Pretty Faces escrita por Cherry Pie


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira fanfic postada no Nyah; espero que gostem ♡



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Mal tratada, deslocada, mal compreendida
Senhorita "sem chance, está tudo bem"

— Perfect, Pink.

 

O meu dia começava assim que o sol batia em minha cara e dizia “bom dia, Elena! Pronta para sofrer?”. Minha vida não era um mar de rosas, principalmente depois que comecei a trabalhar na Empresa Salvatore. Eu era uma das auxiliares de compras. Aquelas que elaboravam planilhas, acompanhavam requisições de compras, atendimento pós-venda, etc.

Não tive a ilustre oportunidade de conhecer meu chefe, que me fazia trabalhar desde às seis da manhã às nove da noite, pelo motivo de “compromisso” do meu cargo com o horário e empresa. Se eu o visse daria belas bofetadas em sua cara, mesmo que não fosse de fazer coisas daquele tipo. Não, eu não faria isso mesmo.

Ah, esqueci de comentar que eu ganhava somente mil reais por mês. Ajudando a minha família, eu ficava com quatrocentos reais no fim do ridículo e fatídico mês de dezesseis horas de trabalho, por seis dias da semana. Claro que eu tinha que tirar algo do meu carrinho de compras… Fui obrigada a me despedir do delicioso iogurte com pedaços de morango… A vida é cruel.

Quando acordei, corri para o banheiro, abrindo o box e ligando o chuveiro — para minha surpresa, a água estava morna. Pensei que o banho seria agradável, mas a água tratou de virar abrasadora. Outra coisa ruim em meu dia: ou a água era fria como o Everest, ou quente como as labaredas do vulcão do Monte Vesúvio. E eu ainda não havia me acostumado. Eu deveria, porque viveria naquele apartamento por um tempo bem razoável.

 

Vesti minha roupa e fui para a cozinha, me sentando e cortando o pão, para fazer meu delicioso sanduíche. Liguei a pequena TV que havia lá, colocando em um canal de noticias matinais. Aproveitei do tempo que me restava, e fiz outro sanduíche, para não ter que sair para almoçar.

Estamos aqui com o CEO da Empresa Salvatore, grande empresa de publicidade que vem fazendo um enorme sucesso — a repórter falava sorridentemente. Humpf, como se ele fosse um deus grego. Aquele cara era um salafrário. Pelo menos eu poderia ver a cara do infeliz — Bom dia, senhor Salvatore.

Bom dia — eu disse que ele não era um deus grego? Okay, eu retiro o que disse. O cara era totalmente um deus grego. Até mais bonito, eu acredito. Nem dava para imaginar que ele era a pessoa que me fazia trabalhar mais de dezesseis horas por dia. Bem, ele podia ser uma pessoa legal, não é? Uma pessoa legal que seguia regras. Porque mesmo sendo CEO, o poder não era totalmente dele. Pelo menos não legalmente — Pode me chamar de Damon. Senhor Salvatore não combina muito comigo — disse e riu descontraidamente.

Será que vendiam um dele pela internet? Porque eu precisava de uma coisa linda daquelas na minha vida. Sim, até uns minutos atrás eu o odiava, mas na entrevista ele fora tão descontraído e interessante, que minha impressão ruim sobre ele estava desaparecendo.

Coloquei os sanduíches em uma vasilha, arrumei eles na minha bolsa, fechei o apartamento e fui embora. Passei por uns corredores e desci as escadas. Quando cheguei no portão, cumprimentei Joe, o novo porteiro. Peguei um táxi, disse o destino e seguimos rapidamente para a empresa. Qualquer um poderia achá-la, era o maior prédio que existia na cidade.

— Bom dia, April! — disse para minha colega de trabalho. Ela respondeu com um sorriso.

Pessoas dizem que com um sorriso o seu dia fica melhor; era esse o dizer que eu levava para minha vida toda. Principalmente quando era um sorriso de April, pois era a única amiga que eu tinha no “escritório” da empresa. Os outros colegas eram fechados e solitários. Talvez odiassem tanto o emprego que descontavam no restante do pessoal.

