Pokémon Enimia escrita por IggdraWerewolf


Capítulo 10
Cap. 6- Memórias Ardentes


Notas iniciais do capítulo

Skull continua sua batalha contra os Noises, mas ele precisava superar sua fraqueza, a pyrophobia! E para isso ele vai contar com a ajuda de uma nova amiga.



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Cidade de Mauville.

Skull corre entre becos e ruas pouco movimentadas, pulando muros e hora ou outra até mesmo subindo nos telhados das casas, precisava tomar cuidado para não ser visto, agora a policia estava na cola dele, uma foto sua foi anunciada na TV dizendo que agora ele era um perigoso terrorista.

—Merda nenhuma!- praguejava Skull socando a parede de uma loja de TVs que passava a noticia.

Agora ele buscava algo mais importante, toda e qualquer informação sobre quem é Prankster e onde encontra-lo. Depois de um dia inteiro caçando informações de capangas ou traficantes menores, Skull percebe que era como se ninguém soubesse, como se ele fosse apenas um nome, o que frustava o jovem rapaz.
Desapontado, Skull volta para o ginásio de Wattson esperando algum tipo de ajuda, por mais que ele soubesse que o senhor com jaqueta de aviador provavelmente não sabia de nada. Ao chegar no ginásio ele se depara com o senhor conversando com uma bela jovem ruiva, eles pareciam ser  velhos amigos, apesar de Skull conhecer Wattson desde sempre e mesmo assim não conhecer a garota. Os dois conversavam e riam, nem notaram que Skull havia chegado, ele preferia assim, depois do que houve com Buck, ele não estava muito afim de conversas, saiu pela manhã sem falar com ninguém, nem mesmo com Wattson, e preferia continuar assim. Porém, enquanto tentava passar despercebido, a porta do ginásio se abre, um velho senhor com um manto verde que lhe cobria completamente o corpo entra dizendo.

—Oh de casa! Eu não queria esperar lá fora, ta com cara de temporal!

Os dois olham para a velho e depois para Skull. Wattson sabia que o jovem estava amaldiçoando e xingando esse senhor mentalmente.
Wattson recebe o senhor, ele diz que precisa falar com Skull sobre um assunto urgente.

—Pois então diga velho! Eu já estava indo dormir.

—Um jovem sadio e forte como você não deveria ir dormir tão cedo, deveria aproveitar a vida!

—Primeiro: eu preciso pensar um pouco, segundo: não se mete na minha vida, morô?

—Um temperamento desses é realmente digno de alguém com seu titúlo, não é mesmo? O Nascido das Chamas.

—O que? Que papo de doido é esse?  Fala logo o que você quer velho!.

—He, pois bem, Prankster, é um mestre dos disfarces jovem rapaz… você vai demorar muito para encontrá-lo, há quem diga que ele é um pokémon! Eu não sei quem ele é, mas sei que ele possui uma base submersa, perto dos arredores de Sotopólis, se eu fosse você iria dar uma olhada.

—E como posso confiar em você? Por que você me ajudaria? E como você sabia que eu estava procurando Prankster?

O velho estava se dirigindo até a porta quando ele para e diz:-Por que é seu destino Skull.

—Você sabe meu nome, mas eu não sei o seu.

—Gray-diz o senhor com um sorriso de canto de boca saindo pela porta.

Skull não sabia se aquela informação era verdadeira, mas era a única informação que ele tinha, mas ele iria se preocupar com isso depois, Wattson pede para ele se sentar, dizendo que agora ele precisava conversar com o rapaz.

—Qual foi velho Wattson?

—Skull, você realmente pretende continuar com essa busca? É uma missão impossível!

—Wattson, eu cansei de viver em uma região dominada por crimes e  onde a policia ainda por cima os ajuda! Cansei de viver com medo trancado em casa, apenas rezando para que nada aconteça com os que eu amo, ontem, eu descobri que rezar não ajuda de merda nenhuma! Esse cara matou o Buck a sangue frio, e amanhã pode ser o Chip, ou o Jimmy, ou até mesmo o senhor! Eu VOU fazer o impossível, por que eu PRECISO fazer o impossível ! Morô!?

