Beauty And The Beast escrita por OneMoreKlainer


Capítulo 3
I'll Stay Here Forever


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente. Terceira atualização do dia, ueheueh. Espero que gostem, boa leitura!
P.S.: Perdoem qualquer erro que encontrarem.



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Kurt se encontrava em um dilema interno. Não sabia se aceitava o trato da Fera e ficava ali para sempre para poder salvar seu pai, ou se seguia o conselho de seu pai e ia embora. Mas sua cabeça e coração o diziam a mesma coisa: ele precisava se sacrificar por seu pai.

— Eu aceito. – Kurt sabia que em um futuro não muito distante poderia se arrepender por aquilo, mas ele sabia que era o certo a se fazer. – Eu fico aqui, apenas o deixe ir embora.

A Fera abriu a grade e tirou Burt de lá de dentro, logo o levando embora e trancando Kurt dentro da cela.

Kurt permaneceu atirado no chão, chorando sem parar. Ele não tinha nada além disso para fazer. Ele ficaria ali para sempre, sem nunca mais ver a luz do dia ou até mesmo seu pai.

Do lado de fora do quarto, Blaine encarava Kurt pela pequena janela, cercado por sua mobília falante.

— Sabe, chefe, eu estava pensando... – Começou o relógio. – Já que o jovem vai ficar aqui por uns tempos, você bem que podia ceder a ele um quarto.

— E eu lá tenho cara de quem faz gentileza? – Perguntou rude, continuando a olhar pela janelinha. Ele sabia que o relógio estava certo, mas seu orgulho falava mais alto. – Ele não vai mais parar de chorar?

— Por que se importa? Não disse que você não é uma pessoa gentil? – Perguntou a açucareira. – O que ele precisa é de gentileza. Ele acabou de perder o pai.

Blaine revirou os olhos e adentrou a cela, vendo Kurt continuar a chorar e nem dirigir-lhe o olhar. A Fera ficou um pouco sem jeito. Não tinha palavras ou ações para fazer no momento, tinha apenas uma timidez o tomando conta. Ele passou a mão pela nuca, demonstrando nervosismo e enfim tomou coragem para falar:

— Venha, vou lhe mostrar seu quarto. – Foi a única coisa que ele disse e, pela primeira vez de verdade, Kurt o encarou, reparando bem como ele realmente era.

— Você nem deixou que eu me despedisse dele. – Choramingou o castanho, fazendo o nervosismo de Blaine apenas aumentar.

Ele não fazia contato com um humano desde que fora transformado em fera e nunca tinha visto um humano tão lindo quanto Kurt. O perfume que saía do castanho era o melhor que já havia sentido, seus olhos eram mais belos que o céu, sua pele era clara e lisa, até sua voz era maravilhosa. Tudo em Kurt era de uma pureza e beleza inigualável.

Blaine sabia que nunca conseguiria conquistar Kurt o suficiente para fazê-lo amá-lo. Sabia que no máximo conseguiria paz com ele, nunca amor. E ele precisava justamente de amor para quebrar o feitiço, fora que sua flor estava mostrando que seu tempo estava acabando. Apenas duas pétalas restavam e uma delas estava murchando cada vez mais rápido.

— Olha, eu... – Perdeu as palavras no meio do caminho. Não sabia mais o que precisava pronunciar. – Apenas venha, vai ficar mais confortável em seu quarto.

— Meu quarto? – Perguntou rindo sem graça.

— Prefere ficar aqui na cela? – E lá estava o Blaine rude novamente, fazendo Kurt levantar e cruzar os braços. 

— Se isso fizer com que eu não tenha que olhar para você, então sim, eu fico na cela. – Blaine olhou para baixo. Ele queria pedir desculpas por ser rude, mas pensou em insistir até convencer Kurt de sair dali. O que nem foi necessário fazer. – Tudo bem. Eu vou com você.

