No dia seguinte Sarah acorda e percebe que Mika não voltou para casa, ela faz seu café da manhã e cumprimenta seu pai como de costume, depois ela se arruma para ir à escola e vai caminhando, ela passa na frente da casa onde conheceu Mika para ver se ela foi até lá, mas não a encontra e percebe que nada foi mexido, depois ela segue para a praça do subúrbio onde elas tiveram sua primeira conversa seria, mas não a encontra. Sarah então segue para a escola e acaba chegando atrasada, ao entrar na sala Nina e Cecilia a recebem, elas assistem as aulas e percebem que em alguns momentos Scarlet, Lucrécia e Ananda parecem sumir da sala de aula entre as aulas, chegando tarde entre uma e outra aula, sempre com cara de irritadas, o dia termina e Sarah procura Mika pela escola toda, mas não a encontra.

                Sarah falta o treino com Flora e a reunião com as meninas e segue da escola para o centro da cidade e sai à procura de Mika, por onde ela passa tem lembranças dos momentos que passou com a garota, das coisas que foram ditas, das caricias que trocaram, de seus beijos, aquilo tudo foi real, mesmo que agora parecesse apenas algo em sua cabeça, é como se aquelas lembranças maravilhosas nunca tivessem existido de verdade, ela então lembra que Mika jurou que sempre a protegeria.

— Sua mentirosa, você disse que sempre estaria ao meu lado para me proteger, mas você foi embora, foi para onde não posso acha-la, fazendo com que tudo não passasse de um sonho. Eu já começo a duvidar se realmente foi real. — Sarah começa a chorar enquanto repete essas palavras.

                Sarah continua procurando até começar a anoitecer então ela decide ir pra casa, em vários momentos ela tenta ligar para o celular de Mika, mas parece que o mesmo esta sempre desligado ou sem sinal, ela continua sofrendo, mas não sabe o que pode fazer, a noite em casa Sarah volta a conversar através de mensagem com Sam, elas trocam palavras bonitas, Sam questiona se Sarah achou a amiga, mas ela diz que não, Sam diz para Sarah que talvez seja preciso mais tempo, para que a garota se encontre e se sinta segura para voltar, Sarah diz concordar e elas continuam conversando, o pai de Sarah conversa com sua filha sobre o sumiço de Mika e se ela não estaria metida em problemas, Sarah diz não saber, eles ficam chateados, mas John apenas conforta sua filha e obriga ela a jantar direito, depois a garota toma um banho e vai dormir, no dia seguinte ela sai para procurar novamente, o dia acaba sendo muito repetitivo, mas desta vez Sarah vai a reunião com suas amigas.

                As garotas ficam desapontadas ao ver que Mika continua sumida, as garotas dizem que vão ajudar a procurar e isso deixa Sarah muito feliz, Flora diz que o amuleto esta quase em funcionamento e que logo elas vão poder usa-lo. Thabata esta de volta e participa da reunião, ela fica frustrada com o sumiço de Mika e também tenta consolar Sarah, mas diz que não poderá ajudar na busca, pois ela precisa se concentrar com Flora no funcionamento do artefato e quando estiver pronto elas poderão usa-lo para encontra Mika.

                A reunião termina e Cecilia, Nina e Sarah vão a procura de Mika enquanto Flora e Thabata ficam trabalhando no artefato para que ele comece a fazer o que foi feito para fazer.  Ao chegar à cidade novamente as garotas procuram em todos os lugares e em um momento Sarah para de frente para Cecilia.

— Obrigado pelo que fez por mim, graças a sua ajuda eu irei conseguir rever a Sam e pude me recuperar um pouco, sem falar que vocês duas estão me ajudam a procurar a Mika, não sei o que dizer se não obrigada. Muito obrigada mesmo. —

— Bem eu não sei o que esta acontecendo nesta historia da Sam vir te ver e o que a Cecilia fez por você, mais saiba que pode contar comigo, sem falar que eu quero conhecer a sua namorada, eu sou sua amiga também, não me deixem de fora, mas olha quanto a Mika ela é nossa companheira claro que ajudaríamos. — Nina fala com Sarah abraçando suas amigas com os olhos cheios de lagrimas.

