Paraíso de verão escrita por Tefy


Capítulo 10
Sábado, 19 de Dezembro, 03h10min. da madrugada.


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal :)
Olha quem voltou mais uma vez com mais um capitulo? Euzinha :)
Bom, meus lindos e lindas espero que gostem do que lhes preparei e nos vemos nas notas finais.
Um beijo a vc que está lendo essa estória *3*
E boa leitura. ^^



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Sábado, 19 de Dezembro, 03h10min. da madrugada.

Logo o barulho de sirenes fica cada vez mais alto e a correria ainda maior tanto dentro quanto fora da casa. Os que antes estavam jogando conosco sumiram tão rapidamente que nem vi o momento em que partiram.

— Ai meu Deus! - Eu exclamo e coloco a mão na cabeça - Eu vou ser presa. Isso não pode estar acontecendo. Vou passar o resto da minha vida na cadeia comendo gororoba e nunca mais vou ver meus pais. A Cassie eu não ligo de não ver, já que é culpa dela que eu estou aqui...

— Caty. - Alec recobra minha atenção colocando as duas mãos em meus ombros - Caramba, não surta agora. A gente precisa sair daqui. Alguém deve ter chamado a policia.

— Não me diga, Alec. - Comento sarcástica e logo começo a rir histericamente - Eu nem reparei nisso.

Alec me olha apenas uma vez e novamente culpo a bebida, dessa vez, por minha infantilidade.

— Desculpe. - Eu murmuro e abaixo a cabeça.

— Desculpa aceita. - Ele diz e pega a minha mão - Agora vamos sair daqui.

Então, Alec me puxa e eu cambaleante tento correr, mas me atropelo em minhas próprias pernas muitas vezes quase indo com a cara de encontro ao chão. Sorte que ele me segura diversas vezes antes da queda se tornar realidade o que nos atrasa um pouco na fuga.

Ótimo, agora nem correr eu consigo.

Bebida alcoólica maravilhosamente maldita!

Corremos até a cozinha onde há a porta dos fundos da garagem enquanto esbarramos e desviamos de outros jovens que também correm desenfreados procurando uma saída.

— É a policia!! - Ouço uma voz grossa retumbar dentro da casa e tento apressar mais o passo.

— Vamos, Caty. - Alec diz enquanto ainda puxa o meu braço e saímos no quintal dos fundos.

— Ei, eu estou fazendo o melhor que posso bêbada. - Eu respondo - Correr bêbado não é bom, Alec. - Eu reclamo e escuto Alec soltar uma risadinha.

— Não é mesmo. - Ele diz essas palavras consoladoras enquanto corremos pelo quintal.

Parece que estamos em um daqueles filmes atuados por Tom Cruize em que fugimos dos caras maus enquanto eles nos perseguem. Pensando nisso, começo a rir enquanto corremos para fora, porém, assim que acreditamos conseguir sair, a policia aparece bem na nossa frente.

— Ai, meu Jesus!

— Parados meliantes! - Um policial com uma pinta bem no meio da testa ordena, com a voz cheia de autoridade.  Considerando a situação e o medo de ser presa, com certeza seria um pouco inadequado rir de sua pinta na testa, mas vontade não falta. 

— Eu não sou meliante! Eu juro.

Eu já estava pronta para me jogar no chão e implorar para não ser presa nesse momento, além de culpar totalmente a minha irmã por desviar minha mente, mas, Alec me puxou para o outro lado e continuamos a fugir. 

— Quer uma dica? - Ele pergunta ofegante e eu balanço a cabeça.

— Não.

— Nunca pare quando eles mandarem.

Fomos correndo pelo canto do quintal repleto de muitos arbustos e Alec nos faz transpassar por eles me dando vários arranhões nos braços.

— Parados! - O policial atrás de nós grita, mas, o ignoramos e continuamos a correr pelos quintais de vários vizinhos, pulando os arbustos que os separavam. No entanto, apesar de nossos esforços em tentar despistar os policias eles estavam nos alçando cada vez mais.

— Nós precisamos nos esconder. - Alec diz ofegante e eu apenas assinto com a cabeça que dói como nunca.

Corremos por mais alguns metros até que entramos em um beco escuro, então, Alec me puxa novamente para o canto da parede onde há uma caçamba de lixo. Ele a abre e entra rapidamente lá dentro e eu fico completamente confusa ate ele oferecer a mão para mim e eu imediatamente arregalar os olhos.

Nem. Pensar.

— Eu não vou entrar ai dentro. - Eu exclamo - Não sou frescurenta, mas no latão de lixo não dá. Você não tem outra ideia, não? - Eu cruzo meus braços.

Deus, eu estou fazendo biquinho. Desde de quando eu faço isso?

 Desde quando entrar no lixo se tornou uma opção em nossa fuga.

Alec da um sorrisinho e cruza os braços também.

— É o que temos para hoje e você que sabe querida. Os policias estão vindos. A menos que queira ser presa é melhor entrar aqui dentro. - Ele diz e então se abaixa, sumindo dentro da caçamba.

