Segredo Virtual escrita por Alehandro Duarte


Capítulo 3
Capítulo 3 Nós Vemos Tudo, Inclusive sua Alma


Notas iniciais do capítulo

Todas as segundas terá um capítulo novo de Segredo Virtual, e já vou avisando que esse capítulo contém muitas surpresas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/680170/chapter/3

Sara está sentada em um banco, no hospital. Ao notar Sofia empurrando uma cadeira de rodas, a jovem se levanta e vai até ela.

—Dona Sofia, me desculpe por i... — Ela começa, mas é surpreendida pelo tapa que Sofia lhe dá.

—Não se meta com a minha família!

Dito isso, Sofia empurra a cadeira de rodas até o banco. A cadeirante olha para Sara — que mantinha a mão no rosto, onde levara o tapa.

—Eu vou ver como ela está. — Sofia diz, olhando para a moça.

—Tá bom, mãe. — Ela concorda, mantendo olhos em Sara, e Sofia vai até uma enfermeira. Sara enfim muda sua posição e vai até o bebedouro, o que faz com que a mulher sinta liberdade para ir falar com ela, rodando as rodas da cadeira. — Você é Sara?

—Sou... Quem é você?

—Sou irmã do Dylan. A Lídia me falou sobre você.

—BIANCA! — Sofia grita, olhando pra elas.

—Tenho que ir. — Bianca volta para perto do banco.

Alguns minutos depois, Sara entra no quarto de hospital em que Lídia está. Ela se aproxima e observa calmamente o rosto da morena adormecida, até Sofia entrar no cômodo, junto com Bianca.

—Sai daqui, agora! Você já trouxe desgraça demais pra nossa família! — Sofia puxa Sara pelo braço.

—Me larga! — Ela puxa o braço e se solta.

—Eu mandei você sair! — Sofia agarra o cabelo de Sara.

—Mãe, para! — Bianca grita.

—T-tia? — Lídia acorda com o grito, sonolenta.

—Sou eu, querida. — Sofia larga o cabelo de Sara e se aproxima mais da cama.

—Onde é que eu tô? —Pergunta Lídia, bocejando.

—Por causa dessa praga você foi atropelada, mas a enfermeira disse que, graças a Deus, nada grave aconteceu. —Sofia responde — Você vai poder ir pra casa amanhã de manhã.

—Você salvou minha vida, Lídia. — Diz Sara — Obrigada!

—Você faria o mesmo.

—Já pode ir embora. — Sofia vira o rosto na direção de Sara.

—Você não pode falar assim com ela. — Lídia reclama.

—Sua família ou sua amiga? Faça a escolha certa, Lídia. — E ela sai do quarto.

Bianca se aproxima de Lídia.

—Se sente bem? — Ela pergunta.

—Não, mas sei que logo vou me sentir! — A moça sorri para Bianca, que retribui o sorriso.

Do lado de fora do hospital, Sara entra em um táxi.

—Pousada da Tia Nina, por favor.

—Pode deixar. — Diz o motorista. Sara reconhece a voz e olha o rosto do seu pelo retrovisor.

—Cara da praia? — Pergunta Sara enquanto o homem se vira pra ela.

—Coincidência, não?

—É...

—Seu nome é Sara, certo? — Ele começa a dirigir.

—É, e o seu é Jason.

—Você namora, Sara?

—Pra que quer saber? Sou casada!

—Foi mal...

—Tava de brinks. Não namoro, não sou casada, não pego ninguém... sou friendzone total!

—Somos bem parecidos.

—Você parece ser um babaca.

—Super sinceridade, você.

—Obrigada.

—Gosta de novelas?

—Não.

—Series?

—Não.

—Desenhos?

—Não.

—Do que você gosta?

—De que não me façam perguntas.

—Tá bom então.

—Sim, sim, sim e comer.

—Quê?

—Respondendo as perguntas em ordem.

—Não tô te entendendo...

—Sou retardada mesmo, tá?

O carro para, o paga e desce do carro.

—Foi bom conversar com você, Sara.

—Não digo o mesmo. — Diz ela, entrando na pousada enquanto o carro vai embora.

No Hospital, Rebeca entra no cômodo ocupado por Lídia. Ela se aproxima da mulher deitada e percebe que ela está acordada.

—Sua filha está bem, Lídia.

— Ela passa os dedos por entre os cabelos da moça deitada. — Amanhã eu te levo até ela.

—Ela cresceu muito?

—Sim, a Rose cresceu.

Sofia abre a porta e entra no quarto, fechando-a e indo na direção das moças.

—Oi, Rebeca. — Ela cumprimenta.

—Oi... Bom, acho que já vou indo, então. — Rebeca se levanta e sai do quarto.

—O que ela veio fazer aqui? — Sofia pergunta, apoiando-se na cama.

—Veio me contar sobre a Rose...

—Você tem que esquecer essa criança. Abriu mão dela, não tem mais direito sobre ela, Lídia.

—Eu sei, mas... Eu quero ver a minha filha!