Blaine então se retirou da cela, sendo seguido por Kurt. Toda a mobília estava observando os dois e imaginando que Kurt poderia ser a chave para a salvação de todos os que haviam sido enfeitiçados.

A Fera andou, andou e andou mais um pouco, pensando em algo para conversar com Kurt, mas nada lhe vinha a cabeça, sendo assim, optou por permanecer em silêncio.

— Se quiser andar pelo castelo, está liberado. Apenas fique longe da ala oeste. – Orientou o mais velho, fazendo uma curiosidade enorme brotar nos pensamentos de Kurt.

— O que tem na ala oeste? – Blaine parou no meio do caminho e encarou Kurt.

— ELA É PROÍBIDA! – Kurt apenas assentiu, voltando a andar. – Você é muito quieto.

— E você é muito rude. – Rebateu Kurt, em forma defensiva.

— Qual seu nome? – Perguntou tentando parecer simpático, o que ele claramente não era.

— Não interessa para você. – Agora o rude estava sendo ele, mas ele não ligava. Ele era um prisioneiro e tinha o direito de ficar em silêncio.

Blaine lhe mostrou seu quarto e o deixou a sós. O castanho não demorou muito para voltar a chorar.

[...]

Mais tarde naquele dia ruim, Blaine novamente se encontrava em uma conversa com sua mobília, onde todos tentavam o convencer de ser mais amigável e ele explicava que até tentou, mas Kurt o ignorou em todas as suas tentativas. Ele estava ficando sem tempo ou alternativa para qualquer coisa que fosse.

— Eu tentei falar com ele e ele me ignorou. – Blaine disse emburrado enquanto subia as escadas com todos o seguindo.

— Apenas o convide para jantar e espere por uma resposta. Ele deve estar com fome. – Sugeriu Lumiére, temendo ser derrubado apenas com o olhar irritado da fera.

— Você vai jantar comigo. – Falou um pouco alto do lado de fora do quarto.

— Não vou! – Kurt exclamou de lá de dentro.

— Mas não está com fome? – Perguntou se aproximando mais da porta.

— Não o suficiente para jantar com você.

Blaine apontou para a porta, olhando incrédulo para a mobília, que apenas o incentivava a continuar tentando.

— Você quer se fazer de difícil? Então tudo bem. – Blaine disse e se virou para seus companheiros. – Se ele não vai comer comigo, então não vai comer com ninguém.

[...]

Ainda na mesma noite, Kurt saiu lentamente do quarto e foi procurar pela cozinha. Estava faminto. Ele chegou e todos fizeram questão de servi-lo, o dando até sobremesa. Ele começou até se sentir satisfeito e depois foi andar pelo castelo. Ele chegou na ala oeste e foi surpreendido pela fera, que o deu um susto enorme.

Como ficou ainda mais assustado por estar ali, foi em busca de seu casaco e saiu correndo o mais rápido possível daquele castelo.

Ele foi correndo pela floresta, assustado e sem saber para que lado precisava ir. Seu desespero apenas aumentou quando ele viu inúmeros lobos o cercando. Correr era praticamente inútil naquela situação, mas foi a única coisa que lhe veio em mente.

Continuou a correr e os lobos apenas fizeram a volta para poderem novamente cercá-lo.

Quando um dos lobos estava lambendo a própria boca já se aproximando de Kurt, uma coisa ainda maior veio por cima do animal e o tirou de perto do castanho. A fera estava ali para salvá-lo. A fera brigava com todos os lobos, urrava, batia neles e os jogava longe, mas eles pareciam não ter medo.

Até que chegou em um ponto em que eles foram debandando, fugindo assustados. O único problema, é que a fera estava gravemente ferida e Kurt não tinha nem como tirar ele de lá.

Ele precisava de ajuda. 


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Notas finais do capítulo

Mas e aí, meu povo... essa fera não é tão má, não é mesmo? Me digam o que acharam, bjo ♥



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