O Amor Vence Barreiras escrita por kaka_cristin


Capítulo 23
Capítulo 23 - fim




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Um mês depois...

G: vamos Alana. Vamos nos atrasar pra festa de noivado do Mikey. – E não obteve nada como resposta. – Alana? – ele foi até o quarto dela e não havia ninguém. Abriu a porta do banheiro e a encontrou sentada chorando. – Alana, o que houve?

A: nada. Você pode ir sem mim.

G: por que?

A: ai Gerard, eu estou horrível.

G: não está não.

A: estou sim. Olha só como meus pés estão inchados e essa barriga enorme. Eu estou gigantesca, estou horrível. Minhas roupas não entram mais em mim e to com olheiras, minhas unhas não estão feitas e o meu cabelo está um horror e eu não posso nem fazer nada, não posso pinta-los, nem alisa-los, por que senão prejudica a saúde do bebê. Eu estou um monstro... – falava sem parar até Gerard a calar com um beijo. Os dois se separaram e ela o olhou com o rosto cheio de lágrimas e ele as enxugou. Ela não tinha palavras praquele beijo, foi até bom pois a acalmou.

G: você está linda Alana. Linda como sempre.

A: está dizendo isso só pra eu me sentir melhor.

G: não. Estou dizendo isso por que você é a mãe mais linda do mundo. – e a abraçou tentando conforta-la.

A: eu nem consigo ver meus pés Gerard. – disse choramingando.

Momentos depois eles foram pra festa. Ela estava tão sentimental que achava qualquer comentário um insulto a ela. Quando chegaram na festa achou que todos a olhavam e comentavam dela. Mal chegaram e já sentia vontade de ir embora dali.

M: fala Gerard. – disse abraçando o irmão.

G: fala ai noivo. Parabéns.

M: valeu. Alana! Está linda como sempre.

A: obrigada e...Parabéns. – disse sem graça e sorrindo toda boba.

Ali: nossa Alana você está enorme. Maior do que quando te vimos naquele dia na sua casa. – disse Alicia. Com certeza aquilo não foi por maldade, mas naquele dia, tudo a fazia achar que estavam falando por mal. Alana fez uma cara de desapontamento e Gerard logo percebeu que ela não gostara do comentário.

G: vem Alana, vamos procurar uma mesa.

Eles sentaram e Alana olhava de um lado a outro achando que todos a olhavam. Ela estava se achando horrível.

G: o que houve?

A: estão todo me olhando e comentando “olha lá aquela menina, parece um butijão”.

G: eles não estão dizendo isso.

A: como você sabe?

G: por que você está grávida. E grávidas tendem a ficar barrigudas.

A: barrigudas? Estou enorme não é? por isso todos estão me olhando.

G: Alana, para de bobeira. Ninguém está te olhando. E se te olharem é por que você é linda e chama bastante atenção.

A: linda desse tamanho?

G: sabe que um dia desses um homem veio pedir seu telefone pra mim.

A: mentira!?

G: sério. Naquele dia que fomos no restaurante e você foi ao banheiro.

A: pediu meu telefone pra que? pra me denunciar pro ibama? Uma baleia fora da água.

G: nossa! Isso tudo é tpm?

A: não.

G: calma Alana, faltam apenas dois meses.

A: é. eu sei. Sabe do que mais? Mal posso esperar pra ver a cara do nosso filho.

G: ou filha.

A: é. – Alana olhou pro lado e viu Alicia com Eliza e logo Alicia fez sinal pra que ela avisasse ao Gerard. – Gerard, estão te chamando.

G: quem? – e ele olhou pro lado. – ah!

A: vai lá?

G: tem certeza?

A: pode ir, tranqüilo. Eu vou ficar bem.

G: tem certeza? – e ela fez com a cabeça que sim.

Gerard foi e quando chegou perto delas, cumprimentou Eliza com um selinho. Alana observava tudo. Por um momento sentiu raiva de Alicia por ter apresentado Eliza a ele. Depois começou a colocar um monte de defeitos em Eliza: olhos grande, baixinha e magrela. Depois, quis até lá e inventar uma desculpa pra ir embora e tirar o Gerard das garras dela. Pensava nisso até perceber o quanto estava sendo ridícula. Por que aquilo agora? Ela nunca ligou em saber que Gerard e Eliza estavam juntos. sempre achou a menina muito bonita e sempre gostou da Alicia. Ela olhou novamente e viu Gerard e ela entrarem na casa de Mikey de mãos dadas. Sentiu-se abandonada e solitária, e assim ficou até o fim da festa.

