A Herdeira do Infinito escrita por Cabeça de Alga


Capítulo 12
Luis


Notas iniciais do capítulo

A partir deste capítulo vou começar a separar alguns pontos de vista dos outros dois personagens, então começara a partir da manha do segundo dia em que Clarisse apareceu, não seguira o tempo do capítulo anterior, os tempos se encontrarão, mas isso sera depois.



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Acordei ás seis da manhã, não conseguia dormir mais que isso, sempre tentei, mas nunca deu certo. Meu quarto estava uma bagunça, tinha que arrumar, Cristian tinha marcado para vir aqui em casa hoje, ele falou que chegaria ás oito, então teria que começar cedo, pois não era apenas o quarto, mas a casa inteira. Fui ao banheiro escovei meus dentes e vesti uma roupa. Espero que Clarisse não fique com raiva de mim, tinha contado para o Cristian que ela gostava dele.

Fui para a cozinha preparei meu café da manhã e depois fui começar minha limpeza, comecei pelo banheiro, lavei ele de canto a canto, depois fui para os quartos, que eram três ( Lembrete: para que três quartos sendo que apenas uma pessoa mora no apartamento ), tirei tudo do lugar e limpei, quando deu dez e meia acabei nos quartos, então fui para o corredor, varri toda a sujeita para a sala, onde tinha a cesta de lixo, joguei tudo la dentro e fui limpar a cozinha e a copa, depois de tudo varrido, fui passar o pano ( Cruzes, tinha que me lembrar de contratar uma empregada ), eram duas horas da tarde quando eu finalmente acabei, agora era o almoço. Liguei para um restaurante próximo e pedi para que trouxessem para mim, estava muito cansado, não ia para a cozinha fazer comida e sujar mais coisa ainda. Meia hora depois ele chegou, fui para a copa e finalmente almocei, depois de tudo terminado Cristian me liga.    

 

— Oi – Disse.

— Luis, acabei de conversar com a Clarissa, vou sair de casa agora e vou passar em uma locadora e no supermercado e depois vou para ai.        

— Tenta chegar aqui até umas sete e meia, nem antes e nem depois , agora eu vou ir conversar com meu pai sobre o como iremos reivindicar o nosso clã – Meu pai já estava ciente de que Clarissa tinha nos prometido o clã de volta, agora apenas bastava saber como iriamos agir com aqueles traidores.

— Ta bem – Disse ele meio preocupado – Queria ter alguém de minha família aqui para conversar comigo sobre isso também – Disse ele meio triste.

— Eu sou sua família, pode falar comigo o que quiser, você sabe disso – Senti ele suspirar do outro lado da linha.

— Sim eu sei disso, mas o que eu quis dizer foi que eu queria ter alguém de meu clã, para podermos conversar sobre a tomada, entendeu ? .

— Sim eu intendi, olha eu vou ter que desligar agora, tenho que tomar banho para poder sair, meu pai já deve estar louco, era para mim estar lá desde três horas e já são três e dez.

— Ta bom, até a noite – Disse ele – Te amo.

— Também te amo.

 

Corri para o banheiro para tomar meu banho, depois de tomado me arrumei, já que iria ver meu pai, vesti uma calça jeans preta e uma blusa branca, tudo meio simples, ele odiava isso, e por isso eu amava, calcei meu tênis e fui para a garagem, o motorista tinha sido dispensado do serviço, então eu teria que dirigir. Liguei o carro e sai, fui direto para o apartamento do meu pai. Algo estava me incomodando, era como se meu peito estivesse apertado, parecia que algo de ruim iria acontecer, logo me veio na cabeça o Cristian, não sabia bem o que era mais seja la o que fosse não era bom. Como meu pai tinha direito a apenas uma vaga de estacionamento eu parei o carro em uma esquina do apartamento, fui para a portaria e disse ao porteiro que meu pai estava me esperando, ele ligou para ele e depois me autorizou a subir. O apartamento onde meu pai morava era bem maior que o meu, o meu ficava no decimo oitavo andar, já o dele ficava na cobertura e ocupava dois andares, o vigésimo quinto e o vigésimo sexto, só a sala era o meu apê todo, tinha uma televisão LCD de cinquenta e duas polegadas, um sofá feito de linho cinza, fabricado na Itália, um lustre de cristais no teto, e uma porta de vidro na parte inferior que dava para uma piscina particular.

