Race Against The Clock escrita por Belle Cipher
P.O.V. Ford
Mais uma noite e nada de respostas. Morreu mais uma pessoa, mas os outros não tinham nenhuma ideia de quem poderia ser o assassino. Enquanto isso, minhas suspeitas se confirmavam.
Na noite anterior fiquei observando o assassino, escondido. Observei seus passos e o modo de agir. Tudo indicava que eu estava certo.
Quando o relógio avisou serem seis horas, decidi investigar um pouco. Perguntei algumas coisas sobre o suspeito, sem deixar claro o meu real objetivo com o interrogatório.
Na noite seguinte, cheguei no escritório para uma noite que eu esperava ser melhor que a anterior, e fui falar com Vincent.
—Viu o Kenny?-perguntei-Fui buscar uma fatia de pizza e quando fui falar com ele, não o achei.
—Bem, ele deve ter ido para a ca...-Vincent foi interrompido por um tapa em sua nuca.
Olhamos para trás dele e vimos Jeremy tateando o ar.
—Desculpe! Eu acertei alguém ou foi só outra cadeira?
—Outra? Hã...você me acertou. Perdeu os óculos de novo?-Vincent perguntou.
—Aham-Jeremy respondeu-Podem me ajudar?
—Onde os viu pela última vez?
—Eu estava perto da sala dos fundos. Ouvi risadas e choro. Tirei os óculos para limpar as lentes e ver o que estava acontecendo, mas esbarraram em mim e os deixei cair.
—Se você estava perto da sala dos fundos quando perdeu os óculos, o que faz aqui?
—Estou procurando ajuda.
Vincent suspirou.
—Ok, eu ajudo.
—Eu também-falei.
—O que está acontecendo aqui?-Mike perguntou.
—Perdi os óculos-Jeremy respondeu.
—De novo? Alguém deveria colá-los na sua cara.
—Vamos fazer assim. Mike, você fica aqui com Jere e o impede de sair quebrando as coisas. Ford e eu vamos procurar os óculos-Vincent sugeriu.
Mike deu de ombros e Vincent saiu andando. Eu o seguia, olhando o chão atentamente. De repente, ouvi algo e pedi silêncio. Ele me encarou, confuso, e tentou descobrir o que eu ouvira.
—POR FAVOR!-alguém gritou, mas seu tom de voz logo ficou baixo-...por favor me deixe sair...
—Está vindo de dentro da sala-sussurrei.
—Parece o...-Vincent começou, mas o interrompi.
—E é.
Corremos até a porta e Vincent destrancou-a. Quando olhamos para o chão, lá estava Kenny deitado e encolhido, chorando.
—Hey, achei os óculos!-falei, pegando-os do chão uns metros à esquerda da porta.
—O que está acontecendo?-Scott perguntou, correndo até nós.
Vincent pegou Kenny no colo.
—Calma, já abri a porta. Você já saiu da sala, viu?-ele sorriu.
Kenny se acalmou.
—O...obrigado-murmurou.
—Você não acha que está dando atenção de mais ao menininho?-Scott perguntou.
—E você não acha que está com ciúmes de mais?-eu sorri maliciosamente.
—Vou arrancar essas suas orelhinhas de Fredbear.
Eu ri.
Vincent colocou Kenny no chão e segurou a mãozinha dele. Nós quatro caminhamos de volta ao escritório. Quando chegamos lá vimos uma cena que...não seria surpresa para ninguém.
Mike e Jeremy estavam se beijando.
Vincent e eu tampamos os olhos de Kenny com nossas mãos.
—O que foi?-perguntou o garotinho.
Mike e Jermey se afastaram, extremamente vermelhos.
—Alguém tirou uma foto?-perguntei.
Scott mostrou a câmera em sua mão e sorriu.
—Bando de crianças...-Mike murmurou.
—Eu shippo-falou Jeanine.
—Eu shippo outras duas pessoas-Jamie sorriu para ela.
—Vou furar seu olho com meu lápis.
—Ela não é adorável?
—Se é...-Arthur ironizou.
—Posso olhar agora?-Kenny perguntou.
Vincent e eu tiramos nossas mãos do rosto do garoto, que não entendeu a razão de Mike e Jeremy estarem parecendo dois pimentões.
—Ah, achei os óculos-eu disse.
—Onde?-Jeremy perguntou, tateando o ar na tentativa de me encontrar e quase acertou Mike.
—Eita! Espere aí-Mike pegou os óculos e colocou-os no rosto de Jeremy.
—Obrigado-agradeceu, ainda mais vermelho.
—Ok, gente, foco!-falei-Os donos vão chegar amanhã às seis para preparar as coisas para a festa.
—Hoje-Arthur disse.
—Hã?
—Uma da manhã. Não é amanhã, é hoje.
—Tanto faz, seu bosta! O ponto é: seria bom se pegassemos o assassino antes das seis.
—Gente, eu fui verificar nas câmeras o lugar onde os robôs estão guardados, já que os animatrônicos estão no palco, e...-Mike mostrou a tela do celular.
—Não tem ninguém!-Scott exclamou.
O resto da madrugada foi um pesadelo. As versões humanas de Fredbear, Chica, Foxy, Freddy, Bonnie e Puppet inventaram que queriam nos matar. Por sorte, Vincent, Scott e eu sabíamos como desligar os robôs.
—Acho que já sei o que deu errado-falei, torcendo para que nenhum sistema detector de ameaças se ativasse e os fizessem ligar novamente.
—O quê?-Arthur perguntou.
—Alguém mudou a inteligência artificial deles para 20.
—VINTE?!-Vincent exclamou.
—Eu estou boiando...-Mike murmurou.
Scott observou os robôs, confuso.
—Somos os únicos que sabem alterar a I.A. deles-falou-Quem poderia ter feito isso?
Enquanto ele falava, eu normalizava a inteligência artificial dos robôs. Já era seis horas e os donos chegariam a qualquer momento. Quando mudei a I.A. de todos eles, liguei-os novamente.
—O assassino deve ter mudado-Jeanine supôs.
—Mas eu já falei que somos os únicos que sabem mexer nisso!-Scott disse.
Enquanto isso, tudo se encaixar na minha cabeça.
Quem sabe do que os robôs gostam?
Quem tem acesso à pizzaria?
Quem gosta do Foxy?
Quem odeia o Puppet?
Quem não estava por perto durante os assassinatos e roubos?
Quem conhece todo o sistema de câmeras?
Quem sumiu depois que dei um tiro no assassino?
Quem sabe desativar os robôs?
Quem sabe mudar a inteligência artificial deles?
Quem tem um motivo para querer causar uma má fama à pizzaria, matando funcionários e crianças e roubando coisas?
A mesma pessoa que quer abrir um estabelecimento que será concorrente da Fazbear, por também ter atrações robóticas.
A mesma pessoa responsável pela manutenção dos sistemas da pizzaria e dos robôs.
A mesma pessoa que ficou doente de repente.
O celular estava na minha frente e olhei para a tela bem a tempo de ver um vulto passar correndo pela câmera e parando em determinado ponto.
O assassino poderia ser esperto, mas eu era mais. Mexi nas câmeras e mudei as posições de todas elas na noite anterior.
E agora eu sabia exatamente onde ele estava.
Peguei o celular e saí do escritório correndo, deixando todos lá confusos.
Fui até o lugar onde vi que estava o assassino.
Fui até o lugar onde vi que estava John Frey.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!