No rosto de Wattson havia apenas preocupação , mas ela logo foi trocada para um sorriso, para aquele homem, Skull e todos os outros órfãos eram como uma família, uma família que ele tinha medo de perder, a garota  ruiva percebe o sorriso preocupado de Wattson e olha para Skull e por alguma razão que nem ela mesmo sabe direito, ela sorri para o jovem, vendo nele uma espécie de super-herói , Skull nota a garota sorrindo para ele e questiona.

—Wattson, quem é a guria?

—Bem...eu já imaginava sua resposta e por isso eu a chamei aqui, ela vai te ajudar Skull.

—Cê ta louco Wattson!? Num vou arriscar a vida dessa garota na minha própria missão suicida.

—Não se preocupe Skull, eu sei me virar, sou Flannery,  a líder do ginásio de Lavaridge, é um prazer conhece-lo, Wattson fala muito de você!

Eles se cumprimentam e Wattson diz:

—E outra Skull, eu sei que é perigoso, não quis dizer que ela vai te acompanhar, eu nunca pediria isso a ela, assim como eu jamais pediria para você ir nessa missão, por mais que seus motivos sejam nobres, ela está aqui para te treinar.

—Me treinar? Velho Wattson, desculpa dizer isso, mas eu sou um dos treinadores mais fortes da região, não quero me gabar, mas já ganhei torneios ilegais nas undergrounds battles várias vezes contra pokémon de nível muito maior que os meus, o que mais se tem para me ensinar?

—Ai é que está o ponto Skull, ela não vai te ensinar nada, acho que é melhor dizer que ela será sua psicóloga.

—Cuméquie!?

—Flannery, você poderia...?

Flannery entende o comando e saca uma pokebola, dela sai um Magcargo que simplesmente fica lá, parado esperando que Skull também jogue um pokémon. Porem, assim que Skull vê o pokémon de fogo ele para, sem mexer um músculo, ele começa a suar frio e em seus olhos o terror estava estampado.

—Não...não velho Wattson, eu não posso...eu não consigo...p-por favor, recue seu pokémon, por favor!

Flannery olha o jovem com uma face de surpresa, depois de cair a ficha ela começa a pegar a pokébola para recuar seu pokémon, mas Wattson a impede, e chacoalha a cabeça de maneira negativa, enquanto Skull ainda implorava para que ela recuasse seu pokémon, até que o Magcargo instintivamente começa a se aproximar de Skull que desesperado puxa seu rifle e o aponta para o pokemon, o rifle tremia e a precisão da mira de Skull era obviamente terrível no momento, sem aguentar mais a presença do pokemon, Skull simplesmente corre para fora do ginásio em meio a chuva.

Flannery estava pasma, apenas questionou:

—O que houve com ele?

—Pyrophobia-disse Wattson- O medo incontrolável de fogo e todo e qualquer pokémon desse tipo, existem pouquíssimas exceções de pokémon de fogo que não assustam Skull, sendo que eles são pokémon de fogo que cresceram com ele, como os de Buck, mas ainda assim ele se sente desconfortável perto deles.

—Alguma ideia de por que ele tem essa fobia?

—Na verdade, eu tenho certeza…

Skull corre sem rumo na chuva até que para em um beco, e cai sentado encostado em uma parede, com as mãos na cabeça e ofegante, ele sente uma pequena e familiar dor, a dor de uma queimadura em sua mão direita, ele retira sua luva e vê uma de suas maiores marcas registradas, uma marca no formato de uma chama em sua mão, que agora brilhava num tom alaranjado.

