Uma História que Renasce escrita por Caroline Bottura


Capítulo 6
Cap 6


Notas iniciais do capítulo

O ultimo do dia, espero que gostem.

Espero comentarios.

Aconselho a ler escutando a musica No se olvida - Franco de Vita e Soledad acho perfeita para eles.
Espero comentários.

bjs



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Otávio não podia acreditar no que estava ouvindo, Luiza perdeu uma filha, deles.

— O que disse Luiza, tivemos uma filha?

Luiza o olha com raiva. – Não Otávio, eu tive uma filha e ela nasceu morta, por tudo o que passei na gravidez por sua traição. – Nesse momento ela já estava soluçando, não se importava mais, queria tirar essa dor de dentro dela.

Ele não acreditava no que estava ouvindo, perdeu uma filha, fruto do amor dele e Luiza, ele olhou para aquela mulher que de longe não era mais a menina meiga e sonhadora que ele amou, era fria, amargurada e cheia de dor, por culpa dele.

Ele se aproximou dela, sabia que era terreno perigoso mais não se importou, a pegou pelos ombros virou para ele, a olhou nos olhos e falou tudo o que estava guardado a tanto tempo. – Luiza, eu não sabia. Juro que essa carta existiu, por isso fiz o que fiz, foi tudo armação de seu pai. – Ele tirou uma mão e colocou em seu rosto, ela fechou os olhos sentindo o toque dele, esquecendo de tudo e apenas ouvindo. – Nunca te esqueci, sempre esteve junto a mim, da minha alma, da minha pele. Nunca deixei de te amar, todas as noites desejei ter você ao meu lado, nesses 26 anos jamais deixei de te querer. – Ele estava tão próximo a ela, sentindo seu cheiro, sua pele entre suas mãos de novo, queria tomar ela nos braços e fazer dele novamente, se aproximou mais e iniciou um beijo, cheio de amor, paixão, saudades e principalmente de perdão.

Quando ela sentiu as mãos dele nela, se perdeu nas recordações, ouvia cada palavra com os olhos fechados e pediu que o tempo parasse agora, sentiu ele se aproximando, a respiração junto a dela, e ela aceitou o beijo de amor, paixão, saudades e sentia um pedido de perdão. Sentia que ia cair, até que sentiu as mãos dele na sua cintura a segurando junto a ele, ela colocou os braços ao redor do pescoço dele e aprofundou o beijo. Sabia que não podia se entregar assim a ele, mas não resistiu, o amava, o amava como antes se não for mais.

Era um beijo de 26 anos de espera, eles terminaram o beijo e encostaram suas testas uma na outra, Luiza olhou nos olhos dele e viu aquele mesmo amor de anos atrás, mas não podia se enganada de novo, não suportaria. Se afastou dele. – Não, não Otávio, isso acabou quando você me traiu, e se acha que vou acreditar nessa história de carta esta muito enganado, agora me leva embora ou vou andando sozinha.

Otávio sabia que Luzia não era só de fala, era de fazer então resolveu leva-la embora, mas não ia acabar por aqui, ele ia provar a ela que estava falando a verdade, não ia perde-la de novo. Conquistaria Luiza a todo custo, a amava e sabia que ela sentia o mesmo e fez essa promessa a si mesmo, eles iriam viver esse amor.

Eles entraram no carro e foram a caminho da casa dela sem dizerem nada, hoje já tinham chegado ao limite, chegando na mansão ele saiu do carro para abrir a porta mais ela já havia saído. Ele pegou as mãos dela e fez a promessa em voz alta, para ela. – Eu vou te provar que essa carta existiu, te prometo que vou recuperar você e enxugar suas lagrimas e ajudar a diminuir essa sua dor com meu amor, com muito amor. – Ele beijou uma das mãos dela, e ela apenas olhou para ele e entrou.

Quando Luiza entrou na mansão todos já estavam dormindo, era tarde. Ela foi para o quarto, precisava de um banho para relaxar, tudo isso era demais, ela tirou a roupa e entrou no chuveiro quente, deixou as lagrimas caírem sem nenhuma vergonha, precisa chorar para ficar bem amanha, lembrou do beijo, do toque e da promessa. O que ele queria dizer com aquilo, iria lutar por ela depois de tudo, ela não acreditava sobre a carta, mais ele parecia tão sincero, não Luiza, é mentira, esquece isso, as cartas já foram lançadas e agora o passado enterrado de vez.

Ela desligou o chuveiro colocou a camisola e se deitou, por incrível que pareça ela pegou logo no sono, estava esgotada.

