U Smile escrita por nahinthesky, annab


Capítulo 10
Consequências de Uma Ruiva Bebada


Notas iniciais do capítulo

oi *---*



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#P.O.V. Christian Beadles ON#

 

Sabe o que é?

É que quando o quarto escurece, e a madrugada toma conta, só com o barulho baixo da festa que parecia só ter começado na casa dos Butler é ouvido, o seu mundo desaba de novo.

E ela volta na sua mente como um doce viciante, ou uma droga talvez.

Ainda ouvia Ana tentando engolir o choro, para ela era mais difícil ainda, era o ANIVERSARIO dela, devia soar algo como uma facada nas costas.

Mas para mim parecia pior, porque todas as horas que eu brinquei com ela, que a gente fez complôs contra o Chaz e o Justin... e nada.

Na verdade eu devia saber, aquela garota não me amava, eu via ela quase todos os dias conversando com o Seth, aquele vizinho, sinceramente? Eu nunca gostei dele... ele era escroto com a maioria das pessoas, se achava fodão, e as pessoas o tratavam assim.

Era hilário ver quando ele e ela (tenho me recusado a pensar o nome dela) se cruzavam na rua, e ela não respondia o sorriso “galanteador” (não que eu ache) dele, e depois, ele fazia uma cara de desgosto, só que ele era fofo com ela, e era o que a maioria das menina qualificavam por “lindo”.

E isso devia a encantar.

Droga.

Afinal, o que ela veria em um garoto como eu? Eu era apenas o melhor amigo das pessoas fodas, da pessoa que é um astro pop, dos dois garotos populares da escola.

E o lado que me lembrava mais e mais dela da minha mente dizia: - Mas ela não, ela se tornou sua amiga do nada, nem ao menos sabia que era Justin Bieber, ou quem eram Ryan Butler e Chaz Somers.

Enquanto o outro lembrava a cena, varias e varias vezes, me fazendo sentir o nariz coçar de modo incomodo, anunciando um possível choro.

Me revirei na cama.

EU NÃO PODIA CHORAR!

Não por ela... não pela garota cuja eu vi beijar o meu melhor amigo.

A garota que eu parecia... amar? Não... eu só a conhecia a no mínimo um mês, como eu me apaixonaria por uma garota que eu conheço a mais ou menos um mês?

Abri os olhos que eu mantinha fechado, vendo apenas o escuro e nada mais do que podia me lembrar ela.

Desisti de dormir, me levantando, enrolado no cobertor, tendo cuidado de não pisar na cama da Ana, e não acorda - lá.

Sua respiração estava calma, apesar de estar encolhida na cama com o cobertor a enrolando como uma panqueca enrolada no recheio, como ela disse uma mania, que eu apostava que não existia antes de hoje.

Suspirei, abrindo a porta, e andando pelo corredor, alguns metros adiante, encontrando a pequena porta que tinha uma escadinha que ia estrategicamente para o telhado.

Era para lá que eu ia.

Um lugar bom, calmo, ele ficava virado para o lado mais agitado da cidade, onde as luzes se mantiam acessa por mais tempo, então, quando eu tinha insônias, ou meramente estava desconfortado, triste, ia para lá, e observava as luzes, como se fosse mágico, o que obviamente não era.

Era daquilo que eu precisava, do ar fresco, do vento batendo no meu rosto de forma... calma.

Eu olhei adiante, as luzes brilhantes, o cheiro que o vento trás é agradável, nunca faço idéia de onde ele vem, mas é reconfortante.

É acalmante.

O céu negro salpicado de pontinhos brancos brilhantes, e a lua grande e redonda, quase encontrando o horizonte.

As luzes da cidade que se alternavam entre brancas, que mais pareciam azuis de longe, e amarelas.

Azuis como os olhos dela.

Não, os olhos dela tem um tom mais forte, mais como cubos de gelo, ou um céu limpo de verão.

Deus!  Saia da minha mente garota!

Ia ser tão mais fácil! Para mim e para você, então se puder sai daqui, deixe-me em paz.

Com todos esses pensamentos sufocantes.

Me encostei na varanda que tinha ali, nosso pai construiu na semana em que Caitlin contou a ele que vinha aqui, ele surtou e construiu uma proteção.

Tirou toda a graça e perigo de vir aqui.

- Deus. – Baguncei meu cabelo, meu corpo estremeceu de frio, me fazendo voltar para dentro de casa.

