O fantasma esquecido. escrita por Sazi


Capítulo 5
O verdadeiro fantasma.


Notas iniciais do capítulo

Hoje o capitulo foi curtinho, mas espero que gostem. O próximo será marcado com a chegada de Allen e Kanda.



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Os dois se entreolharam. Não sabiam de que fantasma se tratava. Era a primeira vez que ouviam isso. 

— Deixem me esclarecer algo. Existem lendas que dizem que há uma fantasma nessa cidade Matel. As pessoas comentam que ele atrai-as para o subsolo e as mata.

Guzol entendeu o que se passava. O delito da sua amada repercutia.

— E você o que pretende? – ele questionou o finger.

— Nós apenas queremos saber se isso é um fantasma de fato ou é obra de algo que chamamos de Inocência.

— Inocência? – os dois se questionaram em uníssono.

— Sim, um item que esta além de sua compreensão. Creio que ele se pareça, em sua fase bruta com isso. – ele disse retirando de dentro da enorme mochila um desenho feito a mão do que seria a Inocência.

Os dois observaram o objeto que estava desenhado e Lala se pudesse ficaria pálida. Conhecia aquele objeto, era o que ela podia chamar de seu coração.

— Eu nunca ví esse objeto aqui em Matel. - Guzol se pronunciou.

Lala nada disse apenas fitou o chão da residência. Mas o seu amado sabia que havia algo errado e que ela estava escondendo algo. Ele esperou. O finger estava cansado e pediu para dormir um pouco e uma cama foi cedida. No horário de sempre Guzol e Lala foram ver as estrelas como sempre faziam. Nesse momento o rapaz foi surpreendido por um gesto que não esperava da boneca. Ela desabotoou a camisa de linho branca que usara exibindo seu abdome. Porem antes de chegar na região dos seios ela parou. Guzol estava visivelmente envergonhado, mas não desgrudou o olhar para sua amada. Parando naquela região poderia ser visível a única coisa que apontaria ela como não humana. Naquele local havia uma quadrado. Como se fosse a tampa de algo. Ela pressionou um pouco o local e o mesmo se abriu, exibindo o seu coração.

— Inocência – o espanto de Guzol foi visível. Então o coração de Lala. O que a movia e fazia ela possuir todos os seus sentimentos era aquilo. O coração da fantasma de Matel era a Inocência.

O finger não estava realmente dormindo e assistia a tudo atentamente. Sorrateiro ele voltou aos seus aposentos e fez uma ligação para a Ordem Negra informando a suspeita de uma Inocência estar naquelas áreas de Matel. Outros finges iriam para lá também.

No dia seguinte o finger informou aos dois os perigos que representavam os akumas. E explicou também o que eram aquelas criaturas.

O medo se instalou no rapaz que vira passar por sua mente a morte de seus pais. Os seres descritos eram exatamente iguais. Sua mente soube exatamente que Lala estava em perigo. E tinha a todo custo protege-la.

Chamou o finger em um local onde a boneca não pudesse ouvi-lo.

— Esses akumas podem vir atrás da Lala e de mim? – ele questionou.

— Por qual motivo eles viriam? Eles apenas buscam a Inocência, para destruí-la e perpetuar o mal. – o finger foi serio em suas palavras.

Guzol ficou pensativo se dizia ou não ao homem que Lala tinha o tal objeto de poder e desejo. Pois desde o momento que a vira sabia exatamente que ela não era humana.

De repente o rapaz começa a tossir e sangue e expelido de sua boca com a tosse. O finger que a tudo assistiu teve um mal pressentimento sobre a saúde do rapaz.

— Precisa se tratar.- ele acolheu o homem, pondo uma mão sobre suas costas enquanto com a outra o ajudou a não cair.

— Não, não diga nada a Lala por favor. Sei que meus dias estão contados.

De fato Guzol havia pegado uma tuberculose. A gripe mal curada que ele adquiriu evoluiu até chegar nessa doença.

— Não direi nada. – garantiu o homem ao jovem rapaz.

Dois dias se passaram desde então. O finger que se chamava Letto ficou junto do jovem casal. Admirou a mineira como eles viviam e a pureza do seu amor.

A doença de Guzol a cada dia piorava e Letto não possuía todos os medicamentos necessários para tratar do rapaz. Teria de ir a cidade mais próxima e conseguir medicamentos. A desconfiança pairava pela mente dos dois, mas já não era mais possível esconder da boneca a gravidade da situação. E assim Letto partiu. A próxima cidade era Marco que ficava a meio dia de viagem de Matel.

Um dia completo se passou e Lala já estava perdendo as esperanças de que o homem retornasse. Porem ele havia cumprido sua palavra, ao longe na terra árida ela avistou a figura do conhecido juntamente com a de mais sete homens. Eram outros finges da Ordem Negra que vieram proteger a Inocência de Lala. De inicio ela se mostrou receosa, mas logo quando viram eles tentando curar seu amado o seu medo de esvairia.

O resto da tarde daquele dia se seguiu com cuidados com o doente e na preparação de um local para dormir como também alimento. Os fingers estava cozinhando algo que a boneca nunca provara. Estava satisfeita e feliz com isso. Se sentia segura no meio de tantos estranhos pela primeira vez na sua vida.  Seu semblante era de calma.

— Cante para nós Lala. – pediu Guzol enquanto era medicado.

A boneca olhou a todos, tinham uma plateia novamente. Pessoas que podiam e queriam ouvi-la.

Então ela cantou. Com todos os sentimentos que podia. Com o coração que lhes foi dado. Alguns fingers apenas fecharam seus olhos e se concentraram na melodia. Enquanto Letto e Guzol fitavam a conhecida amiga. As doces notas que saiam de sua boca traziam paz e tranquilidade, esse era mais um dos poderes da Inocência. Todos ali estavam convencidos de que precisavam proteger aquele ser até os exorcistas chegarem e recolherem a Inocência.

Se entreolharam após a canção da boneca e no seu intimo cada um ali queria que os exorcistas que foram chamados chegassem logo, mas ao mesmo tempo tinham agora um pequeno afeto pela boneca que aqueceu os seus corações com sua voz.

Tudo estava tranquilo e a lua brilhava cintilante no céu, quando o primeiro ataque de akuma se iniciou.


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