Rin havia demorado um pouco para se acostumar com sua nova rotina e seu novo título: agora ela era a rainha das terras do Oeste – e o peso e poder desse título não podia ser negado. Ela sempre conversava com Irasue sobre os assuntos que cabiam ao Clã para conseguir alguns de seus valiosos conselhos e acabava por deixar ela muito feliz por saber que Rin estava conseguindo reger o Clã junto de Sesshomaru.

                Sesshomaru já havia se acostumado com o fato de antes do café da manhã Rin já ter acordado e ido treinar com Yoru – que precisou de um empurrãozinho de Sesshomaru e Rin para deixar de ter receio de atacar sua governante durante os treinos matinais. Quando ele acordava, ela já estava de volta no quarto lhe desejando um bom dia com o sorriso que se tornou a razão de Sesshomaru começar bem suas manhãs.

                Sesshomaru ajudou Rin a se acostumar com a rotina de inspeção que tinham que fazer e com a recepção de convidados e aliados que eles presidiam todos os meses. A única ocasião na qual tudo perdia a formalidade, era quando Arisa e Nigihayame vinham até o Oeste ou quando eles tinham que ir até os Lobos do Sul – pois a amizade de Rin e Arisa só havia crescido nos últimos anos e quando se juntavam não havia quem as impedisse de fazer uma festa, se abraçarem e não utilizarem sufixos de respeito uma com a outra (elas sempre usavam o “chan” no final de seus nomes).

                Arisa até havia chamado Rin para ser a madrinha de seu primeiro filho: Gin (ela tivera um pequeno youkai lobo de olhos prateados, que por alguma razão era um hanyou as avezas: ele tinha um dia inteiro por mês em que virava humano e no resto dos dias ele era um youkai completo). Rin aceitou o pedido de Arisa para sua grande felicidade e amava brincar com Gin quando visitava o Sul.

                Rin também se divertia muito com o fato de Sesshomaru ser o tio dos filhos de Kagome e Inuyasha: a mais velha era uma delicada Hanyou de cabelos e orelhas pretos como os cabelos de Kagome e com os olhos dourados de Inuyasha chamada Izaiyoi (Kagome que havia escolhido o nome e tinha conseguido tirar as lagrimas de felicidade dos olhos de Inuyasha com aquilo) e o mais novo era um hanyou de cabelos prateados que não mostrava suas orelhas e possuía os olhos castanhos de Kagome chamado Keita (esse nome a Kagome quis que o Inuyasha escolhesse e adorou a decisão – pois era um nome que parecia combinar perfeitamente com seu filho).

                Os dias sempre terminavam com Sesshomaru e Rin juntos para assistir ao pôr do sol no lago do jardim leste – e relembrar os grandes momentos que aquele lugar guardava – e jantando juntos e conversando sobre uma variedade de assuntos que iam desde o que fizeram no dia até acontecimentos do passado.

                Ela, às vezes, até trazia algumas novidades sobre o pessoal da aldeia para Sesshomaru. As últimas que ela havia lhe contado foram: que Shippo havia se formado no exame dos youkais kitsune e agora treinava para controlar sua verdadeira forma youkai (uma raposa de porte médio – um pouco menor que a forma original de Sesshomaru – de cor caramelo), que ele e Kirara não saiam mais de perto um do outro e que Kohaku estava namorando uma menina que conhecera durante um de seus trabalhos.

                Rin já tinha 25 anos e nunca perguntava quantos anos Sesshomaru tinha – pois ela sabia que eram séculos a serem contados – e sempre dava um jeito de fazer algo de especial no aniverssário de Sesshomaru (ela havia perguntado para Irasue quando era), assim como Sesshomaru fazia no dia de seu aniverssário. Quando comemoravam o dia de seu casamento, eles faziam questão de realizarem seu pequeno ritual: admirarem o pôr do sol no lago do jardim fazendo um pequeno lanche e aproveitando para relaxar.

Tudo seguia perfeito para Rin e Sesshomaru; parecia até um conto de fadas. Eles sempre estavam juntos, Jaken continuava seguindo Sesshomaru e havia criado um grande respeito por Rin, Irasue e Rin estavam tão próximas que até pareciam mãe e filha e os membros do Clã não se importavam com o fato de Rin ser humana – já que ela havia demonstrado uma competência incrível para com os assuntos do Clã. Ela, Sesshomaru e Nigihayame (cuja percepção era difícil de enganar e havia notado a variação dos poderes de Rin) só tomavam muito cuidado para não vazar por aí o segredo dos poderes de Rin.

E assim ela esperava que tudo continuasse: em paz e na total alegria.