Pokémon Enimia escrita por IggdraWerewolf


Capítulo 12
Cap. 8- Culpa


Notas iniciais do capítulo

Sentindo que precisava descobrir mais sobre a estranha fábrica, Noir e seu grupo decidem ir até aqueles que estavam comprando a mercadoria.



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Algum lugar entre Kanto e Johto, 09:11

Noir e seu grupo estão em um avião particular, há apenas os 3 no avião, além do capitão e a aeromoça. O detetive se encontra em um estado de sono profundo, porém, se remexendo no lugar, em sua mente, imagens do que para ele são pesadelos terríveis, mas na verdade são apenas memórias.

Ele se encontra em seu carro, com uma bela mulher a seu lado, ela era ruiva e trajava um belo vestido negro que contrastava com sua pele clara como a lua, mas combinava com seus olhos negros, seus lábios estavam pintados pelo batom vermelho. Ela era linda, Noir não conseguia tirar os olhos dela.
Ele também ouvia risadas de criança, e ao olhar para trás ele vê uma garotinha com um shorts jeans e uma camisa de manga comprida rosa, com o desenho de uma borboleta. A garota era muito parecida com a mulher, cor do cabelo, pele, olhos, tudo. Seu cabelo estava preso em uma rabo de cavalo e ela não parava de falar sobre o quanto ela se divertiu na festa.

Mas de repente, a risada é trocada por um grito agonizante e penetrante, e toda sua visão foi trocada por escuridão, depois o som que lembrava um carro batendo. Para terminar, um ponto de interrogação estilizado e negro como uma sombra, dentro dela havia uma pokebola, então ele ouviu a frase, "Solucione o enigma!".

Noir acorda aos gritos suando frio e ofegante. Ele olha em volta apenas para ver Rouge olhando para ele preocupada, segurando um copo com água que ela oferecia para o amigo. Crimson olhava rindo, não como quem vê algo engraçado e sim como quem vê algo interessante e está animado. Noir bebe o copo d'água.

Região de Hoenn, Cidade de Mauville 11:22

Os detetives se encontram na delegacia local, Rouge e Noir conversam com alguns policiais tentando obter informações. Crimson parece estar extremamente impaciente e entediado.

—Nossas informações nos levam a acreditar que uma parte do equipamento usado para construir a bomba que destruiu Pallet, veio de Hoenn, e acreditamos ter sido culpa dos Noises.

—Fora de Cogitação detetive! Os Noises são o que o nome diz! Irritantes! Não passam de barulho! Jamais teriam capacidade para o uso de maquinaria complicadas, ainda mais fazer uma parceria com outra gangue.

Rouge toma a frente.

—Senhor, isso não foi uma pergunta. O equipamento veio de Hoenn, se não foram os Noises, só podemos acreditar que o próprio governo esta "patrocinando" os ataques terroristas do Toxics, isso é claro, a menos que você conheça outra organização rica o bastante para conseguir uma bomba portátil capaz de destruir uma cidade inteira e parte das rotas ligadas a ela.

—B-bem... eu não sei... mas com certeza não foram os Noises, eles são estúpidos e…

Um policial toma a frente de seu capitão e diz

—Bem, talvez tenha sido o Prankster.

—Prankster?- peguntaram os detetives em união

— Cale-se soldado! Detetives internacionais da liga não estão aqui para ouvir histórias locais!

—Ou talvez estamos senhor capitão... Nos conte mais sobre "Prankster", sim?

O capitão começa a ficar desconfortável, mas começa a falar.

—Bem... dizem os boatos que apesar de serem anarquista loucos, há uma mente por trás dos Noises. Alguns dizem ser algum tipo de espirito, talvez até um pokémon! Um ser poderoso porém travesso, que adora pregar peças de mal gosto. Dizem que ele esta em todo lugar, que ele ouve tudo! Sei que parece exagero…

—Não muito capitão, a maioria dos "chefões" criminosos sabem de tudo que ocorre em uma região, ainda mais quando a policia coopera... ficamos sabemos de alguns casos de suborno e propina em sua unidade capitão…-Diz Noir com um olhar frio em direção ao capitão, como se soubesse todos os pecados que o homem cometeu.

—B-bem… quanto a isso...

—Sinto pela maneira de agir de meu parceiro capitão... o que ele quer dizer, é que em partes essa história faz um certo sentido, ainda mais porque esse tipo de criminoso gosta de ser reconhecido. Como esses boatos começaram?-Questiona a donzela Rouge, sabendo que seria inútil trazer a tona essa problema.

—Bem...certa vez, um politico que tinha muitos planos para acabar com a corrupção de Hoenn, ia fazer um pronunciamento em público. Ele tinha ajudado a construir uma nova delegacia, e seu pronunciamento foi durante a obra. Mostrar para a imprensa como estava indo a construção. Porém, um acidente terrível... várias vigas e canos pontiagudos começaram a cair, ninguém notou até que elas empalaram o pobre e justo homem... foi uma perda significativa para a segurança de Hoenn…

—Desculpe a grosseria, mas sou um homem direto. O que isso tem a ver com o que perguntei?

