O vento se intensifica em meio ao enorme terreno árido e deserto, soprando entre ruinas do que pode já ter sido uma gigantesca cidade, neste ambiente desolado as princesas confrontam o seu maior desafio até agora, em seus rostos lagrimas por alguém que até a pouco era uma inimiga, mas que ao lutar por sua sobrevivência ao lado delas acabou tocando seus corações, sem falar que mesmo com tantas dificuldades enfrentadas, nenhuma delas tinha vivido o horror da morte em suas batalhas o que tornava tudo ainda mais real e difícil. Flora que acabará de se recuperar do choque de rever a algoz de tantas de suas companheiras no passado é a única que parece entender realmente o que as garotas estão vivenciando neste momento, porém o luto se tornaria mais intenso quando Chrona ao ver sua companheira tombada sem vida perde completamente o controle, a garota libera um grito de ódio e desespero com um fundo de triste profunda e desaparece surgindo diante de Wicca a golpeando com suas duas laminas, porém a bruxa consegue defender no ultimo segundo e uma disputa de força se inicia.

                Vendo a ação impensada de Chrona contra os inimigos, Flora e Erika tentam dar cobertura para sua aliada temporária, Erika avança contra Jack para impedir que ele interfira, ela começa a golpear o cabeça de abobora, mas o mesmo apenas fica desviando dos ataques da princesa vermelha, que insiste em sequencias de golpe como socos e chutes, mas sem nenhum resultado aparente. Já Flora se depara como poderoso Belial a criatura assustadora com laminas enormes, ela usa suas joias então para atrair a atenção do monstro e começa a flutuar sendo seguida pela criatura, Flora vai desviando de alguns pilares de uma velha construção acompanhada de perto pelo monstro que vai quebrando os pilares a sua frente com seu corpo, ao chegar ao fim do corredor a garota flutua para o alto da construção segundos antes de ser atingida pelo monstro que quase a alcança, com isso o monstro acaba não percebendo que a estrutura estava na verdade parcialmente enterrada e que a outra extremidade estava bem alta, fazendo com que Belial caia do andar da velha ruina, com isso Flora concentra seu poder e se prepara para golpear o general demoníaco antes que o mesmo toque o chão.

— Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco a intensidade dos espinhos perfurantes Liberte-se! — Flora concentra todas as suas joias em seu pé e cai chutando o monstro como se pisasse com força em seu peito em quanto ele cai, o fazendo colidir contra o solo enquanto suas joias funcionam como um espinho gigante que gira intensamente igual a uma broca.

                Já na disputa entre Chrona e Wicca as duas acabam se afastando e nesse momento Chrona se aproveita para usar sua rajada de quebra temporal atingindo Wicca que é jogada para trás se chocando contra uma parede de uma construção velha, quando Wicca esta para se recuperar ela acaba sendo atingida novamente por mais uma rajada que a joga para cima, ainda em queda Wicca consegue recuperar-se dos ataques e se prepara para revidar a próxima investida de Chrona que dispara mais uma de suas rajadas mágicas.

— Cristal sombrio que guarda o meu poder eu convoco a fúria dos espíritos famintos alimentem-se de meus inimigos devore! — Wicca ainda no ar concentra seus poderes em sua foice e conjura um grande numero de espíritos esverdeados e com um movimento de sua foice ela os envia contra sua inimiga no caminho eles se unem formando uma massiva rajada mágica.

                Os ataques se chocam com intensidade e acabam se anulando, neste momento elas começam a duelar com seu poder mágico e continuam disferindo rajadas com todas suas forças, mas Chrona começa a esmorecer devido à exaustão já que ela já vinha gastando suas energias desde o inicio do combate, por fim acaba ficando sem energia e sendo atingida pelos fantasmas que acertam seu braço direito, perna esquerda e estomago deixando uma marca escura, a garota é jogada contra o chão e em seguida Wicca pisa em sua cabeça com força e sorri maldosamente enquanto prepara sua enorme foice para arrancar a cabeça da garota.

