—Tava na hora você não acha?- perguntou ele.
Me levantei e foi dar um abraço nele por impulso, o capuz que cobria seu rosto caiu para trás e pude ver seus cabelos e olhos castanhos e notei que ele tinha crescido um pouco, mais do que eu, cerca de 6 cm de diferença.
Ele me olhou nos olhos e disse
Não tenho muito tempo até terem controle sobre mim de novo, então eu preciso pedir para não confiar em mim.
Como assim terem controle sobre você, é difícil de explicar só me promete que não vai confiar em mim a próxima vez que nos encontramos. Quando eu ia responde-lo a porta do chalé se abriu.
Advinha quem era! Serio se você não vai adivinhar vc e a pessoa mais burra do mundo.
—Porque tinha que ser ele? - Ouvi Lucas cochichando para si mesmo.
—Laura quem e ele?- Perguntou Henry confuso.
Claro que eu também estaria confusa se a pessoa que eu gosto estivesse nos braços de outro. Me distanciei um pouco de Lucas e disse.
—E meio complicado de explicar Henry, e que...
—Somos amantes! - Ouvi Lucas dizer atras de mim rindo.
Com a frase de Lucas, Henry ficou de confuso para bravo.
—Cala a boca Lucas, não e assim, e que.      
—Não temos tempo para ficar explicando coisas que nem voce sabe princessa...
—Princesa?- perguntou Henry- Quem te deu o direito para voce chamar ela assim?
—Tecnicamente foi ela - Disse Lucas apontando o dedo para mim.
  Olhei para Lucas e disse:
—Para de dificultar as coisas.
—E verdade? - perguntou Henry.
—Sim, não quero dizer sim mas isso faz muito tempo e...
Quando eu estava tentando  explicar como as coisas estavam alguém me interrompeu. Duas pessoas aparataram para a frente do chalé. Claramente os dois eram mais velhos cerca de 25 anos os dois, com a mesma capa que Lucas estava usando mas a diferença é que eles não estavam usando o capuz.
—Não , não, não esta muito cedo, não era esse o combinado - disse Lucas para os homens- Quem são eles?- Perguntei.
—Não parecem ser bonzinhos - Comentou Henry
—Eles são meus chefes.
—O que? Agora você tem que me dizer o que você esta fazendo com os malvados?
—Eu te falei é difícil de esplicar princesa -Disse Lucas.
—Lucas traga a garota- Um dos caras disse.
—Não - ele entrou na minha frente com um gesto de proteção- Não era hoje o combinado.
—Tivemos pequenas mudanças de planos, como estamos vendo você também, dissemos que não era para você comunicar com ela diretamente.
—Vocês não me deixaram escolha.- Disse Lucas as homens.
—Na verdade deixamos sim, e você desrespeitou-a.
—Eu não contei nada para ela ainda- comentou Lucas.
—O que você não contou pra mim?- Perguntei.
Os dois homens olharam para mim, parecia que eles só tinham notado minha presencia agora.
—Posso testa-la?
—Não, vou deixar- Disse Lucas firmemente - e o Boss não permitiria vocês ja esqueceram as regras?
—Nós sabemos bem delas, e o Boss deu permissão para testa-la…a qualquer custo - Um deles respondeu.
Percebi de cara que a reação de Lucas mudou em segundos.
—De que teste eles estão falando Luc?- Perguntei cochichando para ele.
—Eles querem testar suas habilidades, para ver se você é mesmo tudo aquilo que dizem.
—Que? Como assim?- Perguntei confusa- O que falam de mim?
—Os bonitinhos vão ficar conversando ai? Sério não me parece uma boa ideia - Um dos homens disse.
—Vamos acelerar o processo, você cuida do moleque do canto em quanto eu brinco com ela pode ser?- Disse o outro homem apontando para mim e Henry.
—Não, vocês não podem me desligar não depois de tudo o que eu fiz por vocês!- Disse Lucas.
—Ha,ha,ha…- Um dos Homens riu- Sabe o que é engraçado, nos não só podemos, como vamos fazer.
Eu estava perdida, confusa eu sabia que Henry estava se sentindo da mesma forma.
—Ei Lucas…- Chamei ele. 
Ele começou a andar em direção aos dois homens. Ele parecia meio hipnotizado.
