Bad and Good escrita por Yume13


Capítulo 3
Primeiro encontro


Notas iniciais do capítulo

Comentem por favor, com críticas, sugestões, o que eu preciso melhorar, etc.



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Cap 3- Primeiro encontro

   Gumball havia dormido muito mal naquela noite. Depois de seu desastrado pedido de desculpas, ele ficou consolando Marshall pela perda do amigo e não pode retomar sua conversa com ele. No entanto havia prometido que voltaria no dia seguinte e eles conversariam com mais calma.

   Enquanto Gumball se levantava e se preparava para ir ver o vampiro, Marshall já estava acordado fazia muito tempo. O rei dos vampiros não sabia muito bem o que esperar da visita de Gumball. Milhares de questões e dúvidas passavam por sua cabeça, isso o matava lentamente, então resolveu compor. Sempre que as coisas ficavam difíceis a música era um escape, um alívio do mundo real e seus constantes problemas.

“E vou lutar pelo meu canto

Talvez hoje à noite eu vá chamar você

Depois que o meu sangue se transformar em álcool

Não, eu só quero segurar você”

— Darararara rara, darararara...

   Depois de algumas horas compondo, ele ouviu uma batida em sua porta. Não precisava perguntar quem era, ele sabia que era ele. Dirigiu-se em direção a entrada e abriu a porta.

— Bom dia Marshall.

— E ai?

— Podemos continuar a conversar? De forma mais calma dessa vez, eu espero.

— Entra.

   Marshall flutuou para dentro da casa e se sentou em sua cama segurando seu baixo e mexendo em suas cordas. Gumball entrou, sentou ao seu lado e tentou pensar em como começar a conversa, mas se surpreendeu ao ouvir a voz do outro.

— Exatamente por que você está aqui?

— Pra me desculpar.

— Sim, eu ouvi isso ontem. Mas não entendi o que você quer comigo. Que eu aceite suas desculpas e que voltemos a ser os “super amigos” que éramos?

— Quero mais uma chance. – Constrangido o príncipe olha pra Marshall. – Quero ficar com você.

— O quê?

   Marshall ficou chocado com o que Gumball lhe disse. Por um momento achou que era uma brincadeira, até mesmo soltou um pequeno riso, mas ao olhar para o príncipe percebeu que sua expressão estava série. Não era brincadeira.

— Por quê? Qual a diferença de agora para aquele tempo?

— Eu mudei. Eu era mais frio naquela época, achava que tudo ficaria bem se eu me focasse somente em meu reino. Mas com o tempo fui mudando, as pessoas ao meu redor me mudaram principalmente a Fiona. Ela me ensinou muito sobre os sentimentos. Não só dos outros, mas dos meus em relação aos outros. – Marshall estava incomodado com a aparente franqueza de Gumball já o príncipe, abria seu coração e deixava pela primeira vez seus sentimentos sobre o outro de derramarem para fora. – Eu... Eu estava me apaixonando por você naquela época e achei que isso era errado, mas não era. Eu só não soube lidar com isso. Agora eu sou mais maduro, e sei que sou um bom governante e que não irei falhar em meu dever para com o reino, por tentar ser feliz com alguém que amo. E se eu deixar isso que temos ir embora estarei falhando comigo mesmo.

   O vampiro permaneceu em silêncio, sua expressão era séria, mas triste.

— Você fala de mais. – Marshall olhou nos olhos do príncipe. Ele havia o amado, o odiado e o amado novamente, no entanto, agora não sabia ao certo o que sentia. Amor? Ressentimento? Essa questão passou rapidamente pela sua cabeça, mas quando viu que Gumball ia voltar a falar o interrompeu. – Cala a boca!

   O vampiro avançou rapidamente em direção a Gumball e o beijou. Sua língua invadiu a boca do príncipe que se deixou envolver pelo toque do outro. Rapidamente o vampiro o empurrou na cama, fazendo o se deitar sem se separar de seus lábios nem por um momento.

— Espere Marsh...

   Gumball mal conseguia falar, sentindo se envergonhado e sem fôlego ao perceber o que o outro estava tentando fazer.

 – Marsh...

— O quê?

— Não quero fazer isso agora.

— Não é como se já não tivéssemos feito. Eu lembro muito bem de tudo que já fizemos.

— Seu idiota! – Gumball constrangido atirou uma almofada na cara de Marshall. – Eu me lembro, é só que... Dá outra vez fomos muito rápido e as coisas não deram certo. Vamos mais devagar dessa vez. Ok?