— Aquele golpe doeu muito devo admitir, mas chegou a hora de ceifar sua vida infeliz, morra! — Wicca se prepara para decapitar Chrona, mas é impedida por Cecilia que dispara uma flecha que atravessa sua mão.

— Nada pessoal, mas não vou permitir que você continue matando essas garotas, seu reino de terror acaba aqui, prepare-se para ser derrotada. — Cecilia se põe contra a bruxa com determinação.

— Tanto faz eu acabo com essa garota depois, já que você tem pressa de morrer deixarei que tome o lugar dela, fica ai sua inútil eu volto para arrancar sua cabeça depois. — Wicca sai chutando o corpo de Chrona para longe e em seguida vai em direção a Cecilia que se prepara para lutar.

                Enquanto isso Erika continua tentando atacar o misterioso Jack que continua a desviar de seus ataques, até que ele desaparece diante dos olhos da garota reaparecendo caminhando lentamente a suas costas como se a ignorasse o que deixa ela ainda mais irritada. Erika concentra seu poder e mais uma vez parte para cima de Jack, mas desta vez ela vai para usar uma de suas magias.

— Cristal vermelho que guarda o meu poder eu convoco a fúria do punho de chamas detone meus alvos com sua força liberte-se! — Erika concentra suas chamas em seus punhos e quando esta para golpear seu adversário o mesmo se vira para ela rapidamente e aplica seu contragolpe destrutivo.

— Cristal sombrio que guarda o meu poder eu convoco a dor na escuridão morcegos vampiros devore! — Com um simples movimento de seu braço e um salto para trás Jack cria vários morcegos de cor avermelhada e os comanda a atacar Erika que passa a ser mordida pelos morcegos que causam muito dano físico e aos poucos vão drenando as energias da garota.

                A batalha entre Flora e Belial continua, mesmo ela atacando o monstro de diversas formas o mesmo consegue se recuperar devido a sua resistência fora do comum e mesmo sendo uma criatura enorme Belial se movimenta muito rápido o bastante para por pressão na elfa que usa de sua velocidade de flutuação máxima chegando a movimentar suas mãos para conduzir ataques ainda mais velozes com suas joias, as direcionando contra o monstro que bloqueia os ataques com suas lâminas e tentando acertar a garota com tudo que tem, Flora então se afasta de seu adversário o máximo que pode e vira-se contra ele usando uma de suas técnicas mais poderosas.

— Cristal verde que guarda o meu poder eu convoco as múltiplas pétalas do jardim, tempestade de pétalas de cerejeira Liberte-se! — Flora usa suas joias que se multiplicam se tornando uma nuvem que avança contra seu oponente parecendo um revoar de pétalas de flores.

                A criatura passa a ser atingida, mas usa suas enormes lâminas como escudo para reduzir o dano sofrido enquanto vai passo a passo se movimentando em direção a princesa verde que esta concentrando o máximo de seu poder contra a criatura, neste momento todas as princesas ainda de pé para combater passam a sofrer pressão de seus inimigos, já que com os muitos ferimentos sofridos Erika cai vencida no chão e Jack parte para atacar Cecilia usando suas sombras para prender a garota, que concentrada na batalha contra Wicca acaba não percebendo a aproximação do perigo. Cecilia acaba sendo imobilizada pelas sombras de Jack que a ergue no ar como fez com Nevoa e Nébula que ainda se encontram presas.

                Aproveitando-se da vulnerabilidade da adversaria Wicca se aproveita para aplicar o que seria o golpe final na garota, mas antes que possa fazê-lo é interrompida por Sam que aplica diversos disparos contra a garota que chega a ser atingida, mas revida bloqueando os disparos com uma dispersão de energia, em seguida Jack revida ao ataque da garota com uma de suas técnicas.

