The Time Princess escrita por Essy
Notas iniciais do capítulo
Obrigada pelos reviews.
OBS - Nesta fic, o raio de Zeus ainda não foi roubado. Só uma observação, mesmo que será importante mais para a frente...
Capítulo 5 – Inesperado
Eu tinha um zilhão de perguntas para fazer. Como eles conseguiram o número dos meus pais? Por que eles ligaram para meus pais? Como meus pais passariam pela barreira? Eles contaram sobre eu ser meio sangue a meus pais?
-Calma. - disse Quíron, depois que eu fiz essas perguntas. - O número da sua mãe estava em uma agenda na bolsa que você deixou cair. Esta logo ali – ele apontou para uma mesinha com a bolsa. -Nós ligamos para seus pais porque... não é óbvio? Precisamos saber de quem você é filha. Seus pais não vão passar pela barreira nós vamos encontrá-los e não, não contamos sobre você ser meio sangue.
Eu respirei fundo.
-É impossível eles virem. Minha mãe e meu pai nunca falam comigo, nunca me visitam. Quando eu peço para eles virem eles não vêm. Então por que eles viriam ao seu chamado? Sem ofensas... - eu disse.
-Mas ao que parece, sua mãe já estava vindo. Nós ligamos para ela e ela disse: 'Sim, eu já estou em New York devido a um telefonema de Selina. Creio que tenho as respostas para suas perguntas.' Foi estranho. Parecia que ela sabia sobre os deuses e etc. - disse Annabeth.
Eu alarguei os olhos, apavorada com a ideia de minha mãe nunca ter me contado nada.
-Sabe o que é mais estranho? - perguntou Percy – Nenhum monstro te atacar. Só hoje. Isso é definitivamente estranho.
-Sim. - Annabeth e Quíron concordaram.
-Selina pode vir comigo um momento Quíron? Acho que ela não quer ficar com essa roupa suja de sangue. - Annabeth disse.
-Definitivamente não. - eu disse.
-Está bem. E a sua perna? - Quíron perguntou e eu a mexi um pouquinho.
-Acho que está melhor e os braços também. Enquanto falávamos, eu fazia o tempo de curação correr mais rápido. - eu sorri mas nenhum deles sorriu comigo.
Annabeth me levou até seu chalé, o número 6. Era bonito e intocado de livros e estava vazio.
-Devo ter alguma coisa que lhe sirva. - ela murmurou, mexendo no guarda-roupa. - Enquanto eu procuro, você não quer tomar banho?
-Adoraria. - eu disse. Annabeth me deu toalhas e disse que eu poderia usar seu shampoo.
Eu liguei a água quente e isso me ajudou a pensar. Será que minha mãe sabia de algo, e nunca me contara? Eu ainda tinha esperanças que não, que minha mãe sempre tivesse sido honesta comigo. O banho estava tão bom, que eu fiquei pelo menos uma hora e meia no chuveiro. Quando eu saí, Annabeth havia achado um shorts jeans e procurava uma blusa para mim.
-Nossa, você ainda não achou? - perguntei espantada.
-Nossa você já saiu! - ela exclamou.
-Já? Annabeth eu fiquei tipo, uma hora no banheiro. - eu disse. Ela pareceu confusa e consultou seu relógio.
-Selina, você ficou menos de cinco minutos aí dentro. Quando você entrou no banheiro, eram três e cinco. Agora são três e nove.
-Isso tem algo a ver com os meus hum... poderes? - perguntei.
-Sim. Eu acho... se você for filha dele...
-De quem?
-Ah, ninguém, eu só estou pensando alto.
Claro, pensando alto. Ninguém me contara nada sobre meu pai ou mãe e eu estava ficando preocupada.
-Achei! - Annabeth gritou e tirou uma camiseta laranja de uma gaveta. - Deve servir. - ela disse. Eu fui ao banheiro e troquei o roupão que estava usando pela roupa que ela me emprestou. Servira direitinho. Eu penteei o meu cabelo e o prendi em um rabo-de-cavalo com um elástico de cabelo de Annabeth. Ela me emprestou um tênis e nós fomos nos encontrar com Percy e Quíron na entrada do acampamento. No caminho, passamos pelo garoto ruivo que tinha ajudado a derrotar o minotauro.
-Annabeth. - ele disse e a beijou. Eu fiz cara de nojo e som de vômito.
Annabeth revirou os olhos.
-Como ela está de pé? - perguntou o ruivo, incrédulo. - Você estava toda quebrada! - ele disse para mim e eu revirei os olhos.
-Longa história. - eu disse – A propósito, meu nome é Selina.
-Eu sou o Argaios, filho de Apolo. - ele estendeu a mão e eu a apertei. Argaios, Argaios... Significava algo como o Iluminado. Típico, para um filho de Apolo...
-Vamos, Selina? - Annabeth disse e nós fomos andando. Um outro garoto apareceu no caminho. Seus cabelos eram cor de areia e ele tinha uma cicatriz estranha no rosto.
-Annabeth! - ele chamou. Ah, ótimo. Annabeth deveria ser tipo, super popular. - Soube que você e Percy lutaram com o minotauro.
-Não, só Percy, Argaios e Quíron. Eu fiquei cuidando dela. - Annabeth apontou para mim e eu olhei para baixo.
-Oi, meu nome é Luke Castellan, filho de Hermes. - Pelo visto os campistas gostavam de falar o nome de seus pais.
-Selina van der Halt, indeterminada. - eu brinquei.
-Temos que ir agora, Luke. - Annabeth disse. Nós nos despedimos e fomos para a entrada do acampamento.
Quíron (numa cadeira de rodas) e Percy estavam lá junto com um casal que me parecia conhecido. A mulher era loira, magra, pálida e extremamente bonita. Tinha olhos verdes. O homem era alto e robusto, tinha cabelos e olhos negríssimos e pele morena clara.
-Mãe e pai. - eu disse amarguradamente.
-Selina! - minha mãe gritou e veio me dar um abraço. Eu não a abracei de volta. Mas desde quando minha mãe se preocupava comigo?
-Sel. - disse meu pai de longe.
-Creio que vocês tem alguma coisa para me explicar. - eu disse friamente.
-Não sei do que está falando. - meu pai disse e minha mãe olhou para baixo – Aliás, que lugar é este?
-Ele pode ver?- perguntei a Annabeth, baixinho.
-Não, ele só vê o topo de uma colina. - respondeu-me ela no mesmo tom de voz.
-Uma colina! Mas que lugar é esse para se encontrar? E quem são esses seus amigos? - perguntou meu pai.
-Nada disso te interessa se você quer saber! - eu gritei, nervosa.
-Eu sou seu pai, tenho direito de saber! - ele gritou em resposta.
-Não, você não é meu pai e mesmo que fosse você sempre me abandona e não tem direito nenhum sobre mim! - gritei tão alto que Annabeth se encolheu ao meu lado. O tempo parecia passar mais devagar e acho que os outros perceberam isso também porque consultavam seu relógio e Quíron me olhava.
-Calma, Sel. - disse Annabeth.
-Como assim eu não sou seu pai? - perguntou meu “pai”.
-Você não é nem nunca vai ser meu pai, Willian. - eu disse.
-Cale a boca sua garota mimada! - meu pai deu um passo a frente. Eu fiquei com raiva.
-Ela fala a verdade. - disse minha mãe. - Selina não é sua filha.
Eu congelei. Eu já desconfiava disso, mas ainda sim... me surpreendeu.
Minha mãe me olhou e disse:
-Nem minha. Selina não é sua filha, e também não é minha.
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