— Vamos continuar procurando, uma hora ela vai ter que aparecer. — Cecilia seguindo seu caminho procurando por Mika.

                Anoitece e as garotas vão para suas casas, nenhum sinal de Mika. Os dias se passam e a garota continua sumida, até seu pai na cadeia fica desanimado com o sumiço da filha e começa a entrar em depressão, as garotas começam a pensar no pior e Sarah começa a entrar em desespero novamente, quanto ao funcionamento do artefato o mesmo parece estar progredindo e as meninas continuam as buscas, mesmo tristes, os dias vão passando e Flora parece estar encucada com algo e alguns dias depois, durante uma reunião ela não consegue mais segurar sua desconfiança e acaba se tornando perceptível para as outras.

— O que está acontecendo? Por que você está tão pensativa Flora?  Nada é capaz de retirar sua calma, mas já há alguns dias você vem se mostrando inquieta com algo. O que é? — Pergunta Thabata pondo as mãos nos ombros de Flora.

— Há dias nós estamos trabalhando para encontrar a Mika, vocês nas buscas e Thabata e eu no artefato, temos sentido perturbações no mundo vazio e neste, mas sempre que vão tentar checar esse desequilíbrio na realidade ele simplesmente desaparece. Não é tão incomum isso acontecer, mas uma coisa me chamou a atenção. Nunca mais tivemos que lutar contra a contaminação, é como se ela simplesmente tivesse desaparecido, eu comecei a usar meu cristal em sincronia com o artefato para vasculhar o mundo vazio e venho notado que as perturbações têm origem lá. —

— Isso seria normal já que as ondas espirituais que alimentam a contaminação viajam principalmente na membrana que separa este mundo do mundo vazio, seria normal sentir isso não? — Pergunta Cecilia intrigada.

— Sim, porém lembrei algo que na hora eu não levei em consideração, mas que pode ser exatamente a resposta para o desaparecimento da Mika. — Flora fala olhando para Sarah.

— Então nos conte o que esta acontecendo. —Sarah levanta ansiosa e irritada e fala com impaciência.

— A primeira vez que conversamos juntas aqui e Mika estava presente ela disse algo intrigante, mas não levamos em consideração as implicações do fato, ela disse que não se importa com este mundo ou com as pessoas, que iria nos ajudar apenas para proteger Sarah. Qual a melhor forma de se proteger alguém que luta e corre perigo o tempo inteiro? — Explica Flora esperando que suas amigas entendam, mas elas não dizem nada. — Simples fazendo com que ela não lute mais, ela não desapareceu e abandonou Sarah e nossa missão, ela não descumpriu sua promessa, na verdade ela a levou a um nível extremo. Mika esta até agora no mundo Vazio lutando contra as ameaças para que Sarah não precise lutar. — Flora explica sua teoria que deixa todas as meninas chocadas.

— Se isso for verdade precisamos busca-la o quanto antes, não sabemos o que pode acontecer se ela continuar lá, nunca ficamos tanto tempo no mundo vazio, lembra ele é um péssimo condutor mágico e é por isso que a barreira protege o mundo real, sem falar que enquanto ela não sair de lá seus ferimentos jamais vão cicatrizar e quanto mais tempo ela passa lá mais seu corpo se desgasta, o tempo lá passa muito rápido se comparado ao nosso, mesmo com sua roupa de batalha ela deve esta sofrendo demais. — Thabata explicando o que vai acontecer se ela permanecer lá.

— Precisamos ir ao mundo vazio e salvar ela, eu não posso deixar que ela se sacrifique ainda mais por mim, é minha responsabilidade protege-la. — Sarah fala desesperada.

— Sarah tenha calma, não tenha tanta pressa, o mundo vazio é muito extenso e seria impossível acha-la sem as ondas de magia, é preciso que algo aconteça para que possamos segui-la. — Thabata segurando o braço de Sarah antes que ela pudesse tomar qualquer atitude.