— Cristal sombrio que guarda o meu poder eu convoco a devastação da escuridão fúria do desespero devore! — Jack concentra muita energia escura em suas mãos e a dispara contra Sam que tenta revidar anulando os golpes, mas ela ainda chega a levar a pior nesta disputa.

                Logo Wicca tenta evitar uma nova interrupção e parte para dar um ataque mortal em Cecilia, mas é bloqueada por uma enorme lança adornada por dois dragões entrelaçados, a lamina desta lança possui um tom esverdeado como se fosse feita de jade.  Neste momento ao olhar na direção em que a lança foi atirada eis que todos percebem a aproximação de um rapaz montado a cavalo, o mesmo vestindo uma calça na cor preta comprida com corte social, mas com reforços em couro, botas de amarra com fechos metálicos prateados, camisa social na cor verde, sobretudo negro de corte social, mas afivelado no peito lembrando os dos antigos guerreiros orientais, com reforços em couro e metal, detalhes em verde e alguns adornos em pedra esverdeadas, proteções anexas ao sobretudo feitas em prata com pedras verdes, braçadeiras de couro com adornos de metal em forma de dragões, luvas negras com uma pedra de jade na mão esquerda e uma gargantilha negra com uma pedra do mesmo tipo no centro. O jovem é ninguém menos que Jun, montado em um enorme corcel branco com armadura de batalha do tipo usada em cavalos orientais durante o período feudal adornada com pedras similares as da roupa do rapaz.

                O jovem afasta seu sobretudo mostrando uma katana de lâmina reta embainhada e presa na cintura, seu cabo é feito de metal coberto com couro, amarrado com tiras de corda dourada, sua guarda é de prata pura e sua bainha é negra e adornada com pedras verdes e um dragão feito de ouro. Ao sacar sua espada Jun revela que a mesma também possui uma lâmina esverdeada e ele a usa para corta a magia que prende Cecilia pegando a garota nos braços e parando próximo a lança fincada no chão.

— O primeiro insolente que ousar por suas mãos imundas em minha mulher será varrido da existência pela fúria do dragão imperador de Jade. — Jun fala friamente para a dupla de inimigos que se sentem ameaçados a principio com a presença do cavalariço.

— O que esta fazendo aqui Jun? Como chegou neste lugar? E que roupas são essas? — Cecilia nos braços de seu noivo ainda surpresa pelo seu aparecimento em meio ao campo de batalha.

— Não poderia deixar que te machucassem, eu não me perdoaria se eu perdesse minha preciosa noiva, quanto as roupas o que dizer? Eu sou o príncipe de Jade, um príncipe metálico que é protegido pelos poderes dos espíritos, desculpe se não revelei isso para você antes, a rainha Nilladriel me pediu que guardasse segredo disso. Só um minuto Cecilia eu preciso me livrar de um estorvo. Pedra de jade que guarda o meu poder escute a voz do imperador dragão e envie os espíritos sagrados do portal do paraíso Liberte-se! — Jun conjura um enorme poder em sua espada e dispara uma rajada de energia espiritual que atinge Belial exorcizando o demônio que volta para o submundo.  

                Logo vários arqueiros e lanceiros elfos chegam em uma comitiva que seguia Jun, sentindo a ameaça da desvantagem os inimigos recuam desaparecendo no ar, em seguida os elfos recolhem as garotas feridas e todos partem para uma cidade próxima, no caminho todas recebem tratamento adequado feito com magia, mas infelizmente Cassiopeia realmente não resistiu a seus ferimentos. Ao chegar de sua jornada as garotas avistam uma enorme muralha dourada, ao cruzarem a mesma ela remete as antigas cidades orientais com um tom de cidade do deserto, muitas pessoas adultas, idosos e crianças na cidade, entre eles humanos e elfos dividem espaço nas ruas como iguais, com uma única diferença que os moradores deste país possuem marcas avermelhadas na pele similares a queimaduras, mas essas são de um tom que fica avermelhado brilhante.

