Conflitos de Ian O'Shea - Continuação. escrita por Danny A Silva
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Nós enterramos Callie, no dia em que ela morreu, Peg foi ao enterro e no discurso que fez para Callie disse que a perdoava e até a entendia, uma vez que ela era humana e nós somos falhos.
Agora aqui estou eu, com a pequena Callie nos braços, por mais que olhasse para esta pequena menina eu não via nenhuma semelhança entre ela e a mãe.
— Ian? - Eu levanto os olhos e vejo Peg a porta.
— Oi Peg.
— Posso falar com você? - Ela parecia diferente, como Kyle havia reparado.
— Claro. - Ela sentou cautelosamente ao meu lado.
— Ela é igualzinha a você. - Peg estava com um sorriso triste no rosto.
— Peg, o que houve?
— Eu só me sinto mal por essa criança. Perder a mãe... - Ela deixou as palavras morrerem.
— Você se lembra do que a Callie falou antes de morrer? - Digo, mesmo sabendo a resposta.
— Lembro.
— Essa pequena aqui é sua filha Peg. Eu nunca escolheria outra pessoa para ser mãe dela. - Eu esperei que ela disse algo, mas ela não disse. Então continuei - Eu te amo Peg. Eu nunca estive casado com a Callie, sempre quis você, e só você.
— Eu também te amo Ian. - Ela parou um momento e olhou para Callie. - Posso segurá-la?
— Sim. - Eu passei a menina para ela.
— Ela parece um anjo. - Peg sorriu. - Será que ela vai gostar do irmão ou irmã dela?
Eu fiquei paralisado por um instante, tentando assimilar o que ela tinha dito.
— Peg você está... Está grávida?
— Sim, Doc me disse que estou com três meses de gestação. Você vai ser pai de novo Ian.
Eu não sabia o que dizer então apenas a beijei, entrelaçando a mão nos cabelos dela, sentia tanta falta disso.
— Eu senti tanto a sua falta.
— Eu também. - Ela falou. E a pequena Callie começou a chorar. - Acho que ela está com fome vou leva-la até a Sunny.
As coisas finalmente estavam ótimas, nós fizemos a separação de mais pessoas e almas, a caverna estava cada vez mais cheia. Algumas das pessoas foram para o esconderijo de Nate, ou um dos outros.
A gravidez da Peg correu sem complicações, ela estava com Mel e Sunny quando começou a sentir contrações e Kyle veio me buscar, até ofereceu-se para cuidar da Callie enquanto eu estivesse com Peg.
No fim Peg acabou tendo um menino com cabelos dourados como os dela e os olhos azuis.
— Qual vai ser o nome do meu sobrinho? - Perguntou Mel entrando no quarto com a filha Alicia nos braços.
— O que você acha Ian? - Peg me perguntou.
— Poderia ser Alexandro. - Digo.
— Alexandro... - Peg parecia pensativa, depois seus lábios se curvaram em um sorriso. - Gostei. Meu pequeno Alec.
Eu entendi que nós apesar de tudo o que passamos, estamos em um lugar onde podemos ser felizes e ver nossos filhos crescerem até que possamos recuperar nossas casas essa caverna é o nosso lar.
O planeta Terra jamais seria o mesmo, antes havia muitas guerras e desunião, mas agora todos os humanos que restaram estão unidos na tentativa de conseguir o nosso espaço. Graças a Peg entendi que as almas não são seres que mereçam o nosso ódio e, olhando para nós aqui nessa caverna, consigo ver que apesar de todas as diferenças, talvez os humanos e as almas um dia possam viver em harmonia.
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O que acharam?