Bad and Good escrita por Yume13


Capítulo 5
Wherever You Are


Notas iniciais do capítulo

Olá! Por favor comentem o capítulo!



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Cap 5 – Wherever You Are

   Gumball estava andando pelo Reino Doce, realizando algumas tarefas de inspeção nas cidades. Ele havia planejado sair com Marshall naquele dia, depois de cumprir seus deveres, mas o vampiro disse que estaria ocupado realizando um show. O príncipe foi convidado para ir, no entanto quando soube que o show ocorreria no Reino Caroço ele dispensou o convite. Já que ele e o príncipe Caroço não se davam muito bem.

   No entanto Marshall Lee não estava no Reino Caroço e nem a caminho dele. Ao invés disso ele entrou em uma estranha e obscura floresta, um lugar parecido com os que ele estava acostumado a frequentar, no entanto, aquele era um lugar onde ele não deveria estar. O vampiro entrava cada vez mais na floresta, aparentemente calmo, mesmo com o clima sinistro do lugar. De repente, ele ouviu um som, como se alguém estivesse o seguindo. Marshall parou por uns estantes e observou ao seu redor. Alguém estava atrás de uma árvore, olhando diretamente para ele, mas o vampiro permanecia calmo.

— Quanto tempo pretende ficar aí escondido?

   A estranha figura saiu da escuridão e entrou no campo de visão de Marshall.

— Ora, ora vampirinho. Achei que não viria.

— Eu disse que estaria aqui.

— É, mas ouvi boatos.

— Que boatos?

   O homem se aproximou. Seus cabelos eram negros e sua pele pálida como a de Marshall. Ele também era um vampiro, mas sua aparência era assustadora. Ele tinha olhos fundos e escuros, como se fossem um buraco sem fim, seus cabelos eram compridos e desgrenhados e ele possuía um rabo, que se mexia inquieto ao seu redor.

— Ouvi que você e a Vossa Graça andam bem próximos.

— Você está me perseguindo agora Gus? – Ele o olhou irritado. – O que eu faço não é da sua conta.

— É da minha conta se isso atrapalha meus planos.

— Acha que Gumball vai atrapalhar “nossos” planos? Ele não sabe de nada, eu não vou contar.

   Gus se aproximou de Marshall. Seu rosto ficou próximo ao do outro e suas mãos envolveram Marshall Lee. Seu rosto, agora, estava totalmente iluminado pela lua, o que permitia ver as rugas espelhadas por ele.

—É melhor ficar quieto mesmo Marshall Lee. Sabe que o que estamos fazendo meche com forças maléficas e se seu principezinho descobrir vai acabar com nós dois. Imagina o que ele vai pensar de você. Aposto que ele não vai ficar feliz em saber que seu namoradinho vampiro está fazendo coisas erradas.

— Ele já está acostumado, acredite. Fazer coisas errados é só o que eu faço e ele sabe disso. Mas qual o real problema? Você sabe que eu quero muito isso. Ninguém vai me atrapalhar. Nem você!

— Não me provoque moleque. Vamos!

     Gus, o estranho ser, se transformou em um enorme e grotesco morcego, e voou rapidamente para fora da floresta, alcançando o céu noturno. Marshall fez o mesmo. Virou um morcego e o seguiu, desaparecendo na escuridão.

...

   Gumball estava em seu quarto, se preparando para dormir. Sentado em sua escrivaninha, ouvia o som da forte chuva lá fora, quando ouviu batidas em sua janela. Back! Back!

— Ahh!

   Ele tomou um susto, quase caindo da cadeira. Com medo se aproximou lentamente da janela, tentando enxergar o que fazia aquele som. Se visse qualquer coisa estranha, estava pronto para correr que nem louco, chamando os guardas bananas. No entanto sua curiosidade de cientista falava mais alto. Enquanto movia-se em direção a janela, ouviu:

 – Gum! Sou eu. Era a voz de Marshall, que abria a janela com força.

— Marshall seu idiota! Sabe o susto que me deu?

— Sei. Essa era a intenção. Hahaha.

   Marshall entrou pela janela do quarto, se divertido do medo que havia causado no príncipe. Ele estava todo molhado, da chuva que caia lá fora e encharcando o chão do quarto.

