Pov. Rapunzel

Estava em meu quarto lendo um livro tranquilamente. Tinha acabado de tomar o café da manhã, porém preferia muito mais ficar sozinha no meu quarto do que com aquelas pessoas doidas que fingem serem meus pais. Estava tudo tranquilo, ate chegar uma menina doida que possuía cabelos pretos e pele morena, Carmem.

—Esta feliz não é mesmo? Finalmente conseguiu roubar o que é meu!-ela disse.

—Do que você esta falando?-disse Rapunzel sem entender nada.

—Flyn Rider, isso te lembra de algo? –ela disse. Ok  entendi que ela estava falando do Flyn, mas do que ela se referia. 

—Tem como simplificar um pouco mais as coisas?- eu disse.

—Eu vou simplificar minha mão na tua cara! –ela disse e partiu pra cima de mim, e eu claro me defendi né, mesmo não sabendo o motivo da briga.

—Parem com isso as duas!-disse a empregada da casa nos separando.

—Não encoste suas mãos imundas em mim! –disse ela para a empregada que apenas abaixou a cabeça. –E quanto a você! –ela disse olhando nos meus olhos, olhei nos olhos dela e os olhos dela estavam mais escuros do que o normal estava totalmente preto. –Você vai ter o que merece! E eu não vou responder por mim! –ela disse e sua voz ficou meio grossa, chega fiquei arrepiada, nunca senti tanto medo.

Ela se retirou do quarto e eu comecei a chorar. A empregada que ainda estava no quarto começou a acariciar meus cabelos e eu a abracei. Depois de alguns minutos eu finalmente disse alguma coisa para ela.

—Obrigada por separar a briga! Eu não estava aguentando mais tentar me defender, ela estava disposta a acabar comigo! –eu disse me recuperando do susto.

—Não a de que minha menina, percebi que você não iria aguentar por tanto tempo!-ela disse.

—Desculpa pelo jeito que ela a tratou! Ela nunca agiu assim!- eu disse..

—é o nervosismo! O estresse faz você fazer coisas inacreditáveis! Logo passa e ela se arrepende! –ela disse. Apenas concordei, mas eu sei que isso esta longe de ser estresse. –Bom, agora eu preciso ir, tenho muita coisa para fazer ainda.

—Tudo bem Dona Rosa, e mais uma vez obrigada! –eu disse e ela se retirou com um sorriso.

Depois eu ela se retirou fiquei pensativa, aquela não parecia minha irmã. Parecia que era outra pessoa que estava brigando comigo. Seus olhos pareiam faiscar ódio, e estavam totalmente pretos.

—Esqueça Rapunzel, isso é tudo fruto da sua imaginação, e é claro que era sua irmã brigando com você! –eu disse para mim mesma tentando não me preocupar.

 Então olhei pela janela para fora e vi minha irmã sentada na grama chorando, com pouco um vulto negro saiu de dentro dela, esse vulto formava m corpo de um homem, porém não passava de uma sobra, não era um homem em si. O vulto parecia olhar para ela sorrindo, parecia gostar do fato de ela estar chorando. Porém do nada o vulto parou de olhar para ela e virou a cabeça para o lado da minha janela, rapidamente fechei a cortina e me abaixei.

—Aquela definitivamente não era sua irmã! E por falar em irmã eu preciso contar isso para a Denise! –eu disse e me levantei.

Sai correndo de casa, ninguém me viu siar. E a hora que eu passei pelo gramado onde a sombra e a minha irmã estavam, não havia ninguém lá. Eu não seria louca de ficar para conferir onde eles tinham ido.

Comecei a correr na rua em direção a casa da Denise, cheguei na esquina sem olhar para os lados e um caminhão quase me atropelou, porém uma pessoa me puxo pelo braço.

—Rapunzel, você ficou louca? –disse Flynn me levantando. Pois com o impulso nos dois caímos no chão.

—Não, eu não fiquei louca ainda! Mas vou ficar se você não me esclarecer uma coisa!- eu disse nervosa.

—Esclarecer o que? –ele disse, sem entender o que eu estava me referindo.

—Vamos até ali na praça, o que eu tenho pra falar é coisa seria, não é para se falar em qualquer lugar! –eu disse, e caminhamos ate a outra esquina onde havia uma praça.

—ok, pode começar!-disse o Flyn se sentando.

—Você estava namorando com a minha irmã mais nova certo? –perguntei e ele assentiu. – vocês terminaram quando? E por quê? –perguntei.

—Naquele mesmo dia em que eu fui te levar em casa! Aquele dia que nós conhecemos os Rebeldes! –ele disse. –E já fazia alguns dias que eu e a Carmem estávamos nos desentendendo, ela era muito ciumenta! E naquele dia ela ficou com ciúmes de mim com você e meio que eu cansei, e decidi que aquela seria a ultima vez que ela iria brigar comigo! Eu terminei com ela naquele mesmo dia! Eu não a suportava mais! –ele explicou.

—Nossa, mas ate que você aguentou bastante tempo! Afinal vocês namoraram durante um ano! –eu disse, entendendo tudo.

—Mas por que você esta me perguntando isso? –ele perguntou.

—Nada não, apenas duvida! Agora eu tenho que ir beijos bye! –eu disse sai correndo.

Não tinha tempo para contar tudo a ele, eu tinha que chegar o mais rápido possível na casa da Denise, cheguei no portão e parei para respirar um pouco.

—Ei mocinha! –uma pessoa disse atrás de mim, me virei e a pessoa jogou uma espécie de pó no meu rosto e eu cai no chão. Mas antes de adormecer olhei bem a pessoa a minha frente, era um homem, vestido com roupas pretas, virei meu rosto e olhei para a casa da Denise.

—De-Denise –eu disse sussurrando porem adormeci, e não consegui enxergar mais nada.

                                            ...