Pokémon Enimia escrita por IggdraWerewolf


Capítulo 21
Cap.16: Uma parceria de uma noite.


Notas iniciais do capítulo

Dois aliados improváveis unem força contra um mal maior.



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Delegacia de Sootopolis 18:22

Skull está sentado em uma cela, sozinho. Várias ataduras e faixas espalhadas por seu corpo, tentando tapar os ferimentos da última luta. Ele estava sem camisa, desde que a tirou para que os médicos fizessem os curativos, ele não a colocou de novo. Ele estava exausto, do jeito que o jogaram na cela ele ficou. Já havia cochilado algumas vezes, mas sempre acordava devido a dor em algum lugar. Apesar disso, fez questão de colocar a bandana e o óculos novamente.
Vários amigos de Skull se dirigiram para a cidade, para depor a favor do garoto. Flannery estava arrasada, tremia constantemente, com medo do pior acontecer. Wattson tentava acalmar a jovem ruiva, e no fundo, tentava acalmar a si mesmo. Lisia, não estava mais com sua roupa extravagante de concurso, estava apenas trajando um vestido branco e simples, seu cabelo estava solto e ela não parava de suplicar para seu tio fazer algo, pois Skull não era mau. Mas não havia nada que Wallace pudesse fazer, e não importava o quanto ele explicasse isso para a garota, ela sempre fazia o mesmo pedido. As crianças do orfanato não eram tão educadas, faziam algazarra de tempos em tempos, tentando comprar briga com os guardas, até Wattson dizer para elas pararem e todos ficarem quietos.
Então, os murmúrios pararam, quando o “vilão” deles apareceu, o jovem rapaz que os havia colocado naquela situação. O jovem estrangeiro, Amber Mcloud, saia de uma sala e se dirigia até o lado de fora da delegacia. Enquanto caminhava, todos ficaram em silêncio e o encaravam. Graças a seus poderes, ele sabia cada xingamento, ofensa e praga que as pessoas pensavam dele por seus atos, mas ele tinha feito o que mandaram ele fazer. Ele sempre soube que nem sempre, o que é certo é o que está na lei, que existem casos e acasos. Porém, quando ele quis entrar na polícia para ter informações privilegiadas sobre sua busca por seu pai, ele já esperava que isso fosse acontecer, aquilo não era novidade, ele tentava apenas ignorar.
Do lado de fora da delegacia, Amber mascava um chiclete. O rapaz gostava bastante de doces, o açúcar mantinha sua mente ativa, e ela era uma das maiores aliadas de Amber, essa é a mesma razão do porquê o rapaz gosta tanto de café também. Alguém encosta no ombro do rapaz, ele se vira e vê Flannery, Lisia, Wattson e Wallace.

—Com licença senhor, só queríamos saber… o que vai acontecer com nosso amigo?-Perguntava a ruiva, melancolia em sua voz.

—Sou detetive, não juíz. Meu trabalho era pegar o rapaz, o que vão fazer com ele, não é de minha jurisdição.

—Mas o Skull não fez nada de errado! Ele não merece estar lá! Ouvimos dizer que você é muito respeitado, tem que poder ajudar em algo!- Diz Lisia com os olhos cheios d’água, seu tio a segura pelos ombros e tenta acalmar-lá.

Amber encara a jovem por um tempo, então ele faz uma bolha de chiclete e a estoura, apenas para mastigar-lá de novo. Então ele se agacha um pouco, para ficar mais ou menos na mesma altura que a garota. Então ele começa a falar:

—Escuta garota, eu sei que as coisas não estão bem pra vocês, mas todos nós temos algum problema. Meu irmão mais novo está preso no meio da guerra civil de Johto. Os Toxics tem forças armadas fortes cobrindo as fronteiras, para a Liga mandar reforços, significaria combate direto. Mas esses desgraçados se espalham feito pragas, e apesar das forças deles em Johto, ainda existem crime organizado em Kanto liderado por eles, e por esses motivos, Johto está por sua conta e risco e não posso ir ajudar meu irmão de 15 anos porque sou obrigado a seguir cada uma das ordens deles feito um growlithe. Então sinto muito garota, mas eu não estou muito afim de me meter no problema de vocês.