—Não vamos discutir sobre isso.

—Eu não deveria tê-la dado...

—Não é hora para se lamentar! Lembre-se que você mesma quis assim.

No dia seguinte, na cafeteria, Sara toma café em uma mesa. Rebeca entra no estabelecimento e vai até ela.

—Oi, Sara, fiquei sabendo que a Lídia foi atropelada. Fui até no hospital visitá-la. — Ela se senta ao lado de Sara.

—É, eu também fui... Ela sai de lá hoje, parece que nada grave aconteceu.

—Sara, tem uma coisa que eu ainda não pude entender...

—O quê?

—Por que continua nessa cidade, sabendo que a pessoa que procura está morta?

—Eu não sei... Sinto como se eu tivesse ligada com tudo isso de algum jeito, e eu quero descobrir quem matou o Dylan!

—Vai ser difícil descobrir isso.

—Eu sei... Rebeca, sobre aquele grupo que mata as pessoas...

—Cold Blood.

—Isso... sabe mais alguma coisa sobre eles? Procurei na internet e não tinha nada.

—Eles são hackers, e nunca deixam nenhuma informação vazar pela internet. Só descobrimos da existência deles depois do quarto assassinato, em que eles escreveram com sangue na parede a frase "Nós vemos tudo, inclusive sua alma". Medonho, né?

—É... E sabe o nome das vítimas?

—De cabeça, não. Prefiro que você não se envolva com isso, Sara, você pode acabar morta.

—É um risco que tenho que correr. — Diz Sara, enquanto um homem entra na Cafeteria.

—Oi, Prefeito. — Rebeca cumprimenta o homem.

—Olá. — Diz ele.

—Essa é Sara. — Rebeca olha pra jovem — Chegou na cidade há alguns dias.

—Espero que esteja gostando da cidade, Sara.

—Eu estou. — Ela se levanta — Preciso ir, Rebeca.

—Tchau. — Ela se despede e Sara vai embora.

Horas depois, em frente a uma escola, Lídia e Rebeca esperam em frente ao portão. Sara passa pela escola e as vê.

—Lídia.

—Oi,Sara. — Lídia a cumprimenta.

—O que estão fazendo aqui?

—Eu vim pegar minha sobrinha e a Lídia queria vê-la, então eu a trouxe comigo. —Rebeca responde.

—Então tá, depois a gente se vê. — Dito isso, Sara volta a andar, distanciando-se delas.

—Será que ela caiu nessa? — rebeca pergunta.

—A Sara é ingênua, com certeza acreditou.

Sara chega em frente a pousada e percebe que Sofia acaba de entrar, então também entra.

—O que tá fazendo aqui? -Pergunta Sara, ficando cara a cara com 
Sofia.

—Não é algo que te interesse.

—Vai me contar ou não?

—Eu evitei te dar uma surra pela Lídia, mas agora ninguém vai tirar minha mão da sua cara!

Sofia brutalmente empurra Sara no chão e se joga em cima dela, a estapeando e socando. Sara consegue segurar os pulsos de Sofia, virando-se e a prendendo contra o chão

—Parece que o jogo virou. — Sara se gaba, mas Sofia morde seu pulso, fazendo com que ela a soltasse. As duas começam a trocar tapas, até que o Prefeito chega e separa as duas.

—O que é isso? Parecem duas cachorras! — Ele esbraveja, segurando o braço de Sara. Ela se solta com um movimento brusco.

—Já entendi tudo, vocês estão juntos! — Sara grita enquanto seu celular vibra.

—Se você não sair dessa cidade, eu juro que você vai se arrepender, e muito — Sofia ameaça.

—Eu vou embora sim, quando eu descobrir quem matou o Dylan!

Sara pega seu celular no bolso e percebe que recebeu uma mensagem... De Dylan. Ao abrir a mensagem, ela lê o texto: "Quer me achar?Aqui o endereço..."

—Para de tentar dar uma de detetive! — Sofia grita, mas Sara sai correndo com o celular na mão.

Após alguns minutos, ela chega arfando em frente a uma casa velha abandonada, como no endereço.

—É aqui... — Sara entra.

A casa está em péssimas condições, com vidros quebrados e teias de aranha no teto. Ela ouve um barulho no segundo andar e começa a subir a escada.

—Estou aqui! O que quer de mim? — Ela grita, percorrendo a casa com o olhar.

Todas as portas estão abertas, com exceção de uma, que é a que a atrai.  Ela vai até a porta que está fechada e a abre, o que muda sua expressão de preocupação para desespero. Há um porco morto no chão, seu sangue escorre pelo mesmo e seu coração está preso na parede, junto com uma frase escrita com o sangue do animal.

 "É isso que vai acontecer com você. Pare de procurar, antes que ache".

A porta se fecha e Sara se vira. Uma pessoa encapuzada com a máscara de "Guy Fawkes" está diante dela.


Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse final foi bem emocionante, não acham? Comente o que está achando da Fanfic, até a próxima segunda. :D