Voltei para o quarto, me jogando na cama de qualquer jeito, fechando os olhos, e pedindo para não acordar com ela na mente, ou sonhar com ela.

Doce ilusão.

E a mesma voz que me lembrava dela voltava a falar que ela era mais importante do que eu podia controlar, ou entender.

 

(...)

 

Não posso negar que eu havia sonhado com ela.

Com a pequena garota de cabelos cor de fogo e olhos de gelo, e no sonho tudo estava bem, tudo completamente em paz, como eu queria que estivesse.

Felizmente, Ryan havia nos arrastado para a casa dele, ele disse que ela tinha se “explicado” para ele, e que ele resolveu fazer nos dois escutarmos ela.

Okay, era só UMA chance, e eu já sabia, não seria mais a mesma coisa.

Eu possivelmente teria perdido a confiança que eu tinha ganhado até chegarmos a porta de madeira da casa dos Butler’s.

Entramos de modo silencioso, eu procurei a mão gelada de Ana, como se fosse um suporte.

E era, ambos precisávamos de força, ela de força para ver sua suposta melhor amiga, e eu de força para... ver meu amor.

É, amor, eu realmente devia sentir algo por ela, mesmo que não seja amor, eu vou qualificá-lo assim.

- Nah? – Ryan gritou para a garota, que desceu as escadas correndo, me fazendo acreditar que ela cairia a qualquer momento.

-Eu, eu! – Ela falava desesperada, só então vendo nossa presença. – Err... Oi. – Ela olho para baixo, puxando o ar pela boca, fazendo seus ombros tremularem.

- Oi. – Eu e Ana respondemos com a voz fraca.

- Nah, eu trouxe eles aqui, agora vamos láa, conte a eles. – Ryan piscou para ela, e deu um beijo na bochecha da Ana, saindo para a cozinha.

- Eu... eu queria falar sobre ontem a noite. – Ela mordiscou o lábio, de modo apreensivo.

- Ótimo, pode falar. – Ana me puxou para a sala, com Natalia em nossos calcanhares.

Nos sentamos no sofá de couro, enquanto ela ficava apoiado no móvel da TV.

- Certo, Ana... eu não o beijei. – Isso chamou atenção de Ana, a fazendo virar a cabeça na direção dela.

- É? – O tom sarcástico dela me dava medo, mas só fez Natalia suspirar, e olhar nos olhos verdes da amiga.

- É, todos os acham que eu beijei ele, mas não, apenas fingimos um beijo, para despistar os retardados que ficavam gritando “BEIJA, BEIJA” e você sabe COMO isso me irrita.

- Otimo, explicado, é só isso? – Eu notei o desespero que ela tinha de sair dali.

- Não, Ana, me desculpe okay? Me desculpe por quase ter te matado, desculpe Justin por ter te feito querer fugir dos seus sentimentos.

E foi o suficiente, Ana começou a chorar baixinho, possivelmente lembrando de tudo, eu olhei sem expressão nenhuma para o rosto da Natalia, vendo como ela queria reconfortar a amiga.

- Eu me mataria antes de te ver morta, porque te ver morta, mesmo que por dentro, é triste demais, é algo que eu não saberia lidar. – Os olhos  azuis gelo marejados soltaram sua primeira lagrima. – Por favor Ana, me desculpe okay? Me desculpe por te fazer achar que eu o beijei... – As lagrimas continuavam a rolar.

Ela caminhou em passadas desajeitadas até a amiga e se sentou do lado dela.

Imediatamente elas se abraçaram, as duas chorando, mas o choro da Ana era muito pior, quer dizer, era realmente escandaloso, ela soluçava.

Certo, ambos eram muito parecido, só que a Natalia fungava, e a Ana soluçava.

Nojentinho.

- Ana? –Natalia fungou.

- Eu. – Ela soluçou de novo.

- Er... sobre o Justin, - Ana torceu o nariz, mas assentiu, fazendo Natalia continuar. - Ele não ficou muito bem quando o Ryan contou para ele o que aconteceu... – Ela parou para pensar. - tá, ele não ficou nada bem. Agora ele tá conversando com a Sam e... sei lá sabe, fale com ele depois, ele tava realmente acabado.

- Tudo bem, eu falo com ele depois. – Ana prendeu um soluço, que saiu com um som estranho.

- Ah... e eu não gosto dele, e nunca beijaria ele, por que, eu sei que você gosta dele. – Ela sorriu de um modo engraçado, fungando logo depois.