                Sarah demonstra muita insatisfação com isso, mas acata o que Thabata lhe alertou, as meninas seguem seu dia em suas respectivas rotinas, concentradas na expectativa de sentirem o poder das ondas mágicas vindas do mundo vazio. A angustia de Sarah só aumenta e o seu sofrimento chega ao limite, até que em fim elas conseguem sentir uma grande oscilação mágica vinda do mundo vazio. Neste momento as cinco largam seus afazeres e se transformam partindo para lá, chegando ao lugar de origem da oscilação ele esta em ruinas, como se uma enorme batalha tivesse ocorrido lá, varias formações de lâmina metálica atravessam o chão e algumas paredes, muitos dos prédios estão em ruinas e existem restos de criaturas corrompidas pela contaminação, neste momento ao longe elas avistam a princesa prateada, suas vestes já estão desgastadas e ela possui muitos ferimentos mal cicatrizados.

                Sarah em lagrimas corre desesperada e abraça Mika com todas as suas forças, mas logo é afastada por ela, Sarah ainda se força contra a garota, mas ela a repele com frieza.

— Eu estava preocupada com você, por que desapareceu? Por que me abandonou? Você prometeu que me protegeria para sempre, que nunca sairia de perto de mim. — Sarah grita com Mika desesperada e em lagrimas, mas Mika parece não esboçar reação até que decide responder a ela.

— Não deveria estar aqui, eu jurei que te protegeria e é o que estou fazendo, mas não posso continuar a seu lado, não sem desejar algo mais, suportei o quanto pude em sermos só amigas, mas agora eu desejo tê-la para mim e sei que amas outra pessoa, não destruirei este sentimento, mas não posso ir contra o que eu sinto, então continuarei aqui até que nenhum mal possa te afligir. — Mika responde seca e fria ainda com seu visor fechado em seu rosto.

— Não pode, olha para você, por mais que seja forte isso esta te matando, sem voltar ao mundo real os ferimentos vão permanecer e logo não poderão ser curados, não posso te deixar morrer, não quero que morra, você é importante para mim. Cristal vermelho que guarda o meu poder eu convoco o brilho da fênix flamejante liberte-se! — Sarah usa uma variação de sua ira da fênix para curar os ferimentos da Mika.

— Por que se preocupa comigo? O que realmente eu sou para você? O que realmente sente por mim? Você já tem alguém em seu coração, então por que se preocupar comigo? O que realmente sente por mim? — Mika desfaz seu visor mostrando seus olhos em lagrimas.

— Você é minha melhor amiga, claro que me preocuparia com você, claro que não te deixaria morrer, me dói muito ver você se sacrificar assim, se vai lutar que seja ao meu lado e não sozinha desta forma. — Sarah em prantos segurando as mãos de Mika.

— Elas também são suas amigas e você não olha para elas como olhava para mim, não minta Sarah, meu coração não aguentaria te ver mentindo, me responda o que você sente por mim? — Mika grita com Sarah.

 — Eu... Eu... Eu te amo! Sim eu amo, eu a desejo do fundo de minha alma, mas eu amo a Sam e não posso ter vocês duas, eu sei, por favor, não me faça escolher, mas é por te amar que eu imploro, mesmo... Mesmo que não fiquemos juntas não se sacrifique assim, me dói demais ver isso. — Sarah quase se ajoelhando no chão enquanto se desfaz em lagrimas.

                Neste momento Sarah desmaia e seu poder desaparece por completo fazendo com que ela se destransforme voltando a suas roupas de colegial, antes que a garota caía no chão ela é segurada por Mika que a abraça, enquanto as garotas correm para ajuda-la. Ela é levada ao mundo real e as garotas em seguida acionam a escola para que a menina seja socorrida a um hospital o mais rápido possível, seu pai é avisado e sai do trabalho direto para lá.

— O que aconteceu com minha filha? — John já chega procurando por Sarah.

