The Feeler escrita por Gabrielus
Efêmero
Naquela sexta-feira, eu vi...
A escuridão reincidir sobre o dia.
E o caos que as flores plantadas nas ruas diziam...
Semeando novas sementes antigas,
Espalhadas por todas as pavimentadas rodovias.
Naquela sexta-feira, eu vi...
O remanescer do ódio a um povo.
E a chuva chamada dilúvio extinguindo o cais do porto...
Envolvendo em névoa o clima sombrio,
Trazendo guerra pelos enferrujados navios.
Naquela sexta-feira, eu vi...
O deserto consumir um povo com fome.
E soldados que os matavam sem lhes perguntar o nome...
A guerra trazida ali fora comprada por pessoas que dali não eram,
Mas quando o último ‘inimigo’ cair, todas as ações ali se encerram.
Naquela sexta-feira, eu vi...
A lama submergir por entre os rios.
E os olhos que choravam em lamento e frios...
Numa terra sem importância, sem pessoas conhecidas,
Onde uma ferida jamais seria esquecida.
Naquela sexta-feira, eu vi...
Palestrantes enaltecendo seus discursos de ódio.
E o povo vos aplaudia como viciados presos ao ópio...
Onde uma batalha sem fim era declarada,
E todos em demente alegria cantavam.
Naquela sexta-feira, eu vi...
O sinal do fim dos tempos.
Uma última lástima de uma última lágrima de um planeta seco...
Pois as falas traziam à tona uma guerra,
Organizada pelos poderosos senhores há muitas décadas.
Naquela sexta-feira, eu... eu...
Eu ressenti, chorei e olhei ao alto.
E num pensamento louco, pedi perdão aos céus...
Pois as palavras ditas por todos eles,
Eram de ódio, ocultadas propositalmente por um véu.
~Gabriel.
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