The Mackenzies: A complicated family escrita por Fiore


Capítulo 2
Lar, doce lar


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura pessoal



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/679912/chapter/2

Três anos.

Trinta e seis meses.

Cento e quarenta e quatro semanas.

Mil e noventa e cinco dias.

Vinte seis mil duzentos e oitenta horas.

Não sei quantos minutos.

Isso vai dar merda.

Eu sei que muitos de vocês a nossa atitude, mas de verdade, quando ficamos juntos, durante muito tempo, sempre há discussões, brigas, a última vez Dominick e Steve quase se mataram, eles não se dão nada bem. E digamos, que eu não sou muito amada pela maioria deles, pelo meu jeito digamos... Perfeccionista.

 Estava uma gritaria só, Irina, Dominick e Keza, secretário deles, estavam simplesmente loucos. A única que estava feliz era Clara, ela dizia coisas como ‘’ Nós vamos morar na casa do tio Rick! ‘’ Carter também não estava tão estressado, nem Steve, talvez por já conhecerem muito aquela casa e mentirem pra si mesmos de que não será nada demais.  Eu não estou nem um pouco calma, eu vou ter que conviver com os seres mais teimosos e inconvenientes que existem: Dominick, Annabeth.  Tanto que eles já reclamavam:

— Eu não vou viver com o Bolo-Fofo do Jimy! –Dominick cuspiu as palavras e percebi que Jimy olhava pra própria barriga, sua enorme barriga diga-se de passagem- Ele vai comer a comida toda.

 Não me contive, Jimy sempre sofreu por ser gordinho, mas ele é uma pessoa incrível! Eu não podia ver alguém ofende-lo assim:

— É melhor você ficar quieto Dominick, antes que eu vá ai dar um tapa de adversão na sua cara!

 O tapa de adversão, é algo da família, dos mais velhos dão um tapa nos mais novos quando eles estão errados, um tapa não muito forte, não para machucar, e sim arder, porém, dependendo da pessoa é pra doer mesmo. Apenas Irina pode me bater, mas ela quase não o fez pois não somos muito próximas, e eu amo isso.

— Eu tenho que voltar pra China, não sei se tem como eu cuidar da empresa em Londres! MAIS O QUE AQUELE HOMEM FUMOU ANTES DE DELCARAR ESSE TESTAMENTO? - Irina estava louca.

Rommel bateu a mão na mesa com tanta força, que eu pulei da cadeira com o barulho:

— Silencio, eu ainda não terminei! Há ainda mais algumas cláusulas.

‘’ Declaro que, como a casa é antiga, nele terão que se unir e cuidar dela com todo o zelo possível, sem ajuda de qualquer empregado ou robô. Caso alguns dos herdeiros não concordar com as regras impostas, nenhum deles irá receber a herança. Espero que aja cooperação entre vós, sabia que eu faço isso porque lhes amo muito’’

— é sério isso –Annabeth estava gritando, todos do fórum já deviam estar a par da situação- Aquela casa não tem limpeza automática de limpeza no banheiro, nem um monte de coisas.

Tudo mundo ficou ainda mais frustrado, Rommel disse que vai ajudar Dominick e Irina que os ajudaria a trabalhar longe da China, o resto de nós mora aqui mesmo, eu divido um apartamento com Jimy, Carter e Steve moravam na casa do papai, e os outros moram sozinhos e em outra cidade.  Sério, isso vai dar uma merda enorme, eu aposto que em menos de uma semana, a casa pegou fogo e todos morremos.

— Bom – Rommel fala- Estejam lá daqui a uma semana.

Então saímos da sala, Jimy não tinha mais unhas, então não colocava mais a mão na boca. Eu ia dirigir o carro hoje, chegando no estacionamento vi que Irina estava se aproximando, com seus sarpins pretos, uma saia azulada e uma blusa listrada branco e preto, seu cabelo cacheado perfeito como sempre, e sua pele morena não muito maquiada, destacando seus olhos esverdeados. Dominick também estava com ela (óbvio, eles são como unha e carne), ele se veste de um jeito muito excêntrico no mínimo, assim como o tio Declan, menos bizarro porém. Tio Declan usava ternos coloridos, chapéus da mesma cor do terno com detalhes, pedras, coisas assim, ah, ele usava uma bengala, não porque precisava e sim por achar que dava um toque final no visual. O Domi é diferente, ele usa terno também, chapéu, mas sem a bengala e usa umas cores mais pasteis, hoje ele está com um terno branco risca de giz com o chapéu e a gravata verde, por mais que ele queira ser como o tio Declan, ele é a cara do tio Rick, os mesmos olhos castanhos claros que com o movimento da luz ficam verdes, apenas o cabelo que é mais claro, como um mel. Acho eu já deu pra perceber que só tem gente bonita nessa família.

— Olá Diana, olá Jimy –Irina cumprimentou.

— Oi Sargentona, oi Bolo-Folo – Dominick falou, com normalidade, como esses fossem nossos nomes, ele nos chama assim desde sempre. Ele tem um apelido pra todos-  Temos que conversar.

— Eu não tenho nada que conversar com vocês dois- Jimy foi abrindo a porta do carro- Você vem Di?

No primeiro ato, eu pensei em ir. Mas pense: Dominick e Irina são pessoas extremamente ocupadas, então se eles querem falar conosco, deve ser algo importante.

— Espera Jimy- falei- vamos ouvir primeiro, podem falar.

Jimy, relutante, se aproximou:

— O negócio é o seguinte-  Dominick explicou- Somos os mais velhos, será nossa responsabilidade cuidar daquela casa, então, nós dois pensamos que devíamos fazer uma espécie de ‘’ divisão de governo’’

—Como assim? –Pergunto

Irina dá em ombros.

—Simples, casa um de nós fica responsável por cuidar de uma coisa, limpeza, cozinha, pagar as contas, coisa assim certo?

— Certo, mas quem fica com o que? –Jimy coça o queixo.

— Bem, você não pode ficar na cozinha, se não vai comer a comida toda- Dominick começa a rir, mas a risada ele é muito  estranha, parece um porco morrendo.

— Vai se fuder cara!

—  NÃO, EU NÃO VOU NÃO, SABE POR QUE? PORQUE VOCÊ NÃO MANDA EM MIM ROLHA DE POÇO

Irina deu um belo tapa na cara do Domi.

— Não viemos aqui para discutir, acho melhor até irmos embora. Até daqui a uma semana.

— Até. – dissemos.

Entrei no carro, Jimy bateu a porta.

— EU ODEIO ESSE CARA! Não é só porque ele me chama de gordo, ele se acha superior, MUITO superior.

Peguei a mão dele.

— Esqueça isso, ele vai aprender, talvez isso seja o lado bom desse testamento.

****************** Uma semana depois**************

 Estamos todos aqui. Union Village, nº 356. A única cassa desse bairro cheio de casas em ruinas, mas a nossa casa não: Ela é branca, com palmeiras na entrada, janelas, dois andares, linda para os padrões da época, agora está bem ultrapassada.

 Todos estão aqui, Dominicl e Irina não carrega as malas, Keza está carregando as malas gigantes de Domi e  Mari, a robô, carregava as de Irina.

— Diana! – Clara me abraçou- como vai amor?

— Vou bem- Clara é a mais amorosa de todas, embora eu ache que as vezes ela é meio chata.

— Bem, como eu sou a mais velha, eu abro a porta certo? - Diz Irina.

Todos assentimos. Irina coloca a chave no miolo, depois girou a maçaneta. E quando ela abriu a porta, eu não tive palavras pra me expressar a não ser:

—  Hã?

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Mackenzies: A complicated family" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.