Os dois voltaram no carro calados. Gerard tentou puxar assunto e Alana só respondia com gemidos. Ela nem olhava na cara dele. Quando chegaram em casa, ela foi logo pro quarto e se trocava quando Gerard entrou no quarto.

G: foi mal, eu não... – disse sem graça ao vê-la só de calcinha e sutiã.

A: tudo bem. Não tem problema. – e ela foi ao banheiro e se olhou no espelho enquanto tirava a maquiagem.

G: o que houve? – perguntou do quarto.

A: nada.

G: estava estranha no carro. Nem me respondia direito.

A: não foi nada.

G: você não é assim Alana.

A: assim como? – perguntou ela vindo até o quarto com um roupão.

G: assim emburrada. Ficou a festa inteira de cara amarrada e no carro ficou calada a viagem toda. Quando levei Eliza em casa você nem se despediu dela.

A: Eliza, lá vem você falar nela.

G: o que está pegando?

A: já disse que nada.

G: não gosta da Eliza, é isso? O que ela fez pra você não gostar mais dela?

A: não é isso... – disse ficando sem graça. Que coisa mais patética aquela. Estava com ciúmes dele com Eliza? Era isso? – esquece Gerard. hoje eu não estou bem. – e se sentou na cama com as mãos no rosto.

G: alana... – e se ajoelhou na frente dela segurando suas mãos. –...se não gostar dela você me diz. Eu preciso de uma opinião sua quanto esse assunto. Agora somos como “casados” e não quero que fiquemos brigados por que você ou eu arrumamos alguém que não gostamos.

A: ela é perfeita Gerard.

G: então por que está com implicância com ela hoje?

A: por ela ser perfeita demais.

G: e o que tem isso?

A: Gerard... – ele estava tão próximo e a vontade que ela tinha ela concluiu. Ela o beijou e ele aceitou o beijo. Os dois ficaram se beijando e aquilo foi ficando mais ardente e os dois se deitaram na cama aos beijos até Gerard se levantar da cama num pulo. – o que houve? – perguntou ela assustada.

G: eu não posso.

A: por que não?

G: é estranho. Você está grávida. Tenho medo de machucar o bebê.

A: você tem razão...

G: por que fez isso?

A: isso o que?

G: por que me beijou?

A: eu não sei. – disse séria. Ele balançou a cabeça positivamente como se soubesse de algo e saiu do quarto deixando-a sozinha.

No dia seguinte no café da manhã, Gerard e Alana comiam lado a lado sem se falarem. Ela olhava de vez em quando de rabo de olho pra ele que olhava fixo pra tv.

A: Gerard. – e ele apenas fez um gemido pra que ela continuasse. – me desculpa por ontem.você ficou chateado não foi?

G: fiquei sim. Fez aquilo pra me provocar, por que sabe que gosto de você.

A: você ainda gosta de mim?

G: pensou o que?

A: você está com a Eliza, então eu pensei que gostasse dela agora.

G: você quer me ver que nem um otário solteiro atrás de você não é? não se conforma que eu estava feliz com alguém.

A: não Gerard. é só que...não sei...eu acho que...acho que estou gostando de você.

G: o que?

A: é. eu estou gostando de você Gerard. e não estou suportando mais te ver ao lado de outra e fico enciumada. Eu só achei que com aquele beijo saberia se ainda gostava de mim, assim saberia se era certo sentir isso por você ou se devia desistir. Depois que você me evitou eu achei melhor desistir de você. me desculpa, não vai mais acontecer.

G: eu não te evitei de propósito Alana. Só fiquei com medo de acontecer algo.

A: me desculpa.

G: pelo que?

A: por ter feito aquilo ontem. Sei que está tentando ter uma vida melhor com a Eliza.

G: Alana, eu gosto de você. a Eliza é só um caso, mas eu não sinto nada por ela.

A: pensei que sentisse.

G: não. Não é ela quem eu quero. – e pegou na mão dela. – tem certeza do que me disse? Está gostando mesmo de mim?

A: estou Gerard. acho que no fundo eu já gostava de você, só não queria enxergar isso pra não me iludir e me machucar. Sempre tive um receio em me apaixonar novamente e sair de coração partido. Agora com você com outra eu fiquei com vontade de socar a menina. – e ele riu. – é sério. Deu vontade de ir atrás de vocês na festa só pra fazer um escândalo. –Ele então a beijou. – Gerard, você e ela estavam...você sabe...lá na festa quando entraram...

G: não. Eu nunca transei com ela.

A: por que?

G: por que toda vez eu pensava em você.