— Tipo o quê? Ter encontros e essas coisas? Isso é bobagem.

   Disso com seu típico sorriso sarcástico.

— As pessoas mudam. Somos a prova disso. Você mudou e eu também. – Gumball se levantou, fazendo com que Marshall tivesse que sair de cima dele. – Quero conhecê-lo de novo e pra isso temos que ter encontros. Vamos fazer as coisas da forma certa dessa vez.

— Como quiser chicletinho. – Marshall se sentou e revirou os olhos. Depois sorriu carinhosamente para o outro. – Senti sua falta Gum.

...

   No dia seguinte Gumball teve um compromisso, uma reunião com príncipes e princesas e convidou Marshall para ir junto. 30 minutos após o começo da reunião, Marshall Lee já estava entediado. As conversas giravam em torno das relações políticas entre os reinos e outros  assuntos que não interessavam o rei dos vampiros.

   Aproveitando-se de uma distração do príncipe Gumball, Marshall que quase pegava no sono, teve uma idéia, sair escondido da reunião e só voltar durante seu final. Se tivesse sorte, Gumball não perceberia sua ausência. Assim, saiu lentamente e em silêncio do local da reunião. Ao chegar do lado de fora, abriu seu guarda chuva, já que vampiros não podem andar no sol e começou a caminhar pelo pátio em frente ao castelo, onde a realeza estava reunida, tentando encontrar algo para fazer.

— Que saco! Por que Gum me chamou pra vir aqui? Essas reuniões são puro tédio, droga!

   De repente Marshall notou o príncipe Caroço, do Reino Caroço, em frente a um carro antigo, o polindo. Sem ter mais nada para fazer e curioso para ver o que o outro fazia ele resolve se aproximar.

— E aí cara?

— Marshall Lee! O que o rei dos vampiros faz aqui?

— Gum me convidou pra vir. Por que você não está lá dentro? Não devia estar participando daquela tortura?

— Odeio essas reuniões, eu venho só pela comida de graça, mas eles só servem no final.

   Marshall flutuava em torno do carro, agora já polido pelo príncipe.

— Esse carro é seu?

— É sim! Ele é velho, mas muito rápido. Quer dar uma volta?

— Posso dirigir? – Disse Marshall, com um sorriso assustador no rosto. O sorriso de alguém que irá cometer um crime. – Posso dirigir muito, muito rápido?

— Hahaha! Leu meus pensamentos Marsh. Vamos! Eu ia colocar esse carro no lixo mesmo, assim meus pais podem me dar um novo. Não tenha pena dele.

   Caroço jogou as chaves para Marshall que as pegou e rapidamente entrou no carro, sendo seguido por ele. Depois de ligar o carro, o acelerou perigosamente, saindo do pátio do castelo e quase atropelando um guarda banana, logo alcançaram a estrada.

— Uhuuuuuuuuu! – Gritava o vampiro, rindo como uma criança. – Segure-se encaroçado, vamos fazer coisas más!

   Marshall dirigiu pela floresta, sem se preocupar com possíveis batidas em árvores, deu voltas e voltas em um campo aberto, fazendo marcas circulares na grama baixa. Depois voltou ao pátio do castelo, colocando o carro na velocidade máxima, levantando poeira para todos os lados. No entanto o carro era velho, e seu acelerador emperrou, impossibilitando o veículo de parar. Marshall percebendo o perigo fez o carro ficar dando voltas no pátio.

— Caroço, Caroço! O pedal emperrou!

— O quê?

— Tenta desemperrar!

   Caroço se abaixou e tentou com toda força concertar o problema, enquanto Marshall tentava não perder o controle. Quando o pedal se soltou, Caroço voou para trás, batendo no banco, o que assustou Marshall que se atrapalhou com o volante e acabou perdendo o controle do carro por alguns segundos. O veículo se dirigiu em direção ao castelo, Marshall fez o possível para evitar uma batida direta e rápida, mas mesmo assim, com um estrondo, o carro se chocou contra o castelo.

   Dentro do castelo se ouviu um som alto, de coisas se batendo. Todos na reunião se assustaram e correram junto com os guardas bananas para fora da construção. Gumball desesperado foi na frente, imaginando o pior, uma invasão ao local da reunião. Ao chegarem do lado de fora, viram um carro amassado contra a parede do castelo que estava quebrada e com várias rachaduras. E dentro do automóvel Marshall Lee e o príncipe Caroço.

