The flowers escrita por Katherine


Capítulo 19
Capitulo 19




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Lydia Martin

— Eu quero um chá revelação! – Stiles bateu o pé, mais uma vez, me fazendo rolar os olhos enquanto analisava meu reflexo no espelho – Para de se admirar, e fala comigo.

Meus olhos estavam presos na barriga que já dava alguns sinais de volume para fora do meu corpo normal. O medico havia sido extremamente claro em suas restrições, eu estava proibida de fazer qualquer tipo de coisa que me submetesse muitas emoções – para a minha tristeza e de Peter – Isso incluía ir a aula. Estava muito atrasada com o acompanhamento do bebê, e não era um bom dia para começar, já que ele não conseguiu ver o sexo da pequena criança que não estava muito afim de se mexer, já com seus quase três meses. A noticia logo se espalhou, e obviamente meus amigos correram para me mimar – ou fazer minha proteção, como eu preferia chamar.

— Deixa ela, amor – Malia abraçou o namorado, com os olhos presos em mim.

— Eu quero um chá revelação! – repetiu – O bebê merece isso.

Rolei os olhos.

— E convidaremos quem, Stiles? – perguntei ironicamente – Os inúmeros amigos de Peter?

— Os seus, já é o suficiente.

Neguei.

— Não!

Abaixei a minha blusa, caminhando em direção ao sofá de cor escura.

— Você ouviu, moleque – Peter se aproximou, com a voz grave – E se a Lydia disse, você não vai fazer, não é?

O menor sorriu desajeitado, fazendo com que eu e Malia também ríssemos.

— Claro que não, sogrinho – debochou, recebendo uma carranca como resposta.

Peter aproximou-se de mim, sentando ao meu lado.

— Como se sente? – perguntou.

— Com sono.

Ele abriu os braços para que eu pudesse me alojar melhor e descansar o tempo que fosse preciso.

Quando acordei, o sol havia dado lugar a lua, e já se passava das dez horas da noite. Ótimo, uma noite mal dormida era tudo o que eu precisava para as minhas olheiras. Estranhamente eu estava no quarto de Peter – também meu – sem ele. Fiquei o máximo de tempo possível na cama, enrolando até que me desse vontade o suficiente para levantar dali. Mas, ao que me parece, ela nunca veio, deixando-me cair na escuridão novamente.

Meus pés tocaram o chão gelado do quarto, e eu nem me importei em calçar uma sandália. Apenas queria encontrar alguém do Loft para que pudesse me tirar do imenso tedio em que eu me encontrava. No corredor, não havia nem se quer um maldito lobisomem, e muito menos a coiote que prometeu não sair do meu lado. A ultima deveria estar com o namorado, enquanto os dois estariam resolvendo algo serio que achavam que eu não deveria me envolver por milhares de motivos envolvidos com proteção. A luz baixa na parte de baixo não era nenhum pouco agradável, aquilo tudo parecia mais com um filme de terror.

Rolei os olhos, rindo brevemente.

Eu precisava de agua.

Obedecendo os meus comandos, caminhei até a cozinha, enchendo um copo com o liquido transparente, e o tomando rapidamente, ao sentir o frio percorrer por toda a minha espinha. Antes mesmo que o vidro pousasse sob o mármore da pia, meus pés traçaram corrida de volta ao quarto.

— Está com pressa? – uma voz conhecida perguntou.

Me virei para a mesma, deparando-me com Jackson de braços cruzados e me olhando intensamente.  

— O quê está fazendo aqui? – exigi saber, não demonstrando o meu apavoro.

— Acho que temos outras pautas em questão, querida – sorriu ameaçadoramente.

— Vai embora, Jackson – grunhi – Se alguém pegar você aqui, considere-se um homem morto.

— Sei que não deixaria nada de ruim acontecer comigo, amor – franziu o cenho – Porque, você ainda me ama, e sempre vai amar.

Minha resposta foi uma gargalhada alta e confiante.

— Mesmo? Sei que a sua audição é boa. Escute essas batidas de coração que não são do meu, e nem do seu. Quer dizer, boa parte é minha. Mas, você? Não tem espaço na minha vida.

— Por que? – se aproximou – Porque transformei a sua vida em um pesadelo, é? Sente magoas, Lydia?

Caminhei, dando passos para trás, para que ele não me encostasse de forma alguma.

— Lydia?

Minhas mãos tocaram o ferro que envolvia a escada, para que não corresse nenhum risco de cair.

— Vai embora! – choraminguei.

— Lydia?

— Não precisa correr, meu amor – disse deixando com que as escamas do mostro repugnante viessem a tona.

Aquilo me deu uma vontade enorme de vomitar.

— Me deixa em paz! – fechei os olhos com força.

— Lydia?

Me desequilibrei ao tentar correr, caindo diretamente no chão, mas nada parecido. Senti as minhas costas em um lugar macio, abri meus olhos assustados e carregados de lagrimas encontrando Peter ao meu lado, com uma cara não muito boa. Suspirei aliviada. Pesadelos.

— Desculpa – sussurrei, me agarrando mais a ele, não desejando sair dali tão cedo.

— Não peça desculpa – ele me aninhou em seu abraço – Estou te chamando a tempos.

Dei de ombros.

— Foi um sonho ruim – sussurrei sem coragem para encara-lo.

Nunca poderia contar o motivo do meu pesadelo sem que no dia seguinte amanhecesse com a noticia que Jackson foi morto. Peter tinha motivos o suficiente para isso.

— Quer me contar? – perguntou.

— Não – respondi – Esquece isso, por favor.

Ele assentiu.

Afagando os meus cabelos, que eu tinha certeza de que era o que ele mais amava em mim.


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