Flannery se mostra enojada, a raiva toma conta da garota e ela avança para cima do rapaz, mas Wattson segura ela e diz que não valia a pena, tentava acalmar a garota e dizer que não era nada pessoal, que o rapaz apenas não podia ajudar. Ela entra novamente na delegacia com o velho senhor tentando acalmar-lá. Lisia encara Amber por um tempo, seus olhos cheios de lágrimas.

—Eu achava que o senhor fosse bom… não imaginei que alguém que todos dizem ser um grande policial fosse ser tão… arrogante!

A garota se solta dos braços de seu tio e entra novamente na delegacia.

—Sei que só estava fazendo seu trabalho, mas esses jovens passaram por maus bocados… tente mostrar que seus pais pelo menos tentaram te dar alguma educação…

—Vou lembrar disso na próxima.- O policial responde de maneira seca. Fazendo Wallace simplesmente dar as costas a ele e entrar novamente na delegacia.-Etapa um, concluída.- Diz Amber quando estava finalmente sozinho.

Sootopolis, 02:30

O julgamento foi inconclusivo, e se estendeu por mais um dia. Enquanto isso, em sua cela, Skull continuava a descansar. A situação era difícil, ele sabia que muitos dos policiais poderiam ser Noises infiltrados, então não tinha como esperar que ele fosse sair dali vivo. O rapaz tentou pensar em um plano, mas era em vão, bolar planos nunca foi um ponto forte dele, preferia resolver as coisas com os punhos, e não com a cabeça, além disso, estava ferido e cansado, não pensava direito.
Ele ainda estava com os olhos fechados, esperando o sono chegar. Quando o rapaz escuta uma voz.

—Você está acordado?

O rapaz levanta a cabeça para ver quem estava o chamando, e lá estava o homem que o colocou nessa situação, Amber Mcloud.
—O que cê quer?- Dizia Skull, com uma voz fraca porém ainda irritada.

—Olha, eu sei que você é inocente, eu só to fazendo meu trabalho para não levantar suspeitas. Eu sei que a polícia daqui é corrupta, e vou te tirar daqui.

—E como você sabe de tudo isso?- Pergunta Skull assustado com tal revelação.

—E isso importa? Estou aqui para te ajudar! Por algum acaso duvida de mim?

—Bem, não me leve a mal, mas temos muitos policiais que trabalham para os Noises, como posso saber que você não é um deles!? Que esse papinho de tira gringo num é só pra tirar as suspeitas de cima de você!?

—Tudo bem, eu descobri isso pois tenho poderes psíquicos, posso ler a mente de alguém se me concentrar. Descobrir a corrupção nesse lugar não foi difícil.

—Você tem poderes psíquicos? Legal, eu também tenho um super poder! Eu posso acreditar em histórias idiotas como essa tua aí! Então é claro que eu acredito em você! Num me amola vai!

—Estou falando sério.

—Então lê minha mente ai!

—Você quer socar minha cara.

—... Bem… essa não era difícil!

—Pois bem…-Diz Amber suspirando- Você está atrás dos Noises pois eles sempre subjugaram você e seus amigos por anos, e recentemente eles mataram um grande amigo seu e jogaram a culpa em você, além disso, o que você não disse a ninguém é que você suspeita que eles que causaram o incêndio que atingiu seu orfanato quando você era jovem, ou seja, mais uma razão para querer vingança. Além disso, seus sentimentos estão conturbados pois você não tem muita confiança com garotas e se sente atraído pela sua amiga…

—Oh oh calma lá! Já entendi já entendi! Acredito em você. Mas vê se para de ler a minha mente, morô!?

—Foi necessário para que você acreditasse em mim.

—Ok… agora eu acredito. Qual que é o plano?

—Todos seus amigos me odeiam, acreditam que eu não dou a mínima para você, então eu provavelmente não serei um suspeito por tirar você daí. Mas por falta de provas, sei que nenhum deles irá ser julgado culpado. Com as suspeitas fora de mim eu posso te ajudar a sair, pois temos um objetivo em comum, a base submersa dos Noises!
—E por que você quer ir atrás dos Noises?