 

— Pai – Gritei da porta, ele não gostava que entrássemos assim, sem pedir – Posso entrar – Ele veio todo carrancudo e fez sinal com a mão para que entrasse, sentamos na sala, ele em uma cadeira do mesmo material do sofá de um lado e eu do outro – Pai, você já decidiu o que iremos fazer ? .

— Eu ?! – Ele disse ironicamente – Não serei eu quem ira retomar aquele clã falido, não sairei da terra, não serei mais submisso a clã algum, se você quiser você que pegue a liderança daquele clã – Fiquei até assustado, eu não poderia tomar a liderança de um clã, de acordo com as normas, duas pessoas que sejam herdeiras de um clã não podem permanecer juntas, já que Cristian é um herdeiro, eu não poderia herdar aquele clã.

— Pai o senhor não esta intendendo, eu não posso assumir a liderança daquele clã.

— É eu sei, mas do mesmo jeito meu filho, você sabe que quando todos foram contra vocês dois eu fui a favor, por que eu te amo mais que tudo, se você esta feliz eu também estou. Mas eu não voltarei, mesmo se voltasse eu irei morrer logo, não tenho como ter mais filho algum, você é meu único filho e sabe disso, de qualquer jeito não poderia ficar com Cristian por muito tempo – Por mais que eu queria acreditar que poderia ficar com Cristian para o resto de nossas vidas, eu sabia que meu pai estava certo, mesmo se ele fosse seria por pouco tempo, ele já esta nos seus últimos dias de vida.

— Esse que é o problema, por que o senhor nunca teve outros filhos ?– Meu pai me olhou com angustia e sofrimento.