Otávio chegou em casa e foi direto ao escritório, pegou a foto de Luiza na gaveta, e chorou, chorou feito um bebê, chorou pelas mentiras que os separaram, chorou pelas vezes que a amaldiçoou e chorou pela filha deles, a filha que ele nunca conheceu e jamais conheceria, sabendo que aquelas fotos foi fruto de uma armação e que a mesmas fizeram sua amada sofrer tanto que refletiu na filha deles. Mais ele iria cumprir a promessa que fez, apagaria a dor dela com o imenso amor que sentia e sabia que teria o apoio de Clara quando contasse tudo, mas isso seria mais para frente. Ele guardou a foto e subiu para o quarto, precisava dormir tudo isso acabou com ele.

Mansão Carbajal.

Luiza acordou melhor, como se tivesse tirado o peso de sua alma, mesmo sendo doloroso fez bem tirar tudo aquilo do peito. Ela se arrumou e desceu para tomar café, estava todos reunidos. – Bom dia. – Saudou a todos.

— Bom dia minha cunhada, tudo bem?. Ontem você chegou tarde.- Carlos queria saber se ela tinha feito o que ele pediu.

Luiza sorriu pra ele e respondeu. – Sim Carlos eu fiz o que pediu, sei que era isso que perguntava, alias ela volta hoje ao Haras, e cheguei tarde porque jantei com ela, satisfeito meu cunhado.

Carlos sorriu mais que satisfeito, e Victor puxou o assunto que queria. – Então quer dizer que a veterinária vai voltar?. Parabens tia estou orgulhoso da senhor por ter ido pedir desculpas. – Abriu um sorriso malandro.

Debora entrou na conversa. – Mais o que essa menina tem de tão especial que querem ela no Haras. – Débora não estava gostando da atenção que estava sendo dada a essa veterinária.

Victor prontamente respondeu, já que para ele o amor que tinha pela Débora era de irmão. – Minha irmãzinha, alem da menina mais linda que vi ainda não sei seus outros encantos.

Luiza, Carlos e Helena o olharam com reprovação, Victor era um homem com um coração de ouro, mais gostava de mulheres e sua mãe tratou de responder.- Meu filho, tire seu cavalinho da chuva, pelo pouco que conheci Clara ela não parece ser as meninas que esta acostumado.

— Não mesmo, Clara e segura de si, e não quero problemas no Haras, entendeu Victor?! – Luiza encerrou o assunto.  

Victor balançou a cabeça, agora que ele estava realmente curioso para conhecer melhor a Clara, hoje iria andar a cavalo no Haras.

Débora ficou incomodada, não ia deixar nenhuma veterináriazinha roubar o que é dela, nem conhece essa Clara e já a odeia.

Luiza e Carlos saíram para ir trabalhar, e Helena que não era boba nem nada sabia que aconteceu algo com a irmã ontem e disse que passaria no Haras a tarde, Victor saiu para encontrar alguns amigos do hospital, e Débora foi encontrar umas amigas para fazer o que ela mais sabia, nada.

Haras.

Chegando Luiza já se deu conta que Clara já tinha chegado, sentiu uma vontade inexplicável de falar com ela, depois de ontem precisava ficar perto dela.

A encontrou acariciando Trovão, era impressionante o cavalo não aceitava a mão de ninguém só as de Luiza, e vendo ele tão calmo junto com Clara era de se espantar.

Luiza se aproximou e a tirou dos pensamentos. – Bom dia Clara. È espantoso vê ele tão carinhoso com você.

Clara sorriu. – Bom dia, na verdade ele é bonzinho, é que o amor é algo que passa para os outros e ele sabe o quanto amo eles.

— Já levou o Pep para a ultima prova? – Perguntou Luiza.

—  Não, na verdade ia agora. Preciso de algo para força-lo e estou pensando em como.- Falou Clara com cautela, pensando em como forçar o cavalo sem machuca-lo.

Adivinhando os pensamentos dela, Luiza fez a proposta. – Posso te acompanhar na cavalgada, tem uma pequena montanha dentro do Haras, acho que isso seria bom para vê como ele esta, o que acha, aceita minha companhia?.- Ela foi retribuída por um sorriso lindo de Clara.

— Claro que aceito, vamos?

Assim saíram juntas, Clara no Pep e Luiza no Trovão, foram em direção a montanha, quem as vissem e não as conhecessem jurava que eram mãe e filha, de tão parecidas que estavam em cima dos cavalos. Mesmo porte, mesmo olhar e radiavam delas o amor que sentiam por  tudo aquilo. As duas eram de uma beleza inexplicável, os olhos verdes mel, o sorriso encantador e a bondade no coração. Realmente se pareciam bastante. 

Empresa Belmonte.

Otávio havia chegado cedo na empresa, tinha bastante trabalho para terminar, estava analisando alguns processos quando sua secretária entra atrás de uma senhora dizendo que ela não poderia entrar desse jeito, mais quando ele percebe quem é a pessoa sabia que esse dia iria ser cheio.

— Raquel. – Pronuncia o nome de sua ex esposa não com surpresa mais sim com desprezo.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Meninas eu tentei colocar uma foto no cap mais não consegui, se alguém puder me explicar como faz agradeço...

bjs.