— Olhe pra você! Está pingando em todo o meu chão. O que deu em você pra sair nessa chuva? E da próxima vez entre pela porta como qualquer pessoa normal.

— Mas aí eu não veria sua cara de pavor...

— Tá, tá. Pega essa toalha. Como foi seu show?

   Marshall demorou alguns segundos para entender do que ele estava falando. Até que se lembrou de sua mentira.

— Foi normal.

— O que isso quer dizer?

— Quer dizer que eu arrasei. – Disse o vampiro, enquanto se atirava na cama de Gumball.

— Ei! Sai daí! – Gumball pegou a mão de Marshall e o puxou para fora da cama. O vampiro caiu na gargalhada.

   Marshall retirou sua camisa molhada e se enrolou na toalha, tentando secar-se. Gumball olhou para o corpo de Marshall, mal podia acreditar que alguns dias atrás ele o teve só para si.

—Atchiiim!

—Você vai pegar um resfriado. –Disse o príncipe, tentando afastar de sua cabeça aqueles pensamentos indecentes.

— Não vou. –Ele ficou em silêncio, e com uma expressão séria que surpreendeu Gumball. Aquela era a típica situação em que Marshall fazia algum comentário sarcástico e constrangedor. Já que ele estava sem camisa, de noite, no quarto de Gumball, seria natural um comentário inapropriado vindo dele. No entanto ele de repente estava sério e triste.

—Anh... Gumball, o que você acha da imortalidade?

—Hun! Sei lá. Algo estranho, eu acho. – Disse o príncipe, confuso.

— Por quê? – A expressão do moreno era indecifrável.

— A vida é um ciclo. – Começou a explicar Gumball. Ele não sabia o que Marshall queria ouvir, mas como um cientista tinha que dar uma resposta. – Significa que não devemos brincar com a vida e a morte. E que não podemos enganá-la. Acho que o certo é nascermos, vivermos e morrermos. Isso é uma vida plena, não acha?

— Então minha vida não vale à pena? – Marshall se sentou na cama irritado. – Eu não morro Gum!

   Gumball percebeu que a voz de Marshall estava estranha. Ele estava triste e aquela conversa tinha um significado a mais, que ele não compreendia.

— Tudo tem um fim Marsh. Até você. Sei que dizem que vampiros são imortais, mas... Isso não pode ser tão verdade assim. Eu acho que talvez vocês só tenham uma vida muito, muito longa, mais que a maioria. Até mesmo vampiros tem que ter um fim. Por que está falando isso? O que aconteceu?

— Nada.

— Marshall Lee, se não está preparado para me contar, seja lá o que for, tudo bem. Mas não minta para mim.

   Gumball olhava de forma preocupada e triste para Marshall, mesmo assim o vampiro não pode evitar sorrir, pois Gumball podia aparentar seu uma pessoa fria, com seu raciocínio cientifico e racional, mas por dentro ele era muito amável. “E eu, sou um mentiroso.” Pensava o moreno.

— Não vou mentir... – Disse se aproximando de Gumball e encostando sua testa na dele.

“É só que... Eu quero parar de ver as pessoas ao me redor morrerem e me deixado para trás.” Ele não teve coragem de dizer essas palavras em voz alta.

   Os olhos de Marshall se encheram de lágrimas, mas ele as conteve e se livrou delas antes que rolassem.

— Atchiim! Foi mal Gum. Vou pra casa, acho que peguei um resfriado. Desculpe te incomodar com essas bobagens.

—Eu disse que isso ia acontecer. E não mude de assunto. Hun...Eu vou ir com você. Posso passar a noite lá?

— O quê? Você quer tirar vantagem do meu momento de fraqueza para se aproveitar de mim? Que feio Gum Gum. – Disse sarcástico.

— Não é nada disso, seu idiota! –Gumball atirou uma almofado com toda a força em Marshall, acertando sua cara. – Você surge do nada na minha casa, com essas conversas estranhas, e ficando doente, e acha que não vou ficar preocupado?

—Atchiim!

— Vou cuidar de você, pra que não piore seu cabeça oca.

...

   Na casa de Marshall, ele e Gumball estavam sentados em sua cama, jogando conversa fora. O príncipe se sentia feliz. Aquele momento calmo e doce, ao lado do moreno, no qual ele não precisava se preocupar com nada e apenas aproveitar o momento, o fazia sentir-se muito bem.