Bom, é um ótimo argumento, mas, mesmo assim, eu não me rendo e continuo com os braços cruzados. No entanto, quando começo ouvir o som de pés retumbando no cimento correndo até onde estávamos, eu comecei a me imaginar em um daqueles uniformes preto e branco, presa numa cadeia fedorenta e isso foi motivo suficiente para me fazer, imediatamente, pular dentro da caçamba, fechando-a logo em seguida e caindo bem em cima do colo do Alec.

Ele sorri malicioso para mim e diz:

— Que bom que resolveu juntar-se a nós.

— Nós? - Eu arqueio a sobrancelhas, confusa.

— Nós. - Ele sorri - Eu, você e acho que tem um animal morto aqui dentro.

— Ai, caramba! - Eu exclamo e coloco a mão no nariz. Agora está explicado por que está tão fedido aqui dentro - Eu não acredito que estou num lixão. Isso é tudo culpa da Cassie. Em casa eu não estaria em um lixão.

— Bom, pense pelo lado positivo: pelo menos você está sentada em um lugar confortável. - Alec diz e eu reviro os olhos e dou um tapa em seu peito.

— Você é uma bêbeda violenta, não acha? - Ele comenta.

— Você não viu nada. - Respondo e Alec ri, mas para assim que ouvimos duas vozes murmurando no lado de fora da caçamba.

— Eu os vi entrando dentro desse beco.— Diz o policial que acredito ser o que nos perseguia e eu e Alec nos entreolhamos.

— Eles podem ter saído do outro lado. Precisamos verificar. — Outra voz sugere e eu sinto uma vontade repentina de rir.

Babacas!

Acho que descobri que tipo de bêbada eu sou: Risonha. O que é um terrível contraste, devido ao meu comportamento apático quando estou sóbria. Não conseguindo segurar por mais tempo, acabo soltando uma pequena risada e Alec imediatamente arregala os olhos.

— Espere, eu ouvi alguma coisa. - O policial diz e mais uma vez sinto vontade de rir ao pensar na situação em que me encontro: Fugindo da polícia e me escondendo dentro de um lixão com provavelmente algum animal morto aqui dentro.

 Como cheguei a esse nível?

Percebendo que eu estava perto de perder o controle novamente e soltar outra risada renunciando completamente o local em que estamos escondidos, Alec coloca a mão rapidamente em minha boca, tampando-a.

Pare de rir. - Ele sussurra quase inaudível em meu ouvido e eu tenho que morder o lábio inferior para conseguir me controlar.

Ouvimos alguns passos se aproximando da caçamba, mas, por sorte o policial diz:

— Acho que não foi nada. Vem, vamos seguir por aqui. Eles não devem ter ido muito longe. Você se lembra dos rostos deles?

— Eu lembro, sim...

As vozes vão diminuindo conforme os policiais vão se afastando e assim que não as ouvimos mais, Alec solta um suspiro aliviado e joga a cabeça para trás.

— Foi por bem pouco. - Ele comenta e fecha os olhos e eu reviro os meus.

— Acho que você já pode tirar a mão da minha boca. - Eu murmuro e então Alec abre os olhos e nota que ainda está com a mão sobre ela e a retira.

— Finalmente. Pensei que tinha colado ela aqui.

— Desculpe. - Ele diz, porém não demonstra  nenhum arrependimento - Esse foi o único jeito de fazer você ficar quieta.

Eu sorrio maliciosamente para ele e aproximo meu rosto do seu, deixando nossos lábios a milímetros de distância.

— Eu pensei em outra maneira de você me fazer ficar quieta. - Eu sussurro e lambo os lábios sugestivamente e sinto a respiração de Alec acelerar ao encarar minha boca.

Eu nunca fiz isso antes e culpo novamente a bebida por meus atos impensados, além de culpar novamente Cassie por todas as consequências destes. Então, desconsiderando totalmente o lugar horroroso em que estou e pronta para fechar o pequeno espaço que nos separa de um beijo, de repente, sinto uma náusea terrível e minha cabeça começa a girar e, involuntariamente, eu me viro para o lado e surpresa... Vomito.

Vomito.

Belo momento, Caty!

Alec murmura um xingamento e virá à cabeça no mesmo instante para o outro lado.

— Desculpe. - Eu digo enquanto limpo minha boca e ele simplesmente assente com uma cara de nojo e me tira do seu colo nos colocando de pé.

— Tudo bem. Vamos sair daqui.

Então, Alec sai da caçamba de lixo, que agora adquiriu um novo odor ao introduzir meu vômito nele, e me ajuda a sair já que estou meio cambaleante. Meio não, completamente cambaleante.

Vômito maldito!


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Notas finais do capítulo

Oi de novo, guys.
Então, por favor me contem o que acharam do capitulo. Eu espero que tenham gostado e quero saber de vcs se a estória está acontecendo rápida demais. Tem algumas fic's que eu leio em que os fatos são muito rápidos e acaba assustando. Espero que isso não esteja acontecendo aqui, então, por favor me falem, ok?
Bom, pessoal, favorite e comentem pleaseeeeeeeee. Eu meio que amo responder coments hehehehehe :)
Um beijo da Tefy e até o próximo ;)