Uma História que Renasce escrita por Caroline Bottura


Capítulo 4
Cap 3


Notas iniciais do capítulo

OI meninas, desculpe a demora...mais um cap para vcs...

Obrigada pelos comentarios.

Acho que hoje sai outro.

bjs...



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Cap 4

Otávio prestou atenção naquela mulher que estava de costas, a intenção dele era perguntar onde era os estábulos, mas quando ela se virou não teve a menor duvida de quem era, podia passar séculos mas aqueles olhos ele jamais esqueceria, estava cravado, tatuado no coração e na alma dele. Sem a menor duvida era Luiza diante dele. E o tempo apenas a favoreceu, estava linda... linda não, perfeita.

Luiza tinha certeza que parou de respirar, reconheceria aquela voz e ele em qualquer lugar, ficou imóvel, apenas seus olhares se cruzando. Deus porque estava se sentindo assim, sempre jurou para si mesma que se um dia o encontrasse gritaria o quanto o odiava, mas simplesmente não conseguiu fazer e dizer nada, até que ouviu a voz dele a chamando, como se perguntando se era realmente ela.

— Luiza?

Ela tinha que se recompor, e mostrar que aquele encontro não havia mexido com ela, mas como fingir algo que estava tão evidente, respirou e respondeu.

— Otávio, quanto tempo.- Queria ter forças para dizer tudo que estava dentro da sua alma, reclamar tudo o que ele lhe causou, toda a dor, mas não conseguiria, não hoje, porque tinha certeza que iria encontra-lo de novo, so não sabia o porque dessa certeza toda.

Ela continuava a mesma, de aparência, com a mesma beleza, mas ele viu que por dentro ela tinha mudado, a voz dela mostrou isso.

— Sim Luiza, muito tempo. Vejo que seguiu os passos de seu pai. Parabéns.

Quando ia responder Clara apareceu interrompendo esse encontro, e Luiza não poderia ser mais grata a ela nesse momento, pois se isso continuasse não saberia se iria conseguir, estava esgotada emocionalmente.

— Oi papai, vejo que conheceu a senhora Luiza, ela é a dona do Haras. – Disse Clara se colocando ao lado do papai.

Otávio pensou em como a filha estava enganada, mas ela não precisava saber o que houve com eles no passado. – Sim filha a conheci, já podemos ir?

— Claro. – Clara dirigiu sua atenção a Luiza. – Boa noite senhora ate amanha.

— Boa noite Clara, até amanha. – Ela tirou as ultimas forças dela para responder a esse cumprimento.

Otávio a olhou bem no fundo de seus olhos e também se despediu. – Boa noite...Senhora Carbajal.

Eu apenas consegui dar um pequeno aceno, e vi eles se afastarem, graças a Deus tinha um banco ao seu lado e ela se sentou nele, pois se não tivesse ali ela cairia ao chão. Não conseguia mais ficar em pé, isso foi demais, revê-lo depois desses anos todos.

 Ela tinha certeza que se um dia o visse de novo, sentiria ódio, rancor e tacaria tudo o passou na cara dele, mas não, ela sentiu que seu coração fosse sair pela boca, aquele amor guardado a sete chaves veio a tona. Ela se recompôs e foi para casa.

Otávio seguia calado todo o trajeto ate sua casa, não podia crer que a viu, ela continuava linda, aquele sentimento voltou com força para ele, apenas uma prova que esse amor nunca havia morrido. A única coisa que ele queria fazer era toma-la em seus braços e beija-la, mas não podia, seu orgulho estava ferido, ela o deixou por ser pobre. Mas como trancar esse amor de novo com ela tão perto?

Chagando em casa, Clara havia percebido o silencio do pai. – Papai, veio tão calado o caminho todo, esta tudo bem?

Otávio olha para filha, e tenta responder da melhor forma possível. – Tudo filha...estou so cansado. Vou para o quarto, se importa de jantar sem mim?

Clara lhe da um sorrido. – Claro que não papai, na verdade vou comer um lanche no quarto, também estou cansada.- Clara da um beijo e sobe para quarto.

Otávio se serve de um wisk. – Ahh Luiza, porque voltou? – Toma a bebida em apenas um gole, e sobe para o quarto.

Mansão Carbajal.

Luiza chega em casa, estão todos a mesa, ela apenas cumprimenta e sobe sem ao menos esperar a resposta, Helena que conhece a irmã como a palma da mão subiu atrás dela.

Chegando ao quarto Luiza coloca a bolsa na poltrona e vai para a janela ve se consegue um pouco de ar, desde que o viu não consegue respirar direito, quando escuta baterem na porta, não era necessário perguntar quem era, sabia que era a irmã e agradeceu a Deus por ela a conhecer tão bem, pediu para entrar, assim que viu Helena no quarto, correu para ela a abraçou e chorou, chorou como naquela noite em que descobriu a traição de Otávio.

Helena apenas afagou a irmã, e deixou que chorasse, ate se acalmar, olhou nos olhos dela e viu aquele amor de tantos anos atrás, e já sabia o que tinha acontecido, deu um sorriso, e mesmo assim perguntou. – O que aconteceu Luiza? .

Luiza saiu dos braços da irmã, e sentou na cama, trazendo ela junto. – Helena, eu o vi, Otávio estava na minha frente agora a pouco, foi buscar a Clara no Haras, sabia que e a filha dele trabalhando lá não ia dar certo. – Nesse momento Luiza estava andando pelo quarto.