—Não...de novo não…

E novamente Skull tem suas terríveis “alucinações”, pesadelos enquanto esta acordado, porém, eles são apenas memórias. Skull vê um prédio em chamas e escuta gritos vindo dele, ele se debate e consegue se soltar dos braços do bombeiro que o socorria e correu de novo para dentro do prédio, salvando as crianças que estavam no meio dos destroços, Skull conseguiu algumas queimaduras, doíam, mas dava para aguentar, porém, quando ele salva a ultima criança, ele escuta um sussurro em seu ouvido, ele olha na direção e vê uma porta entre aberta, ele entra nela e vê um vulto humanoide de puras chamas com um par de olhos amarelos e sem íris, pareciam gemas brilhantes. De repente o vulto some e ele sente uma dor imensa, um pedaço do teto de madeira ainda queimando cai em cima do jovem e ele fica preso, no meio da dor e dos próprios gritos, o jovem pensa,  “quem sou eu?” E percebe que ele basicamente não se lembra de nada de sua vida até aquele momento. Era como se ele estivesse nascendo ali, naquele momento, em meio ao fogo, e seus gritos fossem apenas o choro de um recém nascido, mas se fosse verdade, ele nasceria e já morreria? Uma vida tão terrível que ele nem se lembra? De fato um fim terrível, porem, SEU fim.  Sem ter muitas escolhas, o garoto se rende a dor e desmaia, apenas aceitando a morte.
Porém ele acorda com o mesmo par de olhos do vulto de fogo, porem dessa vez ele era um ser quadrupede que o encarava constantemente, depois de um tempo ele aproxima o rosto da mão de Skull e lá aparece uma mancha, como se fosse de nascença, que tinha um formato bem parecido com uma pequena chama, o garoto volta a dormir e acorda numa mesa de hospital, com vários médicos agradecendo aos deuses que o jovem ainda estava vivo, então tudo volta ao normal.
Skull vê uma mão a sua frente e percebe que ele não sente mais a chuva, ele levanta a cabeça e vê Flannery com um guarda-chuva e um sorriso em seu rosto. Sem precisar de mais palavras, Skull segura sua mão e ela o ajuda a levantar, os dois voltam em silêncio ao ginásio.

—Skull, você não pode derrotar eles se continuar com essa fobia, e se eles descobrirem sua fraqueza?

Skull ficava em silêncio escutando o conselho de Wattson.

—Eu sei Wattson…

—Então deixe a garota te ajudar!

Flannery  coloca uma mão no ombro de Skull, ele se vira e a vê sorrindo e dizendo:

—Confie em mim, sei que passou por momentos difíceis, mas os pokémon de fogo não precisam ser necessariamente maus, sabia?

—Foi mal guria, não quis ofender…

—Não se preocupe, estou aqui para te ajudar!

Se passa uma semana onde Flannery da algumas “aulas” sobre os pokémon de fogo para Skull, explicando que na verdade são poucos os pokémon de fogo que iriam queima-lo simplesmente ao toque, já que ele confessou que jamais tocou em nenhum pokemon de fogo por medo, inclusive os de seu falecido amigo Buck. Ela também explicou a ele as fraquezas e resistências de um pokemon de fogo, mostrando que na verdade, Skull tem uma grande vantagem contra pokémon de fogo já que Buddy, seu swampert, é do tipo água e solo, dois tipos super efetivos e com resistência aos tipo fogo,  Flannery também começou as aulas praticas nesse meio tempo, fazendo Skull tentar se sentir mais a vontade perto do fogo, começou simplesmente dando a ele um isqueiro e pedindo para ele acende-lo e permanecer assim durante 5 minutos, e por mais incrível que possa parecer, ele não conseguiu de primeira, no começo a mera visão da chama tão próxima de seu corpo o fazia ficar tonto e ter falta de ar, tremia e depois de um tempo, simplesmente deixava o isqueiro cair. Ele e Flannery desenvolveram uma boa amizade, então ele confiava nela, mas ainda não conseguia se dar bem com o elemento preferido da garota. Para passar no teste do isqueiro, foi necessário que Flannery segurasse a mão de Skull enquanto ele segurava o isqueiro, e só depois de um tempo ele conseguiu segurar o isqueiro acesso por conta própria.
No oitavo dia de “treinamento”, Skull decide dar uma pausa, Wattson aceitou o pedido, já que ele já tinha passado no “teste do isqueiro”, e Skull adorou a pausa, já que o jovem não aguentava mais ter que ficar tão perto de fogo, apesar dele estar aos poucos superando seus medos, ele ainda não gostava NADA de ter que ficar perto de fogo.
Flannery havia o chamado para sair para aproveitar a pausa, tomar um sorvete talvez. Skull tinha acabado de sair do banho e colocava sua roupa de sempre, aguentando as provocações de Wattson dizendo que ele deveria se arrumar melhor para se encontrar com uma garota. Skull apenas ignorou as risadas do velho, já que ele realmente não ligava. Sabia que era só brincadeira, afinal, ele estava no meio de uma guerra pessoal, não estava muito no clima para se importar com os problemas de um jovem comum, como namoradas, nunca sequer se importou com sua aparência, nunca quis se importar, se olhar no espelho sem suas bandanas era  um tanto agonizante, ver seu rosto cheio de queimaduras e cicatrizes fazia com que ele se lembrasse daquele dia fatídico.
Ele coloca suas bandanas e quando está de saída, Wattson o para.