—Lucas?- Tentei segurar no braço dele mas ele o puxou com força, e depois continuou andando como se não tivesse acontecido nada.
—Vai - Os homens disseram uns para os outros.
—Para dentro Henry, agora!- Gritei para Henry, que não demorou muito para se mexer.
Fomos até a porta, e Henry puxou a maçaneta, nada.
—Quem foi o burro que trancou a porta?- Perguntou Henry ainda tentando abrir a porta sem sucesso.
Eu estava começando a entrar em pânico, o que não podia acontecer. Olhei para trás e vi os homens chegando cada vez mais perto. Respire fundo Laura.
—Henry vamos ter que nos separar.
—O que? Não…- Contrariou Henry.
—Sim, vamos até a floresta, vai servir como um bom esconderijo mas não podemos nos esconder em dois.
—Ta, mas depois você tem muito o que explicar.
Saímos em disparada até a floresta.
—Só me faz um favor, não morre ta -Eu disse sorrindo para ele.
—Pode deixar- Respondeu ele retribuindo o sorriso.
Nos separamos, Henry foi para um lado e eu para o outro. Como pensei só vi um dos homens atras de mim isso significa que o outro foi atras do Henry. Eu não iria correr, eu queria resposta foi por isso que eu decidi me separar do Henry. Parei de andar ficando cerca de dez passos de distancia dele.
—O que você fez com ele?- Perguntei.
—Quem o garoto? È o que planejamos fazer com você - Ele deu um sorriso malvado.
—Agora vamos ao que interessa- Ele pegou a varinha e começou a soltar uma série de feitiços.
Com dificuldade consegui me defender.
—Vamos mexer mais as coisas. Se eu te dissese que você é orfã agora o que você me diria?- O homem soltou outro sorriso completamente cheio de si.
—Eu não acreditaria em você - Respondi lançando um feitiço de ataque que ele conseguiu se defender.
—Eu pensei que você diria isso - Ele lançou outro feitiço que me pegou despreparada.
Uma memória veio até minha mente a imagem da minha casa vazia com as janelas quebradas sangue no chão e um bilhete.
—Não, não, não o que você me mostrou? Isso não pode ser verdade. Meus pais estão bem em casa e você não conhece eles.
—Como eu não poderia conhecer-los, eles foram bruxos muito famosos. Parece que você não sabe nada mesmo em… mesmo assim você não precisa mais se preocupar eles se foram -Ele deu aquele sorriso de novo.
Será verdade, eu não conhecia quem eram meus pais de verdade.
—Eu não acredito em você.
—Aé? Então porque você esta chorando?
Passei minha mão livre no rosto e percebi que lagrimas escorriam do meu rosto. Eu não queria acreditar mas bem no fundo eu sabia que era verdade. Eu estive com um sentimento muito estranho dês do começo das aulas, só podia ser isso.
—Sabe, tivemos que fazer a coisa certa eles não queriam se juntar a nós e estavam começando a atrapalhar os planos então tivemos que tirar eles da jogada. Você entende não é - Mais um sorriso. Perdi a concentração por um instante assim ele me acertou com um dos feitiços de ataque, senti uma grande onda de dor passar pelo meu corpo. Deixei-a de lado e tentei me concentrar.
Ele me tirou do sério, aquele sorriso me tirou do sério.
—Guarde minhas palavras, você vai desejar não ter nascido.
Lancei três ataques, ele se defendeu de todos.
—Agora sim as coisas começaram a ficar interessantes - Ele disse.
Depois de uma series de ataques e defesa eu estava pronta para acabar com isso.
—Obrigada por responder minhas perguntas, você foi muito útil.
—Confringo -Descrição: Causa uma explosão no oponente. Também conhecido como Feitiço Detonador ou Maldição de Explosão.- Eu o acertei em cheio, por isso ele ficou um pouco tonto.
Cruciatus -Descrição: Tortura, faz com que a sua vítima sinta uma dor extrema e insuportável no corpo todo, fazendo-a ficar totalmente incapaz de se defender - Isso e por tudo de mal que você fez, não só por mim por todas as famílias que você machucou.
Fiquei observando ele se contorcendo de dor por um minuto em ponto.Voltei ao normal sentindo um tsunami de lagrimas saindo de meu rosto, Daddy, Momy. Sai de perto dele para procurar Henry e o deixei ali inconsciente.