A: você é lindo sabia? Não to falando fisicamente, isso também, mas do interior. Eu tive tanta sorte em te conhecer. – disse o abraçando. – me desculpa ter feito você esperar tanto por esse momento.

G: tudo bem. – disse ele que estava radiante por dentro por saber que era correspondido.

Enfim, Alana admitiu o que tanto tentava enganar-se, ela sentia algo sim por Gerard. Os dois não perderam tempo e começaram a recuperar o atraso. Estavam vivendo muito felizes juntos. curtiam um ao outro o tempo todo.
Na semana seguinte, Gerard deu a noticia que teria que viajar numa turnê de quase um mês. Alana não queria que ele faltasse, então ele foi. Ela ficou sozinha em casa. Ela disse que chamaria alguém, mas achou que ficaria bem e nada aconteceria e ficou sozinha. Mas ao contrário do que ela pensou, aconteceu. Era uma tarde de domingo, Gerard chegaria no dia seguinte, ela estava toda contente e ansiosa pra que ele visse o quarto do bebê que ela tinha pintado e arrumado. Ela cantarolava enquanto dobrava algumas roupas do bebê guardando na cômoda quando sentiu uma água escorrer por suas pernas.

A: OMG! A bolsa... – ela sentiu uma forte dor e saiu enlouquecida atrás de ajuda pelo corredor do prédio até que apagou.

Quando Gerard chegou da turnê, encontrou tudo arrumadinho e vazio. Alana não estava lá. Abriu a porta do quarto do bebê e se surpreendeu, estava tudo arrumado e enfeitado. Ele achou estranho ela não estar em casa então desceu e foi até o porteiro perguntar sobre ela, quando soube da notícia. Ele correu pro hospital e ao chegar lá não a encontrou. Os médicos disseram que não sabiam dela, que tinha tido alta e ela fora embora desde então. ele ficou desesperado. Onde ela poderia ter ido? Ele começou a rodar a cidade de carro atrás dela, mas em vão. Chegou no apartamento e ligou pra todos que ele conhecia e nada de acha-la. No dia seguinte ele pegou o avião e foi pro Texas e ao chegar na antiga casa dela, descobriu que a casa tinha sido vendido e já havia outros moradores nela. Ele então resolveu ficar ali naquele dia e ir embora no dia seguinte pra procurar por uma pessoa que poderia saber do paradeiro dela.

J: Gerard... – disse baixinho ao vê-lo entrar no restaurante. Ela se retirou do balcão e foi pra cozinha tentando se esconder.

B: Jussara! – Brian entrou na cozinha e lá estava ela encostada na parede roendo as unhas de aflição.

J: sim Brian.

B: tem uma pessoa aí fora querendo falar com você.

J: comigo? Diga que estou ocupada agora. – ele a olhou sério. – foi mal. Eu já vou. – e então ele se retirou. Não adiantou ela fugir. Ela respirou fundo, e foi encontrar Gerard. – Gerard! mas que surpresa vê-lo aqui. – e o abraçou. – e como vai a Alana?

G: como assim como vai a Alana? Pensei que soubesse dela.

J: como assim? O que aconteceu? aconteceu alguma coisa com a Alana?

G: você não sabe dela?

J: não. O que houve com ela?

G: ela sumiu.

J: sumiu? Mas pra onde?

G: eu não sei. Ela sumiu do mapa. Pensei que estivesse com você, mas agora estou ainda mais preocupado. Ela sumiu com meu filho Jussara. Eu não sei nem por quê. A gente estava se dando bem, íamos até casar quando a criança nascesse.

J: senta aqui. Você está muito nervoso. Me explica o que aconteceu. – e ele contou tudo a ela. – será que aconteceu alguma coisa a ela?

G: eu não sei. Se acontecer algo a eles eu vou me culpar o resto da minha vida.eu não queria ter ido praquela turnê. Devia ter ficado com ela.

J: você não tem culpa Gerard. você sabe que ela é assim. Talvez esteja por lá mesmo e vai aparecer. Bom, tomara né?

G: se souber de alguma coisa, me avise.

J: pode deixar. Vou procurar saber sim. Vou ver se vou à delegacia e distribuir fotos dela, vou fazer tudo que eu puder ajudar.

G: obrigada. Agora vou voltar pro hotel que estou e ligar pra onde eu moro e ver se ela apareceu por lá. Qualquer coisa, estarei nesse hotel até amanhã à tarde. – e deu-lhe um papel com o endereço e telefone.

J: ta. Tchau. – e o olhou ir embora cabisbaixo.

Mais tarde...