— Ei Gum! Me alcança meu violão.

   Gumball esticou suas mãos e pegou o violão que estava no chão, ao lado da cama. Quando foi alcança-lo para o vampiro, este o beijou. A língua de Marshall invadiu a boca de Gumball com fúria, foi uma atitude tão inesperada que o príncipe ficou sem ação. Quando eles se separaram ele ainda podia sentir o calor daquele beijo e sua mente foi transportada para a noite em que dormiram juntos. Gumball sentiu seu rosto queimar de vergonha e o vampiro percebendo isso, sorriu. No entanto, em sua mente, todas as mentiras e coisas que escondia de Gumball o incomodavam.

— Você devia descansar. Sua gripe pode piorar se ficar se esforçando de mais... – Gumball falou com a voz tremida, ainda abalado pelo beijo surpresa.

— Não se preocupe. A música é uma forma de cura, não acha?

— De certa forma, sim. – Sorriu o príncipe. – Acha que ela pode curar uma gripe?

— Não, mas talvez possa amenizar nossos pecados.

   Marshall começou a tocar uma suave melodia em seu violão, logo em seguida, sendo completada por sua linda voz:

Estou te dizendo
Eu sussurro baixinho
Esta noite, esta noite
Você é o meu anjo

Eu te amo
Vamos nos tornar um só
Esta noite, esta noite
Eu apenas digo

Gumball encostou-se na cama e fechou seus olhos.

Onde você estiver, farei sempre com que sorria
Onde você estiver, estarei sempre ao teu lado
O que quer que você diga, estará sempre no meu pensamento
Te prometo a eternidade neste momento

   O príncipe voltou a lembrar da noite em que passou com Marshall. Seu rosto enrubesceu de leve, mas as lembranças daquele dia pareciam encaixar tão perfeitamente com a melodia da música, que ele deixou com que cada momento voltasse a sua mente.

Ainda temos um longo caminho à nossa frente
Aconteça o que acontecer, sempre
Até a morte, fique comigo
Nós seguiremos em frente

Onde você estiver, eu nunca te farei chorar
Onde você estiver, eu nunca te direi adeus
O que quer que você diga, estará sempre no meu pensamento
Te prometo a eternidade neste momento

...

      Na manhã seguinte, Marshall acordou de um pesadelo. Ele sentou-se assustado em sua cama, estava suado e ofegante. Ao constatar que estava em seu quarto, se acalmou. E ao olhar para o lado e ver Gumball adormecido, sentiu-se feliz.

     “Gumball fica tão fofo quando está dormindo.” Ele voltou a se deitar, mas permaneceu acordado, olhando para o outro ao seu lado. “Eu gosto tanto de você. Por favor não me odeie, eu só quero... poder...” Marshall sofria em silêncio. A felicidade que sentia segundos atrás desapareceu e ele foi tomado por um sentimento de culpa e solidão. “Eu só quero ficar ao seu lado, e não posso fazer isso assim, me desculpe. Eu te amo.”

— Ei! – Gumball havia acordado. Antes que pudesse continuar Marshall inclinou-se em sua direção e o beijou. Enquanto o beijava, subiu em cima dele e deslizou sua mãe para dentro da calça do príncipe. – Ahhh! – Um gemido escapou dos lábios de Gumball.

— Você tem que ir embora?

— Si-iim... – Tentava responder, Gumball.

— Quanto tempo nós ainda temos?

— Bem... – Gumball olhou o relógio em cima da mesa. – Uns... ci-cinco minutosss.

— É suficiente. Faça amor comigo!

       Gumball se deixou envolver pela atmosfera sensual que havia naquele quarto e nas palavras de Marshall. Sua mente se esvaziou e se concentrou naquele momento.

—_______Continua_________


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Notas finais do capítulo

Música usada no capítulo: One Ok Rock, Wherever You Are
Link da música:
https://www.youtube.com/watch?v=ySxSPJC8WTk
Imagem retirada de:https://secure.static.tumblr.com/cf2fe6d71a84c58a541206fb7c247e84/v8ybiog/uktnuho7d/tumblr_static_tumblr_static__640.jpg



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