—Velho Wattson, não vou vestir nada além da minha rouba comum, ponto final.

—Skull, você é um procurado, devia tentar se disfarçar um pouco.

Skull não gostou nada da ideia, mas ele odiou admitir que Wattson estava certo. Ele mudou um pouco seu estilo, tirou o casaco, colocou uma bandana na cabeça para esconder seus dreads brancos e trocou sua “mascára” de caveira por outra bandana simples preta , retirou seus óculos de solda deixando a mostra seus olhos de entonação escarlate, e colocou uma corrente de metal com um cadeado ao redor do pescoço.

—Nada mal… mas se me permite você continua parecendo um marginal…

—Num me amola Wattson, você sabe que eu preciso usar essas coisas.

O senhor suspira, ele odiava quando fazia o rapaz se lembrar ou se sentir mal pelo que aconteceu á alguns anos, o caso de “Mauville em Chamas”. Skull se despede de seu velho amigo e sai pelas ruas. O bairro do ginásio era bem diferente do que Skull estava acostumado, era um lugar de alta classe em comparação ao bairro de Skull, as pessoas não usavam roupas largas, nem tiravam rachas na rua, as paredes não tinham vários desenhos grafite que Skull adorava, e todos achavam estranho suas roupas, principalmente suas máscaras.
Skull odiava a sensação dos outros sempre o encarando, dos sussurros das pessoas que passavam por ele, mas no fundo, ele já estava acostumado.

—Danem-se vocês! Eu não escondo meus rosto por querer…-Praguejava para si mesmo.

Ao chegar no ponto de encontro, uma praça situada no centro de Mauville.  Flannery estava sentada esperando, Skull ficou parado em sua frente durante um tempo, ela demorou para perceber que era o rapaz, as pessoas simplesmente se acostumaram a procurar por uma caveira quando procuravam por ele, Skull não sabia se isso era bom ou ruim, as pessoas verem ele como um personagem. Mas o jovem ignorou o pensamento para dar uma volta com sua amiga.Os dois conversaram um pouco, tomaram um sorvete, até que Flannery fez um pedido para o rapaz.

—Er...desculpa a curiosidade, mas você poderia me mostrar seu rosto? Eu não vi você sem aquelas bandanas nesse tempo que nos conhecemos, e mesmo depois de tirá-las, você insiste em esconder seu rosto com outras bandanas.

—Isso por que meu rosto num é a coisa mais bela de se ver, morô? Você, nem ninguém, ia gostar do que tem atrás desses panos.

—Skull, somos amigos! Eu não te julgaria por algo assim.

—Eu num vo tirar as bandanas…morô?

Flannery percebe que sua curiosidade acabou deixando o rapaz desconfortável, ela se arrepende da pergunta que fez, sabe que o jovem passou por dificuldades, e não queria fazê-lo se sentir mal, ela tenta mudar o assunto com outra curiosidade.