                A presença das garotas atrai a atenção dos moradores da cidade, mas a comitiva não para seguindo direto para o castelo no centro da cidade, lá todos são recebidos por criados usando túnicas na cor verde e no meio deles a frente no alto de uma grande escadaria de entrada esta uma mulher magra de longos cabelos negros que mesmo amarrados e presos com espécies de varetas ainda desce por suas costas, seu rosto e corpo são bastante chamativos principalmente pelos vastos seios que possui, suas roupas são uma espécie de túnica oriental de mangas longas e folgadas, que passam de suas mãos, a mesmo é branca com detalhes vermelhos, a túnica desce até o joelho, mas é aberta dos lados revelando coxas belíssimas e esta calçada com pequenas sapatilhas rasteiras, a mulher usa uma maquiagem pesada no rosto com bastante destaque nos olhos orientais de sua feição exótica.      

— Todos saúdem o regresso do imperador! — A mulher reverencia a chegada de Jun e recebe a todos no palácio, o corpo de Cassiopeia é levado para uma sala para ser cuidado, enquanto as garotas que ainda estavam desmaiadas são levadas para aposentos onde poderão descasar.

                As garotas são orientadas a se destransformarem e se banharem para recuperem melhor seus corpos devido aos ferimentos, a elas são entregues roupas típicas da região e elas então se vestem seguindo para um salão onde lhes é servido bastante comida, ao terminarem elas são conduzidas até uma sala de reuniões onde são recebidas pela rainha dos elfos mãe de Flora que abraça sua filha demonstrando estar muito preocupada com ela, sua filha a afasta reclamando pela atitude da mãe e em seguida todas sentam-se em seus lugares, a frente estão sentados Jun ao centro a seu lado a mulher que os recebeu e do outro lado a rainha dos elfos.

— Sejam bem vindas princesas acredito que estejam um pouco mais recuperadas desta dura batalha, sei que todas me conhecem, mas devem estar um pouco confusas com tudo isso, mas a verdade é que este é o mundo real, o verdadeiro mundo destruído a milhares de anos pela contaminação que quase engoliu tudo, graças ao poder da rainha branca que salvou os humanos e elfos da destruição criando um mundo paralelo onde eles poderiam viver em paz sem ideia da realidade, mas a verdade é que essa historia é muito bonita para ser real. Claro que muitos humanos e elfos foram salvos, mas apenas parte deles pôde ser levado ao outro mundo, já muitos tinham sido contaminados e assim não poderiam ser salvos sendo deixados a própria sorte neste mundo caótico, mas os elfos com seu poder e o clã da ordem dos magos não poderia abandona-los e usamos nosso poder para construir cidades que abrigassem essas pessoas e desde então estamos lutando aqui para salva-las contra o exercito da rainha negra que deseja dominar o mundo. — Fala a rainha dos elfos explicando a situação deste mundo.

— Mas por que ninguém nunca nos contou sobre esse lugar e esta guerra? E se a guerra ocorre aqui entre vocês, o que fazemos arriscando nossas vidas em batalhas no mundo vazio? Elas foram inúteis então? — Flora muito irritada questiona sua mãe.

— Não, claro que não foi em vão, a luta de vocês foi para proteger a dimensão em que as pessoas escolhidas vivem, aquelas pessoas são a esperança das nossas raças. Mas sim é verdade que uma guerra ocorre aqui e não podíamos contar a verdade para vocês, pois diferente de lá aqui não existe barreira, o que ocorre aqui nunca é desfeito e não podemos perder nenhuma de vocês. Infelizmente não conseguimos chegar a tempo de salvar a outra garota, mas partimos daqui assim que sentimos a presença de vocês neste mundo. — A rainha dos elfos responde as perguntas de Flora.

— Mas e agora? O que devemos fazer? Existem milhares de pessoas lá fora, crianças, não esperem que viremos a costas a isso! Sem falar que nosso inimigo ficou ainda mais forte, como podem ser tão poderosos se eram desconhecidos até das outras garotas. — Sarah se mete na conversa preocupada com a situação.