— Marshall! O que é isso?

   Gumball se aproximou, gritando enfurecido em sua direção.

— Ops! Hahaha! Está tudo bem Caroço?

— Ai meus caroços. Estou vivo, mas todo roxo.

   Os cidadãos em volta e os guardas tentaram ajudar os acidentados e os levaram para a ala hospitalar. Eles foram atendidos pela Princesa Médica que estava na reunião. Por sorte só haviam sofrido arranhões e hematomas, nada grave.

— O que você estava fazendo Marshall Lee?

— Calma chicletinho, eu só estava brincando um pouco.

— Brincando? Você podia ter se matado e levado Caroço junto!

— O carro deu problema, não pensei que isso ocorreria.

— Exatamente, você nunca pensa nas consequências.

   Marshall se irritou com os gritos de Gumball, se levantou da cama em que estava deitado e ficou de frente para o outro.

— Já disse, não era minha intenção, foi um acidente. Se as coisas ficassem muito perigosas eu e Caroço teríamos saltado e flutuado, simplesmente assim, mas eu consegui frear no último minuto.

— Você é um idiota!

   Gumball deu meia volta furioso e saiu da sala, deixando Marshall e Caroço sozinhos. O vampiro não conseguiu falar com Gumball o resto da tarde, ele obviamente estava o evitando. Cansado de tentar, ele foi para casa, precisava descansar. Mesmo não tendo machucados graves, ainda assim estava dolorido e cheio de marcas roxas. De noite em sua casa, deitado na cama, relaxado e tocando seu baixo, ouviu uma batida na porta. Toc! Toc! Marshall se levantou e foi até ela. Ao olhar quem era, viu que eram Gumball e a abriu.

— Pensei que estava bravo comigo.

— Achava que você não pensava.

— Se está aqui para me dar um sermão pode ir embora.

— Não. Vim para cuidar dos seus machucados.

   Gumball entrou na casa de Marshall, ele segurava uma pequena maleta, obviamente um quite médico, fez Marshall se sentar no chão e levantar a camisa para que o príncipe pudesse fazer curativos e passar pomada em seus machucados.

— Você é um idiota! – Disse Gumball passando as mãos quentes pelas costas do vampiro que automaticamente se arrepiou com aquele contato. – Você é tão imprudente.

— Cala boca rosinha! Eu disse sem sermões ou vou te jogar pela janela.

— Acha isso brincadeira? Sabe como eu fiquei preocupado quando te vi dentro daquele carro? – A expressão de Gumball demonstrava preocupação e tristeza. – Você por acaso pensou por um segundo se quer no que eu senti? Ou como eu me sentiria se você tivesse se machucado gravemente? E se tivesse machucado alguém?

   Marshall se deu conta de que aquela raiva que o outro sentia, não era pela destruição da parede do castelo ou da interrupção da reunião, mas raiva por ele ter o preocupado.

 – Me desculpe...

   Gumball ficou surpreso com o pedido de desculpas do vampiro. Ele suspirou e encostou de leve sua testa nas costas do outro, que permanecia virado de costas para ele.

— Me prometa que vai pensar, antes de fazer esse tipo de coisas.

— Pensar em você?

— É, pode ser. Desde que isso faça você ter um pouco de juízo.

   Marshall virou de frente para Gumball e aproximou seu rosto do outro.

— Você ficou preocupado comigo?

— Fiquei preocupado com meu prédio.

— Mentiroso. Hahaha.

— Claro que fiquei preocupad...

   Marshall se aproximou e encostou seus lábios no pescoço do príncipe que sentiu um calor percorrer seu corpo. O vampiro colocou lentamente as suas mãos em baixo da camisa de Gumball e a subiu delicadamente pelo peito do outro, fazendo seus dedos deslizar pela pele macia do príncipe. Os lábios de Marshall subiram do pescoço para a bochecha esquerda, da bochecha esquerda para a testa, desceram lentamente para o nariz, depois para a bochecha direita, para o queixo, até que finalmente se repousaram sobre os lábios de Gum. Beijando-lhe suavemente, fazendo a raiva e preocupação se dissiparem, fazendo o príncipe sentir eletricidade passar por seu corpo e o ar lhe faltar nos pulmões. Ele se sentiu bem.

—_____Continua________


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor!!!