— Meu filho, acho que já esta na hora de te contar essa história – Meu pai falou como se aquilo doesse demais para ele – Eu tive outros três filhos antes de você nascer, o nome deles eram Erick, Leiton e Kateryne, eles sempre foram meus orgulhos, Kateryne era a mais nova, meu pequeno tesouro, Erick era o meu guerreiro e herdeiro, Leiton era igual a você, amava a todos, tinha um ótimo coração, ajudava a todos que precisavam, nunca deixou as pessoas de que gostava e de até aquelas que não gostava passar dificuldades, eles foram assassinados pelos seus primos, Jeck e Vilma, eles queriam a liderança do clã, então começaram por Erick, ele tinha apenas dez anos, o envenenaram, ele sofreu vinte dias para depois morrer jogando sangue para fora. Depois veio Leiton, meu pequenino, meu coração bondoso, ele tinha sete, sofreu durante quinze dias para depois morrer, do mesmo jeito que o irmão, eu é sua mãe escondemos Kateryne, pois descobrimos que estavam sendo envenenados, a mandamos para o Solar Estelar, que era do clã Cronarius, a rainha ainda era viva, ela foi para la com cinco anos de idade, mas era tarde demais. Ela já chegou lá doente, a Rainha a levou para os curandeiros que tinha em seu palacio, eu e sua mãe fomos para ver ela, mas ela não nod deixou ver nossa filha, disse que ela precisava do máximo de privacidade o possível, e que também corria o risco de ela pegar alguma doença a mais caso entremos, pois sua imunidade estava muito baixa. Não tínhamos nada para fazer lá além disso, então voltamos para casa, oito dias se passaram quando decidimos ir ver se ela tinha melhorado, mas antes mesmo que saíssemos uma mensagem chegou até nós, nela dizia que Kateryne tinha falecido pela noite, dizia que as causas tinham sido por envenenamento por Catufalas, uma flor venenosa nas áreas de Floresta Baixa, onde seus primos tinham sua base, não tínhamos provas contra eles então o que pudemos fazer foi ignorar eles. Anos depois sua mãe ficou grávida de você, nós o mantemos em segredo, muitos me perguntavam se sua mãe estava doente, depois de nove meses você veio ao mundo, mas isso custou a vida de sua mãe, que já estava velha para isso. Falei para todos que ela tinha ficado doente e que tinha falecido, o mantive escondido até que tivesse sete anos, foi quando os líderes do clã Crepitas foi me visitar, eram nosso amigos por décadas, então acabei por dizer a eles a verdade de tudo, foi ai que você conheceu Cristian, filho único deles, se não me engano ele tinha seis ou sete anos, dai em diante vocês só ficaram cada vez mais próximos, até que todos te descobriram, o que enfureceu os nossos primos, eles não esperavam por isso, pediram várias vezes para ir ver você, mas sempre recusava os convites, nunca te deixava sair sem uma escolta pessoal e confiável, Cristian sempre estava lá, nunca te deixou sozinho, ele dizia que poderia tentar alguma coisa contra você caso não estivesse lá para te proteger, sempre gostei dele, sempre o tratei como filho e para mim ele era meu segundo filho, Lucio e Veronica estavam preocupados com o convívio de vocês dois, quando você tinha quinze anos e ele dezessete é que soube que vocês estavam juntos, vocês ainda pensavam que ninguém sabia, mas eu sabia, peguei vocês dois se beijando no seu quarto em uma noite em que ele foi dormir lá em casa. Desde então eu já sabia, não contei para ninguém até hoje claro, mas depois que vocês dois decidiram assumir o namoro de vocês, não me restou nada a ficar a favor de vocês, dai do resto você já sabe. Não quero voltar para aquele lugar por isso, ele é amaldiçoado, não é um lugar de uma família verdadeira se viver, perdi todos que amava, e quase te perdi também. Dei graças a Deus quando nos baniram de lá, por isso nunca fiz questão de voltar e reivindicar me lugar – Isso realmente tinha uma surpresa para mim, meu pai nunca foi disso, nunca expressou suas emoções desse jeito, ele sempre meio que me desprezava, sempre achei que ele me culpava por ter sido expulso comigo, meus olhos começaram a lacrimejar, não iria conseguir segurar mais, me levantei fui até ele e o abracei, ai veio tudo de uma vez só, a felicidade por ter meu pai, por ter um pai, que me amava, o soluço veio junto com o choro, meu pai retribuiu o abraço e foi o melhor de toda a minha vida, ele chorou junto comigo o que me emocionou ainda mais, ele nunca chorou por nada – Eu.. eu.. te amo meu filho – Essa foi a melhor coisa que já ouvi em toda a minha vida, mesmo que já tenha ouvido antes, mas essa veio especial, veio dele.

— Eu também te amo pai – Disse pela primeira vez – Sempre o tive como meu herói e minha expiração, mesmo que as vezes me tratasse mal, mas sempre te amei, sempre – Com isso meu pai me abraçou ainda mais forte, não queria que esse momento acabasse, nunca.

— Meu filho, você é tudo em minha vida, a única coisa que sobrou de sua mãe – De repente o celular tocou para estragar aquele momento. Me afastei do meu pai e peguei o celular, na tela mostrava o número com a foto de Cristian, oito chamadas perdidas, mas nem eram sete horas ainda, por que ele estava me ligando aquela hora ? , foi ai que eu me lembrei daquela sensação ruim de mais cedo, meu coração deu um salto – O que foi Luis ?– Perguntou meu pai preocupado.

— Cristian me ligou oito vezes – Liguei para ele, chamou até ir para a caixa postal, liguei de novo e nada, liguei mais uma terceira vez e ele não atendeu – Pai ele não esta atendendo.