—Ouvi dizer que eles estão fornecendo armas para os Toxics, aumentando a força deles em Johto, e meu irmãozinho está lá. Preciso ajudar, mesmo que indiretamente.

—Então cê quer ajudar seu irmão!? Ta começando a ganhar meu respeito rapá.

Amber toca na fechadura da cela, e a mesma se abre apenas com o poder do jovem.

—Caralho! Esses teus poderes são zika memo, eim!?

—Não são perfeitos, eu tive que estudar o funcionamento desse tipo de fechadura, para entender exatamente o que eu tinha que mover ai dentro sem enxergar o que eu estava movendo, me custou algumas horas de prática.

—Continua sendo bem útil! Pegou minhas coisas?

Amber entrega para o garoto o soco inglês com a keystone, um revólver e seis pokébolas para o jovem.

—E meu rifle?

—Não pretendo iniciar uma guerra! Vou apenas sabotar a base, e você vai me ajudar, não precisamos de armamento pesado. E como diabos eu ia trazer um rifle sem levantar suspeitas?

—Ta bom, já entendi. Simbora?

Porto De Sootopólis 03:04

Os dois rapazes se escondiam atrás de alguns containers, observando um grupo de Noises colocando caixotes em um pequeno caminhão.

—O que acha que eles estão fazendo?-Pergunta Skull.

—Transporte. Talvez de drogas, talvez de armamento, não da pra ter certeza. Mas temos que entrar naquele caminhão de algum jeito.

Eles esperam todos os Noises entrarem no caminhão, e em uma rápida corrida se posicionam atrás do mesmo, pensando em como eles iam entrar. Porém, enquanto discutiam, eles escutam um som de rangido metálico e veem que o pedaço do chão onde estavam começou a se deslocar em direção ao mar. Depois de se mover por alguns minutos, quando estavam a mais ou menos 10m do porto. uma cápsula de vidro apareceu ao redor da plataforma e a mesma começou a descer.
Agora submersos, os dois jovens viam a enorme base metálica e redonda que havia no mar de Sootopólis. A plataforma chega na grande base, a água é drenada para liberar passagem. E alguns Toxics abrem o grande portão de metal para checar a carga. Eles pedem para os dois no banco da frente descerem. Dois Noises descem e colocam suas mãos nas costas.

—Então… algum problema?

—Nenhum senhor.

—Trouxeram toda a carga?

—Sim.

—Não foram vistos?

—Não.

—Ta certo, vamos fazer a checagem, podem ir se divertir.

Os dois saem de lá, e assim que saem, veem um painel metálico. Um dos Noises aperta um botão e a porta se fecha e depois aperta outro e é possível ouvir os gritos dos Noises do outro lado e a grande plataforma metálica se movendo. Skull, trajando a roupa dos Noises diz:

—Caramba! Como eles não me reconheceram!? Tem dedo seu nisso também, não tem!?

Amber limpa um pouco de sangue que escorria de seu nariz e diz-Sim, eu posso produzir ilusões, porém, tem alguns efeitos colaterais…

—Cê ta legal?

—To… da pra continuar numa boa.

Os dois começam a andar pelos corredores metálicos da base submersa. Aquele lugar não parecia Noise, muito tecnológico. Mas logo ele ficou mais parecido com os motoqueiros barulhentos, pois alguns deles tiravam rachas de motocicletas no meio dos corredores, vários deles brigavam sem razão, e os outros agitavam a briga, só para depois entrarem nela também, criando uma pequena zona de guerra. Os dois passaram na frente de um bar de onde saia uma música alta e vários gritos, eles nem ousaram entrar lá.
Depois de 15 minutos explorando o lugar e pegando informações de alguns Noises, os jovens encontram uma porta metálica que levava para o nível inferior da base. Lá, eles acharam uma sala completamente branca, com alguns brinquedos de plástico espalhados pelo chão, manchas de sangue nas paredes e nos brinquedos estavam espalhadas pelo local.

—Deve ser para lugares como esse que trazem crianças como o Jimmy… mas onde estão!?

—Que tipo de loucura acontece aqui?-perguntava Amber passando o dedo no sangue já seco.- Há manchas de sangue, mas não há qualquer sinal de luta. Os brinquedos estão arrumados em ordem, não há nenhum tipo de máquina para fazer experimentos. Por quê os Noises executariam crianças a torto e direito?