— Senhor John eu sou a Cecilia sou filha da Beth, espero que lembre, sou amiga da sua filha, ela desmaiou durante o intervalo e a trouxemos para cá, os médicos estão a examinando, acredito que o senhor precisa cuidar de alguns papeis na recepção do hospital. — Cecilia tenta acalmar John que parece estar descontrolado com o ocorrido.

— Obrigado Cecilia, obrigado por cuidar da minha filha, ela é tudo pra mim. — John reverenciando em agradecimento a garota e em seguida ele vai para a recepção cuidar dos papéis, enquanto Cecilia se reúne com suas amigas na sala de espera.

— Bem o que vamos fazer agora? Com a Sarah neste estado e nem sabemos o que ela tem, eu me sinto péssima por não fazer nada. — Nina resmunga irritada com sua impotência diante da situação.

— Bem, avisei a minha mãe, nós temos uma a outra para nos consolar e fazer companhia enquanto esperamos resposta dos médicos, mas o senhor John é o pai da Sarah ele não possui ninguém para cuidar dele num momento tão difícil, ao menos ele terá alguém para conversar. — Cecilia que senta numa cadeira ao lado de Nina.

— Ela esta sofrendo de muita ansiedade, o mundo dela mudou drasticamente nos últimos meses, não era para menos, sem falar que essa história com a Mikaella esta acabando com ela, é óbvio. — Flora olhando de cara feia para Mika.

— Desculpe senhora elfa da floresta, mas eu também tenho meus próprios problemas e estou péssima com o que esta acontecendo com a Sarah, não era isso que eu queria que acontecesse, então porque você não volta para o jogo de fantasia que você fugiu e me deixa em paz. — Mika responde de forma desaforada sem nem olhar para a elfa.

— Sua atrevida como ousa falar comigo desta maneira, estas princesas metálicas não passam de rale, você parece uma selvagem que só sabe brigar e resolver tudo com pancada nem percebeu que suas ações acarretaram nisso. — Flora se irrita ainda mais, mas Thabata tenta acalma-la.

— Flora não! Não adianta brigar por isso, estamos em um hospital e a Sarah esta lá dentro sendo cuidada pelos médicos, esta discussão não nos levará a nada. — Thabata tenta segurar Flora pedindo que se sente novamente.

— Temos que manter a calma meninas, como a Thabata disse esta discussão não nos levará a nada, sem falar que somos todas amigas e lutamos pelo mesmo lado. —Cecilia fica entre as garotas e tenta controlar a situação.

                As garotas continuam esperando o retorno dos médicos, enquanto John termina de acertar com a recepção a internação de Sarah, neste momento Beth entra correndo angustiada e abraça Cecilia preocupada e depois vai até onde John esta sentado, ela o abraça e ele começa a chorar. Algum tempo se passa e ele consegue se acalmar, os nervos parecem ter-se esfriado quanto às meninas também, enquanto Beth e John conversam.

— Já fazia mais de um ano que eu não entrava em um hospital, não esperava que a próxima vez que eu entrasse fosse por causa da Sarah, não depois do que ocorreu com a Julia. Não aguentaria perder ela também. — John ainda de cabeça baixa o que deixa Beth aflita.

— Você amava muito a sua mulher não é John? Sinto em suas palavras e em seu olhar quando você fala dela, parece que o mundo para e seu olhar fica vagando na imensidão, se me permite perguntar o que aconteceu com ela? — Beth une sua curiosidade a necessidade de manter John falando.

— Ela sofreu um acidente, uma enorme estrutura de metal de um edifício caiu e matou algumas pessoas que estavam próximas a um edifício garagem, Julia estava entre elas, Sarah não sabe os detalhes, cinco mulheres morreram aquele dia, acredito que você tenha ouvido falar, deu no noticiário, só teve uma sobrevivente, mas ela enlouqueceu depois do ocorrido... Como era o nome dela? A sim lembrei! A Sra. Vivian Volkov, por sinal a filha desta senhora esta ali, Mikaella Volkov, é amiga da Sarah e estava passando alguns dias lá em casa. — John aponta para Mika.