- Besta. – Ana riu entre um soluço e outro. – Eu sei que você ama o rato. – Ela falou alguma coisa em português que eu não entendi, é realmente ótimo, não entender o que elas falam, e depois Natalia ainda começa a rir escandalosamente histérica.

- Okay, Ana eu acho que o Ryan tá lá na cozinha... – Elas ainda falavam em português, é tão legal não entender nada do que elas falam.

- Tá, to indo lá. – ALELUIA SENHOR! Ela não falou em português, maas, ela levantou e saiu da sala, me deixando sozinha com a Natalia.

 - Chris? – Ela me chamou baixinho, chegando um pouco mais próxima de mim.

- Oi. – Eu fechei os olhos de modo forte.

- Me desculpe? – Essas duas palavras me fizeram abrir os olhos, e olhar para ela, olhar para as lagrimas e pensar “Como eu poderia viver sem ela?”, e eu não poderia, porque ele é importante demais para ser jogada fora, e eu nunca queria deixar ela ir.

- Okay. – Eu concordei, virando para ela.

- De verdade Christian, me desculpe. – Ela me olhou de modo serio.

- Então, serio, eu te desculpo. – Ri de um modo idiota e desconfortável.

- Não, isso não é desculpar, tá, é, mas você ainda tá magoado comigo, e é isso que eu não quero.

- Eu posso te desculpar, mas... eu não sei porque sabe, eu ainda fico magoado com você, se você for pensa, não tem razão nenhuma. –Eu sorri, mesmo não estando tudo realmente bem, eu usei o fato de que só de ver o rosto dela, eu já queria sorrir, para dar um sorriso verdadeiro a ela.

- Então... estamos de boa? – Ela ergueu a sobrancelha de modo questionador.

E eu só sorri um pouco mais, abrindo os braços.

- Claro. – Puxei ela para um abraço, ela riu, se acomodando e cantando Yesterday de um modo fofo. – Você parece ter cinco anos quando fica cantando desse jeito fofo sabia?

Ela riu, me mostrando a língua, só reforçando o que eu havia falado.

- Bobo. – Ela encostou a cabeça no meu ombro, e eu fiquei fazendo cafuné no cabelo cor de fogo.

Ela olhou para mim, respirando pela boca, como se estivesse apreensiva.

Nossos olhos se chocaram, o azul presente nos olhos dela não aprecia incomodar meu olho por ser tão azul, mas sim, pareciam minha salvação, ou um lugar tão acolhedor quanto a minha casa.

Ou um mar claro do caribe, onde eu poderia mergulhar, nunca perder o ar e poder ver cada detalhe que se escondia lá.

E quase sem perceber, aproximamos nossos rostos, com as testas encostadas já.

Ela mordeu o lábio pouco antes de juntarmos nossos lábios, eu senti o lábio quente dela nos meus, sua mão tocou meu rosto, se apoiando na minha bochecha, e a minha fez o mesmo.

Meu coração parecia ter disparado, porque sinceramente, eu amo aquela garota como nunca amei outra pessoa.

Eu amava ela de tal modo que eu não saberia o que faria quando o próximo mês de maio chega-se, e ela tivesse de ir embora.

Eu amava ela de tal modo que meu primeiro beijo foi com ela.

Bem estranho, mas eu ainda era BV, e queria que o meu primeiro beijo fosse com uma pessoa realmente especial, e pela primeira vez na vida, eu arrisquei ficar com ela.

Eu arisquei tudo pela garota ruiva com sérios problemas mentais, e ainda arriscaria mais coisas por ela.

O cheiro doce, não enjoativo, apenas doce, dela tomava conta de minhas narinas.

Nos separamos quando quase não tinham mais ar, e ela se acomodou de novo nos meus braços.

E isso me lembrava um refrão de uma das musicas preferidas dela, uma das musicas que eu havia escutado milhares de vezes, mesmo não sendo da Paramore, era de um tal de Stephen:

 

I don't even know (Eu nem sequer sei)

I've never felt this way before (Eu nunca me sinti desse jeito antes)

But with someone like you, it makes sense. (Mas, com alguem como você, faz sentido)

And I don't wanna go, (E eu não quero ir)

I'll stay with you forever just as long (Vou ficar com você para sempre, o tempo)

as you love me too. (Que você me amar tambem)

 

- E agora? – Eu perguntei mexendo em uma mecha ruiva de cabelo.

