Lydia Martin

Quando a aula chegou ao fim as garotas me colocaram novamente na parede fazendo-me prometer que estaria no loft ainda hoje, no fim das contas acabei prometendo para que me deixassem em paz, mas ainda assim não sabia se cumpriria. Não estava muito afim de me trancar naquele lugar junto com Peter e Derek.

Estava no meu quarto olhando para o nada quando ouço o barulho da porta sendo aberta, fazendo-me sair do transe. Minha mãe sorriu por um segundo, e eu estranhei a atitude, ela andou até mim, sentando-se aos pés da cama.

— Vai sair hoje? – perguntou.

— Eu não sei – respondi. – Porque?

— Filha, eu nem sei como dizer isso. – ela lançou uma risada abafada mexendo nos cabelos.

Eu e minha mãe não tínhamos a melhor relação do mundo pelo fato de ela nunca parar em casa, mas também nos preocupávamos uma com a outra, e aquilo era algo preocupante.

— É só ... falar.

— Lydia, o seu pai, ele está ... – arregalei os olhos. – Voltando.

Quando eu disse que minha relação com minha mãe não era a melhor do mundo era porque havia esquecido de mencionar minha relação com meu pai. Não o suportava, pelo fato de que depois que ele casou procura saber de mim uma vez por ano.

E de repente a proposta de Malia e Kira me pareceu algo totalmente aceitável.

— Eu sinto muito, mas não vou ficar para o jantar. – falei, já me levantando da cama.

— Onde vai, Lydia?

— Passar alguns dias na casa de Malia Hale – falei. – Ela precisa de mim.

Em questão de segundos a minha mala, com apenas algumas coisas, estava pronta. O loft não ficava longe, se faltasse algo eu voltaria para pegar. Minha mãe apenas analisava a situação e eu sabia que não me julgaria por estar fugindo dele.

— Ele vai ficar por aqui? – perguntei.

— Não, por perto  – disse e eu assenti. – Mantenha contato, Lydia.

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Abri a porta do loft com certa dificuldade, já que a mala pesada estava em minha outra mão. Eu não sei porque, mas imaginei que outra pessoa estivesse facilitando o processo do outro lado, já que a mesma se tornou leve em questão de segundos.

— Você. – disse secamente encarando a figura que desviou o olhar rapidamente.

— Eu.