—Sinto muito… posso ao menos saber o seu nome? Não que seu apelido seja ruim, mas, só por saber mesmo, sabe!?-A garota estava desconfortável com a seriedade de seu amigo, era notável o quanto pedir para retirar as bandanas o frustrou, e o rapaz realmente parecia ameaçador quando sério, apesar da garota não temer seu amigo.

—Meu nome é Clint… eu devia ter dito mais cedo, é que estou tão acostumado a ser o Skull que as vezes até esqueço, morô?

Depois de um tempo conversando e caminhando pela praça, eles são interrompidos por alguém subitamente puxando Flannery e a segurando pelo pescoço. Skull se vira rapidamente para analisar o agressor, e vê dois homens altos e forte com cabelos moicanos e jaquetas de couro, capangas Noises. E junto deles havia um homem com cabelos longos e loiros, completamente desgrenhados que chegavam a ficar caídos ocultando parte de sua face, dava para ver que o homem ficava com a boca sempre aberta, e notava seus dentes serrados. Sua jaqueta de couro ficava aberta, mostrando uma enorme cicatriz com forma de N em seu torso, as unhas do homem eram grandes e pontiagudas, Skull notou isso quando ele apontou em sua direção.

—Você... é o Skull...certo ?

—Solta ela!

—Farei isso... assim que você me responder algumas perguntas... então faça o que eu mandar.

—Sim, eu sou Skull!

Quando o jovem anuncia seu nome, as pessoas ao redor se assustam e começam a fugir, Skull sabe que elas tem medo dele por causa do anúncio feito pela polícia, mas não consegue não se sentir desconfortável em saber como as pessoas viam ele.

—Nosso chefe… quer que você pare de causar problemas… eu to aqui pra te dar uma lição… não mexa com os Noises.

—Faz o que quiser, mas deixa a guria!

—Então… você quer que a gente solte ela? Beleza… se tu me derrotar.

—Então vamo logo com isso!-Diz Skull, que já estava se irritando com a forma pausada do homem de falar.-Vai Punk!

Skull arremessa a pokébola e dela sai um Flygon, o homem joga uma pokébola e dela sai um Pyroar, apesar de  Skull não conhecer esse pokemon.

—Será uma honra lutar com você Skull... já ouvi falar muito de você… to esperando por uma chance de te surrar a anos…  sou Scourge, um dos Generais dos Noises… e já logo digo que não gosto de ficar sentado dando comandos pros meus pokémon.

—Por mim beleza!- Skull estava ansioso para socar o rosto de Scourge, então adorou a idéia que o mesmo deixou subentendida.

Primeiro foram os dois treinadores, Skull correu e pulou em cima de Punk que o impulsionou para frente. Scourge desviou do soco e tentou acertar Skull, que se defendeu do golpe, porém logo em seguida, o general dos Noises tentou corta-lo com suas unhas, e para a surpresa de Skull, deu certo! O homem fez 3 cortes no braço de Skull que o fez sangrar um pouco, aproveitando que Skull se afastou depois desse golpe surpresa, Scourge deu o comando.

Pyroar, use o Crunch!

O grande leão pula para morder Skull, mas ele consegue desviar ,dando um carrinho e passando por debaixo do pokémon, no meio do trajeto ele deu o comando:

—Punk, use o Dragontail!

No meio da trajetória de seu golpe, o grande leão de fogo foi acertado em cheio na face pela cauda de Punk, que o arremessou para trás, quebrando algumas mesas vazias, já que as pessoas já haviam fugido para posições mais seguras.

—Sem parar Punk! Dragon Breath!

—Pyroar! Hyper Voice!

O movimento do pyroar acerta primeiro, afastando Punk alguns metros com um rugido ensurdecedor.

—Pyroar, agora no treinador! Flamethrower!

Ao escutar o nome do movimento, Skull praticamente congela de medo, ele olha para frente e vê o fogo vindo em sua direção. Punk se atirou na frente de seu mestre instintivamente para protege-lo, por sorte, por ser do tipo dragão, o golpe mal afetou Punk, porem vários outros ataques o acertaram até Skull conseguir dar um comando, ele começou a se lembrar do que Flannery o ensinou e gritou:

—Punk! Use o Earth Power!