- Nada, - Ela levantou os olhos para olhar para mim. – Eu te amo Chris, só de pensar no estado em que você ficou depois de ontem... eu quis ME matar, por te fazer sentir isso, mesmo que não te ame como algo mais que um melhor amigo, eu voto por uma amizade colorida.

 

#Invação da Natalia no P.O.V do Christian ON #

 

O que me deu para falar isso? Eu devo estar bêbada ainda, PORQUE PQP, AMIZADE COLORIDA É TENSO NÉ?

Mas não, ele só tirou uma mecha de cabelo da minha cara, e falou algo como “tá bom”.

 

#Invação da Natalia no P.O.V do Christian OFF#

 

O que passava na cabeça dela?

Quer dizer, ela não tinha certeza se me amava, tudo bem, mas o que ela tinha em mente?

- Heeey! – Chaz colocou a cabeça para dentro da sala. – Estamos todos na cozinha, esperando os pombinhos para acabar de decidir as coisas da viagem! – Ele deu um pulinho e fez um barulho que parecia uma... uma gazela.

- Pombinhos o caralho, a ultima coisa que eu e o Chris somos é um casal de pombos, sabe, eu não como migalha de pão no meio da praça, nem o Chris. – Ela falava, se levantando e puxando minha mão junto dela, eu levantei rapidamente, abraçando a cintura dela com um braço, e ela fez o mesmo com meu pescoço.

O cheiro doce dela ainda me enchia de um modo tão agradável.

- Hey, eu te amo. – Eu murmurei em seu ouvido pouco antes de entrarmos na cozinha onde Ana e Ryan riam da cara da pobre Mandy que comia um pedaço de bolo.

Eu olhei da minha pequena (Eu não acredito que ela é mais baixa que eu, parece um anão, um anão muito lindinho (?)) que estava corada, e contive minha vontade de rir.

- AAAÉ! O CASAAL CHEGO! – A Ana tacou uma pipoca na minha cara.

- EEI! PIPOCA NÃO NE!? – Mas ao mesmo tempo que pensava em revidar, eu não tinha vontade (ou força) para sair do lado da Nah.

- Pobre Mandy, sendo traumada por essa coisa que eu chamo de Chubis. – A Nah comentou olhando com pena para Mandy que agora abraçava Chaz e ria de alguma coisa não identificada.

- Reclama não. – A Ana tacou um pipoca na cara da Nah, que murmurou algo como, “besta”.

- OKAY! FOCO! – O Ryan gritou para todos nos, fazendo a massa I.F.I. (Internacionalmente Folgada e Irritada) mostrar a língua.

- Tá, tá. – E a gente começou a decidir tudo para a viagem, desde quem iria levar a gente, até para que trilha a gente faria.

E eu pouco para o que eles decidiam, eu só olhava o sorriso bobo que vivia nos lábios da minha pequena, até o momento em que ela começou a cantar aquele mesmo refrão que eu havia me identificado.

Apoiei o queixo na cabeça dela, esperando a frase certa.

-  I'll stay with you forever just as long.  – Eu cantei baixinho no ouvido dela.

- Ouint, você é fofo sabia? – Ela me deu um tapinha no ombro e eu ri.

- Acabo o momento de amor? – Ryan pergunto olhando para gente.

- Que momento de amor? – Eu me fiz de inocente, fazendo ele revirar os olhos e continuar a planejar as coisas.

E quase no momento seguinte, Justin entrou na cozinha, com Sam ao seu lado.

A tensão era sentida no ar, á não ser pelo sorriso que Nah mandava para ele, como se desse forças para ele.

Senti a mão quente dela segurar a minha, e Ana virar o rosto para a janela.

- Oi. – A Nah foi a primeira a se pronunciar, quebrando o silencio mortal.

- Oi. – Sam e Justin falaram juntos, enquanto a Sam andava na direção do Ryan.  

-NahCullen


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Notas finais do capítulo

Reviews?
N/NahCullen: Postei rapido né? ÉE eu tava inspirada para o P.O.V. do meu rato, mas enfim, gostaram?
Minha viagem foi adiada, e a ana viajar tambem, entãaao, a gente vai ficar 6 dias sem se ver, logo, não vamos saber o que a outra escreveu, nem poder postar =/, alem do que, a Ana tem que passar TSBM para o PC e mandar para a beta dela, antes qe a beta morra... acho que é só amores, sem previsão para o segundo .-.
Beeeijos #loveyouall
P.S: Já desistiram de matar/odiar a Nah? x.x