—Bem... um de nossos investigadores ficou intrigado com o formato em que os canos e vigas tinham caído. Ele subiu na construção para dar uma olhada melhor, e pediu para colocar de volta os que haviam sido tirados para soltar o pobre homem. Ao subir na obra... o rapaz notou que os canos formavam a frase: "Prankster Was Here".

Um silêncio dominou o local, até Crimson havia se interessado na história.

—E assim continuou, várias mortes e atentados terroristas tinham essa frase escondida em algum lugar. Achávamos que ele ou ela, seja lá quem fosse, tinha algo a ver com os Noises, já que os mesmos pareciam respeitar essa "entidade". Não paravam de falar dele. Mas quando capturávamos os elementos... eles nunca sabiam de nada... nós tentávamos todos os métodos de interrogatório, até mesmo tortura, mas eles nunca falavam... Talvez... Eles realmente não saibam... ou temem mais a Prankster do que a própria morte…

—Não existe nenhum suspeito para quem poderia ser essa "entidade"?

—Bem... nós achávamos ser um serial killer que havia sido solto a pouco tempo antes dos atentados começarem... ele era conhecido como "Butcher", ele era um médico cirurgião que enlouqueceu, tinha maneiras estranhas de matar... por isso nós estávamos crentes que seria ele o culpado. Mas... quando anunciamos para a mídia que o capturamos novamente pelos atentados de Prankster... Nós achamos ele morto em sua cela... sua boca tinha sido costurada em um sorriso, e havia vários hematomas por seu corpo, como se tivesse sido espancado. Para terminar, o assassino escreveu com o sangue da vítima na parede: "É APENAS UMA PEGADINHA", e na testa da vitima... o "N" vermelho dos Noises.

Cidade de Mauville, 00:30

Noir está em uma sala mal iluminada, digitando em uma máquina de escrever freneticamente, seu chapéu está em cima da mesa e seu sobretudo em um mancebo, ele tem olheiras e uma expressão de cansado.
Rouge entra na sala com duas xícaras de café e um sorriso no rosto.

—E ai "super tira", que tal descansar um pouco?

Noir olha sério para ela, mas depois de um suspiro decide aceitar uma das xícaras.

—Sabe Noir... eu sei que é seu trabalho. É o meu também! Mas... já parou para pensar que talvez... você não possa impedir todos os crimes do mundo? Quero dizer... olha esse trabalho... você está tentando prender as 3 maiores organizações criminosas do mundo, nem a Liga tentou se meter com elas…

—Isso porque a Liga está do lado deles... pelo menos alguns dos manda-chuvas... não posso confiar em ninguém.

—Sim... sei que eles mataram Looker... sei que está bravo, que quer vingança... mas talvez... nós possamos contar com alguém! Não sei... entendo que é um trabalho importante. Inclusive pode me dar pistas importantes sobre meu pai. Mas Talvez haja alguém com quem possamos contar!

—É o nosso trabalho, não há porque envolver mais ninguém.

—Os irmãos Mclouds... provavelmente foram atrás da cura para salvar a mãe... talvez pudéssemos ajudá-los! Isso ajudaria em nosso trabalho também!

—Não somos babás Rouge.

—Mas... "sigh", ok...

Rouge sai da sala decepcionada.

—" Sei que ela quer ajudá-los... ela sempre foi assim, coração mole... tentando ajudar a todos que aparecessem em seu caminho. Mesmo tendo me dito tudo aquilo..."

—Que nem você, não é?

Noir pega uma foto da mulher e da garota de seu sonho.

—Monsieur?

Crimson entra na sala, sua expressão é de alguém animado

—Temos um trabalho!

Cidade de Mauville, 01:30

—Crimson, tem certeza que a informação era verdadeira? "Robôs pokémon atacando civis"?-Rouge questiona.

—Oui oui, madame Rouge! É mais do que confiável! Eu interceptei uma transmissão de rádio de um capanga dos Noises e de alguém que ele chamava de general.

—Prankster talvez?

—Não sei monsieur Noir, mas há a probabilidade.

O trio caminhava pelas ruas desertas de Mauville, quando de repente, seres estranhos começam a sair do chão, humanóides, porém com muitas caracteríscas que lembram um Excadrill, inclusiva as 3 lâminas, uma em cada braço e uma na cabeça. Eram metálicos e seus rostos eram basicamente telas pretas com uma linha de batimento cardíaco verde. O trio salta para trás e começa a analisar a situação. Eram em torno de 10 inimigos.

—Ah! Graças aos divinos! Já estava achando que esta missão não teria nenhuma diversão!-Crinsom salta na direção de um grupo de robôs.

O rapaz da um belíssimo salto por cima de um deles usando o próprio robô como impulso. No meio do pulo, ele arremessa uma de suas pokébolas , dela saindo um Porygon-z. O pokémon cibernético entra em um dos robôs e começa a controlá-lo, o obrigando a atacar seus parceiros.

—Crimson! Cuidado!

Apesar do grito de Noir, o rapaz de sotaque francês não consegue se mover rápido o suficiente, e é cortado por uma das lâminas, mas por sorte, não perfura seu torso, mas faz um grande corte em sua lateral. O jovem coloca a mão no ferimento e depois a vê cheia de sangue e a fecha em um punho.