— Lembro do ocorrido, foi um caso grande este acidente, lembro-me bem disso, ainda estava casada, estávamos em uma viagem com a família na época, mas por sinal história triste esta dos Volkov e é irônico que a filha daquela mulher seja amiga da sua filha. — Beth olha para Mika enquanto refere-se ao ocorrido.

— Um pouco, mas não é hora pra me preocupar com isso, onde estão esses médicos que não nos dão noticia sobre a Sarah? Eu preciso saber como esta minha filha. — John levanta-se angustiado.

                Neste momento uma mulher de longos cabelos negros e olhos verdes entra no hospital, ela parece esta bem maquiada e suas roupas são sofisticadas e sociais, uma verdadeira mulher de negócios, com uma saia justa que realça seu corpo, salto alto, um terninho combinando e um óculos de armação fina e estilizada preso a uma correntinha de prata. 

— Desculpa a demora John é que a escola ficou uma loucura depois do que aconteceu, só pude pedir a um dos empregados que trouxessem a Sarah para o hospital e deixei as meninas aqui, enquanto resolvia tudo, mas vim assim que pude, alguma noticia do estado dela? — Pergunta a mulher a John que logo a cumprimenta com bastante educação, deixando Beth um pouco enciumada.

— Até o momento não Tereza, mas obrigado por vir, sua presença aqui é muito importante para nossa família, na verdade você também Beth, desde que conheci vocês só têm me ajudado e eu agradeço muito. — John volta a sentar-se e fica um pouco mais calmo.

— Não se preocupe eu estarei sempre aqui para ajuda-lo. — Tereza um pouco envergonhada.

— Não se preocupe com isso, sabe que quero você bem, afinal você é meu vizinho e nossas filhas são boas amigas, não se incomode em me pedir sempre que precisar. — Beth completamente vermelha.

                Logo depois as duas mulheres se entreolham com raiva sem que John perceba e depois ficam sentadas uma de cada lado dele, demora um pouco todos já bem impacientes até que o médico vem, todos se reúnem para receber as noticias.

— A jovem Sarah passa bem, ela esta sedada e medicada, ela parece ter tido um colapso nervoso, mas já esta estabilizada, porém precisa descansar para se recuperar e acredito que logo estará melhor, mas preciso que fique em observação esta noite, caso não haja mudanças esta noite ela deverá acordar pela manhã e a tarde receberá alta e poderá ir para casa, mas recomendo que passe o resto da semana em casa evitando esforço físico desnecessário e principalmente preocupações, preciso do histórico medico e familiar dela, afinal isso não é algo que afete garotas da idade dela. — O médico explica a situação da garota e seu parecer.

— Tudo bem doutor eu compreendo o que o senhor diz, vou lhe dar todas as informações, mas posso ver minha filha? — John quase implorando para o medico.  

— Pode sim, mas recomendo que apenas uma pessoa passe a noite com ela, muitas pessoas podem perturbar seu descanso e isso não será bom nestas primeiras horas. O resto pode ficar na sala de esperar e observar pela janela de vidro. — Responde o médico se retirando.

— Por favor, senhor John eu quero ficar, a Sarah é importante demais para mim e eu devo isso a ela, então eu lhe imploro deixe-me passar esta noite aqui. — Mika se curvando diante do pai de Sarah quase ficando de joelhos.

— Tudo bem, mas passarei a noite na sala ao lado, não quero sair de perto de minha filha. — John levanta a garota concordando com seu pedido.

— Eu também ficarei John, só vou levar a Cecilia para casa e prepararei uma refeição caseira para você comer enquanto passa a noite aqui. — Beth segurando a mão de John deixando Tereza irritada.

— Bem eu não poderei ficar, mas amanhã pela manhã eu venho ver como você esta e não se preocupe com o trabalho eu avisarei a todos e você não terá nenhum problema, pode ficar tranquilo cuidando de sua filha o tempo que precisar. — Tereza empurrando Beth e segurando as mãos de John.

