Let Me Go - LaerLey escrita por CSI Fanfiction


Capítulo 1
Capítulo 1 - "Just another stage"


Notas iniciais do capítulo

Oi, boa noite!!!

Como não achei fanfics de Laerte e Shirley aqui no Nyah, quis fazer algo... inovar!

Ah, a revisão não está 100% mas tentei corrigir. Espero que gostem!



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Nesses 7 meses que passaram, a única coisa que pude garantir foram algumas largas noites com Laerte, queria poder acreditar que os preparativos para seu casamento com Luiza interromperiam por algum motivo, porém, minhas preces pareciam não surgir efeito.

Laerte, meu único amor, meu vício e meu delírio, minha única debilidade.

Novamente voltava a perde-lo entre meus dedos, não me importava o mínimo em ser “a outra” novamente, porque sei que entre tantas mentiras eu sou sua única verdade.

Amanhã seu casamento com Luizinha se consumará e, eu voltarei a ilusão de um dia tê-lo só pra mim.

Não sei bem ao certo por quê mas sentia que algo iria mudar a partir de amanhã, aquela data prometia causar uma reviravolta em minha vida. E, por primeira vez, sentia um pequeno medo me consumir.

DIA SEGUINTE

Há 5 horas do casamento, meu pai havia saído para buscar seu terno, dizia não ter pressa e que chegaríamos há tempo para o casamento. Deixei claro que uma hora antes da cerimônia começar eu já estaria lá com ou sem ele.

Há 3 horas para o casamento, Rafaela, aos seus quase 9 meses começou a sentir dores fortes. Ela não sabia explicar direito mas dizia que não era contrações e sim cólicas fortes.

— Oh mon Dieu! – suspirei, coloquei a roupa da festa e o sapato, a coloquei no carro e fomos para o hospital.

30 min depois...

— Doutor, já era hora. Estou a ponto de chegar atrasada para um casamento. Como é que ela está? Já podemos ir? – Perguntei levemente irritada, esses pestinhas tinham que dar sustos justo hoje?

DR – A senhora é o que da paciente?

S – Amiga. – respondi impaciente.

DR – Preciso de um parente dela aqui para...

S – Ela é casada com meu pai, diz logo doutor... podemos ir ou terei que ficar aqui a tarde toda?

DR – Sendo você a mais próxima da paciente, preciso que tome uma decisão. A senhora Rafaela está muito mal, corre sérios riscos...

S – O que está querendo dizer exatamente? – Perguntei mais séria.

DR – Rafaela corre sérios riscos de não resistir a uma cesárea mas ela também não tem condições de fazer parto normal, e se os bebês não vierem ao mundo logo eles podem chegar a falecer também.

Poucas coisas me abalaram na vida, essa notícia me deixou um pouco tonta, lembro de sentar-me com ajuda do doutor, olhá-lo e sussurrar “Oh mon Dieu”.

Me recompus assim que bebi um pouco de água.

S – Senhora Shirley, preciso que me dê uma resposta!

S – Você está louco? Como vou decidir por quem salvar? Mi-minha melhor amiga... os bebês. – Pisquei algumas vezes. – Creio que já ouviu muito isso, então ouvirá mais uma vez, faça o possível para salvar os três! – Disse com confiança de que tudo sairia bem!

DR – Eu irei fazer o... – Meu celular começou a tocar, atendi porque era Leto!

S – Leto, meu filho, seja rápido, não estou podendo falar no momento.

**

O dia tinha como piorar?

A resposta era sim! Eu só podia estar sonhando porque não era possível. Antes de começarem a cirurgia de Rafaela, Leto havia me ligado para dizer que seu avô tinha sido atropelado... Agora, a notícia de que Rafaela não havia resistido a operação.

Faltavam 15 minutos para o casamento, resolvi ligar para Laerte avisando que não poderia comparecer por motivos maiores.

— Shirley!!! Sua maluca, aonde você está? Luiza já saiu de casa, não queira chegar atrasada só para...

— Laerte... – O interrompi, sentia o nó na garganta embargando minha voz. – Eu... eu não irei ao seu casamento. Estou ligando para me desculpar. – Disse rapidamente, não pensava lhe revelar o que estava acontecendo, pedi a Leto que não fizesse isso também.

— Shirley, você está bem? O que aconteceu? Notei que Leto está nervoso aqui, não para quieto! Ele parece querer sair correndo daqui...

— Ok, Laerte! – Respirei fundo. – Trouxe Rafaela ao hospital para dar à luz... – reprimi o choro, nunca fui e nem serei mulher de chorar. – E, meu pai faleceu há poucas horas, ele tinha saído buscar o terno pro seu casamento e foi atropelado!

— Eu estou indo para aí. Em quê hospital você está? –

— Laerte, deixa de bobeira, você vai casar em poucos minutos...

— Eu pego o endereço com Leto, me aguarde! – Dito isso ele desligou. Fiquei um tempo ainda olhando para o nada, tentando entender o que estava acontecendo.