— Os arautos de verdade são muito poderosos, nós já tínhamos enfrentado aqueles dois antes, as garotas que se nomeavam arautos na verdade estavam destinadas a serem princesas e tiveram suas almas corrompidas desde crianças, Scarlet e Ananda eram princesas como vocês, já a Lucrécia e a Artemísia que viveram no mundo real como filhas da rainha negra, na verdade são frutos de experiências para recriar o corpo da rainha branca, acreditamos que mesmo que aquele corpo não seja mais o da rainha, pois temos pistas de que ela reencarnou no mundo de vocês, mas acreditamos que o antigo corpo da rainha esta lutando contra a contaminação. Na busca de um novo corpo tão poderoso quanto. A contaminação ajudada por um servo chamado Stein, um medico famoso que dizem ter descoberto o segredo da imortalidade acabou desenvolvendo as duas cobaias que vieram a se tornar Nevoa e Nébula, usuárias dos cristais Laranja e Ametista. — A mãe de Flora levanta de seu lugar e vai até as garotas explicando sobre os arautos.

— Então o que faremos quanto isso? Como devemos lutar contra o mal nesta situação? Não espere que voltemos ao nosso mundo fingindo que nada aconteceu? Uma garota morreu, nós travamos uma batalha violenta e descobrimos sobre um mundo que sofre com o mal, sem falar que eu descobrir sobre a morte de minha mãe e agora que sei quem foi à culpada eu quero lutar ainda mais. — Sarah parece esta frustrada e com muita raiva de tudo que ocorreu.

— Não! De maneira alguma, agora já é tarde a verdade foi descoberta e o inimigo sabe que a rainha branca esta de volta, mas que seus poderes não estão completos. — Jun responde no lugar da mãe de Flora.

— E quem é a rainha branca? Se vocês sabem que ela despertou, provavelmente suspeitem quem seria ela. Respondam-nos! — Cecilia questiona seu noivo sobre a situação.

— Não temos certeza, mas dificilmente estaríamos enganados sobre isso, demorou para descobrirmos a verdade, pensávamos em agir em breve só não esperávamos que o inimigo agisse antes, a rainha é você Sarah. Quando soube de sua visão ao receber o báculo da rainha eu suspeitei, mas seus poderes eram incomuns, você sempre foi o ponto fora da curva, sua existência como princesa das chamas, nunca foi mostrada em minhas visões como oráculo, nada relacionado com você acabava surgindo, por isso não pude intervir até hoje, depois quando a verdadeira princesa vermelha surgiu e reclamou seus poderes você se tornou um enigma ainda maior, nenhum cristal escolheu dois guardiões até hoje, logo isso não seria possível, mas você o fez. O que deixamos passar é que na realidade a rainha pode usar todos os poderes das vinte princesas e dos dois príncipes. — Fala a rainha elfa Nilladriel olhando para Sarah.

— Então qualquer cristal que Sarah tentasse usar ela se tornaria princesa, pois na verdade todos os cristais pertencem a ela. — Flora fala mostrando as garotas que tudo faz sentido, mesmo deixando Sarah com ar de que não esta aceitando muito bem tudo que esta ouvindo.

— O mais importante e prioritário agora na verdade é encontrarmos as demais princesas que portam as joias restantes para que elas possam se unir a vocês, só assim o mal poderá ser derrotado, sem falar que alguns dos cristais estão sobe a posse do inimigo e precisam ser recuperados. — Jun explica qual será o próximo passo das garotas.

— Mas a pergunta que tem que ser respondida no momento é outra. E então Scarlet o que você fará de agora em diante? Você pode ser portadora de um cristal corrompido, mas este ainda é um dos cristais sagrados que possuem o poder da rainha branca e deve lutar ao nosso lado contra o mal, qual será sua decisão lutar ao nosso lado ou continuar como arauto? — A rainha elfa pressiona Scarlet que esteve calada até agora.