Helena a olhou e perguntou. – Luiza o que você sentiu ao ver Otávio?

Luiza olhou para a irmã, e pensou em negar todos esses sentimentos, mas sabia que seria inútil, não podia mentir para Helena, mas teve a certeza que ela seria a única a saber a verdade.- Não posso mentir para você, senti como se fosse perder o fôlego, minhas pernas quase me traíram e aquele amor tão bem guardado saltou pra fora de mim. Ve-lo ali na minha frente depois de tantos anos só serviu pra mim recordar bons e maus momentos e pra ter certeza de que ainda o amo com todas as forças. – Finalizou olhando para a irmã, com as lagrimas rolando por sua face, ela recebeu o olhar e sorriso carinhoso de Helena.

— E agora, o que pensa em fazer?. Perguntou Helena.

Luiza a olhou com os olhos determinados, nem parecia aquela mulher frágil que tinha chorado agora ali na sua frente, e respondeu. – Nada, trancar esse sentimento novamente, tratar profissionalmente a filha dele...alem de profissionalmente ser o mais distante dela possível...e ele vai continuar no meu passado, enterrado com a minha filha. – Luiza deu um passo abraçou a irmã, e agradeceu por tudo e pediu sigilo em tudo isso, sabia que podia confiar cegamente nela.

Depois da conversa Helena se retirou, Luiza tomou um banho e foi dormir, estava cansada mentalmente e principalmente emocionalmente.

Mansão Belmonte.

Otávio não havia conseguido dormir nada essa noite, e teria que ir ao escritório hoje sem falta, empurrou os pensamentos de Luiza para o fundo de sua mente, e jurou que esse sentimento não iria derruba-lo, não novamente, desceu para tomar café e sua filha já estava a mesa.

— Bom dia papai, dormiu bem? – Perguntou Clara, sabendo que a resposta seria não so de olhar para ele.

— Bom dia, não muito, mas tenho que ir para o escritório. – Disse se servindo de uma xícara de café.

Terminaram de tomar café, e saíram juntos, Clara foi para o Haras com o carro do pai e ele foi para a empresa com o motorista.

Haras.

Luiza havia chego cedo ao Haras, não conseguia ficar mais na cama, precisava trabalhar, seu sobrinho disse que viria almoçar com ela, era umas 11:30 e ela aproveitou que faltava meia hora para Victor chegar e foi dar uma volta nos estábulos ver como estavam as coisas.

Quando ela chega perto do estábulo do cavalo dela ve que o portão estava aberto, ela verifica se o cavalo esta lá e quando o vê sai furiosa atrás de Clara, e a encontra perto do escritório do Carlos, em tom grosso e imponente pede que ela a acompanhe ao seu escritório, chegando la ela fecha a porta e sem perguntar já vai acusando. – Clara você deixou o portão aberto do estábulo do meu cavalo, se ele foge se machuca ou machuca alguém. Foi muita irresponsabilidade sua. – Terminou Luiza em um tom mais alto.

Clara ficou surpresa com a atitude da chefe, e foi se defender, mais Luiza não estava nem um pouco afim de escuta-la, e a cortou antes dela fala. – Senho...

— Não quero suas desculpas... isso não deve acontecer, você é nova acha que isso não é importante, mostra a sua falta de profissionalismo.- Luiza já estava gritando, ela só não sabia se era por causa do portão ou se na realidade era para descontar nela por ter se encontrado com Otávio. Na verdade ela sabia que a segunda opção era a correta.

Clara a olhou nos olhos, desafiando-a. – A senhora tira suas conclusões e nem pergunta, já vai acusando. – Dessa vez foi Clara que não deixou ela fala e continuou. – Qual seu problema comigo senhora?. Desde que cheguei aqui vejo que me trata com indiferença, e não me diga que é como trata os funcionários porque não é, já vi a senhora com os outros e os trata muito bem, o problema sou eu e quero saber o porque. – Finaliza Clara com a mesma personalidade de Luiza.

Luiza ficou sem reação, apenas achou ela muito parecida com ela mesma quando tinha a idade de Clara, a mesma determinação, a mesma vontade de confrontar e não levar desaforo para casa. Não sabia o porque mais viu a si mesma nos olhos da filha de Otávio. E respirou para responder. – Não tenho nada contra você, só quero que tenha mais atenção senão não vou poder confiar em você com os cavalos.

Clara revidou sem titubear. – Muito bem senhora, então como não confia em mim eu vou embora, não adianta ficar aqui sendo que não tenho sua confiança... – Chegando próximo a mesa de Luiza e ficando perto dela da seu xeque final. – Eu me demito, como trabalhei apenas um dia não temos nada a certar, volto outro dia para pegar minha carteira. – Saindo depressa sem querer esbarrou em uma pessoa, sem ao menos a olhar ela pediu desculpas e se dirigiu para o seu consultório pegar suas coisas.

Victor tinha chegado ao Haras e estava perto da sala de sua tia quando esbarrou em uma moça que não o tinha visto, mas a viu muito bem, teve certeza que era a mulher mais linda que já tinha visto. Ficou olhando para onde a moça tinha ido, senão tivesse horário cm sua tia iria atrás dela, mas sabia que Luiza Carbajal odiava atrasos e foi para a sala dela.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero comentarios...bjs



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