O flygon bateu com sua cauda no chão e fez com que uma erupção de energia saísse debaixo do pyroar, o nocauteando com o golpe super efetivo, e logo em seguida Skull pulou nas costas de seu pokemon depois por cima dele e em direção a Scourge, acertando um soco com todas as suas forças no rosto do general dos Noises, o arremessando com brutalidade para o lado. Ele cospe um pouco de sangue, recua seu pokémon e diz:

—He… foi divertido guri... você é tão bom quanto dizem os boatos…  como prometido, a garota é sua.

Porém, um dos capangas parece não gostar da ideia.

—Mas chefe, ela é uma líder de ginásio podemos fazer com que a liga nos pague uma boa grana por ela, e enquanto não pagam, podemos nos divertir um pouco, ela é bem bonita e…

O punho de Scourge acerta o homem bem no meio da face, porém a outra mão do general segurava o homem pela jaqueta, impedindo que ele caísse, o general então da outro soco, e outro, e outro, e outro, até o homem ficar com o rosto inchado e ensanguentado, Scourge então cospe no rosto de seu capanga.

—Verme nojento... você mancha o nome dos Noises! Somos a gangue que prometeu um mundo… onde todos são livres… e sobrevive o mais forte… Skull provou sua força… então farei o prometido… enquanto a você… isso é por questionar minhas ordens…

Ele morde o ombro do capanga, seus dentes afiados perfuram a carne do capanga e ele grita de dor. Depois o general arremessa seu capanga no chão e manda o outro soltar a ruiva, o capanga temendo tem uma punição igual a de seu parceiro, apenas solta a jovem, que cambaleia com suas pernas tremulas de medo e cai, mas Skull a pega antes de sua queda, e ela apenas o abraça e chora, ela podia ser uma líder de ginásio, mas foi a primeira vez que a fizeram de refém, e não foi uma experiência nada agradável, Skull continuou a abraçando e olhando com raiva para os três Noises, apesar do general Scourge parecer ter alguma honra, ele poderia esperar que os capangas tirassem uma arma a qualquer momento para atirarem neles, porem não o fizeram. Ao invés disso, Scourge e seus capangas subiram cada um em uma moto e foram embora com Scourge dizendo:

—Ei, Skull… fica esperto… as pegadinhas dos noises tão apenas começando.

Flannery ainda estava nervosa demais, não conseguia caminhar, então Skull a carregou no colo e a levou de volta para o ginásio pensando:

—“Primeiro o Buck, e quase que pegaram a Flannery, eu tenho que acabar com os Noises o mais rápido possível!”

Arredores de Sotopolis,

—Então Scourge...alguma novidade?

Um vulto falava com um grande monitor que mostrava Scourge ajoelhado, ele parecia estar em um lugar muito escuro com vários canos nas paredes.. A voz do vulto era alterado por algum tipo de programa.

—O jovem Skull… ainda busca por nós… o alvo dele é o senhor milorde… sinto questionar suas ordens… mas por quê me mandou testa-ló? Eu poderia te-lô derrotado…

—E que graça teria isso Scourge!? Não quero que você machuque nosso antigo campeão! Só quero brincar um pouco com ele. Tenho grandes planos para Skull!

—Como queira milorde…

—Scourge, o rapaz ainda tem pyrophobia?

—Aparentemente sim milorde…

—Exelente! Contate Blaze, ele será perfeito para o próximo trabalho! Está dispensado.

—Câmbio e desligo…

O monitor se apaga… e o vulto começa a rir de maneira maníaca.

—Então você quer brincar comigo Skull!? Muito bem, mas não ache que pode me derrotar em meu próprio jogo!


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Notas finais do capítulo

Obg por ler mais um capítulo! essa semana postei dois pois semana passada não postei nenhum, e admito que gosto muito de escrever sobre o enimia, e como pensei em muita coisa para a história, não consegui segurar o impulso de escrever mais um capítulo para essa semana, apesar de ter sido difícil e cansativo @.@ obg, e até a próxima! o/



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