— Eu ainda odeio aquele mundo e desejo a destruição dele, mas vendo tudo que vi e depois daqueles idiotas tentarem me matar, sem falar no que fizeram com a Ananda, só posso dizer que estou do lado que quer acabar com a raça deles. Mas vocês não terão tanta sorte com aquelas duas como tiveram comigo. — Scarlet da sua resposta e faz referencia a Nébula e sua irmã.

— Sabemos disso, mas veremos depois o que irá ocorrer. Primeiro precisamos dar um enterro descente para sua amiga e devolver vocês ao outro mundo, seus pais devem estar preocupados já que sumiram da festa sem dar satisfação. — A rainha elfa finaliza a reunião e as garotas se retiram se preparando para ir embora.

— Scarlet a garota tinha família? — Pergunta Jun ao intervir antes que Scarlet saia da sala.

— Ela tem a mãe, mas é uma senhora muito idosa e sofre de uma doença que a fez esquecer de tudo, duvido que lembre que tem uma filha, melhor não incomoda-la com uma noticia que ela não compreendera. A Ananda assim como eu tinha motivos para odiar aquele mundo e as pessoas que moram nele, mas no fundo ela sempre foi uma boa garota que trabalhava para pagar o hospital da mãe, ao menos agora ela poderá descansar deste fardo, só sinto pela mãe dela, tentarei ver o que posso fazer junto a meu pai. — Responde Scarlet com um ar depressivo e vazio.

— Não se preocupe eu darei um jeito, pedirei para meu secretario acertar com o hospital para descontar as despesas da conta de uma de nossas empresas. — Jun responde a garota que sai sem dizer nada só acena concordando com a cabeça.

                As garotas vão para casa através de um portal criado pelos magos do império, ao chegarem à maioria recebe broncas de seus pais por chegarem tarde, Sarah e Sam vão para cama, ao deitarem ficam olhando para janela do quarto e pensando em tudo que aconteceu imaginando o que poderia ter sido feito para ser diferente e o quanto tudo ira mudar de agora em diante.

— Sam, o que acha que eu devo fazer, todos acreditam que eu sou a rainha, mas eu não me sinto diferente ou especial desde quando vestir a roupa de princesa vermelha para como me sinto agora, se sou a rainha não deveria ser diferente? E o que eu farei de agora em diante com essa responsabilidade? Não quero que outras pessoas morram como a Ananda. Queria ter podido salva-la. — Sarah parece triste e busca conforto nos braços de sua amada.

— Não sei, mas seja o que for que aconteça sabe que sempre estarei ao seu lado para te proteger e sei que as outras meninas também, quanto ao que deve fazer, acho que devemos fazer o que o Jun falou, achar as outras meninas e até lá pensamos no resto. Agora vamos dormir amanhã teremos que voltar a escola e a vida continuará com muito mais pela frente. — Sam beija Sarah e elas vão dormir.

                Enquanto isso Nina liga para sua mãe avisando que foi dormir na casa de Cecilia, ela e Airi vão para casa de Cecilia e ficam no quarto conversando, onde Airi explica tudo que ocorreu a Nina, enquanto Cecilia fala ao telefone com Jun que tenta se desculpar por ter guardado segredo de sua noiva, o jovem também pede desculpas por ter deixado a oportunidade passar, mas na próxima ele as apresentará melhor, sua explicação deixa Cecilia confusa e quando ela questiona, Jun fala que a mulher que os recebeu é sua madrasta e imperatriz de seu reino e que ela governa na cidade em que elas foram.  Cecilia brinca a respeito de ter conhecido sua sogra e depois eles se despedem e vão dormir. A noite segue e todas as princesas vão dormir com a certeza de que sua jornada apenas começou e que os inimigos e provações de agora em diante serão ainda mais severos que antes.