**

IGREJA

Luiza acabava de chegar à Igreja quando perceberam a agitação de Laerte, ele por sua vez pegou o endereço do hospital com Leto e o repreendeu por não haver dito nada a respeito da situação de Shirley.

— Laerte? O que aconteceu? O que você faz aqui fora? – Perguntou Luiza em tom desesperado.

— Meu amor, me desculpe... Tenho que sair, o casamento fica para outro dia.

— Como assim Laerte? O que aconteceu? – Luiza já sentia as lágrimas escorrer por sua face.

— A Shirley...

— Só podia ser ela para estragar nosso momento. – Ela o interrompeu furiosa.

— Para Luiza, o assunto é sério. O pai da Shirley foi atropelado e ela está com a amiga no hospital que está dando à luz.

— E o que você tem a ver com isso? Deixa ela lá Laerte... – Luiza estava irritada pelo que Laerte queria fazer, e ele estava perdendo a paciência com a postura dela.

— Você não entende não é? O seu Viriato morreu, e a Shirley está com a esposa do pai dela no hospital. Eu não vou abandona-la agora, até porque quando meu pai morreu ela esteve comigo o tempo todo. Ela foi quem me ajudou e consolou nos momentos difíceis da minha vida, devo isso a ela. – Ele despejou as palavras com fúria, não entendia porque Luiza tinha que ser tão incompreensível num momento desses.

— Sei bem de que jeito ela te consolou... – Laerte não esperou que ela desse seu show por ciúmes e saiu.

**

— Shirley? – Assim que cheguei ao hospital a vi sentada, quieta, com o pensamento longe. – Shirley, como você está? –Sentei ao seu lado e a abracei.

Ela estava sem reação alguma, não falava, não piscava. Parecia estar em outro mundo, nunca havia visto ela desse jeito. Ficamos um tempo sem dizer nada, tentava reconforta-la da melhor forma possível, era difícil adivinhar o que uma mulher como a Shirley estava sentindo.

Sempre a vi cheia de vida, irradiando luz e alegria por onde passa. Ela é imprevisível, apaixonante, podemos esperar dela a mais inusitada loucura, porém, a vendo dessa forma que parecia tão frágil fazia meu coração sentir uma pressão, uma necessidade de estar com ela a todo tempo.

Percebi que Shirley voltava a seu estado normal, ela se afastou e me olhou profundamente, desviou o olhar e piscou algumas vezes.

— E-eu vou pra casa! – Ela disse gaguejando um pouco e se levantando, torpemente, se desequilibrou e eu levantei também a segurando pelo braço.

— E a Rafaela? – Queria saber se ela precisava de algo. – O corpo do seu pai está aonde?

— Leto me ligou depois que você saiu de lá, ele está cuidando de tudo. No momento eu só quero ir pra casa, você – Ela me olhou nos olhos, passou a mão carinhosamente pelo meu rosto e sorriu. – você volta para seu casamento. – Neguei com a cabeça, ela estava louca se pensava que iria deixa-la sozinha nesse estado.

— Não tem casamento, não hoje! – Eu a abracei. – Tua amiga precisa de algo?

— Só que providencie outro caixão! – Shirley falou tão seriamente que quase acreditei, a olhei. – Ela morreu no parto. Chega, eu quero a minha casa, minha cama, a Serafina...

**

— Você precisa comer algo Shirley... – Laerte estava me enchendo o saco já, antes não tivesse dito nada a ele.

— Laerte, se você vai ficar aqui para me irritar mais, é melhor ir embora. Estou exausta e só quero dormir! – Saí do banheiro depois de tomar um banho relaxante, peguei Serafina e deitei com ela.

— Sério que você vai me trocar por essa cobra? – Ele tinha um sorriso de “indignado” no rosto que me fez sorrir.

— Ela é a minha filha... – Respondi beijando-a.

— Ok, já que você prefere ela à eu na sua cama, tudo bem! – Ele estava falando sério?

— Você quer deitar aqui também Laerte? – Perguntei provocante, o mundo poderia estar acabando, mas isso era só um detalhe se eu pudesse tê-lo pra mim.

— Também, não. Eu ou ela... – Ok, coloquei Serafina no chão e o chamei para que deitasse ao meu lado. Ele retirou a blusa, aproximou-se e deitou-se ao meu lado, me surpreendi um pouco ao sentir que me puxava para perto. Claro, eu estava carente hoje, certo? Aproveitei!

— Você está gelada! – Ele disse passando as mãos pelo meu braço.

— É, o dia não foi fácil! – Disse fazendo carinho em seu peito, era tão bom senti-lo meu e só meu.

— Você não parece estar muito abalada. – Eu o olhei profundamente e sorri.

— É apenas mais uma etapa! – Respondi deitando-me em seu peito e fechando os olhos.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?
Peguei pesado na morte de Viriato e Rafaela?

Twitter: @rafaelili_ e/ou @carlasantossc

Insta: rafaelili_ e carlasantossc



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