Caloura escrita por Autora desconhecida


Capítulo 1
Apresentação dos personagens e 1º dia na faculdade


Notas iniciais do capítulo

E ai galeraaaaa. Tudo bom com vocês? Estou super animada de estar começando outra fanfic porque esta é exatamente por um momento que estou passando. Enfim, espero que gostem e comentem lá em baixo.



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Finalmente posso dizer que hoje terei o meu primeiro dia de aula na faculdade. Estou muito ansiosa. Ontem queimei todas as minhas apostilas do terceirão e do cursinho pré-vestibular, foi uma sensação tão libertadora. Especialmente por eu lembrar das noites que passei em cima delas refazendo exercícios e redações. Agora acabou e minha vida vai se focar apenas em números. Minha paixão. Vou fazer engenharia civil, mas minha mãe não ficou muito satisfeita que eu não escolhesse nada para o lado artístico como ela. 

Ela se chama Clarisse Chermont.

Começou sua carreira como modelo e quando viu atuava e cantava internacionalmente também. É uma pena que eu não tenha puxado nenhum desses talentos. Ela é uma ótima pessoa, tem um coração enorme e muitos fãs. Foi isso que levou a separação dos meus pais, ele não soube lidar com sua fama e com a falta de privacidade que isso os trazia.

Eu moro com papai, Antony Hathaway.

Ele faz de tudo por mim, mas tem pouco tempo disponível porque também trabalha bastante. Ele é detetive e apesar de tentar, nunca consegue separar sua vida profissional da pessoal. Até porque quando está comigo ou com qualquer outra pessoa, dá para perceber que sua mente está juntando pistas para encontrar a solução de algum homicídio (que é a sua área).

Já minha irmãzinha se chama Alícia Lis, ela tem cinco anos e já canta. Da pra acreditar?

Minha mãe costuma dizer que ela aprendeu a cantar antes de falar. Assim como eu, ela herdou os olhos azuis do papai e os cabelos claros da mamãe.

Por falar nela lembrei que eu prometi que iria ver a apresentação dela com a outra menina em um programa de cantores mirins, onde uma criança seria eliminada e a outra passaria para a próxima fase. Claro que isso depois da faculdade.

Peguei meu caderno novo da capricho – sim! Achei que isso iria mudar depois que virasse uma universitária, mas não me aguentei ao ver a nova coleção da marca – e enfiei junto com algumas canetas na minha bolsa.

Daqui a meia hora começaria minha aula, não poderia demorar mais nem um segundo me arrumando se não quisesse chegar atrasada no primeiro dia. Me olhei no espelho. Passei a semana inteira pensando em uma roupa para usar neste momento e agora eu vestia um short preto e uma blusa branca de alcinha.

Considerei trocar, colocar alguma roupa mais elegante. Talvez uma saia ou um salto. Repensei. Não quero que os outros acham que estou indo para um desfile logo de primeira impressão.

“Foda-se os outros” pensei na tentativa de ignorar meu nervosismo. Olhei novamente para o espelho. Corri para o porta joias e peguei um colar com o pingente de cruz. Tá legal, agora ficou melhorzinho. Peguei o casaco de estampa de onça que estava jogado na minha cama e a bolsa com os materiais e documentos e então sai apressada de casa.

(look para a facul)

Entrei num taxi, porque não queria chegar na faculdade em um carro de polícia com meu pai dirigindo. Depois de alguns minutos no trânsito e no semáforo cheguei no portão do meu bloco faltavam dois minutos para a aula começar. Eu não sabia onde era a sala, apenas sabia que o bloco era esse.

“Graças a deus” agradeci quando vi um mapa mostrando as classes. Achei a minha imediatamente. Subi os três andares de escada porque o elevador estava ocupado.

Cheguei até que enfim.”

 Parei antes de entrar na sala para recuperar o fôlego. Empurrei a porta e entrei, o pessoal me olhou meio estranho.

“Era para eu ter trocado de roupa”

A sala estava meio vazia, então escolhi a terceira carteira da fila do meio para sentar. Ótimo, cheguei a tempo e o professor nem tinha começado nada ainda.

—Bom turma, hoje nós discutiremos sobre a importância da administração e o planejamento da saúde. Porque nós sabemos que o SUS não é uma opção muito eficaz. Enfim o que vocês entendem sobre medicina preventiva?