—Isso ta muito estranho… mas eu num vo ficar parado! Num tem nada aqui, talvez tenham levado elas pra outro lugar. Tenho que dar um jeito de explodir toda essa merda e achar as crianças!... Não nessa ordem… mas deu pra entender.

—Você tem razão, não vamos descobrir nada, temos que conti… ugh!-Amber cai de joelhos com a mão na cabeça.

—Ei! Qual foi cara!? Cê ta legal?

—E-eu… escutei… como um grande rugido… tem algo… algum pokémon muito bravo por perto…

—Eu também fico puto de ter os Noises vivendo perto da minha casa, vai ver os pokémon pensem assim também. Vamos, tu ta ficando meio mal, temos que meter pé daqui o quanto antes!

—Não se preocupe… já estamos no ponto inferior da base… vamos inundar esse lugar.

Eles lançam Buddy e Merlin para fora de suas pokébolas, e então eles dão os comandos.

—Buddy! Earthquake com tudo!

—Merlin, Hyper Beam.

Os golpes dos dois destruíram paredes, janelas, teto e quase tudo nos 3 primeiros andares da grande base de 15. Mas eles sabiam que era o suficiente. A água iria encher o local, e do jeito que os Noises eram desorganizados, provavelmente demoraria até fazerem algo até que alguém realmente capaz desse uma ordem.
Assim que a água tomou conta do lugar, eles se agarraram em seus pokémon tipo água, que começaram a nadar para a superfície o mais rápido possível. No meio do caminho, Amber sente uma forte dor de cabeça e olha em direção da base dos Noises, algo havia acontecido lá dentro, por alguns curtos segundos ele sentiu um poderoso pulso psíquico, grande o suficiente para alterar o mundo! Um nível avançado de telecinesia, Sabrina já tinha falado sobre tais poderes para Amber, histórias de pokémon capazes de alterar a realidade em que vivemos, parar o tempo, abrir portais, tais poderes afetam os sentidos dos sensitivos. Por isso Amber estava com muito medo do que poderia ter acontecido lá embaixo.

Ao chegarem no porto de Sootopólis novamente, ambos os garotos estão exaustos e ofegantes.

—É… nós conseguimos! Foi bem fácil até!- Dizia alegre Skull.

—Fácil demais… algo me diz que deixamos para trás algo muito importante…

—Uma base Noise foi destruída, e agora eles não vão entregar armas em Johto, fizemos o que tínhamos que fazer!

—Acho que você tem razão… e eu não teria conseguido sem sua ajuda.

—Ta de brincadeira!? Você fez quase tudo!

—Mas não fiz tudo, primeiramente se não fosse por você eu jamais teria começado esse plano, segundo, o poder de destruição do seu Earthquake foi maior do que meu Hyper Beam, é um belo swampert que você tem aí.

—Valeu, tira.

—A gente se vê qualquer dia Clint…

—Skull, meus amigos me chamam de Skull.

—...A gente se vê qualquer dia Skull.-dizia Amber sorrindo.- Tudo que você está fazendo, é muito nobre e corajoso, apesar de estúpido e louco… é realmente algo que meu irmão faria. Você não precisa passar por isso sozinho, se precisar de minha ajuda, é só chamar-disse o rapaz entregando um pokénav na mão do rapaz.- Meu número já está salvo, e não vão tentar te rastrear se você usar esse dai.

—He… valeu, mas não acho que eu vá pedir sua ajuda… essa guerra é minha, não sua.

—Se tornou minha quando eles armaram os loucos que estão atacando a casa do meu irmão.- Amber dá dois tapas amigáveis no braço de Skull e se despede mais uma vez.

—Amber Mcloud, não vou me esquecer do seu nome. Quando eu terminar o que tenho pra fazer aqui, te ajudo a salvar teu irmão se você num tiver dado conta.

Os dois fazem um aperto de mão, e cada um vai para seu lado, pois ambos tinham suas próprias aventuras a serem feitas.


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Notas finais do capítulo

E... de volta finalmente, não tenho muito que dizer, devido as provas finais e Enem, eu estive sumido, mas agora estou livre e solto, é bom estar de volta! o/



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