Três meses se passaram e o dia mais esperado da minha vida chegou, o dia de ir buscar meus filhos no hospital para finalmente ter uma vida feliz com a minha família.

O dia estava bem gostoso! Nem quente nem frio, e o ar levemente úmido, chegamos ao hospital logo de manhã, e fomos guiados para uma ala que não havíamos visitado ainda, nessa ala havia vários bebes deitados em caminhas berços, e quando passamos, ainda através do vidro reconhecemos no meio de todas aquelas crianças os nossos filhos, Akira e Sarada estavam gordinhos e saudáveis, estavam com peso e tamanho de bebes normais.

Então entramos e fomos de encontro a eles, e olhamos para os rostinhos angelicais deles ressonando pesadamente.

– A gente pode- Sakura falou receosa e ansiosa apontando para o berço.

–Sim- respondeu a enfermeira.

Então Sakura pegou no colo Akira e eu peguei com cuidado a sarada, senti minhas bochechas esquentarem e meu coração disparar como um mini- ataque cardíaco estava tremendo e meus olhos molhados de emoção, me aproximei lentamente da pequenina pessoa em meus braços e depositei em sua testa um beijinho carinhoso, e pude assim, sentir o cheirinho fofo e a textura delicada da pele da minha filha, então me afastei e fiquei admirando o rostinho tão parecido comigo e com a Sakura, e pensei “realmente! Uma mistura perfeita de nós”.

Então nós trocamos e eu pude ver o meu filho, que é mais parecido com a Sakura, inclusive o cabelo rosado, porém um pouco mais escuro, então a Drª Tsunade chegou ao quarto com uma paleta em mãos e falou:

– Então, vocês só precisam assinar esse documento e podem sair! Sejam felizes- nos entregou o documento que assinamos sem pensar duas vezes.

–obrigado por tudo Drª- me curvei perante ela, agradecido e Sakura fez o mesmo, então arrumamos as coisas das crianças e nos dirigimos para casa.

Quando estávamos no carro Sakura estava no banco da frente ao lado do meu, e os gêmeos nas cadeirinhas para recém-nascidos no banco de trás.

– Sasuke! Olha lá! O parque vê? Olha a cerejeira! Ainda sem as flores, mesmo já estando na época! Que estranho!

– Realmente! Será que ela está morta? Poxa que pena. Era a nossa arvore especial.

–sabe Sasuke, ela ainda é! Afinal mesmo sem as pétalas quando fomos para lá da última vez eu obtive forças para seguir em frente, você não sente o mesmo?

– Sim, eu sinto.

– Então que tal se fizermos um piquenique lá para comemorar a chegada dos gêmeos?

Olhei para ela por um instante e vi o olhar radiante dela.

–Sim. Pode ser!

–Então está combinado, vou ligar pra sua mãe e planejar tudo para sábado! Ahaha vai ser muito divertido!

Sorri minimamente, contente por ela e por tudo de bom que estava acontecendo.

CINCO DIAS MAIS TARDE...

–Pronto! Toalhas? Ok! Lanches? Ok! Bebes? Ahn? Cadê meus filhos?- Sakura falou.

–Aqui querida, calma! Kkk- Minha mãe e meu irmão riram dela, cada um com uma criança nos braços.

–Ah! Uffa! Que susto!

Então muitas pessoas começaram a chegar, inclusive Ino e seu noivo Sai, quando Naruto chegou, vocês já podem imaginar a bagunça que o local se tornou não é mesmo? Principalmente por que ele carregava consigo um urso panda gigante em um braço e no outro um cachorro gigante, de presente para as crianças, Sakura amou aquilo, mas eu pensei seriamente em tacar fogo naquilo, mas sei que ela não vai deixar, então deixa pra lá.

Foi uma tarde alegre e de muitas diversões, então em algum momento do dia e eu Sakura nos sentamos ao pé de Sakura com os Gêmeos nos braços e ficamos admirando a paisagem do parque e as maluquices dos nossos amigos.

–Eu...- olhei para Sakura e continuei a falar- Eu realmente amo vocês, graças a deus tudo ter dado certo e nossos filhos estarem bem, por que sinceramente não consigo me imaginar em um mundo sem vocês, nunca imaginei que fosse possível amar tanto coisinhas tão pequenas, tão frágeis! As vezes penso que é exatamente essa a ironia do mundo, existir o amor e em contra partida ele ser tão frágil, são provações que precisamos passar para viver uma vida feliz e que vala a pena ... Sakura... Obrigado.

Sakura estava cm os olhos cheios de lágrimas e logo as deixou cair.

–Sasuke..seu idiota! *soluço* me fazendo chorar em um dia como esse! Baka Sasuke!

Não resisti e acabei rindo da cara que ela estava fazendo, era um mistura de cara de birra com cara de segurar choro, muito engraçado, mas de repente ela fez um rosto calmo e pensativo e olhou para cima, então fiz o mesmo.

Ao fazermos isso vimos um falcão pousar na arvore de cerejeira e de lá cair pétalas, rosa e saudáveis, essas pétalas pousaram em cima de cada um dos nossos filhos, como se a própria árvore estivesse emocionada com a nossa história e feliz de compartilhar esse momento em família.

Sakura teve a ideia de acrescentar as iniciais dos nomes dos bebes ao lado direito do coração que havíamos feito anos antes.

Então não apenas a nossa esperança e felicidade estavam vivas, como a nossa arvore de cerejeira, e que esta continue conosco durante não só desta, mas das nossas futuras gerações como um símbolo de amor e fé de que tudo dará certo, não importa os empecilhos.