Caloura escrita por Autora desconhecida


Capítulo 2
The voice kids e namorado?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, notei que algumas fotos demoram um pouco para carregar. Vocês conseguiram ver a Clarisse, o Anthony, a Alícia e a Mia? Tem uma foto de todos eles só que no meu note não carregou a da sasha pieterse que é a Mia. Então se tiver algum problema só me falarem. Boa leitura.



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Na aula de probabilidade e estatísticas cheguei a conversar com umas cinco pessoas, sendo só uma menina. Minha sala era assim mesmo, dentre 60 pessoas 15 eram garotas. Imagina meu espanto. Nunca vi tanto homem junto, senhor.

O professor foi muito querido, explicou bem e os colegas também foram amigáveis (exceto a guria que parecia saber mais da minha vida do que eu. Sim, aquela mesmo que falou meu nome completo). Se você estiver passando pela mesma situação que eu, apenas se acalme, porque todos estão na mesma que você. Todos mal se conhecem e todos querem amigos.

Apesar dessa ansiedade toda de primeiro dia de faculdade eu fiquei imaginando como estaria minha irmã, porque para mim eu terei aulas durante os próximos cinco anos. Porém ela se errasse um falsete ou uma nota, uma letra ou qualquer coisa ela estaria desclassificada. E só deus sabe como ela pediu para a mãe inscrever ela naquele programa.

Sai da aula e fui direto para casa (não, não tinha trote hoje), apenas coloquei uma roupa mais social. E sim! Agora eram saltos e saia. Eu me sentia melhor desse jeito.

As apresentações no programa que a Alícia está participando já tinham começado, eu tinha certeza disso, mas não poderia faltar e decepciona-la novamente, já que semana passada tinha dito que iria na praia com ela e não fui.

Tudo bem que mentimos para criança toda hora, mas minha irmã sempre lembrava das minhas juras “de dedinho”.

Peguei o taxi e fui para o estúdio onde estava sendo gravado. Me identifiquei e me deixaram entrar, sentei na primeira fileira onde tinha uma placa que dizia “reservado”.

“Se não for para mim a outra pessoa vai ficar de pé.” Pensei sentando mesmo assim.

Eram dois meninos que cantavam agora, apesar de não reconhecer a música estava ciente que os dois eram muito bons e muito bem afinados.

Todo mundo parecia estar em dúvida de qual talento se sobressaia, mas dava para perceber que estavam se divertindo com a apresentação. Exceto por um casal ao meu lado, talvez sejam os pais de algum dos dois cantores mirins, ambos suavam e pareciam apertar os braços um do outro até esmagar. A mulher ficava fazendo umas caras e bocas e o homem passava a mão pelo cabelo de vez enquanto. Confesso, ver o nervosismo deles era melhor do que ver os garotinhos cantarem.

Depois de finalizarem a música e os jurados votarem, os dois saíram chorando (um de felicidade e o outro nem tanto) e fazendo muitas pessoas da plateia chorarem com eles.

—Que coisa linda meu povo, a inocência dessas crianças – o apresentador comentava com os olhos brilhando também - E para finalizar essa grande noite teremos a batalha entre Rafa Montenegro e Alícia Chermont –fez um suspense e continuou dando um sorrisinho - depois dos comerciais.

Assim que o programa saiu da transmissão começou o corre-corre, os jurados pegavam água e alguns empregados andavam com fone e uma prancheta na mão, outros com Ipad’s. A audiência estava muito boa, o programa já era um sucesso, mas hoje em especial, todos queriam ver a filha de Clarisse Chermont cantar. As pessoas especulavam se a minha irmã tinha mesmo talento ou estava lá apenas por ser indicada. Ainda assim a gente sabe que nem jesus contentou a todos, então temos certeza que Alícia poderia ser incrível e mesmo assim teria gente falando dela depois nas redes sociais.

Nunca conseguiríamos agradar a todos de uma só vez.

Depois de alguns comerciais o programa retornou ao ar, e o apresentador chamou as duas meninas que entraram de mãos dadas pelo mesmo portão.

Alícia estava com um vestido rodado bege, os fios do cabelo loiro modelados por um babyliss presos por uma tiara. Nos pés a sapatilha dourada.

A outra menina tinha o cabelo curtinho e também estava com cachinhos só que eram pretos, um vestido azul claro e as sapatilhas brancas.

O toque da música começou e eu já reconheci, imagino que tinha dedo da minha pequena na escolha dessa canção, já que ela adorava.

Ela puxou o microfone para próximo da boca, UAU ela foi escolhida para abrir a música.

Let it go let it go 

Can't hold it back anymore

Alícia cantou perfeitamente, aquela menina era um talento sério. Conseguia ir do grave ao agudo em segundos e sem falhar a voz. Eu ficava percebendo a expressão dela, dos jurados e da plateia. Percebi quando ela me achou ali no meio, deu um sorrisão, mas isso não a desconcentrou. 

A outra menina começou a cantar e poxa que voz. Realmente elas eram muito boas. E assim foi até o final da música uma cantava uma parte e a outra cantava outra parte. Elas se deram as mãos, dançaram e entreteram o pessoal de uma maneira tão meiga, que fiquei pensando se Alícia Lis era mesmo da mesma família que eu.

Quando acabaram a música, os jurados ficaram enrolando muito. Falaram sobre o quão fofas eram e quanto talento tinham. Até que aprovaram minha irmã e a outra menina saiu do programa, mas teve um convite para cantar com um jurado no próximo show.

Depois disso tudo, meus dedos já estava roxos de tanto tempo que fiquei fazendo figa. Percebi que tinha recebido uma sms.

—Vamos no grinch hoje? – Pietro me perguntou por mensagem se referindo á um barzinho bem legal que costumávamos frequentar com nossos amigos, Pietro e eu estávamos num relacionamento estranho há alguns meses. Todos nos consideravam namorados, mas eu ainda não me sentia pronta para assumir esse título, então para mim a gente só “ficava”.

—Vou jantar com minha mãe e a Lis. – respondi dando a entender que estaria ocupada.

—Poxa, todo mundo vai. – ele respondeu decepcionado.

—Mas tu podes ir. Não é porque eu não vou que também tens que ficar em casa. - odiava ver uma pessoa se trancar por minha causa.

—Eu sei, você sempre fala isso. É que mal nos vimos no final de semana. To com saudade. E além do mais você disse que me compensaria.

É verdade passei o final de semana viajando. Eu lembro quando recusei o convite para ir á um festival e disse que o compensaria. Antes de responder outro não posso, eu refleti como minha vida estava. Não conseguia me entregar para ninguém, era toda vida essa correria. Mãe e irmã de um lado, pai de outro, faculdade aqui, namorado lá. Ops, eu usei mesmo a palavra namorado?

—Tudo bem, eu vou. Mas vou chegar mais tarde. Pode ser? - decidi.


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Notas finais do capítulo

E entãooooo?



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