J: tchau Brian! – se despediu do chefe e pegou um ônibus na frente do trabalho. Minutos depois chegou em casa. Abriu o portão e já ouvia o choro do bebê. Abriu a porta de casa e entrou tirando o casaco. Chegou perto do sofá e jogou o pacote com um lanche dentro. – ta aí. Numero quatro com fritas.

A: obrigada. – disse Alana enquanto dava de mamar para criança.

J: nossa! Que cansaço. – disse se esparramando no sofá.

A: e como foi no trabalho?

J: um dia tumultuado. Alana, ele esteve lá no trabalho.

A: o Gerard? – perguntou surpresa.

J: sim.

A: e o que ele falou?

J: perguntou sobre você. Ele está desesperado Alana. Quer saber o que aconteceu com você e a criança. Pensa até que pode ter acontecido uma desgraça com vocês.

A: você não contou onde estou né?

J: não. É claro que não. Até quando vai ficar assim Alana? Até quando vai faze-lo sofrer? Eu realmente não entendo por que faz isso com ele. Ele não merece isso.

A: eu já te expliquei...

J: bom, deixa eu cuidar do meu filho. Toma. – e deu um papel a ela.

A: o que é isso?

J: é onde ele está hospedado até amanhã. Espero que faça a coisa certa Alana. – e se retirou pro quarto.

No dia seguinte...

G: então tá. Obrigado Frank pela ajuda. É...hoje vou lá na delegacia prestar queixa. Ta bom. Até logo mais. Tchau. – Desligou o telefone, o jogou na cama e voltou a arrumar a mala. A campainha tocou e quando ele abriu a porta não acreditou que estava vendo ela ali. – Alana. – ele a abraçou forte e a beijou na boca várias vezes. Estava aliviado em vê-la ali. - Onde estava? – disse a puxando pra dentro do quarto e fechando a porta. – cadê nosso filho?

A: está com a Jussara.

G: então, ela mentiu pra mim. Mesmo vendo meu estado... – disse chateado.

A: não foi culpa dela, eu que pedi que fizesse isso.

G: por que Alana? Por que faz isso?

A: eu não sei. – disse chorando. – eu fiquei com medo sabe...

G: com medo do que?

A: isso tudo é novo pra mim, ter um filho...fiquei com medo do futuro. O que iria acontecer depois? Eu vi no jornal a noticia.

G: qual?

A: do casamento. Fiquei tão assustada...

G: você não quer casar?

A: eu não sei. Tenho medo de que não dê certo como aconteceu com meus pais. Você me entende? Eu não sou normal Gerard. não sou a pessoa certa pra você. eu estou sempre fugindo e você deve estar farto de tudo isso.

G: você tem razão. Estou mesmo farto disso, mas não quer dizer que irei desistir de você. esse nervosismo é normal. Eu entendo. Também tenho que confessar que fiquei assim no inicio quando soube que estava grávida, mas agora vejo que é isso que eu quero. Eu estou preparado pra isso. Quero ter uma família. Só resta agora a sua decisão.

A: eu também quero ter minha família com você Gerard. quero muito isso. – disse o abraçando. – me desculpa. eu prometo não fugir mais, eu gosto tanto de você.

G: a gente vai ser muito feliz Alana. Você, eu e nosso filho.

A: é um menino. – disse deixando umas lagrimas caírem.

G: menino?

A: é.

G: NOSSA! – e começou a gritar abraçando ela e a suspendendo no alto. – um menino! Onde ele está?

A: vem vou te levar lá. – e os dois saíram as pressas pra casa de Jussara. Gerard estava louco pra ver seu filho e saber que ela estava bem.


Um mês depois

P: Alana Bedingfield, aceita esse homem como seu marido, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença e até que a morte os separe?

A: aceito. – e sorriu pro Gerard emocionada.

P: Gerard Way, aceita essa mulher como sua esposa, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

A: eu aceito.

P: pela benção a mim concebido, eu lhes declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.


Os dois se beijaram enquanto todos batiam palmas em volta. Foi um casamento simples no quintal da nova casa deles. Apesar de simples, foi uma cerimônia bonita e a decoração era perfeita. Estavam presentes amigos e familiares de Alana, poucas pessoas, apenas os mais chegados. E assim eles se casaram e viveram felizes como uma família. E Alana nunca mais fugiu...

Mikey e Alicia casaram-se logo depois, aproveitando a arrumação e o padre. Frank ficou noivo, enfim ele tomara juízo e viu que a vida de solteirão não dava futuro. Eliza ficou triste com o término do namoro, mas logo voltou a ficar contente quando Ray e ela começaram a ter um caso.

...

FIM

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