— Calma ele deve estar fazendo alguma coisa – Disse meu pai tentando me despreocupar, mas meu coração dizia que algo tinha acontecido.

— Mas e se aconteceu algo a Clarisse e ele a tentou proteger e se os dois estiverem machucados e sofrendo, e se Victor Reivel descumpriu sua palavra e veio atrás de Clarisse – Liguei de novo e novamente foi para a caixa postal, deixei um recado para que se ele visse aquilo me ligasse na mesma hora – Vou para a casa dele.

— Não – Disse meu pai alarmado – Se realmente aconteceu algo é lá que estarão esperando por você, não, não irei te perder também, daqui você não sai até que tenhamos notícias novas, entendeu ?– Meu pai estava realmente com medo de me perder, isso teria me emocionado se não fosse pelo meu desespero em ir até Cristian e Clarisse.

— Sinto muito mais eu irei e o senhor não me impedira – Ele olhou bem em meus olhos e disse.

— Tudo bem você pode ir – Disse ele finalmente – Mas eu vou junto.

— Pai é melhor n…

— Não me diga o que fazer ou deixar de fazer garoto, ainda sou seu pai e você me deve obediencia, então ou me aceita ir junto com você ou fica aqui – Ele realmente parecia designado a não me deixar ir sozinho, então não pude fazer nada além de deixar ele ir.

— Tudo bem você pode vir, mas caso alguma coisa der errado o senhor volta para cá e se tranque aqui entendeu ?– Meu pai me olhou com um sorriso travesso no rosto.

— Olha que esta virando o dono da casa agora, essa fala é minha – Isso até poderia ter arrancado um sorriso do meu rosto, se não fosse pelo fato do Cristian não atender. Fomos para o elevador e apertamos o botão da garagem.

— Vou no meu carro – Disse apertando o botão do saguão.

— Então vou com você – Ele realmente queria ir junto comigo, não falei nada apenas deixei ele vir, quando cheguei no carro que entrei meu celular toca e na tela esta o número de Cristian, aquilo foi um alívio para o meu coração, apertei rápido o botão para que a chamada não caísse.

— Alô!, Cristian graças a Deus como estava preocupado, o que houve ?– Ele não disse nada dava apenas para ouvir a respiração ofegante do outro lado da linha – Cristian você esta bem ? .

— Luis – Disse ele com a voz doida – A Clarisse surtou, ela destruiu todo o apartamento e uma quadra inteira, deve ter mais de mil pessoas mortas aqui, ela...ela sucumbiu as trevas – Aquilo acabou com o alívio do meu coração, sabia que ela tinha herdado o poder de Prometheus, e que isso poderia acabar acontecendo, mas pensamos que poderiamos contornar isso, isolar esse poder maldido, mas pelo visto falhamos.

— Estou indo para ai, não saia de onde você esta, entendeu ? , já estou chegando.

— Acho melhor você não vir – Disse ele com medo – Ela esta com muita raiva de você, quer matar a nos dois.

— Cristian lembresse não é ela que esta ali é Prometheus, e não eu não vou abandonar você, se ela quiser matar alguém vai matar nós dois juntos, agora me diga onde você esta – Depois que Cristian me falou onde estava eu desliguei o celular e arranquei com o carro em velocidade máxima.

— O que houve filho ?– Levei um susto que case bati o carro, tinha me esquecido que meu pai estava ali.

— Clarisse, as trevas subiu a sua cabeça e agora ela quer matar a mim e ao Cristian.

— E você esta indo diretamente para ela ? .

— Sim estou, se ela tentar alguma coisa contra Cristian eu a mato.

— Mas ela é sua melhor amiga – Olhei para meu pai, que estava realmente alarmado.

— Não pai, aquilo não é a Clarisse, aquilo é o corpo da Clarisse possuído.


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