se misturava com o imenso prazer e por m ais que doesse, mais eu queria.

As penetrações estavam cada vez mais rápidas. Enquanto eu mexia os quadris por cima do meu namorado eu o ouvia gemer cada vez mais de prazer.

Levei um dedo a boca de Julian que o mordia de leve entre suspiros. Desci a mão até seu pescoço e quanto mais prazer eu sentia,  mais o apertava.

Aquilo era gostoso, incrivelmente intenso para nós três.

— Ah! — bradei jogando a cabeça pra trás.

Eu me sentia poderosa, gostosa, a garota mais bonita de todas. Todos os meus problemas haviam sumidos. Os garotos sempre me fizeram bem, as transas de nós três sempre me agradara, mas essa foi a mais prazerosa de todas.

Depois de alguns minutos, nós três haviam atingindo o orgasmo, puxei ambos para deitarem ao meu lado. Oliver fazia um movimento circular sobre sua barriga recuperando o fôlego e Julian enrolava os dedos em meu cabelo.

De vez em quando Oliver beijava a curva do meu pescoço e assoprava em meu ouvido. A ponta de sua língua tocava-me o pescoço e eu adorava aquilo.

Mais um tempo e Oliver foi se banhar e nos deixou a sós, deitei sobre o ombro de Julian e logo adormeci. Na manhã seguinte, fui acordada por Oliver que havia feito café da manhã para nós. Só conseguíamos trocar risadas.

Eu poderia ficar ali sentada na cozinha observando os raios de sol iluminar os cachinhos de Oliver e a cara de mau humor de Julian por ter acordado cedo, mas infelizmente eu tinha que ir pra faculdade e...

MERDA, estou atrasada.


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Notas finais do capítulo

Comentar em uma fic é mostrar para o autor o quanto
você respeita e gosta da historia. Não custa nada e não
demora dois minutos, então por que não comentar?

Com certeza todos que leêm essa nota já escreveram algo
e viram como é ruim escrever para as paredes. Muitos desistem,
outros desanimam.

Então faça uma forcinha, nem que seja para dizer que amou
ou odiou. Com toda certeza o autor se sentira melhor.



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