Sentei em minha cadeira e comecei a escrever, prestando atenção a cada palavra. Haviam várias planilhas dessa vez, e eu não daria conta de tudo sozinha. Pediria ajuda a April depois. Mas, no momento, tentei fazer só.

A única coisa que eu pensava era que todo aquele cansaço acabaria. E, quando acabasse, eu já estaria sendo uma empreendedora de sucesso no país todo. Enquanto isso não acontecia, eu me contentava com o meu salário pouco e um reconhecimento super pequeno.

Coloquei meu café apoiado na minha bancada, e quando sai, ouvi o som de vidro sendo estraçalhado. Merda!

Fui rapidamente para a bancada de April, pedir para ela me ajudar a limpar os estilhaços de vidro. Assim que cheguei lá, vi ela paralisar.

— Hey, o que foi? — perguntei tocando em seu ombro. Ela acenou com a cabeça para frente. Olhei para trás e vi ele. Damon Salvatore em minha frente, naquele mesmo instante. Detalhe: me olhando com uma cara totalmente séria — Hm… Olá…

— O que está fazendo fora de sua bancada, senhorita… — ele olhou para mim esperando uma resposta.

— Elena, Elena Gilbert — dei um sorriso amarelo e ele continuou com a mesma carranca.

— Gilbert — completou com desgosto — Já percebeu que esta é uma empresa de beleza? Precisamos de pessoas bonitas para vender produtos, senhorita Gilbert.

— Bem, mas eu não sou modelo, sou? — ri, pensando que era uma brincadeira dele. Não, não era. Percebi aquilo por seu olhar frio — Hm… Se esse é o problema, as pessoas nem sabem que eu trabalho aqui. E como disse antes, não sou modelo.

— E nunca seria — riu. Quem deu o direito daquele cara falar aquilo sobre mim na frente de todos os meus colegas de trabalho? — Não quero que pensem que uma pessoa tão desatualizada como você cuide da minha empresa. Além de ser desastrada o bastante para deixar uma xícara de café cair e sujar todas as papeladas.

Quando olhei para minha bancada, vi o estrago maior que aquilo havia feito. Merda, mil vezes merda!

— Senhor Salvatore, me desculpe! Prometo que isso não acontecerá novamente, por favor! — pedi. Certo que eu não deveria “suplicar por perdão” para aquele cara, mas eu necessitava do emprego.

— E não vai mesmo, senhorita Gilbert. Você está demitida — respondeu simplesmente e virou — Ah, não se esqueça de limpar a sujeira.

Ele queria que eu me humilhasse? Pois isso você não vai ter, seu babaca.

— Senhor Salvatore, só uma coisa — eu chamei-o e quando ele se virou, mostrei meu dedo do meio para o mesmo. Ele ficou com raiva, claramente. Eu sorri e virei minhas costas, indo embora daquela empresa.

    Além de ser a melhor empreendedora que já houve em todo o país, eu tinha mais um desejo: vingança. Aquele Salvatore me pagaria. Ele não sabia como eu revidaria, mas seria muito, muito baixo.

 

 

    

    

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem, adoraria saber suas opiniões ♥ Não sei exatamente quando postarei o próximo capítulo, isso depende da minha criatividade e de motivação — que são seus lindos comentários e favoritos ♥

Possíveis perguntas de leitores: "Damon é realmente frio assim?" — Não, não é. Nesse dia, estavam acontecendo coisas bem complicadas na vida pessoal dele, e o mesmo não tinha em quem descontar. Quem pagou o pato? Elena, isso mesmo. Mas não fiquem com raiva dele, tudo será explicado ao longo da fanfic. Ainda tenho muita história para contar, he he.

"Elena era feia?" — ela era somente descuidada com ela mesma. Não ligava para o que os outros iam falar sobre seu jeito. Pena que nesse dia ela foi bem descuidada, huehue.

Essa é a segunda vez que escrevo, pois o Nyah! inventou de apagar minhas notas finais. Mas, bem, quero pedir apenas uma coisa: me deem sugestões de músicas que você acham que combinam com a fic.

E é isso! Até mais ♥