Segredo Virtual escrita por Alehandro Duarte


Capítulo 2
Capítulo 2 Uma Cidade Ligada por Laços


Notas iniciais do capítulo

Esse é o segundo capítulo da jornada de Sara. Muitas coisas acontecerão nesse capítulo, novas descobertas e novos personagens.



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Lídia e Sara se encaram por alguns segundos.

—O que você tá fazendo aqui? -Lídia pergunta, ainda olhando para Sara.

—Conhece Dylan Augustos?

—Ele é meu primo, morreu há algum tempo... — Ela se aproxima de Sara enquanto uma mulher desce do carro.

—O que está havendo, Lídia? — Ela pergunta.

—É uma amiga que conheci no avião.

—Não tô entendendo nada. — Comenta o homem, confuso, parado na porta.

—Oi, tio Sergio! — Diz Lídia, indo até ele e o abraçando. —Dylan não pode estar morto. — Sara pega seu celular e mostra para Lídia suas conversas com Dylan.

—Meu Deus...
Meia hora depois, dentro da casa, Sara está sentada no sofá ao lado de Lídia, Sergio e a moça que saiu do carro depois de Lídia.

—Então quer dizer que Dylan está morto e que a Rede Social dele foi "hackeada"... — Diz Sara, incrédula.

—Isso realmente é muito estranho. — Diz a Mulher — Não acredito que fizeram isso com o meu filho.

—Você é mãe do Dylan?
—Sou, e esse é o meu irmão. —Ela olha para Sergio — Meu nome é Sofia.

—E o meu é Sergio. — Ele se apresenta.

—Sara, há quanto tempo você conhece o Dylan? — Sofia indaga.

—Há alguns meses, acho que uns cinco ou seis, foi na época que meu pai morreu.

—E vocês já se encontraram alguma vez?

—Não, a gente apenas conversava...

—E ele pediu para que vocês se encontrassem? — Dessa vez, Lídia pergunta.

—Na verdade, eu nem avisei. — Responde Sara.

—Você por acaso é louca? Ir à casa de uma pessoa que nunca viu, e ainda sem avisar?! — Esbraveja Sofia.

—Eu sei que fui idiota quanto a isso, mas eu queria conhecê-lo, e também não tinha outro lugar pra ir... É uma coisa pessoal. — Ela se levanta — Acho melhor eu ir embora...

—Concordo plenamente. — Diz Sergio, abrindo a porta da casa para que a jovem saísse.

—Então, já vou indo. — Sara se levanta, mas Lídia a segura pelo braço e entrega um papel com números escritos.

—Me liga se precisar de algo. — E solta o braço de Sara.

—Ok.

Sara sai da casa e Sérgio rapidamente fecha a porta. Uma lágrima cai dos olhos de Sara quando ela olha para o céu.

Algum tempo depois, no quarto de uma pousada, Sara pega seu notebook dentro da mala e o liga. Ela se senta na cama e entra em sua rede social.

Chat:
Dylan: Você tá um dia sem entrar
Dylan: ENTRA LOGO MIZERIA
Dylan: MOÇA EU TE INVOCO
Dylan: Só macumba mesmo pra você aparecer em
Dylan: Faltou Luz aí? Só pode né
Você: Eu sei que Dylan está morto
Dylan: ??
Você: Quem é você?

Sara espera a resposta, mas o ponto verde, que mostrava que a pessoa estava online, sumiu. Deixando o notebook de lado, ela suspira. No dia seguinte, a morena sai da pousada e vai até uma cafeteria, pede um cappuccino e se senta em uma das cadeiras. Lídia chega por trás dela e a cumprimenta.

—Oi, Sara! — Lídia senta ao lado dela. — Onde passou a noite?

—Em uma pousada.

—Ah, sim... — Um homem chega por trás de Lídia, ela se vira e o abraça — DANIEL!

—Shippei. — Sara murmura.

—Há quanto tempo! — Diz Daniel — Chegou na cidade quando?

—Ontem mesmo, tava com saudades. —Lídia confessa — Sara, esse é um amigo de infância meu. Daniel, essa é Sara, também chegou na cidade ontem, foi uma companheira minha de vôo.

—Entendi. -Daniel fala. -Mas eu tenho que ir, tchau Lídia, foi bom te ver, e tchau, Sara.

—Tchau... — Se despede  enquanto Daniel vai embora.

—Alguém está apaixonada. — Sara pega o cappuccino e vai andando até a saída.

—Não viaja, Sara, somos apenas amigos!

—Estamos na vida real, não em uma fanfic com falas clichês, querida! — Ela vai embora.

—FANFI O QUÊ?!

Sara caminha tranquilamente pela cidade bebendo seu cappuccino até perceber que um carro preto está lhe seguindo, o que faz com ela comece a andar mais rápido. Porém, o carro também acelera. Ela para de correr e caminha até o carro, mas ele vai embora antes dela alcançá-lo. Algum tempo depois, na praia, Sara está sentada na Areia, até que um homem alto e moreno se aproxima dela, sentando-se ao seu lado.

—Olá! — O homem a cumprimenta.

—Oi. — Responde Sara, olhando para o mar.

—Meu nome é Jason, e o seu?

—Sara, meu nome é Sara. — Ela se levanta e tira a areia de sua calça.

—Estou te incomodando? — Ele também se levanta.

—É que eu tenho que ir encontrar uma amiga. — Fala Sara indo embora.

Algum tempo depois, no quarto de Sara, na pousada, Sara e Lídia entram no quarto.  Sara senta na cama e pega seu Notebook.