—Seu... misérable! Essa jaqueta foi minha mãe que costurou! Era a minha mais bonita!

O rapaz soca o robô com todas as suas forças, provando ser muito forte, já que a criatura mecânica cai para o lado. Depois o jovem grita.

—PORYGON-Z! CHARGE BEAM!

O pokémon explode o robô que estava controlando de dentro para fora em eletricidade. A explosão afasta alguns dos outros;

—Vai Weaville!

O Weaville de Rouge salva Crimson de um ataque de um robô com sua agilidade incrível. O levando para um local seguro

—Agora, vai Seperior!

A majestosa serpente sai da pokébola graciosamente. Alguns robôs pularam, jatos de fogo saindo de seus pés. Juntaram as lâminas de seus braços com a de suas cabeças, fazendo os mesmo parecerem torpedos e se lançando na direção de Rouge e seu pokémon.

—Serperior! Leaf Tornado!

A tempestade de folhas começa a atingir os robôs, derrubando alguns, mas vendo que não seria o suficiente para parar todos, Rouge da a ordem para seu parceiro fugir do ataque iminente, porém, ele ainda é atingido por alguns ataques, levando alguns cortes.

Noir em uma velocidade impressionante está disparando tiros certeiros contra outro grupo de robôs, tentando afastá-los. Porém eles correm rápido demais e começam a se aproximar. Noir olha para trás e vê outro bem perto dele.

—Como eu não vi esse chegando!?

Ele vê que não vai dar tempo para uma esquiva e apenas fechas os olhos e coloca os braços na frente do rosto, em uma tentativa de se defender das garras monstruosas. Depois de não sentir nada, vê que o robô acertou outro que estava se aproximando de Noir. Antes de conseguir se perguntar sobre o que havia acontecido. A máquina brilha em uma luz negra e se transforma em Joker.

—"Sigh"... Já falei para você não fazer isso sem me avisar!

O zoroark apenas sorri para seu treinador e salta sobre ele.

—Joker, use o Dark Pulse!

Após cair entre os robôs restantes, o pokémon carrega esferas negras em suas patas e as explode em energia, afastando os robôs.

O Serperior de Rouge, já recomposto olha furioso para os inimigos, que começam a se preparar para repetir o golpe. Quando levantam vôo, a morena da o comando para seu pokémon.

—Serperior, Dragon Tail, agora!

A serpente se prepara, e antes que as criaturas a atinjam, ela os acerta com sua poderosa cauda, arremessando os oponentes para longe.

Alguns dos robôs já danificados, começam a se preparar para um novo confronto. Porém, um som de rádio é ouvido por todos e uma voz diz "RECUAR". Os robôs começam a entrar na terra novamente. Noir e Rouge dão alguns disparos para tentar impedi-los, mas em vão.

Noir olha para um dos robôs derrubados de bruços no chão, e nota algo que o intriga. Ele se aproxima e vê na sola de seu pé metálico, um "N" vermelho pode ser visto.

—Do mesmo jeito que uma criança escreve em um boneco para dizer que é seu…

—Pelo visto os Noises são mais do que algum tipo de gangue de motoqueiros…

—Talvez eles sejam exatamente isso Rouge... mas Prankster certamente não é…

Crimson se levanta com a mão em seu ferimento e começa a analisar os robôs.

—Eles são muitos parecidos com os da fábrica…

—Sim, mas esses parecem um pokémon de Unova…

—Será que isso é um detalhe importante?

—Talvez garoto…-Noir recua Joker para a pokébola, e começa a voltar para o apartamento onde o trio estava alojado.

Cidade de Mauville, 13:40

Noir está no gabinete que arranjaram para ele na cidade, trabalhando.

—Noir! Chegou uma carta para você!

Rouge entra e da para ele uma carta. Noir está confuso. Ao abrir a carta, ela apresenta o seguinte  texto.

"Caro detetive Noir.
Destruir minha tropa de reconhecimento subterrâneo foi muita falta de educação, sabia!? Faz alguma idéia de quanto custou cada um daqueles super-soldados? Mas devo reconhecer que você é bom, detetive! Acho que pode se tornar uma pedra em meu sapato! Estou louco para marcar um "N" vermelho em você!
MAS, todavia contudo, eu tenho prioridades! Quer saber meu plano diabólico? Quero marcar um "N" vermelho em uma certa caveira. Agora que sabe o que eu quero, deixe minhas tropas em paz! Considere um aviso que estou dando por reconhecer sua força. Tais formalidades não irão se repetir.
                                                                                                                                      -Prankster"

Noir está confuso segurando a carta em sua mão. Ele tira outra coisa do envelope, uma foto de uma caveira em um fundo escuro. Na testa do crânio, um “N” vermelho está marcado.

—Mas o que isso significa?


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Notas finais do capítulo

Prankster, a mente por detrás dos Noises, um monstro maniáco que se manteve escondido por anos, e que não quer ser descoberto. Noir se vê no meio de pessoas poderosas e extremamente perigosas, mas isso não irá impedir seu trabalho.



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