— Acho que devemos voltar para casa, não existe nada que possamos fazer aqui agora, amanhã depois da aula nós voltaremos para ver como ela esta. — Flora chamando as outras garotas.

— Antes de ir preciso falar com você Cecilia é muito importante, só posso contar com você para isso, então, por favor, escute o que tenho a dizer. — Mika segurando a mão de Cecilia.

                As garotas pegam carona com Tereza e Mika conversa com Cecilia em particular, em seguida Cecilia vai embora com sua mãe, o pai de Sarah entra no quarto para ver sua filha e segura sua mão enquanto cai em lagrimas, Mika fica olhando do outro lado da janela e sua expressão é completamente acabada em tristeza, depois de um tempo John sai do quarto e fica na sala de espera enquanto Mika entra e se senta ao lado leito de Sarah segurando sua mão, ela beija a mão de Sarah e logo lagrimas escorrem em seus olhos, muitas lembranças dos momentos que Mika passou com Sarah vêm a sua cabeça, a garota parece não conseguir suportar a tristeza e a preocupação. A noite correu bem e tudo que tinha sido planejado ocorreu, Beth trouxe a comida que prometeu e ficou com John tentando acalma-lo, Mika não arredou o pé do lado do leito de Sarah, quando amanheceu, a porta da sala de espera se abriu e neste momento Mika se levantou beijou levemente os lábios de Sarah.

— Obrigada por tudo, esta foi a ultima vez, adeus minha amiga, seja forte. — Mika sussurra isso próxima ao ouvido de Sarah e se dirige a porta de saída do quarto que esta sendo aberta, neste momento Sam entra no quarto.

— Cuide dela de agora em diante, nunca mais a deixe sozinha ou eu retornarei e desta vez eu vou rouba-la de você e nunca mais a deixarei sair dos meus braços. — Mika ao cruzar o caminho de Sam deixando o quarto.

— Pode deixar comigo, eu não vou deixa-la nunca mais, ela é minha, mas obrigada por cuidar dela enquanto eu estava longe, mas não quero vê-la nunca mais. — Responde Sam seguindo para junto de Sarah.

— Senhor John obrigada por tudo, me desculpe se não estive perto de Sarah quando ela precisou, eu queria tê-la protegido e por meu descuido ela esta assim, outra coisa eu fiquei sabendo que o senhor conseguiu uma audiência para meu pai na semana que vem, obrigada, infelizmente não poderemos aproveitar, mas não conte a Sarah o que aconteceu ok? Adeus. — Mika reverencia em agradecimento o pai de Sarah, por tudo que ele fez por ela, depois vai embora e pouco antes de sair Tereza entra na sala elas se cumprimentam e depois Mika vai embora.

                Sam senta ao lado de Sarah e fica segurando a sua mão, neste momento Sarah parece balbuciar alguma coisa, Sam tenta ouvir e sua expressão fica um pouco surpresa e pouco depois Sarah ainda sonolenta e fraca acorda ainda com a vista embaçada tentando reconhecer quem esta a sua frente, tamanha surpresa ao ver que Sam estava ali segurando suas mãos com todo carinho e sorrindo para ela.

— Bom dia, minha bela adormecida, seja bem vinda de volta para o mundo real, estão todos preocupados com você, eu estava desesperada, você nos deixou preocupada, mas fico feliz que esteja bem. — Sam sorrindo para Sarah que parece não acreditar que ela esta a sua frente.

— Me desculpe por lhe deixar preocupada. — Sarah responde meio sem jeito.

                Todos na sala de espera percebem que Sarah acordou e ficam aliviados, mas pouco antes que entrem no quarto ficam constrangidos, Beth e Tereza ficam um pouco surpresas, John fecha a porta do quarto e eles voltam a esperar, enquanto Sarah puxa Sam e beija seus lábios intensamente, fazendo com que a garota quase deite por sobre ela, o beijo continua com mais intensidade enquanto as lagrimas de felicidade das duas garotas por se reencontrarem rolam e se misturam em seus rostos, neste momento Mika esta deixando o hospital.