—Olha, Sara, eu acho melhor você ir embora... — Lídia se senta ao lado dela. — Você não está procurando o Dylan, e sim um hacker.

—Eu ainda não posso acreditar nisso, Lídia. A propósito, como Dylan morreu?

—Pelo o que minha tia me disse, ele foi achado morto em um beco... Parece que ele levou um tiro, não se sabe quem foi o assassino. Mas eu não me surpreendo com isso, desde pequeno ele tem inimigos.

—Como assim?

—Ele sempre arrumava confusão e se metia em furadas. Todas as pessoas dessa cidade estão ligadas por um laço, e eu aposto que metade da cidade teria motivos para matá-lo.

—Nossa...

—Como você nunca reparou que ele estava morto? Falta de fotos dele, ou postagem dele com a família... Nunca viu nenhum post de luto? Se bem que não sei quem faria um, já que a mãe e o tio dele não sabem muito bem como usar o computador.

—Eu também não atualizo muito minha rede social, então o entendo.

—O que o hacker de contou sobre a vida íntima dele?

—Ele quase nunca falava disso, mas disse que tinha uma irmã. — Ela entra em sua rede social.

—Dylan tem uma irmã, ela se chama Bianca, infelizmente ela é deficiente e usa cadeira de rodas.

—Olha. — Sara mostra suas conversas com Dylan.

—Vocês eram bem próximos...

—Éramos...

O celular de Lídia toca, ela lê o nome da chamada, "Rebeca", e atende.

—Oi, Rebeca!

—Soube que você voltou! — Diz Rebeca, no outro lado da linha.

—Sim, voltei.

—Podemos nos encontrar?

—Claro, onde?

—No Restaurante que nos encontrávamos antigamente, às nove horas.

—Está bem, tchau! — Lídia desliga — Quer conhecer a namorada do Dylan?

—Sério?

—Ela é uma antiga amiga minha, fui o cupido da relação deles. Terminaram uma semana antes do Dylan ser morto.

—Então posso considerá-la suspeita?

—Sério que você quer descobrir quem o matou?

—Eu quero saber o motivo de alguém querer se passar por ele e conversar com uma pessoa normalmente, sem zoar com a rede social dele. Isso é muito estranho, eu sei que tem uma grande história por trás disso, e não vou desperdiçar a chance de viver como em um filme de suspense.

—Vai querer ir ou não?

—Claro que quero!

—Venho te buscar às nove da noite. — Diz Lídia se levantando e indo até a 
porta.

—Já vai?

—Tenho coisas pra fazer.

—Tipo fazer maratona de series?

—Acertô, mizerávi! — Ela brinca, indo embora.

—Entendi a referência!

Às nove da noite, no restaurante, uma mulher loira está sentada em uma mesa com quatro lugares, até que Sara e Lídia chegam.

—Oi, Rebeca — Lídia abraça Rebeca após ela se levantar.

—Tudo bom? — Pergunta Rebeca.

—Eu tô ótima. Essa é Sara — Lídia olha para Sara.

—Oi... — Diz Sara

—A história dela é um pouco longa, então acho melhor nos sentarmos. — Lídia se senta em uma das cadeiras. As moças a seguem.

Algum tempo depois:

—Então você veio conhecer o suposto Dylan sem ele saber? — Pergunta Rebeca.

—Eu sei que é estranho, mas sim. — Responde Sara.

—Realmente é muito estranho. Quem você acha que matou o Dylan? — Pergunta Rebeca.

—Como assim?

—Quando Dylan morreu, todas as pessoas estavam querendo saber quem o matou, porque essa pessoa libertou outras de chantagens do Dylan. Eu acho que foi o Grupo Cold Blood.

—Grupo Cold Blood?

—É um grupo de assassinos que mata por diversão, e Dylan tinha contato com eles.

—E você sabe quem são eles?

—Ninguém sabe, e quem descobre, morre! Eu sei que o grupo é formado por três integrantes. O líder usa a máscara de "Guy Fawkes", aquela usada no filme "V de Vingança", e também é usada pelos "Anonymous". Tem uma garota que usa um batom vermelho que brilha, lhe chamam de Girl Blood, e tem até uma lenda que o batom dela é feito de sangue humano... E, por último, tem uma pessoa que ninguém nunca conseguiu descobrir nada sobre, ele apenas usa um capuz que nunca tira, assim como os outros.

—E se Dylan fosse um deles? — Pergunta Lídia.

—Eu tenho certeza que ele fez parte do grupo. — Rebeca afirma.

—Dylan era tão perverso assim? — Sara pergunta.

—Você nem imagina. — Rebeca responde — Ele seria capaz de qualquer coisa pra conseguir o que quer.

Algumas horas depois, do outro lado da rua, em frente à pousada, Sara e Lídia caminham juntas.

—Gostei da Rebeca. — Diz Sara.

—Ela é legal. Nos vemos amanhã? — Lídia olha pra rua silenciosa.

—Até amanhã.

Sara caminha até o outro lado da rua, mas antes de chegar, um carro preto parte para cima dela. Rapidamente, Lídia corre até Sara e a empurra para a calçada, sendo atropelada no lugar de Sara. O carro continua andando.

—LÍDIA! — Sara grita, correndo até a moça caída.

Alguns minutos depois, perto dali, um carro preto estaciona em frente à um super-mercado. Um homem desce do carro com um capuz que logo tira, revelando o rosto de Sergio.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Será que Sergio realmente tentou atropelar Sara? E por qual motivo? Comente o que achou desse capítulo que foi marcado de surpresas!