O professor se levantou e andando pela sala começou a falar e quando terminou a frase com a pergunta ele parou ao lado da minha carteira e olhou para mim. Na verdade, ele chegou a apontar para mim.

—Você! Pode me responder essa pergunta?

—Essa disciplina é de que curso? – perguntei de volta, porque sim, eu estava muito confusa. Não que eu seja burra, mas acho que engenharia civil nós aprendemos sobre prédios, pontes e viadutos não sobre saúde.

Todos riram. “ Ótimo. Consegui causar uma boa impressão” meu subconsciente era mais irônico do que me lembrava.

—Medicina. Óbvio. – o professor respondeu e eu fiquei roxa de vergonha.

Pedi desculpas e sai do meio da sala com a cabeça abaixava totalmente corada. Olhei no relógio. Agora eu estaria quinze minutos atrasada. Que maravilha.

Voltei ao mapa no primeiro andar. Estava certo a minha sala, ou será que erraram no meu horário? Chamei a tia da limpeza.

—Desculpa senhorita, mas eu lembro de você de algum lugar.

A mulher ficou me olhando e pensando de onde me conhecia. “Querida, eu tenho pressa” pensei. Mas meu meio sorriso ainda estava ali. Afinal eu queria dar uma boa impressão até para a tia da faxina.

—Esquece isso. Devo ter te visto nesses corredores da faculdade.

Ela me olhou novamente e seus olhos brilharam, eu juro. Então ela gritou animada.

—AI MEU DEUS. Você é a filha da Clarisse Chermont? Não é? Você são tão parecidas. Como eu não me lembrei.

Para tudo. Ela falou que sou parecida com minha mãe? Só pode ser cega. Em todos esses 17 anos de vida nunca ouvi isso. Talvez ela só queria me bajular.

—Sim. Eu sou a filha mais velha. Mas por favor você poderia me mostrar onde fica a sala de aula?– perguntei educada.

—E você poderia tirar uma foto comigo?

Depois de tirarmos algumas selfies e eu ouvi-la cantar uma música INTEIRA da minha mãe. Ela me levou à sala. À mesma sala. Sim! Aquela que eu estava antes e que por sinal era do curso de medicina.

—Como assim não é essa? – perguntou pensando que eu duvidava do “conhecimento” dela naquela universidade.

—É que essa é do curso de medicina e eu faço engenharia civil. – expliquei.

—Ah querida, você está no prédio errado. – Juro que meu olho se revirou sozinho. Bufei.

Até o final dessa aula eu não chegaria na minha sala. Eles deveriam ter dado um mapa circulado onde era os prédios e especificando onde era as salas no dia da matrícula.

Contei mentalmente até dez. Recuperando minha paciência e pedi explicação de como achar. Segundo a fã da minha mãe era “fácil”. Bastava eu ir além desses dois prédios iniciais e depois conseguiria ver a entrada do terceiro que era onde ficava as engenharias e a arquitetura.

Finalmente eu entrei no prédio e achei a sala correta. Estava lotada. Comparando as duas classes que eu estive lembrei de uma foto no instagram sobre quantas pessoas entram na universidade e desistem ao longo dos semestres.

—E você quem é? – um cara grisalho, meu professor acredito, perguntou apontando para mim. Que maniazinha feia ein. Apontar o dedo.

Pelo menos os alunos ainda se apresentavam, estavam todos bem calmos e relaxados (bem diferente de mim toda afobada). 

—Eu? – perguntei e ele assentiu – Bom, eu tenho 17 anos e nasci aqui na cidade mesmo. Por isso eu escolhi essa faculdade, além de ser perto de casa é muito bem conceituada. E quanto ao curso é porque me encaixo perfeitamente nele, e estou louca para começar a realizar cálculos e visitar obras.

Falei o que tinha ensaiado durante a semana inteira frente ao espelho.

—Gostei de você! – o professor comentou - E seu nome? 

Pois é pelo visto, eu não tinha ensaiado muito bem.

—Mia. – falei sorrindo e jogando minha bolça sob a única mesa disponível naquela sala.

 

—Mentira. Seu nome é Antonietta Mia Chermont Hathaway.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem ali em baixo!! Eu espero viu? Beijo meus amores.



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